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Transcrição
00:00O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fechou um acordo comercial com a Coreia do Sul.
00:05O anúncio foi feito agora há pouco pelas redes sociais.
00:09Os países negociaram tarifa zero para os Estados Unidos e uma tarefa de 15% para produtos coreanos que entram no mercado americano.
00:18Além disso, Trump afirmou que a República da Coreia vai enviar 350 bilhões de dólares
00:24para serem investidos nos Estados Unidos em projetos selecionados pelo presidente.
00:30A Coreia também concordou em comprar 100 bilhões de dólares em energia americana.
00:36Nosso assunto agora é a decisão do COPOM.
00:39Como esperado pelo mercado financeiro, o Comitê de Política Monetária do Banco Central
00:43manteve a taxa básica de juros em 15% ao ano, o maior patamar desde junho de 2006.
00:51Depois disso, como vemos no gráfico, a Selic teve muitas altas e baixas, mas sempre abaixo desse nível.
00:59Alguns destaques, na reunião do dia 31 de maio de 2006, a Selic passou a 15,25% com vigência a partir de junho daquele ano.
01:10Setembro de 2008, 13,75%.
01:15Quase sete anos depois, em julho de 2015, 14,25%.
01:22A taxa básica de juros só voltou a ficar abaixo de 10% em julho de 2017, quando caiu para 9,25%.
01:33Depois disso, começou um longo período de cortes, chegando à mínima de 2% em agosto de 2020, durante a pandemia.
01:42Gradualmente, a Selic voltou a subir, atingindo 13,75% dois anos depois.
01:50Em 2023, começou um novo ciclo de cortes, que levou a taxa a 10,5% em maio de 2024.
01:58A partir de setembro do ano passado, o Banco Central retomou os aumentos.
02:02Foram sete altas consecutivas, até atingir os 15% no mês passado, patamar que foi mantido na reunião de hoje.
02:14Entre as sinalizações do comunicado divulgado há pouco, o Copom não abriu margem para cortes no curto prazo
02:21e diz que pretende manter o patamar na próxima reunião.
02:24Vamos ver aqui.
02:25O cenário atual, marcado por elevada incerteza, exige cautela na condição da política monetária.
02:32Em se confirmando o cenário esperado, o comitê antecipa uma continuação na interrupção no ciclo de alta de juros
02:39para examinar os impactos acumulados do ajuste já realizado, ainda por serem observados.
02:46Então, avaliar se o nível corrente da taxa de juros, considerando a sua manutenção por período bastante prolongado,
02:53é suficiente para assegurar a convergência da inflação à meta.
02:59Vamos conversar com Vinícius Torres Freire, nosso analista de política e economia.
03:03Vinícius, alguma novidade importante nesse comunicado?
03:07Cris, teve novidades no texto, mas são novidades mais ou menos esperadas.
03:11A primeira delas foi que está confirmada a interrupção do ciclo de alta de juros, que todo mundo esperava,
03:18e que essa taxa vai ficar alta por um bastante tempo, por um período bastante prolongado, como o BC já vinha dizendo,
03:27até que se tenha sinal de que a inflação está caindo ou não está caindo, que o BC pode voltar a mexer na taxa de juros.
03:34Mas o ciclo está interrompido e isso foi dito de maneira muito clara.
03:38Segundo, deu-se um pouco mais de atenção, ou uma atenção maior, para a guerra tarifária
03:44e seus impactos na política econômica do Brasil, que tanto podem ser de piora como de melhora,
03:51como na perspectiva de inflação, é claro, porque pode ter uma desaceleração econômica maior no mundo.
03:56Mas isso foi citado com uma ênfase maior.
03:58E, por último, tem uma projeção, na verdade, um cálculo de inflação do BC, segundo seus modelos, para o início de 2027.
04:07Por que início de 2027 é relevante?
04:10Esse é o período-alvo do Banco Central agora.
04:13É o período no qual a política monetária atual estaria fazendo o seu efeito mais intenso.
04:19E a projeção de inflação para esse começo de 2027, 2027 mesmo, é de 3,4%.
04:27Alguma convergência para a meta de 3%.
04:31Mas nós estamos falando de início de 2027.
