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  • há 5 meses
Nos últimos dias, as redes sociais foram tomadas por uma nova febre gastronômica, os chamados “doces do amor”, preparações que combinam frutas, como morangos, mergulhadas em camadas generosas de caramelo ou leite condensado e envoltas por confeitos coloridos. Embora a estética chamativa e o apelo romântico tenham impulsionado a tendência, especialistas alertam para o risco do consumo excessivo desse tipo de guloseima, principalmente para pessoas com condições metabólicas como o diabetes.

“O problema não é o morango, que tem baixo índice glicêmico, mas sim o excesso de açúcar presente nas caldas e coberturas. As redes sociais priorizam o viral, e não a informação de qualidade. Isso é preocupante do ponto de vista da saúde”, afirma o endocrinologista Rubens Tofolo, presidente da regional da Sociedade Brasileira de Diabetes.

Reportagem: Bruna Lima

Imagens: Carmem Helena

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Transcrição
00:00O João passou a utilizar o sensor com oito anos e seis meses, quando ele foi diagnosticado com diabetes tipo 1.
00:10Logo na primeira consulta com a endocrinologista, quando ela diagnosticou que ele estava com diabetes,
00:17ainda não sabíamos o tipo, mas ela já nos apresentou o quanto o sensor, ele é uma ferramenta preciosa no tratamento e no controle do diabético.
00:36Então, nesses dois anos e meio de diagnóstico, o Miguel usa interruptamente o sensor, né?
00:49Antes ele usava o sensor tipo 1, que ele tinha duração de 14 dias, né?
00:56Então, significa que o portador de diabetes, normalmente, ele vai usar dois sensores por mês, né?
01:06E esse sensor, o que ele vem trazer na rotina do diabético?
01:13Ele vem te fazer conhecer o impacto de cada alimento, né?
01:17Tu vai poder ter esse controle, esse conhecimento, que vai te facilitar nas dosagens séculos e insulinas, né?
01:26Porque não basta simplesmente você saber a quantidade que cada alimento tem de carboidrato,
01:36porque ele não vai ter sempre o mesmo impacto.
01:38Hoje você pode comer um pãozinho careca e você vai aplicar uma quantidade de insulina, ela vai corresponder, né?
01:47Mas amanhã, você come aquele mesmo careca e ele vai te dar um outro impacto.
01:56Então, você passa a conhecer esses impactos através do controle constante do sensor.
02:03Daqui a cada 5 minutos, ele vai atualizando como está a glicemia no teu organismo.
02:08Isso te faz, te possibilita esse controle mais assistivo no tratamento do diabético.
02:20A rotina do diabético muda tudo, né?
02:24E o sensor, ele vai dar para o diabético a possibilidade de não se fechar para os alimentos, né?
02:36Como você passa a conhecer os impactos do alimento através dessa verificação constante, você pode se permitir.
02:46Até porque no sensor, ele vai te indicar sempre quando a tua glicemia está subindo, se ela está estável ou se ela está em queda.
02:57Então, no dia a dia do João Miguel, o sensor é um facilitador.
03:00Por exemplo, o Miguel está na escola e nós, pais, nós temos o controle de como está a glicemia dele no colégio.
03:09Porque, do mesmo jeito que chega para o celular dele, chega no meu, chega no do meu esposo.
03:15Então, a gente tem esse controle.
03:16Se porventura, ele não está podendo visualizar, porque agora tem o problema de não poder usar o celular na sala de aula.
03:23Apesar que, eu já conversei com a coordenação e ele tem a liberdade de usar, mas ele não se sente confortável.
03:31Porque nem todo mundo entende, nem todo mundo sabe o que é o aparelhinho no braço dele.
03:36Então, mas quando o celular está próximo dele, ele consegue captar ainda assim as informações do sensor.
03:45E chega para a gente.
03:46Então, às vezes, ela está subindo.
03:49E aí, eu ligo para a coordenação da escola, falo com ela, digo que é para chamar ele para ele fazer a correção.
03:56Então, isso nos traz mais tranquilidade.
04:01Antes, logo no início do diagnóstico, quando também nós não entendíamos tudo,
04:06foi um dos maiores medos da gente.
04:08Como é que ele vai ficar longe da gente?
04:11Como é que a gente vai ter esse controle?
04:13E aí, o sensor veio e ele traz essa possibilidade, principalmente para crianças e jovens,
04:19para que os pais se sintam tranquilos.
04:22Então, assim, o sensor, ele não é um luxo para quem tem diabetes.
04:26Ele é essencial para o tratamento.
