- 16/07/2025
Fabio Costa Pereira, procurador de Justiça do Ministério Público do Rio Grande do Sul, relata casos de violência online pouco comentados e os perigos escondidos em jogos e eventos online que visam, principalmente, crianças, adolescentes e jovens.
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NotíciasTranscrição
00:00Qual é o estado geral da segurança pública do combate ao crime no Brasil e especificamente no ambiente digital?
00:09Vamos lá, em primeiro lugar, Motocard, eu quero te agradecer o convite, eu estou há muito tempo para vir aqui,
00:14admiro muito o teu trabalho e acho que é extremamente importante a gente ter essa capacidade
00:20de explicar claramente para a população aquilo que é muito comezinho, aquilo que diz respeito ao dia a dia.
00:30Aquela preocupação constante que cada um de nós tem, ao sair de casa, voltará por conta das questões da segurança pública.
00:40A gente vive um panorama de segurança pública bastante complicado.
00:44No Brasil a gente experimenta taxas anuais de homicídio extremamente altas.
00:51Ano passado, em 2024, a gente teve cerca de 44 e 45 mil homicídios.
00:59Isso vem se mantendo numa constante já há mais de uma década, a indicar que tem alguma coisa fora do lugar.
01:07E a piorar essas crises de segurança está a questão das grandes organizações criminosas
01:14que comandam o cenário da criminalidade urbana e utilizam o homicídio como uma forma de realizar de forma concreta os seus negócios.
01:28Ora, acabando literalmente com seus adversários, com a sua concorrência e ora, como mecanismo de coerção de seus devedores.
01:43Então, isso piora muito o cenário.
01:47E é claro que o panorama não diz hoje, até porque a gente vive num mundo altamente conectado,
01:54de crimes praticados no mundo real.
01:58Há muitos crimes hoje praticados no mundo virtual.
02:01Se a gente pegar, por exemplo, quando acontece a pandemia,
02:07muitos indicadores de segurança pública tiveram como naturalidade o seu decréscimo.
02:14Como, por exemplo, o roubo, o furto.
02:17Por quê?
02:18Porque predadores precisam de presas.
02:21Os nossos criminosos são predadores e nós, na acepção deles, as presas.
02:26Se as presas não estavam disponíveis, é óbvio que essas taxas decaíram.
02:29Em compensação, na pandemia, os crimes digitais aumentaram exponencialmente.
02:36Porque o objeto, a vítima, em potencial, estava no outro lado da tela, online.
02:45E aumentaram também muito aqueles crimes no contexto familiar, os crimes da Maria da Penha.
02:52Especificamente no que diz respeito aos crimes digitais,
02:56eu acho que hoje nós temos uma explosão deles.
02:59Eu, particularmente, eu recebo todos os dias, no mínimo, de 20 a 30 ligações,
03:08dizendo que eu utilizei o meu cartão de crédito num banco que eu nunca tive
03:12e pedindo confirmação de dados que eu nunca dei.
03:17Então, a questão hoje, assim, nós temos, de um lado, a complexidade da vida em sociedade,
03:24em termos concretos, da realidade da criminalidade,
03:27e de outro, aquela criminalidade que nos atenta todos os dias, que é pelos meios digitais.
03:33Eu recebo muitas mensagens.
03:36Olha, clique nesse link para confirmar que você fez a compra no cartão tal.
03:42Agora eu descobri que o meu currículo foi altamente avaliado para um emprego que eu nunca pedia.
03:48Eu recebo também todo dia essa.
03:51Receba de 100 até 3 mil reais por dia.
03:55Fábio, que atividades criminosas, que crimes acontecem no mundo digital,
04:04dos quais a maioria das pessoas não tem consciência.
04:08Aí é que está.
04:10E eu acho que essa pergunta é extremamente importante,
04:13porque a gente tem a tendência a compreender os crimes que acontecem no mundo digital
04:20muito mais vinculados ao estelionato,
04:24algum tipo de fraude, algum tipo de furto,
04:28de dados, de contas bancárias,
04:32mas é muito mais que isso.
04:33Toda a realidade que nós vivemos aqui,
04:37no lado de cada tela,
04:39ela se reproduz do lado de lá da tela.
04:42Então nós temos estupros virtuais,
04:44nós temos extorsões, a sextorsão,
04:48nós temos homicídios,
04:51indução a suicídio,
04:55crimes diversos que são instigados pelo mundo virtual,
05:00mas que têm consequências concretas,
05:04principalmente para as vítimas e suas famílias,
05:08com gravíssimas consequências.
05:11Eu vou te contar um caso, Mata.
