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Transcrição
00:00Estados Unidos aumentam tarifas contra a Índia e Casa Branca amplia a pressão contra os BRICS.
00:06Parlamento de Israel aprova a moção para a tomada total da cidade de Gaza.
00:11E Hamas fala em novo crime de guerra.
00:14Kremlin confirma encontro entre Vladimir Putin e Donald Trump.
00:18E presidente russo deve cobrar rendição da Ucrânia.
00:22Você vai ver também.
00:23Rússia começa julgamento por atentado que deixou quase 150 mortos em 2024.
00:30Meu nome é Fabrício Naitz e pela próxima meia hora nós vamos navegar juntos pelos principais assuntos do mundo.
00:36O JP Internacional está no ar.
00:46Olá, seja muito bem-vindo, seja muito bem-vindo ao JP Internacional já começou.
00:50Pela próxima meia hora a gente vai tratar de tudo de mais importante que aconteceu nesta semana.
00:56A gente começa essa edição falando sobre o BRICS.
00:58porque depois de ser taxada em 25% na semana passada pelos Estados Unidos,
01:05a Índia voltou a receber novas tarifas dos americanos.
01:08Dessa vez o presidente Donald Trump decretou uma taxa adicional de 25% sobre os produtos indianos.
01:16O motivo?
01:17A compra de petróleo da Rússia, um dos principais produtos exportados pelo país.
01:22A gente inclusive separou a publicação de Donald Trump na Truth Social, onde ele fala sobre isso.
01:27Olha só, o presidente norte-americano diz o seguinte,
01:30a Índia não está apenas comprando enormes quantidades de petróleo russo.
01:34Muito do petróleo que eles compram, eles estão vendendo depois no mercado aberto com grandes lucros.
01:41Eles não se importam com quantas pessoas na Ucrânia estão morrendo por causa da máquina de guerra russa.
01:46Por isso, eu vou aumentar substancialmente as tarifas pagas pela Índia aos Estados Unidos.
01:52Obrigado pela sua atenção neste assunto, presidente Donald Trump.
01:57Bom, desde que a guerra com a Ucrânia começou, a Rússia teve um mercado de exportações muito limitado.
02:02A gente sabe disso por conta dos embargos.
02:04Hoje, os maiores compradores de petróleo do país são três.
02:07A China, a Índia em segundo lugar e a Turquia.
02:10E aí, falando em guerra, a gente vai fazer uma comparação.
02:13Porque lá em 2022, quando a guerra começou, só 2% do petróleo importado pela Índia vinha da Rússia.
02:21Em 2024, a porcentagem já tinha subido para 36%, boa parte desse petróleo, inclusive com desconto.
02:28E o governo de Nova Adélia, inclusive, fez reclamações sobre esse tema.
02:32Porque lá em 2022, eles alegam que os Estados Unidos elogiaram o aumento na compra de petróleo russo por parte da Índia.
02:40E por quê? Porque a Rússia produz 5 milhões de barris de petróleo por dia.
02:45E se esses barris de petróleo desaparecem do mercado, o preço dispara em todo o mundo.
02:51E para além disso, existe um fator comum.
02:53Índia e Rússia são países membros do BRICS, assim como o Brasil, que também recebeu tarifas de 50%.
03:01E como é que estão os BRICS hoje?
03:03Lembrando que desde o ano passado, o bloco teve um aumento no número de países.
03:07É isso que a gente vai checar agora.
03:08Os BRICS controlam hoje 39% do PIB mundial, 24% do comércio global, 48,5% da população mundial e 24% do território global também é controlado pelos BRICS.
03:26Vamos lembrar os países, né?
03:28Os cinco membros originais, Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.
03:33E aí esse número tem aumentado.
03:34Primeiro passou para nove, depois passou para onze.
03:37Quem entrou?
03:38A África do Sul, já falei.
03:40Mas o Irã, a Arábia Saudita, Indonésia, Egito, Etiópia e Emirados Árabes Unidos, todos esses países que agora integram os BRICS.
03:49Vamos dar uma olhada em outros números envolvendo o bloco para a gente se situar aqui muito bem.
