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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que não descarta uma viagem a Washington com o vice-presidente Geraldo Alckmin para negociar a tarifa de 50% imposta pelos Estados Unidos a produtos brasileiros. Segundo a Confederação Nacional da Indústria (CNI), o tarifaço pode gerar prejuízos superiores a R$ 19 bilhões e afetar diretamente pelo menos seis estados brasileiros. Pablo Spyer, o Tourinho, participou do Morning Show e opinou sobre o assunto.
Apresentador: André Marinho
Reportagem: Aline Becketty
Entrevistado: Pablo Spyer
Comentaristas: David de Tarso, Hugo Rocha, Isadora Brizola e Mano Ferreira
Assista ao Morning Show completo: https://youtube.com/live/jBgBS5UuSa4
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Reportagem: Aline Becketty
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NotíciasTranscrição
00:00Enquanto isso, rumo à Brasília, pessoal, que foi lá, onde o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, deve se reunir hoje, pessoal, com o presidente Lula,
00:07pra discutir o tarifácio dos Estados Unidos, o plano de contingência que tá sendo aí arquitetado, pra tentar segurar o tranco.
00:13Quem tem todos os detalhes dessa articulação é ninguém mais, ninguém menos que Aline Beckett, se juntando a nós aqui no palco do Morning Show.
00:19Aline, traz o panorama aí pra gente, os bastidores, por favor, palavra sua.
00:22Oi, André, bom dia pra você, a todos no estúdio e a todos que nos acompanham, isso mesmo.
00:30Eu perguntei mais cedo ao ministro se ele teria reuniões hoje sobre o tarifácio, ele disse que ia se reunir, sim, com o presidente Lula
00:37pra continuar as tratativas em relação a essa tarifa de 50%, que foi aplicada sobre os produtos brasileiros.
00:44Ele disse que as negociações, elas seguem de qualquer forma, e aí, segundo ele, um contato com o secretário do Departamento do Tesouro Norte-Americano,
00:54com o Scott Bessin, está sendo agendado, foi solicitado pela equipe econômica do Ministério da Fazenda,
01:00mas a resposta é de que precisa aguardar um tempo ainda, uma liberação na agenda de Scott,
01:06pra que ele possa marcar aí essa reunião com ele de forma virtual, ou até mesmo uma ligação, pra que ele possa conversar com ele normalmente.
01:17Mas ele disse que essa semana as negociações, elas já avançaram, e avançaram bem, porque foi proveitoso,
01:24até porque ontem um representante do secretário, da Secretaria do Departamento de Estado Norte-Americano,
01:31chegou a participar da reunião por videoconferência com o vice-presidente Geraldo Alckmin.
01:36Então, isso já está sendo visto como uma abertura de diálogo ali, pra que os ministros possam, então, azeitar esses canais de comunicação,
01:46pra tentar alguma solução com os Estados Unidos sobre esse tarifácio.
01:51Mas ele entra em vigor na sexta-feira, e essas negociações, elas continuam.
01:56Isso segundo o que o ministro falou pra gente hoje, mais cedo, aqui na Portaria da Fazenda.
02:00A gente separou um trecho dessa fala do ministro sobre o encontro dele, o agendamento dele, o possível, a possível reunião com o Scott Bessin.
02:08Vamos ouvir.
02:11Assim que tiver uma agenda estruturada, sim.
02:14Eu já estive na Califórnia com o secretário Bessin.
02:18Tenho tentado contato com ele, mas ele está na Europa, fechando acordos na Europa.
02:23A assessoria dele pediu um pouco de paciência em função das missões que ele está cumprindo lá,
02:31mas disse que ao regressar aos Estados Unidos haveria a possibilidade de uma conversa.
02:35Bom, e aí o ministro foi questionado também sobre uma possível viagem presencialmente dele e do vice-presidente Geraldo Alckmin
02:46até os Estados Unidos pra poder articular isso de forma presencial.
02:50E ele disse que precisa, então, de uma abertura da agenda formal dos Estados Unidos pra que isso aconteça.
