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Geraldo Alckmin se reuniu com representantes de Big Techs para discutir o "tarifaço" de Donald Trump. Fernando Haddad, Ministro da Fazenda, defendeu a postura brasileira, afirmando que a negociação “não é vira-latismo” e que autoridades podem “azeitar canais” de diálogo. As conversas buscam uma solução diplomática para as tarifas americanas. Dora Kramer e Nelson Kobayashi analisam as declarações.

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Transcrição
00:00O vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, teve mais uma tarde de reuniões sobre esse tema.
00:05Eu vou conversar com o Igor Damasceno, que vai trazer as informações pra gente agora.
00:09O que você sabe aí dessa reunião, Igor? Bem-vindo, boa noite.
00:15Boa noite, Ivandro. A você e também a todos que nos acompanham ao vivo aqui no nosso Jornal Jovem Pan.
00:21Olha, o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento da Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin,
00:26passou o dia reunidos com representantes do setor produtivo e também com governadores dos estados mais afetados,
00:34que podem ser mais afetados por essa sobretaxa de 50% sobre os produtos brasileiros, como, por exemplo, o estado do Ceará.
00:4245% das exportações dos cearenses são para os norte-americanos e o estado pode ser fortemente afetado.
00:50Geraldo Alckmin tenta, junto dos governadores, encontrar uma solução para esse entrave, um diálogo com o governo dos Estados Unidos.
00:59Questionado sobre a possibilidade de que alguns dos produtos brasileiros possam se livrar dessa sobretaxa,
01:07como, por exemplo, cacau, café e aviões da Embraer, Geraldo Alckmin disse que isso é bastante positivo,
01:14mas que ele trabalha por uma isenção de todos os produtos brasileiros vendidos nos Estados Unidos.
01:20Outro assunto extremamente importante sobre a mesa foi as big techs.
01:25Isso porque, na carta de Donald Trump endereçada ao governo brasileiro,
01:30a regulamentação das plataformas digitais também foi mencionada.
01:34Segundo o presidente norte-americano, o Brasil pode estar causando censura a essas plataformas.
01:40Por isso, Geraldo Alckmin discutiu esse assunto com representantes da Meta, da Amazon, do Google, da Expedia,
01:48representantes dessas plataformas digitais.
01:51Um representante da Secretaria de Comércio dos Estados Unidos participou da reunião por videoconferência.
01:57Geraldo Alckmin disse que essa parte da reunião foi importante para discutir segurança jurídica em torno das plataformas digitais.
02:05E recebemos as big techs, as empresas de tecnologia.
02:12Nós já tínhamos tido um encontro com as empresas de tecnologia e eles ficaram de fazer uma pauta.
02:21E hoje nós tivemos, então, uma segunda reunião.
02:24Marquei a reunião, vieram aqui as empresas e hoje nós reunimos pela segunda vez, reunimos aqui Neta, Google, Amazon, Apple, Visa, Expedia.
02:43E eles trouxeram uma pauta, segurança jurídica, inovação tecnológica, ambiente regulatório, enfim, foi uma boa reunião.
03:00Bom, Geraldo Alckmin ainda tem uma agenda extensa durante a semana até chegar sexta-feira,
03:05que é o dia que, de fato, essa tarifa pode começar a ser cobrada.
03:09Só que amanhã estava marcada uma reunião com o Fórum Nacional dos Governadores.
03:13Essa reunião foi cancelada.
03:16Ainda não sabemos o motivo, mas já está confirmada com o vice-presidente Geraldo Alckmin, Evandro.
03:22Agora, Igor, eu quero falar um pouquinho também sobre o posicionamento do ministro Fernando Haddad,
03:26que disse que não dá para conversar com o Donald Trump utilizando o viralatismo.
03:30O que ele mencionou mais sobre a possibilidade de haver um encontro entre o presidente Lula e o presidente norte-americano?
03:39Pois é, essa foi uma declaração polêmica hoje do ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
03:45Ele disse que o Palácio do Planalto, na figura do presidente Lula,
03:48está disposto a conversar com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, uma ligação por telefone.
03:54Mas, como você bem adiantou, Evandro, não pode ter subserviência e viralatismo,
03:59fazendo menção de que essa conversa precisa ser de igual para igual, de chefe de Estado para chefe de Estado,
04:06sem que ninguém seja diminuído. Vamos ouvir o ministro.
04:10Vocês presenciaram várias conversas que não foram conversas respeitosas, né?
04:18Tem que haver uma preparação antes para que seja uma coisa respeitosa,
04:22para que os dois povos se sintam valorizados à mesa de negociação.
04:27Não haja um sentimento de viralatismo, de subordinação.
04:32Bom, o ministro disse ainda que há representantes e empresários norte-americanos
04:42que trabalham com a hipótese de que essa sobretaxa seja adiada.
04:46Está marcada para essa sexta-feira, mas o governo brasileiro recebeu feedbacks
04:51de que há espaço para que essa sobretaxa seja postergada.