03:5472%, melhor dizendo, de toda a concentração dos minerais de terras raras, que tem sido muito discutido ao redor do mundo nesses últimos meses, está em posse dos BRICS.
04:0743% também de toda a produção de petróleo, 35% da produção de gás e 78% da produção de carvão mineral.
04:17Ou seja, a gente está falando de um bloco que tem uma matriz energética muito bem definida, muito importante e muito forte.
04:25Agora a gente vai ver como que o BRICS tem sido taxado pelos Estados Unidos, focando nos cinco membros originais.
04:32O Brasil, a gente já sabe, 50%.
04:35A África do Sul, onde teve uma discussão entre Donald Trump e o presidente Sirio Ramaphosa, 30%.
04:41A Rússia, só 10%, mas aí a gente tem que levar em consideração que os embargos já causam um estrago muito grande na economia deles.
04:49A Índia foi para 50% agora.
04:52E a China está em 30%, mas a gente colocou um asterisco porque tem a negociação, a entrada em vigor das tarifas foi adiada e a gente pode ter mudanças em relação à China.
05:02Tanto para mais, quanto para menos, as duas maiores economias do mundo, frente a frente nessa nova guerra comercial.
05:09Bom, para falar mais sobre esse assunto, a gente recebe o professor e pesquisador em relações internacionais,
05:15Ricardo Leães, participa com a gente direto de Porto Alegre.
05:18Professor, seja muito bem-vindo ao JP Internacional.
05:22A gente tem visto essa briga de Donald Trump agora com a Índia, essa nova taxação contra a Índia.
05:27E quando aconteceu com o Brasil, a gente já falava que muito disso tinha a ver com a relação do Brasil com os BRICS.
05:34O mesmo dá para ser dito sobre a Índia?
05:36Muito bem-vindo ao JP Internacional.
05:39Olá, Fabrício.
05:40Um prazer estar aqui com vocês comentando esse tema tão importante.
05:44Me parece que sim, Fabrício, que há uma relação com o fato de que a Índia é um país membro dos BRICS.
05:49Isso é até curioso, porque quando aconteceu a última cúpula dos BRICS aqui no Rio de Janeiro,
05:54alguns analistas internacionais diminuíram a importância do bloco,
05:59lembrando que ele não constitui uma aliança, o que de fato é verdade.
06:03Existe muita diferença entre cada um dos membros e que de alguma forma, então,
06:07ele não poderia ser exatamente mostrado como um exemplo de um grupo que pode ter alternativo
06:15ao domínio do Ocidente nas relações internacionais.
06:18Mas quando a gente observa as declarações do Donald Trump,
06:21a gente vê que ele tem uma preocupação muito grande com a acertão dos BRICS,
06:24sobretudo com as propostas para que esses países acabem criando uma nova moeda,
06:31uma moeda alternativa ao uso do dólar nas transações econômicas internacionais.
06:36Só que a Índia é um país curioso nesse âmbito,
06:39porque talvez seja o país mais próximo do Ocidente.
06:42A Índia é um país que tem relações muito pragmáticas
06:46com diferentes países ao redor do mundo.
06:48Enquanto ela tem ótimas relações com a Rússia,
06:51tanto em âmbitos comerciais, em âmbitos energéticos,
06:54também em âmbitos militares,
06:55a Índia também tem uma rivalidade muito estreita com a China.
06:59E por conta disso, a Índia se aproximou muito dos Estados Unidos
07:03ao longo dos últimos anos.
07:05Inclusive, as relações entre o presidente Modi e o presidente Donald Trump
07:10eram relações, até então, muito boas.
07:13Mas, me parece, pelo fato de que a Índia ainda está nos BRICS
07:17e pelo fato de que a Índia é um país muito importante para a Rússia,
07:21então, Donald Trump decidiu por elevar essas tarifas contra os produtos indianos
07:27na expectativa de que isso possa forçar os indianos a se afastar da Rússia
07:32e também, quem sabe, no futuro, se afastar dos BRICS.
07:35Mas não há indicativos de que isso esteja acontecendo.