04:35Então, a convergência, dadas as condições econômicas atuais e expectativas inflacionárias,
04:41e a taxa de juros é de que a inflação chegue a 3,4% em 2027.
04:46É uma convergência ainda muito lenta.
04:48Isso quer dizer que, por agora, não há prazo para a taxa de juros, para a Selic, começar a cair.
04:56Claro que já tem gente especulando.
04:58Olha, vai ter uma desaceleração maior aí, talvez até auxiliada, entre aços, pelo tarifato do Trump e seus efeitos econômicos.
05:06Mas, por enquanto, não há perspectiva dentro dos modelos do BC de que há data para a taxa Selic começar a cair.
05:13A convergência, por enquanto, vai ser muito lenta para a meta de 3%.
05:17Obrigada, Vinícius.
05:20Vamos com a Roberta Zental agora, nossa analista de economia.
05:23Bom, Alberto, tem mais três reuniões até o fim do ano.
05:26Alguma chance de uma surpresa até lá?
05:29Cris, acho que não tem nenhuma chance de surpresa.
05:32Até porque o boletim Focus prevê para o final do ano uma taxa Selic de 15%.
05:37Então, com tanta turbulência, não teria por que agora diminuir ou ameaçar ou treinar, ensaiar uma eventual subida.
05:48Quer dizer, o mais provável mesmo é a manutenção da taxa até o final do ano.
05:53Mas antes de falar de juros, vamos falar de inflação.
05:57Até porque a taxa de juros é para combater a inflação.
06:01O nosso IPC agora está em 5,35.
06:04Eu entendo que agosto e setembro o acumulado de 12 meses vai subir.
06:09Por uma razão técnica, porque a gente vai desprezar o agosto e setembro,
06:14que são muito baixos do ano passado e deve entrar uma inflação mensal entre 25 até 0,35.
06:22Então, a acumulada deve subir nos próximos dois meses.
06:26A gente tem a previsão de bandeira 2, bandeira vermelha para a energia elétrica,
06:31que também vai trazer um impacto.
06:33E a inflação para o final do ano, segundo o boletim Focus, está em 5,09.
06:38Ou seja, ainda bem acima do teto da meta, que é 4,5.
06:43Então, tratando-se de inflação alta ainda, mantendo e alta até o final do ano,
06:49não tem por que a Selic se movimentar muito até o final do ano.
06:54Vai ser isso até o final do ano.
06:56Obrigada, Alberto.
06:57Vamos voltar a conversar com o Felipe Salto, economista-chefe da Warren Investimentos.
07:02Felipe, queria ouvir sua avaliação sobre essa manutenção da Selic em 15%.
07:06Era mais do que esperada.
07:08Agora, quais são os principais impactos para a economia brasileira no curto e médio prazos?
07:12Olha, Cris, a Selic em 15% representa uma taxa real de juros, descontando a inflação esperada, de cerca de 9%, ou mais até.
07:25É uma taxa real que está muito acima da taxa neutra, como os economistas chamam, e, portanto, é uma política monetária que é bastante contracionista.
07:34Ela já vem produzindo o seu efeito sobre a demanda agregada, atividade econômica, tanto é assim que os dados da PMC, a Pesquisa Mensal de Comércio, a Pesquisa de Serviços,
07:48o próprio IBC-BR, estão indicando o início desse desaquecimento.
07:54Então, a expectativa é essa mesmo, que o efeito desse remédio amargo, que é a taxa de juros elevada, seja o de desacelerar, desaquecer a atividade econômica,
08:06para fazer com que as expectativas de inflação convirjam à meta.
08:11Essa meta estipulada, que é de 3%, como o Vinícius explicava.
08:15Vinícius, sua pergunta, por favor.
08:19Felipe, boa noite. Eu queria voltar à história dos danos da guerra comercial.
08:24Você estava dizendo que o governo não pode ceder a ideias mirabolantes de subsídios e gastos para tentar ajudar as empresas que vão ser prejudicadas pelo tarifácio.
08:35Agora, vai ter muita empresa que vai ser muito prejudicada, e tem muito setor aí, é de pequeno e médio,
08:41que não tem muito o que fazer, não tem como desviar seu comércio, não tem como vender aqui dentro,
08:45e que não tem como procurar outros clientes no curto prazo, se é que vai conseguir.