02:57Enquanto isso, ele disse que a relação entre os dois países é amistosa,
03:01essa tarifa entra em vigor no dia 1º de agosto, mas a sinalização aqui, pelo menos,
03:07é de que essa tarifa vai entrar em vigor e as negociações, o diálogo vai ter de continuar
03:12pra que eles possam conseguir aí uma solução ao longo do tempo.
03:17Até sexta-feira pode ser que não saia aí uma solução em relação a essa tarifa de 50%.
03:24E aí só pra concluir e também pra reforçar aqui o que está sendo tratado em outras linhas de frente,
03:31os senadores que estão nos Estados Unidos tiveram reuniões na segunda-feira com o Congresso americano,
03:37com a Câmara de Comércio, os senadores apresentaram os dados ali que reforçam esse superávit que os Estados Unidos têm com o Brasil.
03:45Hoje eles seguem as reuniões, seguem os encontros em Washington e essa comitiva,
03:51ela não tem a expectativa de um anúncio sobre a suspensão dessas tarifas,
03:55mas uma expectativa ali de dialogar mesmo e de fazer com que eles sejam,
04:01com que o Brasil seja escutado nos Estados Unidos e os Estados Unidos, de certa forma,
04:05se sensibilizem aí com essa tarifa de 50%.
04:08De antemão, ontem o vice-presidente Geraldo Alckmin se reuniu,
04:12então, com o representante da Secretaria do Departamento de Estado norte-americano
04:17e hoje essas reuniões, elas seguem, seguem com o setor produtivo e seguem também com o presidente Lula,
04:24que ainda não sabe se utilizará o plano de contingência que foi apresentado pela equipe econômica do Ministério da Fazenda para ele.
04:31Ele está analisando as possibilidades, aquilo que foi entregue para ele,
04:36para diferentes áreas do setor da indústria, do comércio, de serviço e também o setor da agropecuária,
04:43vários setores, várias áreas, então ele está analisando essas possibilidades e aí nos próximos dias vai decidir
04:48se vai utilizar esse plano de contingência de alguma forma, de alguma maneira,
04:53para poder tentar conter essa tarifa de 50%.
04:55Eu volto com você.
04:58É, meus queridos, e realmente as previsões da própria Confederação Nacional de Indústrias,
05:04a CNI, aqui no Brasil, já projetam um impacto bilionário,
05:08então realmente é altamente preocupante esse cenário todo que você descreveu.
05:12A Aline Beckett sempre precisa, obrigado, bom trabalho por aí.
05:16E olha só, quem está aqui com a gente se juntando a nós no palco do Morning Show agora
05:19para falar sobre os impactos no mercado, sobre toda essa discussão,
05:22toda essa encalacrada que a gente vem aqui destrinchando ponto a ponto, tema a tema,
05:26impacto por impacto, quem sabe tudo de economia, da forma mais didática e acessível deste Brasil,
05:31é ninguém mais, ninguém menos que Pablo Spaya, vai, Torinho, está aqui com a gente
05:34para, nesse momento, trazer alguma leveza, talvez nessa calmaria antes da tempestade,
05:39e é mais ou menos esse o sentimento?
05:42Se bem que certos setores já estão antecipando férias coletivas,
05:46já estão cortando contratos e já estão sentindo na própria pele
05:48essas tarifas que estão se avizinhando, né, Paulo?
05:51É isso aí, faltam 37 horas para a maior tarifa do mundo começar a valer aqui no Brasil.
05:57Todos os outros países estão sofrendo impactos menores do que os 50% do Brasil.
06:01e o relógio está ticando e o momento está se aproximando.
06:10Alguns setores já sofreram na Bolsa, né?
06:13A gente vê, assim, as próprias Embraer, as ações da Embraer caíram bastante, né?
06:17Houve bastante nervosismo.
06:19Mas, sim, eu acho que o que trouxe um pouco de alívio foi,
06:23o que a gente tem reportado aqui bastante, é que alguns produtos que não são fabricados
06:27nos Estados Unidos, que não é para ter alívio para a gente, não é para ter alívio lá na América,
06:30né, como café, manga, abacaxi, né, vão ter, podem não sofrer as tarifas
06:41para que o preço não suba lá nos Estados Unidos, porque a gente é um, eles não produzem isso lá, né?