07:38Existe a possibilidade do Donald Trump estar subestimando um pouquinho os BRICS?
07:42A possibilidade desse bloco crescer e se tornar um verdadeiro bloco de comércio
07:48ali entre os países participantes?
07:50Eu acho que a resposta a essa pergunta, Fabrício, ela se divide em dois e ela é aparentemente contraditória.
07:58Por um lado, ele não está subestimando à medida em que ele fala abertamente
08:02sobre o risco de que os BRICS possam prejudicar a hegemonia dos Estados Unidos.
08:07Então, nesse sentido, ele está dando a devida importância ao tema,
08:11diferentemente de tantas outras pessoas no Ocidente que tratam os BRICS
08:14como desimportantes nas relações internacionais.
08:17Ao mesmo tempo, a gente pode dizer que, talvez sim, ele esteja subestimando
08:22a capacidade que os BRICS têm de responder a essa ofensiva que ele está fazendo.
08:28Ou seja, talvez ele esteja subestimando a resiliência do BRICS enquanto um bloco.
08:33Talvez ele esteja imaginando que, ao fazer essas pressões,
08:36ele vai conseguir lançar mão dessas diferenças que existem entre os países membros dos BRICS
08:41para, de alguma forma, fragmentá-los, dissociar esse bloco.
08:46E não estamos vendo, até o momento, sinais de que isso possa acontecer.
08:50Talvez, inclusive, haja uma reaproximação da Índia com a China.
08:53A Índia, o presidente Wolde anunciou que vai fazer uma visita à China,
08:59ou coisa que ele não faz, há sete anos.
09:01Então, isso tem um impacto muito grande e parece que o Donald Trump não está medindo isso na sua devida extensão.
09:07E aí tem também uma questão, que é como a gente destacou aqui,
09:10um bloco que concentra boa parte da população mundial.
09:14A Índia e a China, inclusive, os dois países com maior população do mundo.
09:18Professor, eu queria entender exatamente aqui, para onde que os BRICS podem ir?
09:23A gente pode estar falando de um bloco aqui que pode fazer frente ao G7,
09:26que pode se tornar um grande player desse novo cenário mundial,
09:32como as relações internacionais têm se desenhado desde o final da Guerra Fria?
09:35Essa é uma pergunta bem importante, Fabrício, e ela é difícil de ser respondida.
09:41Me parece que o elemento mais concreto que o BRICS poderia ter um dia,
09:47embora isso não esteja ainda no horizonte ou no curto prazo,
09:50seria realmente a viabilização de uma moeda alternativa ao dólar.
09:55A gente sabe que a China quer fazer mais comércio na sua própria moeda,
09:59mas muitos países ainda são reticentes em relação a iniciativas desse sentido.
10:04E há quem esteja falando com a possibilidade de o BRICS criar uma própria moeda,
10:08essa moeda latreada em ouro, conversível a outras moedas internacionais,
10:12o que, de uma forma, aceleraria essa decadência do dólar como moeda internacional.
10:19Me parece mais difícil que o BRICS consiga avançar em outras áreas.
10:23Em termos militares, por exemplo, há quem defenda a possibilidade de que os BRICS se tornem uma aliança militar.
10:29Só que aí a gente tem problemas militares muito característicos entre a Índia e a China,
10:35e aí já me parece mais difícil.
10:36Talvez, se a Índia saísse do bloco, houvesse uma possibilidade maior
10:40de que os BRICS se tornassem uma aliança militar, mas ainda assim me parece pouco provável.
10:46Então, eu diria que a área em que é mais possível que o BRICS avance é justamente essa área comercial,
10:52com a possibilidade da criação de um comércio não mais baseado no dólar.
10:58Até porque tantos países estão sendo sancionados no momento,
11:02e essa guerra tarifária de Donald Trump está minando a credibilidade dos Estados Unidos no comércio internacional,
11:08e a aproximação com os países dos BRICS pode parecer, para tantos outros países ao redor do mundo,
11:14como um caminho possível, um caminho alternativo, um caminho interessante,
11:19para depender menos dos Estados Unidos e ter um comércio mais dinâmico,
11:23um comércio que não esteja sob risco de mudanças intempestivas de quem senta na cadeira da atual aval da Casa Branca.