08:50Tirando café e carnes, que são grandes, vai ter média empresa aí ameaçando demissão.
08:55Aliás, o pessoal de pescado já disse que vai começar a demitir e tudo mais.
08:59Agora, só adiantamento de contrato de câmbio, antecipação de crédito para exportação e importação,
09:05não vai dar pé. Vai ter empresa que vai demitir.
09:09Você imagina que possa ser feita alguma coisa parecida como na epidemia?
09:13Dinheiro para manter emprego, crédito subsidiado, prorrogação de pagamento de imposto.
09:20Um pacote maior talvez seja necessário para essas empresas pequenas, porque elas têm menos meios de se virar.
09:25Olha, pode-se pensar em diferimentos tributários, por exemplo, para desafogar um pouco as empresas.
09:35Agora, subsídio, nem pensar, porque se for por esse caminho, a gente sabe o resultado.
09:40Você cria gastos permanentemente e não evita o efeito sobre a atividade econômica.
09:47Tem coisas contra as quais você não vai conseguir lutar a ponto de neutralizar todos os efeitos.
09:53O que dá é para conter danos. A política tem que ser de contenção de danos.
09:58Agora, se for inevitável fazer ajudas específicas, então a minha recomendação é que se volte atrás
10:05naquele chamado descontingenciamento e que se utilize a chamada banda fiscal,
10:11a banda da meta fiscal, para eventualmente comportar esse tipo de ajuda emergencial.
10:18Aliás, é para isso que a banda fiscal deveria servir.
10:20E não para ser ocupada rapidamente por gastos com emendas parlamentares e coisas do gênero.
10:28Alberto, por favor.
10:30Felipe, você falou de juros reais, quer dizer, hoje fazendo a conta é 9,15.
10:35Se a gente mantiver a Selic em 15% e o IPCA caindo lá para o 509,
10:41a gente chega em 9,4%.
10:44Haja juros reais.
10:46Mas mesmo assim, a previsão do PIB para o final do ano já cresce a três semanas seguidas,
10:51segundo o boletim Fox, batendo em 2,23.
10:54O que você acha desse PIB, desse crescimento e desse PIB para o Brasil,
10:59dado todo esse cenário que a gente passa?
11:01As previsões estavam muito pessimistas, né, Alberto?
11:06Então, está havendo esse ajuste em relação às previsões iniciais,
11:10mas um crescimento um pouco acima de 2%, por exemplo,
11:14ainda assim vai representar uma desaceleração expressiva
11:17em relação à média de crescimento do primeiro PIB do mandato, né?
11:222023, 2024.
11:24Então, me parece que essa política monetária bastante restritiva,
11:30com essa taxa real de juros astronômica, está fazendo efeito.
11:34Ela demorou mais para começar a fazer efeito do que todo mundo imaginava, né?
11:40Ou pelo menos do que eu imaginava,
11:42mas me parece que os dados de curto prazo,
11:45na margem a gente já consegue sentir que a economia está em desaceleração.
11:51Isso, por que é desejável nesse momento?
11:54Porque isso vai colaborar para que a inflação,
11:58as expectativas de inflação,
12:01convirjam mais intensamente para a meta estipulada pelo Conselho Monetário Nacional.
12:07Obviamente que nós temos que fazer uma discussão de fundo,
12:10que obviamente não vai ser agora,
12:12vai ser num novo governo ou coisa que o valha,
12:15sobre essa meta de inflação de 3%,
12:18que não tem nada a ver com as condições estruturais
12:21e com as condições econômicas que o Brasil apresenta.
12:26Felipe, como é que essa taxação dos Estados Unidos,
12:29efetivada hoje, pode acabar afetando a próxima reunião do Copom em setembro?
12:35Eu vejo duas possibilidades aí, pelo menos.
12:38A primeira é a taxa de câmbio, né?
12:39Agora, o primeiro ensaio do dólar foi positivo,
12:43desse ponto de vista,
12:45estritamente, né, do controle da inflação.
12:49Alô?
