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  • há 6 semanas
Leandro Guilheiro, chefe de missão do Brasil no Pan Júnior, fala sobre a competição

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Esportes
Transcrição
00:00Queria que você contasse para começar a experiência de ser chefe de missão dessa competição tão nova para a próxima geração.
00:07E eu já vou puxar a sardinha do judô, que eu quero que você conte para a gente o que você espera dessa delegação que veio para cá
00:14e o que você tem acompanhado de todos eles.
00:17Primeiro de tudo, é muito legal essa experiência. Eu vivi muito do outro lado, nunca vivi os Jogos Panamericanos Junior,
00:23uma competição muito nova, é a segunda edição, e estar do lado de cá vendo todo o andamento, vendo o time Brasil trabalhando,
00:30tem sido um privilégio muito grande. Quando você é atleta, você está preocupado só com o seu desempenho,
00:35mas a gente não tem muita noção do que acontece por trás. E é bonito de ver também, porque são os Jogos deles também.
00:42E falando do judô, que é a minha modalidade, a gente vem com muita força.
00:46A gente vem na equipe feminina, por exemplo, com quatro atletas medalhistas em campeonatos mundiais de base.
00:50E é uma geração muito boa. A nossa equipe está mais volumosa do que na última edição em Cali,
00:58e é bem provável que a gente conquiste mais vagas para os Jogos Olímpicos de 2027 e em Lima também.
01:03Então, eu estou com bastante fé, a gente no comitê como um todo, está com bastante fé que o judô vai ajudar
01:07a catapultar o Brasil lá para cima do quadro de medalhas.
01:11Leandro, você é um cara que tem uma experiência que o Cobi trouxe para essa missão,
01:15alguns atletas que têm essa bagagem para ajudar esses jovens.
01:18Como que é passar também essa questão de o que você viveu um pouquinho,
01:22e como que é importante para essa molecada ter esses espelhos perto aqui na missão?
01:27Eu acho que primeiro tem uma questão de modular um pouco a comunicação com eles.
01:30Então, é uma geração diferente da minha, da forma que você se comunica, que você fala com eles é muito diferente.
01:36Eu lido com atletas jovens todos os dias, então não adianta a gente ter um distanciamento muito grande.
01:41Mas, por outro lado, também é preciso colocar no lugar um pouquinho, entender qual é a importância de tudo.
01:47Embora eles saibam da importância dos jogos, eles serem uma trata de alto rendimento e tudo mais,
01:51é muito fácil de você se deslumbrar com as coisas, com as novidades.
01:55Então, eu acho que comunicar de uma forma fácil para eles a importância do que eles estão vivendo,
02:01da oportunidade que eles estão tendo e que pouquíssimas pessoas tiveram e estão tendo.
02:04E o que vale tudo isso, o contexto que eles estão inseridos, é importante.
02:09Mas, eu acho que tem forma de comunicar.
02:10Então, eu acho que não é só a questão da presença, mas a questão da comunicação acaba sendo bastante importante.
02:18O que você acha que essa missão em si pode deixar de legado para o Brasil,
02:22visando não só Los Angeles, mas Brisbane também, que já é um ciclo que pode alcançar?
02:26Eu queria que você falasse também mais especificamente da Bianca e do Lucas,
02:29que você vê dos momentos deles, que são atletas lá de Brasília.
02:31A gente nunca consegue mensurar exatamente o que significa cada competição para alguém.
02:38Então, quando o atleta participa pela primeira vez de uns jogos,
02:41vê toda uma estrutura, vê todo um serviço de comitê olímpico, é uma coisa diferente.
02:45Por mais que esses atletas, alguns deles já tenham participado de campeonatos mundiais,
02:49é um cenário diferente, é um ambiente diferente.
02:53Então, eu acho que é muito provável que eles sejam picados pelo mosquitinho
02:57e que queiram viver isso novamente.
02:58Então, esse primeiro contato com o ambiente de jogos, ele acaba sendo uma coisa que pode aflorar
03:05alguma coisa diferente e pode ser um divisor de águas.
03:07Eu vivi no meu passado, no meu campeonato mundial sub-21,
03:11aquilo foi um divisor de águas para mim na minha carreira.
03:13Então, esse evento pode ser, sim, um divisor de águas, não só para o judô,
03:17obviamente, que tem a ver com a sua pergunta, mas também para outras modalidades
03:19que talvez não tenham tanta tradição como no judô, né, tradição de jogos para o americano
03:24nos Jogos Olímpicos, de repente, daqui pode ser um divisor de águas para a modalidade
03:28que nunca conquistaram na medalha olímpica.
03:30Então, já pensando principalmente em Brisbane, né, que tem um pouquinho a ver com a idade aqui,
03:35mas também não ignorando que nesse caminho eles podem ir para os Jogos Olímpicos já em 2028.
03:40E falando dos atletas de Brasília, a gente pega a Bianca e o Lucas Takaki, né,
03:46a Bianca já é uma atleta extremamente vitoriosa no cenário mundial,
03:49ela já tem duas medalhas de campeonato mundial de base, uma no cadete e uma no júnior,
03:54inclusive no ano passado, e já está desempenhando também no adulto.
03:57Então, é uma das grandes favoritas, assim como o Takaki também, né,
04:01então, eu acho que a nossa equipe hoje é muito homogênea, sabe,
04:04eu não duvidaria de a gente ganhar quase todas as medalhas de ouro, né,
04:08sem botar pressão neles, mas é o que eu tenho esperança e fé que vai acontecer.
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