05:12Respirar.
05:16Eu, por conta das coisas que eu faço no Ministério Público do Rio Grande do Sul,
05:21agora eu coordeno um núcleo, que é um núcleo de prevenção à violência extrema,
05:25que a nossa grande preocupação é a radicalização e a mobilização de adolescentes
05:32a atos de violência que têm como palco as mídias sociais, os games.
05:39E nós desenvolvemos, para alertar a comunidade, para alertar pais, para alertar educadores,
05:48para alertar o pessoal da área da segurança pública,
05:50para alertar a rede de atendimento de crianças e adolescentes,
05:55um programa chamado Sinais,
05:58onde a gente mostra os sinais que este adolescente vai deixando,
06:02ao longo de seu tortuoso caminho,
06:04da radicalização e da mobilização à violência.
06:07Eu estava indo para uma pequena cidade do Rio Grande do Sul, chamado Colorado,
06:12e eu posso falar justamente porque os pais assim me autorizaram,
06:17e nesta cidade foram reunidas 10 outras cidades também do entorno,
06:21mais de 200 pessoas, para que pudéssemos falar sobre a radicalização via online.
06:28E uns 15 minutos antes da palestra, um pai me procura.
06:32E ele diz, Fábio, legal o trabalho que vocês estão fazendo,
06:37é muito importante para mim e para minha esposa,
06:41porque o meu filho morreu por conta disso.
06:45Três meses antes, o menino que durante algum tempo havia sido vítima de sexo e extorsão,
06:53não conseguiu lidar com aquilo e tirar a própria vida.
06:56um menino bom, um menino que acompanhava o pai,
07:02um menino religioso, que não conseguiu lidar com essas mazelas que esses celerados submeteram.
07:13E esses pais me narraram toda a dor e sofrimento que eles estão experimentando.
07:21E que eles tiraram da morte do filho um impulso para tentar ajudar outros pais
07:27para que não passem pelo mesmo que ele está passando.
07:32E ao ouvir aquele pai, eu prometi para ele,
07:34a morte do teu filho não será em vão.
07:39Ele será sempre lembrado pelo nosso projeto,
07:43como o nosso faraó a ser seguido.
07:48Justamente porque outros adolescentes como ele não podem sofrer o que ele sofreu.
07:53Então é isso.
07:54Esse é o quadro.
07:55Quando a gente começa a achar e pensar que isso só está no mundo digital,
07:59não.
08:00Isso tem consequências reais.
08:01O pai me dizia, Fábio, tem consequências reais.
08:04Nós estamos sofrendo.
08:06Ele é a mãe.
08:07Imagina duas muralhas, duas muralhas de dignidade.
08:13Eu conheci.
08:15Isso a gente só consegue mostrar, Mata,
08:19naqueles momentos em que a vida efetivamente te testa.
08:26E eles passaram o teste.
08:28Esses são gigantes que hoje estão ajudando inúmeros adolescentes,
08:31inúmeras famílias, justamente para não sentir,
08:34nem o que eles sentiram e estão sentindo.
08:37Que tipo de perigos são esses, Fábio, que esperam as crianças e os adolescentes?
08:43Onde é que esses perigos estão?
08:45Como é que eles se manifestam?
08:46Os perigos são difusos, né, Mata?
08:48Sabe?
08:48Pode estar no celular, em uma mensagem perdida no WhatsApp.
08:53Ele pode estar em mídias sociais.
08:59E ele pode estar em todo o ecossistema game.
09:04Vou te contar uma historinha.
09:05Eu tenho muitas historinhas para contar, tá?
09:07É engraçado que eu estou nesse projeto, nessa atuação há um ano e meio.
09:12A minha percepção, como humano, é que eu estou nisso já há 100 anos.
09:19Muitas histórias de insucesso e muitas histórias de sucesso colacionadas.
09:25Eu estava dando uma capacitação numa cidade também pequena do Rio Grande do Sul.
09:28E aí eu falando sobre os perigos desse ecossistema gamer.
09:34De jogos que parecem absolutamente inocos, como Minecraft, como Roblox.
09:39E o filho desta senhora estava jogando um desses dois, o Roblox ou Minecraft.
09:48E ela?
09:49Que são jogos que são jogados até por crianças muito novas.
09:53E ela disse, olha, eu deixo o meu filho jogar.
09:58Deixava, depois eu vou explicar por quê.
10:01Eu deixo o meu filho jogar, mas só se ele jogar online, mas se eu estiver perto e estiver em alto e bom som para que eu possa escutar.
10:11E lá pela estante está jogando, com objetivos a atingir, falando com o pessoal para não sei o que é.