04:55A gente vai seguir acompanhando, viu, Evandro?
04:57Obrigado. Ótimo trabalho para você em Brasília.
04:59Vamos voltar com os nossos amigos, então?
05:01Odora, contigo eu quero aprofundar um pouco mais essa possibilidade do encontro de Lula
05:05com o presidente norte-americano Donald Trump.
05:08Haddad disse que é preciso haver um azeitamento do diálogo
05:11antes que essa conversa de fato aconteça.
05:14Mencionando, inclusive, o que aconteceu com o presidente Volodymyr Zelensky,
05:19da Ucrânia, quando esteve com o Trump na mesma sala.
05:22E aquilo resultou numa situação completamente constrangedora para todos que estavam ali
05:28e que acompanharam aquela conversa depois.
05:30Como é que você avalia, de fato, a possibilidade de Lula se encontrar com Donald Trump?
05:35E você percebe também, nas principais figuras do governo federal,
05:40de que há um certo temor de que, a depender do que se negociar com o Trump
05:44ou do quanto o Brasil conceder poderia se tornar
05:48ou se abrir uma possibilidade do Brasil virar uma tchutchuca dos Estados Unidos?
05:54Olha, isso, essa linha, foi adotada pelo ministro.
05:59O ministro Haddad deu uma longa entrevista hoje para a CNN.
06:02Ele adota exatamente essa linha.
06:05E ele diz assim,
06:06Bom, se a gente ceder, vamos o quê?
06:08Entregar tudo?
06:09Ora, entre a entrega total e o confronto,
06:13há um meio do caminho que, por exemplo,
06:15Canadá, México, que foram absolutamente humilhados,
06:19foram alvos de declarações.
06:21O Canadá, o premier do Canadá,
06:23era chamado de governador pelo Trump.
06:27Ele não se sentiu ofendido,
06:29tipo, o que vem de lá não me atinge?
06:31Não é nem de baixo, né?
06:32Do lado.
06:32Não me atinge.
06:34E foi lá e negociou e conseguiu obter.
06:37O México também foi alvo,
06:40foi tratado como um exportador de fenotil, que chama.
06:46Bom, de drogas.
06:48Fentanil.
06:48Fentanil, isso.
06:50E aí a Sheinbaum foi lá,
06:52a presidente do México,
06:53e soube lidar estrategicamente
06:55com inteligência estratégica com o Trump.
06:59China tem divergências ideológicas,
07:01vai lá, conversa.
07:02Reino Unido,
07:04o premier é de esquerda
07:07e conversa, tem canal aberto com o Trump.
07:11Eu acho que essa coisa de virar latismo,
07:13ela também se manifesta
07:14quando se faz excessivas manifestações de soberania,
07:18tá certo?
07:19Você precisa ficar dizendo,
07:20aí toda hora,
07:22sou soberano, não vou me entregar,
07:24meu Deus do céu,
07:25não me humilhe, não me humilhe.
07:26Isso, pra mim, também é uma manifestação
07:29de virar latismo, sabe?
07:31Então, acho que o Brasil não conduziu lá
07:35desde o início,
07:36desde quando o Lula torce pra adversária do Trump,
07:42quatro dias antes da eleição,
07:45quando depois ele eleito,
07:47diz que o governo dos Estados Unidos
07:49era fascista ou coisa parecida,
07:52e aí, isso não ajuda,
07:54porque essas manifestações de confronto,
08:00elas dão certo um pouquinho,
08:02até a hora que elas têm só aquele efeito de palanque.
08:05Na hora que parte pra vida real,
08:06pro mundo real da produção e do consumo,
08:09isso aí tem consequências sérias.
08:11Então, eu acho que ninguém é preciso,
08:14é um exagero essa coisa,
08:15não precisamos nos entregar,
08:18dizer que os Estados Unidos
08:19vêm aqui e mandar,
08:21não se trata disso.
08:22É possível os países fazerem tratativas
08:26com inteligência estratégica,
08:29sabendo por onde caminham,
08:32tá certo?
08:33E tentando obter os...
08:36No caso do Trump,
08:38não dá nem pra dizer os melhores resultados, né?
08:41Resultados menos piores,
08:43como acabou de acontecer
08:44com o acordo da União Europeia.
08:46Tinha uma taxa lá de 2%,
08:48menos, 1,5%,
08:49ficou com 15%,
08:51mas o cara ameaçou com 30%.
08:55O cara é o Trump.
08:57Ameaçou com 30%.
08:58É assim, o mundo tá submetido a essa maluquice,
09:02o que eu chamo de acelerado do norte,
09:05mas isso vai ter que ter um paradeiro,
09:07mais cedo ou mais tarde.
09:08Enquanto não vier,
09:09precisa lidar com essa coisa.
09:11Ficar gritando,
09:13ele é melhor de grito.
09:14Exatamente, Dora.
09:15Obrigado.
09:15Até daqui a pouco.

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