11:31Agora, eu queria voltar na questão, até inclusive da publicação do Donald Trump lá na Truth Social,
11:36porque ele fala que essa tarifa extra, essa tarifa adicional que ele aplica ao governo da Índia,
11:42a economia da Índia de mais 25%, se dá por conta da compra de petróleo russo.
11:48Mas a gente lembra que as relações entre a Casa Branca e o Kremlin, elas são ali relativamente amigáveis, né?
11:55Me parece que o Donald Trump está usando isso como cortina de fumaça para colocar mais tarifas contra a Índia.
12:01Queria saber o que você pensa em relação a isso, se há realmente um fundamento lógico por trás dessa justificativa
12:09de aumentar as tarifas contra a Índia nesse momento.
12:14Entendi. Existe uma questão importante que a gente não pode nunca desconsiderar.
12:18Em primeiro lugar, por lá que o Donald Trump seja uma pessoa simpática ao Vladimir Post,
12:23ou pelo menos era uma pessoa simpática até o início do seu segundo mandato,
12:28a gente não pode esquecer que ele não dita todas as cartas de todas as decisões que são tomadas na política externa dos Estados Unidos.
12:36Pelo contrário, existe um establishment político, institucional, os dois principais partidos da República,
12:43os órgãos de defesa, as forças armadas, que são hegemonicamente dominados por um pensamento profundamente crítico à Rússia.
12:51Os documentos oficiais de inteligência e de segurança dos Estados Unidos apontam a Rússia como um rival dos Estados Unidos já há muito tempo.
13:00E é óbvio que isso pressiona o Donald Trump a não adotar medidas confortáveis, medidas conciliadoras em relação à Rússia.
13:06O seu primeiro mandato, por exemplo, ele aprovou sanções econômicas contra esse país.
13:11Então, nesse sentido, mesmo que as relações pessoais do Donald Trump possam ser boas com Vladimir Putin,
13:19não necessariamente isso vai se transformar em uma cordialidade maior nas relações entre os dois países.
13:25Agora, dito isso, isso não quer dizer que esse elemento não possa também estar sendo utilizado como curtimento de fumaça para prejudicar a Índia.
13:34Digamos que não são hipóteses totalmente excludentes, elas podem ser compatíveis entre si.
13:39É possível que o Donald Trump esteja fazendo isso porque está sendo pressionado por um establishment que força a adotar medidas mais contundentes contra a Rússia
13:52e, ao mesmo tempo, que ele esteja aproveitando esse contexto para prejudicar a Índia por se fazer parte dos BRICS.
13:58E no curto prazo, professor, dá para a gente imaginar alguma resposta dos BRICS a essas medidas de Donald Trump?
14:03Essa também é uma pergunta bem interessante.
14:07Ontem mesmo, quando o presidente Lula afirmou que não vai retaliar, utilizar a lei de retaliação tarifária que o Congresso aprovou,
14:16ele comentou sobre a possibilidade de uma resposta conjunta dos BRICS.
14:19Só que aí, eu ainda tenho muitas dúvidas do que poderia ser essa resposta.
14:23E parece que alguma declaração oficial os BRICS com certeza vão fazer.
14:27Mas a declaração oficial tem pouco valor diante das pressões do Donald Trump.
14:32A grande questão seria ver se os BRICS são capazes de produzir uma resposta concreta contra esse tarifácio do Donald Trump.
14:40Até o momento, eu ainda não vi nenhuma indicação de que isso possa acontecer.
14:44Mas é claro que a política anda tão dinâmica nos últimos tempos que a gente não pode negligenciar essa possibilidade.
14:50Hoje mesmo, veio a notícia de que o Ministério da Defesa é indiano, não vai mais comprar alguns aviões dos Estados Unidos que já estavam listados como possibilidade.
15:02E isso é óbvio que é consequência desse tarifácio do Trump contra a Índia.