10:16E de repente aparece um adulto e pede o WhatsApp dele.
10:20Então, nos mundos...
10:21No meio do jogo apareceu uma voz de adulto.
10:24Onde é que estão os predadores, Mota?
10:26Os predadores estão onde as presas estão.
10:30Então é muito comum ter pedófilos escondidos nesses games justamente para aliciar crianças e adolescentes.
10:38Mas é legal dessa história toda, é que depois eu faço agora uns dois meses e reencontro essa senhora.
10:44Num outro evento que eu fui.
10:46E ela me diz, Fábio, meu filho não joga mais.
10:49Eu dei uma bicicleta para ele.
10:51Então, assim, a grande realidade é muito mais importante o real do que o virtual.
10:56Então, quanto mais a gente proteger os nossos filhos no mundo virtual, melhor para eles e melhor para nós.
11:04Então, os perigos e ameaças estão escondidos em todos os cantos.
11:09A gente vai ter aquilo que no núcleo a gente vai chamar de plataformas iscas, que vai ser basicamente o YouTube, o Instagram, o TikTok.
11:21E depois, se quiser até eu te explico o porquê.
11:24E depois tu vai ter aquelas plataformas que a gente vai chamar de doutrinação.
11:27Principalmente o Telegram e Roblox.
11:30Tem agora a Covenant Space, que era o antigo Project Z.
11:35Mas muito mais essas duas, Telegram e Discord.
11:42Por que plataforma isca?
11:44Vamos lá.
11:45Qual é o fenômeno?
11:46Eu sei que a gente está derivando um pouco, mas depois...
11:48Não, por favor.
11:49Esse panorama é muito importante.
11:51Se quiser corrigir o rumo da nossa prosa, está tudo certo.
11:53Mas é que como eu sou um apaixonado por assuntos, se deixar eu falo a tarde inteira aqui.
11:59Bom, o que acontece com esses nossos adolescentes quando eles procuram um mundo digital?
12:08Um adolescente, e talvez nessa fase da vida seja a mais importante, é a sensação de pertencimento.
12:15Os nossos adolescentes querem participar de um grupo, ser pertencente, para que a vida deles tenha algum sentido.
12:20Para que a vida deles tenha propósito.
12:22E esse propósito os adolescentes encontram gregariamente.
12:26Quando os nossos adolescentes não encontram isso no mundo real, eles acabam migrando para o mundo digital.
12:33Então nessas plataformas iscas, eles vão lá e começam a reverberar aquele ódio que eles sentem interno.
12:41Começam a colocar seus dramas e essas suas angústias, às vezes de formas até bastante aceleradas.
12:49E outros, como ele, vão reconhecer em si o adolescente que eles também são e começam a chamar para participar de grupos privados de conversa,
13:00ou dão links para entrar no Discord, enfim, ou para o Telegram, onde aí tem as plataformas de doutrinação,
13:08onde efetivamente a radicalização ocorre.
13:11Mas não é uma coisa estruturada, sabe, Mota, não é?
13:14Não existe a entidade radicalizadora com CNPJ.
13:17O negócio é muito difícil para nós entendermos, porque nós somos homens dos milênios passados.
13:23A nossa conformação toda, o nosso disco rígido, ela precisa de algum tom de certeza que a gente tinha no passado.
13:30Então, olha, quando a gente é recrutado é porque tem uma entidade recrutadora que vai nos radicalizar
13:37e nós nos tornaremos perigosos e terroristas. Não funciona mais assim.
13:41Essa radicalização chama-se de radicalização cruzada, monopolização cruzada.
13:46Eu te radicalizo, tu me radicaliza e nós nos radicalizamos.
13:49Então, você está falando, você falou agora, de pelo menos duas ameaças distintas.
13:55Uma são os predadores, são adultos que entram em ambientes frequentados por crianças e jovens
14:03com o objetivo de conseguir informação pessoal, informação de contato
14:08e aí evoluir para alguma ação predatória.
14:12Esse é um.
14:13Esse é um.
14:13O outro são os próprios adolescentes que, por alguma razão ou outra, têm algum problema
14:22e aí eles meio que compartilham, contaminam os outros com esse problema.
14:28E vão se autocontaminando.
14:29E produzem esse fenômeno que você chama de radicalização e violência extrema.
14:33Isso, exatamente.
14:34Então, esses nossos adolescentes, eles começam a perder empatia, começam a depender muito de dopamina
14:43e precisam de doses cada vez maiores de dopamina.
14:46E isso eles acabam obtendo via violências.
14:52Essa violência extrema, muita mutilação, muitos desafios.