04:29Ele é essencial para o controle do tratamento dela.
04:32Para que não só você tenha aquela possibilidade de entender o teu organismo com relação ao alimento,
04:45mas ele também dá a segurança, no caso das crianças que ainda não têm essa autonomia,
04:51de que elas possam viver normalmente com diabetes,
04:57tendo esse controle em conjunto com seus pais.
05:00que a gente vai conversando com ele, filho, está assim, faça isso, faça a correção dessa forma.
05:08Então, o sensor para a gente é uma ferramenta chave no tratamento do João Miguel.
05:15E nos cuidados diários, ele está também com o seu papel fundamental,
05:21que é o que possibilita saber se ele está apto para começar a natação.
05:29Se durante a natação, ele às vezes sentir alguma coisa,
05:33ele vai se certificar se realmente tem a ver com a glicemia,
05:37porque eu estou ali só monitorando, estou vendo as informações chegarem.
05:42Um dos medos maiores dos pais e mães pâncreas, que são chamados os pais que têm diabetes tipo,
05:53é a parte noturna, quando a criança dorme,
05:58onde pode haver uma hipoglicemia, que vai levar essa criança às vezes até a óbito,
06:04se não for percebida.
06:06E o sensor, ele com ele tem a questão dos alarmes,
06:10avisando quando tem a hiper ou a hipo.
06:13Então, quando está em queda, ele começa a sinalizar,
06:17então os pais vão até lá, fazem o que é necessário.
06:21Então, o sensor, ele está em tudo que tem a ver com a qualidade de vida de quem tem diabetes.
06:28Então, ele é verdadeiramente uma ferramenta importantíssima.
06:32E para quem não tem diabetes também,
06:36que é saber com relação ao impacto, por exemplo,
06:40nós que não temos o diagnóstico de diabetes,
06:46isso não nos impossibilita de utilizar,
06:49até mesmo para a gente conhecer o impacto dos alimentos,
06:54qual é aqueles que dão o maior pico glicêmico,
06:59para que você também passe a evitar.
07:00porque assim você passa a saber o que impacta mais e menos
07:06e você aí pode fazer um controle alimentar muito melhor.
07:09Então, o sensor, ele não serve somente para quem tem diabetes,
07:13mas para quem também quer conhecer melhor como os alimentos se comportam dentro do seu organismo
07:23e o que você pode, ainda mais se você for um pré-diabético,
07:26você pode aí começar realmente a ter mais cautela em consumir e consumir de forma consciente, sem excessos.
07:35Então, o sensor é importantíssimo para realmente nós conhecermos bem melhor o que consumimos.
07:43Então, os cuidados essenciais para o diabetes estão muito relacionados à alimentação,
07:48à atividade física, ao cuidado emocional.
07:52No caso do João Miguel,
07:54a gente já é preocupado com a questão do diagnóstico,
08:01o que traz para ele,
08:03o que for dizer que você tem que ter essa consciência,
08:07não só porque você tem diabetes,
08:09mas você como pessoa,
08:10a gente tem que buscar ter uma alimentação mais saudável,
08:13nós precisamos de atividade física.
08:15Então, o João Miguel,
08:18a gente se preocupa também com o emocional dele,
08:21já que ele tem esse diagnóstico.
08:23Então, ele também precisa do cuidado psicológico.
08:26Então, ele faz acompanhamento com a psicóloga,
08:29que dentro do contexto do diabetes também é essencial,
08:32até para que você não veja aquilo ali como um peso,
08:37não veja você se achar uma pessoa doente,
08:40porque tem esse tipo de diagnóstico,
08:42não, ela não é o que você é,
08:44ela faz parte de você.
08:48Então, a questão de você ter o uso do sensor,
08:56é essencial para o dia a dia do Miguel,
08:59como falei anteriormente,
09:00para que a gente tenha esse controle,
09:03para que ele amanhã não venha ter nenhuma complicação
09:07que o diabetes pode trazer para a vida dele.
09:10Então, a gente conversa muito com ele
09:13sobre a doença,
09:16ele tenha total conhecimento do que ela pode trazer,
09:20do que ele pode buscar para ele trazer essa qualidade de vida.
09:25então, a gente busca ter todos esses cuidados e todos os aspectos do Miguel, né, filho?
09:32E o Miguel, assim, ele é uma criança,
09:37mas ele come somente o que realmente a gente diz para ele,
09:43não, meu filho dá, né,
09:45então ele é bem consciente com relação aos cuidados que ele deve ter com ele,
09:50para que ele cresça saudavelmente,
09:53para que o diabetes jamais traga algo negativo para a vida dele.
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