15:07Então, talvez nesse âmbito seja possível que os países dos BRICS consigam articular uma resposta conjunta contra o Donald Trump.
15:15Mas até o momento, eu não vi nenhuma sinalização concreta nesse sentido.
15:18Cenas dos próximos capítulos para a gente acompanhar aqui na Jovem Pan, nessa conexão, essa ponte aérea São Paulo-Porto Alegre,
15:26com o professor Ricardo Leandes, que participou aqui com a gente mais uma vez.
15:28Professor, muito obrigado e volto sempre.
15:31Eu te agradeço o convite, Fabrício. É um prazer.
15:34Até a próxima.
15:36Bom, vamos agora para o Oriente Médio.
15:37O Gabinete de Segurança de Israel aprovou um plano para a tomada de controle da cidade de Gaza.
15:44O exército agora se prepara para expandir as operações na região,
15:47que já está quase que inteiramente dominada pelos militares.
15:51Vamos dar uma olhadinha no mapa da faixa de Gaza para a gente entender exatamente o domínio de Israel aqui na região.
15:58Tudo que está pintado nesse amarelo mais escuro são as áreas onde hoje estão ocupadas pelo exército de Israel
16:06ou que estão sob ordem de evacuação.
16:09Ao todo, a gente está falando aqui de 86% do território, segundo a OCA, em 6 de agosto.
16:17Ou seja, na quarta-feira dessa última semana, certamente esse número vai aumentar.
16:22Essa proporção vai aumentar nas próximas horas.
16:26Em um pronunciamento na última sexta, o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu,
16:31afirmou que o exército vai continuar fornecendo ajuda humanitária à população civil fora das zonas de combate.
16:37A expectativa é de que os militares façam a evacuação dos moradores
16:41e lancem uma nova ofensiva terrestre na cidade.
16:45Mas o próprio premier já afirmou em entrevista à imprensa dos Estados Unidos
16:48que pretende ocupar toda a faixa de Gaza.
16:52Ocupar e não governar.
16:54A gente ainda não entende muito bem o que Netanyahu quer dizer com isso.
16:58Esse anúncio causou uma repercussão negativa na comunidade internacional.
17:02O Reino Unido pediu que Israel reconsidere a decisão.
17:05E a Alemanha anunciou a suspensão do envio de armas para Israel.
17:09Por que isso é importante?
17:11Porque desde o final da Segunda Guerra Mundial, a Alemanha tem uma postura histórica
17:15de ser o maior aliado israelense na Europa,
17:18até com uma reparação por conta de tudo aquilo que aconteceu no Holocausto.
17:23Bom, sobre esse assunto, a gente conversou com o professor de Relações Internacionais da USP,
17:27Kai Enuleman, que por acaso é alemão também.
17:30Ele falou sobre a efetividade dessa operação militar que Israel busca conduzir lá na faixa de Gaza,
17:37principalmente depois desses últimos anúncios.
17:40A gente vai conferir isso agora.
17:41Eu, sinceramente, em termos práticos, não sei qual seria o benefício, entre aspas, para Israel.
17:52O benefício político para Benjamin Detanhal é que ele ficaria com o apoio de dois partidos
18:03na coalizão dele, da extrema-extrema-direita, que desde o início de 2022,
18:10aliás, 2023, né?
18:13Deste 7 de outubro, querem se aproveitar dos ataques terroristas da Hamas
18:21para retomar controle israelense sobre a faixa de Gaza.
18:25Isso é o objetivo explícito do lado da extrema-direita da coalizão de Netanyahu,
18:36e sem esses partidos, eu acho que são dois, né?
18:38Dois partidos relativamente pequenos, Netanyahu não teria uma maioria no parlamento
18:44e o governo cairia.
18:47Essa é uma questão muito delicada.
18:49Benjamin Netanyahu precisa equilibrar as forças lá no Knesset
18:52para conseguir manter a sua governabilidade.
18:56Ele que é o político mais popular de Israel, mas que já foi ainda mais popular
19:00e recentemente perdeu o apoio de alguns partidos ultra-ortodoxos.