06:47Demissões já em curso, férias coletivas ali em alguns polos econômicos decisivos ali no Sul,
06:53não dá para a gente se divorciar da situação, porque realmente está posta,
06:57já está acontecendo, muita gente, muito brasileiro, como eu digo,
07:00com chapéu de palha, com bota de borracha e não com boné vermelho,
07:03o que estão sentindo na pele? Cadê o Brasil em primeiro lugar nesse momento?
07:06A ver. Mano Ferreira.
07:08Pois é, Torinho, o presidente Lula deu entrevista ao New York Times.
07:11Ele, pela primeira vez, depois de 13 anos, né, nesse contexto turbulento,
07:17ele falou que deseja ser respeitado,
07:20que não tem medo dos Estados Unidos,
07:22que se preocupa com a situação,
07:24mas que deseja ser tratado como presidente de um país soberano.
07:30Como é que o mercado reagiu?
07:33O que é que significa para o mercado o tom adotado pelo presidente Lula
07:38nessa entrevista ao New York Times,
07:41nesse contexto, há poucos dias, há poucas horas,
07:44da tarifa entrar em vigor?
07:45É, isso me soa como um recado, né,
07:48um recado para os americanos, para o Trump, talvez, né.
07:52O que acontece, né, o Trump está convicto
07:55que existe um conluio lá no Supremo Tribunal Federal
07:57para caçar o Bolsonaro,
07:59tanto é que ele arrancou o visto de um monte de ministro lá,
08:01porque ele acha, ele falou,
08:03que ele acha que eles estão perseguindo uma pessoa boa,
08:05uma pessoa honesta, né, logo, inocente,
08:07se ele é bom e honesto, então ele é inocente, né,
08:10para que ele não concorra às eleições, né.
08:12Então, obviamente, esse conluio, né, envolveria o Lula.
08:16Então, a preocupação, imagino eu,
08:20do presidente da República, o Lula,
08:22é que o Trump, né, possa ter uma reação agressiva, né,
08:26ele humilhou o Zelensky na Casa Branca,
08:28a gente viu, ele humilhou aquele outro lá,
08:30o presidente da África lá, né.
08:32Você imagina se ele senta, o Lula,
08:34ele está numa situação assim,
08:35o Brasil precisa que o presidente fale,
08:38negocia as tarifas nos Estados Unidos,
08:39mas o Lula não pode aparecer em frente às câmeras com o Trump.
08:42Porque o Trump, ele é completamente imprevisível,
08:45e ele está convicto que estão perseguindo o Bolsonaro aqui no Brasil.
08:49Então, ele pode, de repente, sacar, por exemplo,
08:52você imagina, o STF não pode fazer nada contra o Trump
08:55para que ele não fale aquelas cinco palavras
08:57que nós éramos aqui na Jovem Pan proibidos de falar
08:59durante as eleições.
09:00Você imagina o seu Trump sentar na frente do Lula
09:02e falar assim, você é isso, isso, isso, isso e isso.
09:05O que você quer?
09:06Então, é uma situação que ele seria o presidente
09:08mais humilhado na história da democracia.
09:10Então, ele está se resguardando disso,
09:12está preocupado com isso
09:14e está tentando evitar essa situação.
09:16Eu acho que é uma situação muito delicada,
09:18principalmente para o Brasil,
09:20que está sofrendo um ataque de...
09:22com a maior tarifa do mundo.
09:23Os Estados Unidos não estão impondo 50% de tarifa em ninguém.
09:26O Japão levou 15%.
09:27A Europa levou 15%.
09:29Sei lá...
09:30Porque ofereceram algumas coisas também, né?
09:32Ofereceram 550 bilhões de investimentos,
09:34o outro 600...
09:35O Japão, 550?
09:36Então, ele contrapartida.
09:36Outro 600, sim.
09:38Que contrapartida que o Trump quer do Brasil?
