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O pacote orçamentário de Donald Trump avança no Congresso com cortes em programas sociais, aumento no teto da dívida e estímulos fiscais bilionários. Mariana Almeida analisa as tensões políticas, impactos econômicos e os riscos do aumento da dívida pública para a política monetária dos EUA.

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Transcrição
00:00A Câmara dos Estados Unidos deve votar hoje o projeto de Donald Trump que reduz impostos,
00:06aumenta a verba contra imigrantes e corta programas sociais.
00:10Ontem, o pacote fiscal foi aprovado no Senado com alterações em uma votação apertada
00:15e um desempate decisivo do vice-presidente J.D. Vance.
00:20Vamos direto então para Washington, de onde nossa correspondente, Luísa Imaiana, traz os detalhes.
00:25O martelo foi batido no Senado, agora a Casa Legislativa aprova a proposta orçamentária do presidente Donald Trump
00:35que, como ele mesmo diz, é um grande e belo projeto.
00:38Foi uma votação muito acirrada, o placar chegou a empatar em um dado momento,
00:44isso porque três dos 53 senadores republicanos votaram contra o seu próprio partido.
00:51E aí quem entrou em cena foi o vice-presidente J.D. Vance,
00:55que além de vice-presidente assume também a cadeira de presidência do Senado
01:00e ele foi o responsável por desempatar esse placar.
01:05Ficaram 51 votos a favor do projeto e 50 contrários.
01:11O presidente Donald Trump, claro, ele celebrou essa conquista,
01:15chegou a dizer que está otimista porque agora o projeto vai para o Congresso.
01:20e ele disse, inclusive, que deve ser mais fácil agora no Congresso,
01:24na Câmara de Representantes, na verdade, do que no próprio Senado.
01:28Mas como é que fica esse projeto?
01:30Nós preparamos algumas telas para mostrar para você, nosso telespectador.
01:34O texto agora tem um corte de 3,3 trilhões de dólares no déficit projetado até 2034,
01:42mesmo gerando aí um aumento real do déficit federal.
01:47Aumento também de 5 trilhões no teto da dívida
01:51e mais 350 bilhões de dólares para a segurança de fronteiras e defesa.
01:59O projeto também torna permanentes os cortes de impostos lá de 2017,
02:06na primeira gestão do presidente Donald Trump.
02:08Então, agora a gente vê o presidente resgatando algumas medidas antigas.
02:13Além disso, o projeto também amplia a dedução do salto,
02:17que é uma dedução que os contribuintes podem fazer no imposto de renda,
02:21benefício fiscal para gorjetas e também horas extras.
02:27E, por último, o projeto prevê reduções severas em programas sociais,
02:32como Medicaid, assistência alimentar, entre outros benefícios.
02:38Mais uma vez, só reforçando, o presidente Donald Trump celebrou essa conquista.
02:44Agora os parlamentares precisam correr na Câmara de Representantes,
02:47porque a expectativa de Donald Trump é de sancionar a lei,
02:52é sancionar esse projeto na próxima sexta-feira, 4 de julho.
02:57Jill Washington, Louise Maiana, para o Times Brasil, licenciado exclusivo CNBC.
03:03Bom, e para analisar este super pacote de Donald Trump,
03:08já está aqui conosco a nossa analista Mariana Almeida.
03:11Mariana Almeida, muito bom dia para você.
03:13Como que você está nesta quarta-feira? Tudo bem?
03:15Tudo bem, Eric Klein. Bom dia para você.
03:16Bom dia para todo mundo que nos acompanha aqui no Agora.
03:18É, quem parece que não está muito bem ali
03:21são os norte-americanos de olho nesse mega pacote,
03:23porque tem corte de programas sociais.
03:27A gente está vendo aí muito que vai impactar na saúde
03:31e também programas de alimentação para as pessoas mais carentes.
03:35E a gente viu que está bem dividido o Congresso.
03:38Ontem teve que ter o desempate do J.D. Vance e foi 51 a 50 a votação.
03:43E lá na Câmara, para onde vai voltar o texto porque teve alteração,
03:47os republicanos, inclusive, já estavam divididos em relação a esse projeto, né, Mariana Almeida?
03:51É, como a nossa correspondente comentou,
03:54os três republicanos, inclusive, votaram contra no Senado.
03:57E agora vamos ver como vai ser esse comportamento no Congresso.
04:00Ele é um projeto que ele não se assenta no que seria, digamos assim,
04:04o perfil republicano padrão.
04:06Por quê? Porque se de um lado ele tem corte de impostos,
04:08que encaixa aí no modelo republicano de menor participação do Estado, né,
04:12uma questão um pouquinho mais pró-setor privado, espaço-setor privado,
04:17e aí seria condizente com isso.
04:19Do outro lado, tem um aumento de gastos, né,
04:21e aumento de gastos no campo da defesa.
