00:00Hola, mi nombre es Diana Neblin, soy brasileña y por más de tres años sufri violencia doméstica por parte del jugador paraguayo Jorge Baez.
00:11Durante ese tiempo sufri abusos físicos, psicológicos y hasta sexuos.
00:16Jorge Baez me agredía, me humillaba, me chegou a amarrar numa escada por horas, me bateu com uvas de boxe, dizendo para não machucar tanto o meu rosto, mas foi justamente a vez que eu fiquei com dois olhos totalmente roxos.
00:36Eu não acho que ele fez isso pelo fato de não machucar a própria mão dele.
00:40Ele me controlava e abusou sexualmente de mim diversas vezes enquanto eu estava inconsciente.
00:48Eu tentei denunciar ele no Paraguai, eu pedi ajuda para um médico numa consulta, que graças a Deus o Jorge não entrou na consulta porque ele estava numa reunião no telefone dele.
00:59E eu consegui nesse momento pedir ajuda a alguém no Paraguai porque eu não tinha ninguém e sofria cárcere privado.
01:09Então eu não podia fazer amigas, eu só podia sair com ele e falar com quem ele desejava e deixava.
01:16O doutor na consulta disse para mim que era melhor eu não fazer a denúncia porque teria um risco muito grande de o Jorge comprar a polícia e eu acabar me prejudicando mais ainda.
01:28Como o próprio doutor me alertou para eu não denunciar ele, porque ele poderia ficar impune facilmente pela influência e pelo dinheiro dele,
01:41eu resolvi não fazer nada e não lidar com o caso no Paraguai.
01:47Depois de um certo tempo eu consegui fugir do Paraguai, eu enfrentei, é uma viagem de 40 horas de ônibus totais.
01:55E eu fiz a denúncia no Brasil, três denúncias diferentes.
02:02Na delegacia da mulher no Brasil, no Rio de Janeiro, chegaram a rir de mim, caçoar.
02:09Eu escutei de longe enquanto eu estava esperando o meu Uber.
02:12Eu acho que nós mulheres não somos levadas a sério em nenhum momento, nem em momentos de feminicídio.
02:19Chance de feminicídio, violência, tortura, nem nada disso.
02:23E é por isso que eu estou aqui.
02:25Hoje eu quebro o silêncio de uma forma diferente.
02:28Eu venho me pronunciar aqui por vídeo.
02:31Eu estou fazendo isso por todas nós.
02:33Estou fazendo isso por mim.
02:34Estou fazendo por todas as mulheres que passam por isso.
02:37E não tenho coragem de tomar uma atitude.
02:40Nós mulheres merecemos ser ouvidas e merecemos ser atendidas.
02:44Eu exijo que a justiça do Paraguai e a justiça brasileira investigue Jorge Baez.
02:52Por todos os crimes que cometeu contra mim e contra muitas outras mulheres também que não se pronunciam.
02:59Que ele não seja protegido por ser jogador ou por ter dinheiro ou influência no seu próprio país.
03:06Que não haja mais impunidades contra agressores, violentadores, estupradores e pedófilos.
03:15O que eu e Jordan Neblin vivi foi violência e tortura.
03:19E a violência não tem fronteiras.
03:22A justiça tem que ser feita urgentemente.
03:25Nós mulheres temos que ser ouvidas.
03:28Isso não pode mais se repetir.
03:30Isso não pode ficar assim.
03:31Temos que tomar atitudes.
03:34Temos que falar sobre.
03:36Temos que chamar atenção.
03:37Temos que fazer de tudo que esteja ao nosso alcance.
03:40Estamos em pleno 2025.
03:43Não existe mais machismo opressor.
03:46Temos educação suficiente.
03:48Temos internet.
03:49Temos tudo ao nosso alcance.
03:52Isso não pode mais se repetir com nenhuma mulher.
03:56Eu peço justiça urgente já para todas nós.
04:00Se você passa por situações parecidas ou conhece alguém que esteja passando por situações
04:05parecidas ou iguais, não se cale.
04:09No Brasil, ligue para o número 180, Central de Atendimento da Mulher.
04:13E no Paraguai, ligue para o número 137, SOS Mujer.
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