09:41A gente sabe a contrapartida que ele quer.
09:42Ele não quer dinheiro do Brasil.
09:44Porque, inclusive, ele é evitário com o Brasil.
09:46Então, não é o problema, não é dinheiro.
09:48O problema é...
09:49Bom, nós temos que ver.
09:51Político e jurídico.
09:51O que ele falou é político.
09:53Goste ou não, essa é a condição que está posta.
09:55Então, acho que, assim,
09:56é uma preocupação que o presidente Lula tem
09:59de sofrer uma humilhação sem precedentes.
10:02Mas também, até a questão da...
10:04Até a Confederação Nacional da Indústria
10:06anunciou que esse tarifato deve causar
10:08um prejuízo, pelo menos, impactados.
10:11Seis estados com perdas bilionárias.
10:14Estimativa de 19 bilhões de reais no Brasil.
10:18Então, assim, as vendas nos estados
10:19até representam entre 10% e 20%
10:22aos Estados Unidos.
10:23De que forma que isso deve impactar
10:25o setor industrial?
10:26E até mesmo esse plano de contingência do governo?
10:29De que forma que deveria ser isso também?
10:31E quais os impactos podem ser gerados aqui pra gente?
10:33Eu acho que o impacto pode vir até maior depois.
10:36Porque, você imagina,
10:37os Estados Unidos são o segundo maior cliente do Brasil.
10:40O segundo maior parceiro comercial
10:41que significa cliente.
10:43O segundo país que mais compra da gente.
10:45O primeiro é a China.
10:46Só que o principal país que investe no Brasil
10:49de investimento direto estrangeiro,
10:52FDI que chama isso aí,
10:53Foreign Direct Investment,
10:55é os Estados Unidos.
10:56O principal país que vem aqui,
10:58coloca dinheiro, monta indústria,
10:59monta uma fábrica, contrata pessoas,
11:01gera emprego e vende produtos,
11:03é os Estados Unidos.
11:04Investimento direto estrangeiro.
11:06Isso.
11:06Investimento direto estrangeiro.
11:07O principal país,
11:08é o número um, é os Estados Unidos.
11:10Que americano que vai querer vir
11:11fazer um investimento direto aqui,
11:13montar uma fábrica,
11:14se ele não pode vender o produto dele
11:15na casa dele,
11:16porque tem imposto de 50%?
11:17E tem também as falas,
11:18não só essas que a gente acabou de trazer
11:20relacionadas aí ao Lula, né?
11:22Se manifestando no New York Times,
11:23mas também contra as Big Techs,
11:25que foi isso que irritou também
11:26o presidente americano Donald Trump, né?
11:28E até houve uma reunião ontem
11:30entre o Geraldo Alckmin
11:32com representantes dessas Big Techs
11:34para haver uma articulação.
11:36De que forma também que,
11:37às vezes, a gente tem que amenizar
11:38um pouco o tom em relação a isso?
11:40É, eu acho que, assim,
11:42retaliar é o pior dos mundos, né?
11:46Que nem eu citei ontem aqui
11:47o Milton Friedman,
11:48que disse que quando existe
11:49uma guerra tarifária, né?
11:51Tem um vídeo dele em preto e branco ainda,
11:52porque é um economista muito antigo.
11:53Eu falei, você está num barco,
11:55um cara dá o tiro no assoalho do barco.
11:57Todo mundo tem que se juntar
11:59e tapar aquele buraco.
12:00A gente não pode retaliar
12:00dando mais tiro,
12:01porque você está no barco a fundo
12:02e todo mundo morre.
12:03Então, assim, vai ser ruim
12:04para os Estados Unidos
12:04se a gente retaliar,
12:05mas vai ser muito pior para a gente.
12:07Nós estamos num botezinho,
12:08os caras estão num transatlântico.
12:10E esse foi o primeiro instinto
12:11do próprio presidente Lula,
12:12falando, a gente tem a lei
12:13de reciprocidade econômica,
12:15a gente vai retaliar.