04:23Então, uma parte do ajuste é bem modelo republicano,
04:26mas outra, que é esse aumento da despesa no total,
04:29com redução de receita, gerando dívida,
04:31essa é que parece que passa meio torto aí,
04:34uma boa parte dos republicanos também.
04:36Pensa assim, qual vai ser o efeito geral depois,
04:38dado que vai criar mais endividamento público,
04:41isso pode pressionar a relação depois,
04:43inclusive, de taxa de juros e mais geral na economia para frente.
04:45É, e você falou de taxa de juros, vamos dar uma olhadinha no que é destaque do site da CNBC,
04:50porque o chair do Fed, o Jeremy Powell,
04:53que é cobrado o tempo todo para cortar os juros,
04:57foi elegante novamente ao criticar Donald Trump,
05:01que ele diz o seguinte,
05:03o presidente Jeremy Powell afirma que o Banco Central dos Estados Unidos
05:07já teria afrouxado a política monetária
05:10se não fosse pelo plano tarifário do presidente Donald Trump.
05:13Quando perguntado durante um painel se o Fed teria reduzido as taxas novamente este ano,
05:19se Trump não tivesse anunciado seu polêmico plano de impor taxas mais altas
05:23sobre produtos importados no início deste ano,
05:26Powell disse, acho que está certo.
05:29Com efeito, ficamos em espera quando vimos o tamanho das tarifas
05:32e, essencialmente, todas as previsões de inflação para os Estados Unidos
05:36subiram materialmente como consequência das tarifas,
05:40disse Jeremy Powell no Fórum do Banco Central Europeu em Sintra, Portugal.
05:45Então, o Powell rebate muitas das críticas de forma elegante,
05:48falando, olha, se não fosse a política tarifária ou comercial de Trump,
05:53nós já teríamos um cenário para corte de juros.
05:55E parece que com esse mega projeto aí,
06:00vai ficar cada vez mais difícil do Powell cortar juros
06:03antes ali do fim do ano,
06:04da previsão ali a partir de setembro, outubro, não é, Maria Almeida?
06:06Pois é, ele disse, chegou a dizer também,
06:08e outros membros também do FED mencionaram que a única alternativa
06:12fosse se o mercado de trabalho estivesse mostrando assim muito ruim,
06:15que precisasse de um mega estímulo do ponto de vista de juros,
06:18o que não está acontecendo.
06:19Então, o cenário ficou um pouquinho de,
06:21pegando os dois mandatos do FED,
06:22que é garantir plano de emprego e inflação baixa,
06:25se o emprego está ali ainda,
06:27está realmente conseguindo se sustentar,
06:29ele fica sem razão para correr o risco
06:31de baixar a taxa de juros com esse caos tarifário que pode vir.
06:34Exatamente, né, que há uma criação de emprego,
06:37há vagas, né, em aberto,
06:39a contratação diminuiu um pouco,
06:40há uma desaceleração,
06:41mas ainda a percepção é de uma atividade econômica,
06:44do mercado de trabalho bastante aquecido ainda.
06:46Exatamente, exatamente.
06:47Então, assim, de novo,
06:49se o mandato dele do ponto de vista de aquecimento
06:50não está gritando, né,
06:53e do outro lado eu tenho uma tremenda incerteza,
06:55porque o anúncio de 2 de abril,
06:57que agora vamos fazer 3 meses, né,
06:58hoje, dia 2 de julho,
06:59estamos 3 meses no Liberation Day,
07:01é único na história você fazer um anúncio
07:06de tantas tarifas para tantos países
07:08da noite para o dia,
07:09e aí, sem, inclusive, dar previsibilidade
07:11para saber o que acontece, de fato,
07:13com quais são os efeitos disso
07:14para a economia americana
07:15e para a inflação americana,
07:17que é o que cabe ali ao Jerome Powell controlar.
07:19Então, ele está dizendo,
07:21isso aí eu nunca vi,
07:22ele é mais elegante, né,
07:23ele está dizendo,
07:24isso aí eu nunca vi,
07:25como é que eu vou baixar?
07:26Eu teria baixado se eu não tivesse me assustado,
07:28eu estou assustado e ainda não tenho consistência.
07:30O que parece que se falou muito também
07:31é que, como agora, de novo,
07:323 meses, daqui a 2 dias,
07:34é o Independence Day, né,
07:36é sexta-feira,
07:37o 4 de julho americano,
07:38e dia 9 é o limite para a retomada
07:40de algum novo anúncio
07:42do que tinha sido suspenso dessas tarifas,
07:44também esse prazo está acabando
07:45e a gente vai sair desse grau de incerteza
07:47do compasso de espera para um novo anúncio.
07:50Se ele vai resolver ou não a novela,
07:52a gente não sabe,
07:52mas vai ter mais informação,
07:54o que também dá uma agitadinha nos mercados,
07:56dá uma visão um pouco positiva
07:57do ponto de vista dos agentes econômicos.
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