14:57Então, infelizmente, esse ano, duas crianças perdendo a vida por conta de desafios,
15:03do inalar, desodorante.
15:05Aqui no Brasil.
15:08Aqui no Brasil.
15:09Muitos desafios para cometerem atos de violência extrema.
15:13Lembra no Rio de Janeiro, agora, no início do ano, em que um adolescente, um jovem adulto,
15:19jogam coquistéis e molotov em um mendigo?
15:23Isso tudo pago em parte com uma moeda chamada Roblox, que é a moeda do Roblox.
15:31Então, essas coisas contaminam a rede.
15:34E isso, infelizmente, para esses adolescentes que estão mobilizados à violência extrema,
15:42são elementos que acabam catalisando as suas vontades e tem aquele efeito imitação.
15:51Agora, você está descrevendo aí um processo que sempre foi um desafio para os pais lidar com adolescentes.
16:04É uma fase de transição.
16:06É uma fase onde você não é mais criança, mas ainda não é adulto.
16:09É uma fase onde você está buscando um senso de pertencimento.
16:13Sempre foi difícil.
16:14Essa é uma oportunidade.
16:15Sempre foi uma oportunidade para o surgimento de problemas.
16:19Mas o que me assusta é que você está descrevendo um universo
16:23que é fechado para a maioria dos adultos.
16:28Eu diria que a maioria das pessoas com mais de 30 anos ou 35 anos
16:32não consegue nem saber direito do que você está falando.
16:36Desculpa te interromper, eu também achava isso.
16:39Quando o Márcio e eu, o Márcio Abreu, que é o meu colega,
16:42que participa direto dos sinais comigo,
16:48tem outros, como a Michelle Kiffner, tem vários,
16:51mas principalmente o Márcio,
16:53logo no início das nossas primeiras palestras a gente falava
16:56olha, quem tem 35 mais aqui não vai entender.
16:59Na realidade, o gap geracional é maior que isso.
17:02Eu estou sendo otimista?
17:03Você está sendo otimista.
17:04Eu garanto que o teu filho, que tem 21 anos de idade,
17:07já não entende mais essa geração que está chegando.
17:09Não entende mais.
17:11Qual é o problema que eu vejo nesse gap geracional?
17:15A gente está com um presente e um futuro
17:17que não tem nenhuma relação de conexão com o passado
17:23e a gente busca num passado
17:26que não tem essa conexão às respostas.
17:29Vamos lá.
17:30Mota, quando Mota adolescente no Rio de Janeiro,
17:34lá nos anos 80, anos 70, final dos anos 70,
17:37teu pai e a tua mãe, quando chegavam em casa,
17:40estava, como dizem hoje, estava de boas.
17:42Tá bom.
17:43Se o Mota ficasse o dia inteiro no quarto,
17:46eles ficavam despreocupados,
17:47porque o perigo estava da porta para fora.
17:49E nós reproduzimos esse conceito de segurança
17:54com os nossos filhos.
17:57Então, se os nossos filhos estão no quarto
17:59só jogando um joguinho,
18:02estão seguros, estão de boas.
18:04Mas a real Mota,
18:06é que só o corpo deles está no quarto,
18:09porque o espírito e o coração e a mente
18:11estão num outro lugar,
18:13no cybermundo,
18:14que é muito maior e muito mais amplo
18:16que o mundo real e concreto que a gente vive.
18:19Então, a gente está vivendo Mota.
18:21Assim, para nós,
18:23que já somos jovens há bem mais tempo,
18:25a gente está vivendo uma mistura
18:26meio que sinistra
18:27entre Matrix e Avatar.
18:30Matrix, lá pelas tantas,
18:31o Neo acorda no mundo real,
18:34cheio de tubos.
18:35O mundo real o nutria
18:37para ele viver no mundo de Matrix.
18:39É mais ou menos o que acontece
18:41com nossos filhos.
18:41Eles não vivem no mundo real.
18:43Eles vivem no mundo virtual.
18:45E no mundo virtual,
18:46a mistura com Avatar.
18:48Avatar é aquele...
18:50Tinha aquele mariner
18:51que, por conta das suas ações,
18:54ele acaba ficando desabilitado,
18:57não conseguia mais andar.
18:59E no mundo como Avatar,
19:02ele era um sujeito com dois metros de altura,
19:04era verde e voava.
19:06E podia fazer tudo.
19:07Então, os nossos filhos vivem num mundo ficcional
19:09que, para eles, é tão ou mais real
19:11que o mundo real que a gente vive.
19:12E a gente não consegue entender
19:14essa diferença.