12:50A gente continua aqui te ouvindo, você só está torto.
12:54Bom, a gente vai esperar o Felipe Salto,
12:58da Or Investimentos,
12:59ajeitar aí a câmera e a gente volta a conversar com ele.
13:03Voltou.
13:03Agora sim, pode continuar, Felipe.
13:06Desculpe.
13:06Não tem problema.
13:07Eu coloquei no não perturbe, mas entrou uma ligação, desculpe.
13:10Não tem problema nenhum.
13:12O que eu ia dizendo, então,
13:13é que o primeiro canal é a taxa de câmbio, né?
13:15O dólar ensaiou um primeiro movimento,
13:17que é positivo para a inflação, né?
13:20Diminuindo, aparentemente,
13:22refletindo essa composição aí do anúncio do Trump,
13:25que foi 40%, 60%, né,
13:28de isenções e produtos tarifados.
13:31Mas, ao longo do tempo,
13:33pode haver uma volatilidade maior da taxa de câmbio.
13:37E isso afeta a inflação.
13:39A outra questão é do ponto de vista da atividade.
13:42Se as exportações,
13:43o fluxo de vendas lá para fora,
13:45forem significativamente afetadas,
13:49isso pode redundar
13:51numa oferta maior desses produtos aqui internamente,
13:55colaborando também para o controle de preços.
13:57Então, se o saldo líquido disso
14:00vai ser positivo ou não
14:02para o controle da inflação,
14:04ainda é cedo para dizer.
14:05A minha aposta é que sim.
14:08Valmo Vinícius, mais uma, por favor.
14:11Felipe, vou chatear você de novo.
14:13Em relação a essa previsão
14:14que muita gente vinha fazendo mesmo,
14:17de que poderia haver,
14:18pelo menos no curto prazo, em um ano,
14:21sobra de produtos aqui dentro
14:22que colaboraria para reduzir
14:25em alguns décimos a inflação.
14:27Mas agora o que sobrou aí
14:28é café,
14:30mas a gente ainda não sabe
14:31se vai ter uma negociação.
14:33Carne vai sobrar
14:34se não se achar mercado,
14:36mas é uma quantidade bem pequena
14:39em relação ao total consumido do Brasil.
14:41E, além do mais,
14:42os frigoríficos estão parando de abater.
14:45Então, de carne não deve vir grande coisa.
14:48E as outras empresas
14:49que ficaram fora das isenções,
14:52em geral,
14:53não produzem produtos
14:54produtos que vão fazer grande impacto
14:56na inflação.
14:57De onde viria,
14:58nesse caso específico e direto,
15:00das sanções americanas,
15:02esse aumento de produtos,
15:04de disponibilidade de oferta
15:06aqui no Brasil?
15:06Pois é, Vinícius,
15:09a verdade é que depois
15:11do que se anunciou hoje,
15:13esse potencial de aumento
15:14de oferta em alguma medida aqui,
15:16lembrando que uma parte,
15:17mesmo que fosse tudo tributado
15:19a 50%,
15:20tarifado,
15:22poderia também ser escoada
15:23para outros destinos.
15:25Então,
15:25já se poderia relativizar
15:27essa conclusão
15:29que eu estava
15:29aqui colocando
15:31na resposta anterior.
15:32mas é uma tendência
15:35que,
15:36tudo mais constante,
15:38se sobrar
15:38um volume de produtos
15:40internamente,
15:41para ser vendido internamente,
15:42independentemente
15:43do setor,
15:44dado que o IPCA
15:45tem uma composição
15:46bastante expressiva
15:48ou representativa
15:49da pauta de consumo
15:51do brasileiro médio,
15:53certamente algum efeito
15:55terá
15:56sobre a evolução
15:58da inflação.
15:59Não me parece decisivo
16:00a ponto de mudar
16:01o rumo
16:02da política monetária,
16:04mas é uma possibilidade.
16:06Felipe,
16:06muito obrigado,
16:07é sempre um prazer
16:08te receber aqui,
16:09volte mais vezes,
16:10boa noite.
16:12Eu que agradeço,
16:13Cris,
16:13boa noite a você também.
16:14Tchau.
16:15Tchau.
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