19:05Agora, a gente também perguntou para o professor Cayenne Leman sobre a questão da Alemanha,
19:10porque muito tem se falado da atuação da comunidade internacional
19:12nessas últimas semanas por conta da crise humanitária na faixa de Gaza
19:17e o que a comunidade internacional pode fazer de maneira mais efetiva
19:21para tentar resolver essa situação ou pelo menos acalmar um pouco os ânimos por ali.
19:27A gente conversou com ele sobre isso.
19:29Vamos conferir o que disse o professor.
19:30Eu acho que tem dois elementos aqui.
19:33Número um, em termos práticos, não faz muita diferença,
19:35porque o governo israelense tem, evidentemente, outras fontes para buscar armas
19:42e tem no governo americano atual, provavelmente, o governo mais pro-israelense
19:48das últimas décadas.
19:51Então, em termos práticos, a Alemanha mandando ou não armas para Israel
20:10não faz a mínima diferença.
20:12Um segundo ponto é que a maneira como isso foi colocado,
20:19eu acho que dá uma certa margem para uma continuidade de entrega de armas para Israel.
20:30Bom, definitivamente é um tema histórico, uma mudança histórica de postura da Alemanha,
20:34mas se isso vai ter uma efetividade ou não na questão humanitária,
20:39isso a gente só vai descobrir mais para frente.
20:41Agora, chegou a hora do Radar Internacional.
20:49O Radar Internacional chegou com muita manchete e muita notícia que aconteceu essa semana
20:54e que semana, mais uma que a gente teve por aqui e que você acompanhou tudo na Jovem Pan.
20:59Vamos dar uma olhada, então, no que foi destaque nesses últimos dias,
21:03desde segunda-feira passada, começando pela Rússia.
21:06O presidente russo Vladimir Putin e o presidente dos Estados Unidos Donald Trump
21:10devem se reunir nos próximos dias, possivelmente já nessa próxima semana,
21:15pelo menos é isso que diz o Kremlin.
21:17A informação foi confirmada oficialmente pelo governo russo
21:20que descartou a presença do líder ucraniano Volodymyr Zelensky.
21:25E um choque de versões.
21:26O Kremlin diz que foi procurado pela Casa Branca.
21:30A Casa Branca diz que foi procurada pelo Kremlin para conduzir essa conversa.
21:35A expectativa é de que Vladimir Putin faça reivindicações para o fim da guerra,
21:40incluindo o controle de parte do território da Ucrânia.
21:42E aí é tudo aquilo que a gente já sabe.
21:44As áreas ocupadas pela Rússia desde o início da guerra,
21:47ou melhor dizendo, desde 2014, porque inclui a Península da Crimeia.
21:50Mas os territórios ocupados desde o início da guerra,
21:53a gente está falando de Zaporizhia, está falando de Luhansk, está falando de Donetsk,
21:57todos os territórios ao leste da Ucrânia,
22:00algo que o governo ucraniano diz ser inegociável.
22:03Algum acordo vai ter que ser feito.
22:05Vamos ver o que vai sair dessa discussão,
22:07se é que ela vai ter algum avanço, se é que ela vai acontecer de fato.
22:10A gente também aguarda um pronunciamento mais concreto da Casa Branca.
22:14Com certeza você vai acompanhar tudo aqui na Jovem Pan.
22:17Vamos continuar falando de Estados Unidos?
22:19Um juiz federal na Flórida ordenou a paralisação da construção
22:23do Centro de Detenção para Migrantes,
22:26conhecido como Alcatraz dos Jacarés, na região central do estado.
22:30Essa decisão foi baseada no impacto ambiental das obras,
22:34com grupos locais afirmando que a prisão pode causar um impacto
22:37no ecossistema dos Everglades, que é um grande pântano.
22:40A Flórida, para quem já conhece, é um grande pântano,
22:42com muita água, muitos jacarés de fato.
22:44A Casa Branca não gostou dessa ordem
22:46e diz que isso é uma tentativa de frear as promessas de Donald Trump,
22:51que tem uma política migratória muito forte,
22:53que é deter e deportar muita gente que está por lá.