12:17Assim, é como dois e dois são quatro,
12:19que caso haja realmente
12:21uma reciprocidade,
12:21uma retaliação,
12:23talvez ali para o mercado,
12:24ali para o público interno do Lula,
12:25hajam aplausos, né?
12:27Aqueles aplausos,
12:27aqueles sorrisos cúmplices, né?
12:29Mas a chance do Trump
12:31não dobrar,
12:31triplicar a aposta
12:32é beira zero, eu diria.
12:34O PIB do planeta
12:35é 7, 10 trilhões de dólares,
12:37alguma coisa assim, né?
12:38Os Estados Unidos
12:38é quase 30%,
12:39é 28%,
12:4125% do PIB do mundo.
12:42O Brasil é um.
12:44Isadora Brizola,
12:45fique à vontade.
12:45Eu acho que vale a pena
12:47a gente considerar nesse cenário.
12:48Também você tocou
12:48no ponto da China,
12:49então a gente está olhando
12:51muito para uma questão
12:52de um tarifácio econômico
12:54esperando uma justificativa
12:55plausível econômica
12:56que não existe.
12:57Porque é todo um conceito
12:58geopolítico que está acontecendo.
12:59Essa guerra,
13:00ela não é econômica,
13:01ela é uma guerra comercial
13:02voltada para um precedente
13:03geopolítico
13:04que está acontecendo
13:04desde o começo do ano.
13:05E se a gente não conseguir
13:06entender que tem
13:07o fator China
13:08por trás de tudo isso
13:09e o fator,
13:10você falou das big techs,
13:12você falou da parte
13:13de pagamento,
13:13a gente tem essa parte
13:15que tem que ser colocada
13:16em xeque porque
13:16ah, vamos bater lá no Supremo
13:18pela questão do Bolsonaro,
13:19isso aí é um confete,
13:20é uma cereja do bolo
13:21de uma questão
13:21que envolve outras frentes.
13:24Esse tipo de formato
13:25de mercado
13:25que a gente viveu
13:26nos últimos 50 anos,
13:28pós 1970 até agora,
13:29ele está passando
13:30por uma transformação
13:31e essa transformação
13:32está causando que
13:33a gente não consegue mais
13:33manter um superávit comercial
13:35constante
13:35e é o que os Estados Unidos
13:36está passando.
13:37Então a gente está
13:37observando uma queda,
13:40um declínio um pouco
13:41do império
13:42dos Estados Unidos
13:43que está tentando
13:44prejudicar,
13:45digamos que para
13:45fortalecer a sua economia
13:47eu não me importo
13:47de atrasar a economia alheia.
13:49O meu medo é o do desenvolvimento
13:50de outros países.
13:51E aí a gente volta
13:51na fala de que
13:52essa questão tarifácia
13:54ela começou lá
13:55quando a gente teve
13:56o pós-encontro do BRICS.
13:58Tiveram várias falas
13:59do presidente Lula
13:59no momento do BRICS
14:00que impactaram isso,
14:02que trouxeram à tona
14:02muitas coisas
14:03e o Brasil,
14:04digamos que está tomando
14:04uma frente do BRICS
14:06perante ao mundo todo.
14:07Então o Brasil está ali
14:08se fortalecendo
14:09com esse discurso
14:10de um posicionamento
14:11econômico de independência,
14:12de autonomia,
14:13de desdolarização
14:13e aí a China
14:15que talvez deveria
14:15estar dando ali
14:16o nosso suporte
14:17ou entrando também
14:18como investidor,
14:19tentando tampar
14:20esse buraco
14:20se a gente realmente
14:21fortalecer essa questão
14:22econômica dos Estados Unidos
14:23não está no nosso lado
14:24tanto assim.
14:25Está deixando a gente
14:26um pouco sem resposta.
14:27A Índia já falou
14:30que vai fechar
14:30o melhor acordo
14:31de todos os países
14:32do BRICS.
14:33Eu vou fechar
14:34o melhor acordo
14:35com os Estados Unidos
14:35de todos os países
14:36do BRICS.
14:36O que é o BRICS
14:38nessa altura
14:38do campeonato?
14:39Não esquece.
14:40Só um elemento
14:41que agora de manhã
14:42o Trump declarou
14:43que vai taxar ainda
14:44em 25%
14:46em função
14:47das compras
14:48feitas
14:49à Rússia.
14:50Isso seria uma forma
14:51de financiar
14:52a guerra
14:53e invasão.
14:54A máquina de guerra
14:54de Vladimir Putin.
14:55E aí muito provavelmente
14:56agora a Índia vai voltar
14:57e vai falar assim
14:57vou parar de comprar
14:58por favor faz 12,5%.
15:01Esse é o Trump.
15:03Ele joga a bomba
15:03e vai negociar.
15:05Eu acho assim
15:05a gente tem alguma chance
15:06de fechar em 25%.
15:07Eu acho que é isso
15:08que vai ser a pior.
15:10Vai ser uma das piores.
15:11Agora voltando.
15:13A Indonésia fechou 19%,
15:14uma coisa assim.
15:15Eu sei que em tese
15:16as leis da economia
15:17deveriam ser imutáveis.
15:19Mas a natureza
15:20do tabuleiro econômico global
15:21vai mudando,
15:22vai se adaptando.
15:23Eu estou vendo
15:24vários economistas
15:25de respeito
15:26lá nos Estados Unidos,
15:27Pablo Spay,
15:28reconhecendo que
15:29aquele primeiro impacto
15:31daquele tarifás
15:31com aquele cartaz
15:32mostrando mais de 200 países
15:34ali na malha fina
15:36alvos do tarifácio
15:37de Donald Trump.
15:38A expectativa era
15:39de que haveria
15:40um completo derretimento
15:41da economia americana,
15:42aquela histeria toda
15:43que a gente repercutiu.
15:44Mas eu estou vendo
15:45vários democratas
15:46meio que dando braço
15:47a torcer,
15:47reconhecendo cadê
15:48a inflação que diziam
15:49que iam estar vindo
15:50rasgando tudo
15:51que vinha pela frente.
15:52Na verdade,
15:53não sentindo esse impacto,
15:54muito pelo contrário.
15:55Os indicadores macroeconômicos
15:56fundamentais
15:57estavam
15:57em uma tendência
15:58positiva no momento.
16:00Especialmente porque
16:00ninguém considerou
16:01naquele momento
16:02que o Trump exigiria
16:03investimentos
16:04nos Estados Unidos.
16:05E aí esses investimentos
16:06que estão por vir
16:07estão acalmando o mercado.
16:08Então,
16:09o Japão prometeu
16:09550 bilhões,
16:11a Europa prometeu
16:12600 bilhões,
16:13prometeu comprar
16:13energia dos Estados Unidos.
16:15Então,
16:15o Trump,
16:16além de impor tarifas
16:18nos outros países,
16:19está exigindo
16:19negócio
16:20para os Estados Unidos
16:21e investimento.
16:23Está botando tarifa,
16:24exigindo que invista mais,
16:26que compre mais
16:27e que invista no país.
16:28Então,
16:28tudo isso está acalmando
16:29os investidores
16:30dos Estados Unidos
16:30e sim,
16:31realmente está tendo
16:32uma mudança muito grande
16:33lá na mentalidade
16:34das pessoas
16:34que estavam criticando
16:35o Trump,
16:36porque estão vendo
16:37que está dando resultado.
16:38Não vamos ser profeta
16:39do apocalipse aqui não,
16:40mas também no dólar aqui,
16:41que não deixa de ser,
16:42enfim,
16:43as pessoas erroneamente
16:44acham que o dólar
16:45é só uma métrica ali
16:46para os barões
16:46da Faria Lima,
16:47muito pelo contrário,
16:48acaba influenciando
16:49toda a cadeia produtiva.
16:51Sua expectativa
16:51com a implementação
16:53das tarifas
16:53e como isso pode impactar
16:54na imprevisibilidade cambial?
16:56É, não,
16:57o dólar,
16:57Marinho,
16:58o dólar,
16:58ele é totalmente
17:00imprevisível
17:00porque é o ativo financeiro
17:02com mais variáveis exógenas
17:03que tem no mundo.