22:57Agora, você quer ganhar 50 milhões de dólares?
23:00Está bem fácil, hein? Eu vou te falar como.
23:02É só entregar informações para a justiça dos Estados Unidos
23:05que possam levar à prisão do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro.
23:11Esse valor da recompensa foi aumentado pelo Departamento de Justiça americano,
23:16que antes estava oferecendo só 25 milhões de dólares.
23:19Os Estados Unidos acusam Nicolás Maduro de colaborar com grupos criminosos,
23:24como o Tren de Aragua, que é venezuelano,
23:26e o mexicano Cartel de Sinaloa,
23:29dois grupos ligados ao tráfico de drogas e também tráfico humano.
23:32Já o ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Ivan Hill,
23:36chamou esse caso de cortina de fumaça.
23:39Por quê?
23:39Porque houve uma tentativa de ataque à bomba
23:41em uma área comercial, em Caracas, essa semana,
23:44que o governo venezuelano acusou os Estados Unidos de estarem por trás.
23:49Obviamente, nenhuma comprovação disso também.
23:51Mas fica aí a dica.
23:52Você que está querendo aumentar a renda,
23:54é só passar essas informações para o governo dos Estados Unidos,
23:57contanto que eles consigam prender Nicolás Maduro,
23:59o que não é uma tarefa lá muito simples.
24:01Vamos virar a nossa página aqui no Radar Internacional,
24:04vamos para o Reino Unido.
24:05O Reino Unido, o órgão que regula a publicidade e propaganda por lá,
24:09ordenou que a famosa rede de moda Zara,
24:11que tem lojas aqui no Brasil também,
24:13retire fotos de modelos consideradas muito magras no site da empresa.
24:19Duas imagens que foram publicadas na internet
24:21foram classificadas como irresponsáveis pela Advertising Standards Authority,
24:27que afirmou que a Zara mostrou modelos pouco saudáveis no seu site.
24:32Esse não é o primeiro caso do tipo lá no Reino Unido,
24:34mas a Zara já confirmou que retirou as imagens,
24:38mesmo com as modelos sendo apresentado.
24:40Um atestado de saúde dizendo que elas estão bem.
24:43Bom, agora a gente sai do Reino Unido e vamos para o espaço,
24:47porque até o fim da década,
24:48a Lua pode estar equipada com um reator nuclear instalado pela NASA.
24:53É o que prometeu a Agência Espacial Americana nesta semana
24:57em meio a esse novo cenário de corrida espacial contra a Rússia e a China.
25:02A China querendo levar sua primeira missão tripulada para a Lua até 2030.
25:06Duas propostas comerciais devem ser selecionadas pela NASA nos próximos seis meses.
25:12E a expectativa é de que um reator no nosso satélite natural
25:14possa produzir 100 kW de energia,
25:17o que serve para abastecer cerca de 70 casas americanas,
25:2170, 75, um pouquinho mais, um pouquinho menos.
25:24Agora, qual vai ser a utilidade de um reator nuclear na Lua?
25:26Isso também a gente vai precisar dar uma investigada.
25:29Assunto para os próximos JP Internacional.
25:32Vamos falar do Japão.
25:33A gente volta aqui para o planeta Terra.
25:35Quase meio milhão de pessoas precisaram abandonar as próprias casas no Japão
25:39nesta semana, depois de uma chuva sem precedentes a atingir o país.
25:44As tempestades chegaram depois de um período de calor intenso,
25:47onde as temperaturas bateram recorde e beiraram os 42 graus,
25:52mesmo para o padrão brasileiro altíssimo.
25:54As províncias atingidas são as de Kagoshima e Miyazaki, no sul do país.
25:59Essa região registrou desabamentos e uma mulher está desaparecida.
26:03Semana importante para o meio ambiente também,
26:05porque a ONU começou lá em Genebra, na Suíça,
26:08a discutir como reduzir a poluição por plástico.
26:10Tema muito importante.
26:12E lembrando, você que quer ficar de olho em tudo o que acontece no cenário internacional,
26:16além de acompanhar a programação aqui da Jovem Pan News na sua TV, no seu rádio,
26:21na Panflix, pode ficar de olho no nosso site www.jovempan.com.br.
26:27Isso foi o radar internacional dessa semana.
26:29Começou nesta semana, em Moscou, o julgamento do ataque mais mortal em solo russo
26:42nas últimas duas décadas.
26:44Os detalhes a gente acompanha com a Bruna Milan.
26:46Os quatro acusados de invadir o Crocus City Hall, em 22 de março de 2024,
26:55abrir fogo contra o público e incendiar o local,
26:59compareceram ao tribunal algemados e sob forte esquema de segurança.
27:04Eles são naturais do Tajiquistão, uma ex-república soviética da Ásia Central,
27:09e estão entre os 19 réus, sendo 15 acusados de cumplicidade
27:14no massacre que matou 149 pessoas e feriu centenas.
27:19O ataque aconteceu durante um show da banda de rock russa Picnic
27:23na região metropolitana de Moscou.
27:26Segundo o Ministério da Saúde, quase metade das mortes foi causada não por disparos,
27:32mas pela inalação de fumaça tóxica e monóxido de carbono,
27:36resultado do incêndio provocado pelos terroristas logo após os primeiros tiros.
27:42O grupo jihadista Estado Islâmico assumiu a autoria da ação.
27:45No entanto, o Kremlin insiste em responsabilizar a Ucrânia,
27:49o que Kiev nega categoricamente, chamando a acusação de absurda e infundada.
27:55O julgamento ocorre a portas fechadas,
27:58mas familiares e sobreviventes foram autorizados a comparecer.
28:02Um deles é o jovem Artem Donskov, de apenas 15 anos,
28:05que trabalhava no guarda-volumes da casa de shows na noite do ataque.
28:10Ele foi responsável por ajudar mais de 100 pessoas a escaparem com vida.
28:15Eu estava na chapelaria, no primeiro andar,
28:18e vi uma grande multidão descendo atrás de mim.
28:20Um dos nossos funcionários desceu junto, gritando que havia um tiroteio lá.
28:24Alguns segundos depois, ouvimos os tiros.
28:27Corremos com a multidão para o corredor de serviços,
28:30e todos saíram para a rua.
28:32Artem conta que o estado de choque foi tão grande
28:35que ele sequer sentia medo.
28:37Sua maior preocupação era com as pessoas ao seu redor.
28:41Eu estava em um estado incoerente,
28:42então não entendi o que estava acontecendo e não sentia medo.
28:46Havia uma sensação, uma ideia do que estava acontecendo,
28:49mas eu estava mais preocupado com as pessoas que estavam ao meu redor,
28:52porque elas estavam com muito medo.
28:54No tribunal, a atmosfera era de dor e silêncio.
28:57Eles estavam todos com a cabeça baixa,
29:00não parecia que sentiam culpa.
29:02Relatou a sobrevivente Tatiana Rusanova, a imprensa local.
29:06O atentado reacendeu debates na Rússia sobre a pena de morte,
29:10suspensa desde 1996,
29:13além de ter impulsionado episódios de xenofobia
29:16contra imigrantes da Ásia Central, como os acusados.
29:18Enquanto isso, sobreviventes e familiares das vítimas
29:23ainda lutam para processar a tragédia que abalou o país
29:27e deixou cicatrizes profundas.
29:30A busca agora é por justiça e por respostas.
29:37É, e a justiça russa costuma ser implacável, né?
29:39O famoso se correr o bicho pega, se ficar o bicho come.
29:43E o JP Internacional dessa semana vai correr,
29:46vai ficando por aqui.
29:47Mas a gente segue de olho em tudo o que acontece ao redor do mundo.
29:51Nosso próximo encontro é no sábado que vem.
29:53E, claro, ao longo de toda a programação da Jovem Pan News.
29:56Muito obrigado pela sua companhia e até a próxima.
30:02A opinião dos nossos comentaristas
30:04não reflete necessariamente a opinião do Grupo Jovem Pan de Comunicação.
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