17:04Então,
17:04muitas coisas
17:05influenciam no dólar,
17:06não só as tarifas.
17:07Então,
17:08o dólar,
17:08por exemplo,
17:09o dólar é um ativo refúgio,
17:10todo mundo corre para o dólar
17:11quando tem algum problema
17:12ou tem alguma crise no mundo.
17:14Diferente de sempre,
17:16dessa vez,
17:16quando teve esses três
17:17lá nos Estados Unidos,
17:18o dólar,
17:19o índice do dólar
17:20lá fora,
17:20caiu 10%.
17:22O dólar aqui
17:22caiu de 6,30 em dezembro
17:24para 5,50,
17:255,60 agora,
17:26não tem nada a ver
17:27com a gente,
17:28não tem nada a ver
17:28com o Brasil.
17:29foi lá fora.
17:31Sacaram dinheiro
17:32dos Estados Unidos
17:33e enviaram para outros países
17:34preocupados
17:35que nos Estados Unidos
17:36ia ter,
17:37essas tarifas
17:38iam causar um problema
17:39muito grande.
17:40E agora está todo mundo virando
17:41e o dólar está apreciando.
17:42Tanto é que
17:43quando o Trump
17:44fechou o negócio com o Japão,
17:45fechou o negócio com a Europa,
17:46o dólar apreciou lá fora.
17:48Então, assim,
17:49é muito difícil prever o dólar,
17:51o consenso do mercado
17:53é que o dólar
17:53vai estar 5,50 no fim do ano,
17:55mas isso é para a gente
17:56ter um norte.
17:57O dólar,
17:57ele vai mudando
17:58o tempo todo,
17:58não é possível saber
17:59quanto vai estar o dólar
18:00segunda-feira.
18:01Agora,
18:02esse otimismo
18:03tem prazo de validade?
18:04Porque, assim,
18:05está todo mundo falando,
18:06prometendo que vai fazer investimento.
18:09Mas até papagaio fala, né?
18:10Quando é que
18:11chegam esses investimentos
18:13de fato?
18:14Mas, assim,
18:15japonês não é papagaio.
18:16Japonês falou,
18:17ele cumpre.
18:18E o Trump,
18:19por exemplo,
18:20olha só que interessante.
18:20Os árabes também, né?
18:21Os árabes também,
18:22os árabes também
18:22prometeram lá,
18:23bilhões também.
18:24E, olha só,
18:26o Trump,
18:26ele exigiu dos japoneses
18:27que é ele que decide
18:29onde eles vão investir o dinheiro.
18:31Então, assim,
18:31o Trump está com...
18:32É por isso que está mudando
18:33muito a mentalidade lá fora também,
18:34porque o Trump está com muita força,
18:36a rédea está na mão do Trump,
18:37e ele está conseguindo
18:38convencer as pessoas
18:39a fazerem as coisas
18:41do jeito dele.
18:42Mas,
18:43apesar desse pragmatismo
18:45imperial do Trump,
18:46eu acho que também,
18:47pelo menos na União Europeia,
18:49unânime,
18:49em todas as frentes,
18:50como a União Europeia
18:51acabou entregando os pontos,
18:52e, assim,
18:54de forma quase que total
18:55rumo às reivindicações do Trump.
18:59Mas também parte
19:00de uma disposição do Trump
19:01de tentar afastar
19:02o Vladimir Putin,
19:03de talvez mudar o discurso
19:04ali na guerra da Ucrânia,
19:06fazendo um aceno também
19:07para os países da União Europeia.
19:08Sem dúvida nenhuma,
19:08a geopolítica tem muito a ver com isso.
19:10Tanto é que uma das obrigações
19:11da Europa é comprar
19:12coisas militares,
19:14é comprar armamento
19:15para a guerra.
19:16Então, o Trump também
19:17está prometendo
19:18proteger a Europa,
19:19proteger a OTAN,
19:20continuar na OTAN.
19:21A gente está vendo
19:23a Europa tem medo
19:25dos russos,
19:25é óbvio.
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