- ontem
Em delação premiada, Ronnie Lessa, assassino confesso da vereadora do PSOL e do motorista Anderson Gomes, afirmou que recebeu uma promessa de “sociedade” com Chiquinho e Domingos Brazão, apontados como mandantes do crime.
Segundo Lessa, os irmãos ofereceram a ele e ao ex-PM Edimilson de Oliveira, o “Macalé”, dois loteamentos clandestinos na zona oeste do Rio para a instalação de uma milícia.
Ele acrescentou que “era muito dinheiro envolvido e que, na época, daria mais de 20 milhões de dólares”
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Segundo Lessa, os irmãos ofereceram a ele e ao ex-PM Edimilson de Oliveira, o “Macalé”, dois loteamentos clandestinos na zona oeste do Rio para a instalação de uma milícia.
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NotíciasTranscrição
00:00Agora a gente fala sobre o caso Marielle Franco.
00:02Em delação premiada a Rony Lessa, assassino confesso da vereadora do PSOL e do motorista Anderson Gomes,
00:07afirmou que recebeu uma promessa de sociedade com Chiquinho e Domingos Brazão, apontados como mandantes do crime.
00:15O Brasil e o Rio de Janeiro não são mole não, não são para principiantes.
00:20Segundo Lessa, os irmãos ofereceram a ele e ao ex-PM Edmilson de Oliveira Macalé
00:25dois loteamentos clandestinos na Zona Oeste do Rio para a instalação de uma milícia.
00:30Ele acrescentou que era muito dinheiro envolvido e que na época daria mais de 20 milhões de dólares.
00:36Sobre a sociedade, Lessa afirmou que a gente ia criar uma milícia nova,
00:40então teria a exploração de gato net, a exploração de combis, venda de gás,
00:45a manutenção da milícia que vai trazer voto.
00:49Palavras do Lessa, tá?
00:51Faz muito tempo que os grupos organizados, um parêntese meu aqui,
00:56criminosos evidentemente, eles exploram uma série de serviços
01:01nas áreas que eles dominam, que eles controlam por uso da força,
01:06por falta de presença do Estado Oficial.
01:08É o Estado paralelo.
01:10Então, só se pode usar a internet se for o serviço deles.
01:14Então, você paga para eles para usar a internet.
01:17E se vier operadora, seja de telefonia, de internet, para instalar equipamento,
01:23eles metralham o carro.
01:25Quantas vezes isso já aconteceu no Rio de Janeiro?
01:28Então, o Rio de Janeiro tem uma guerra territorial entre facções criminosas.
01:33Às vezes se fica numa discussão de determinado jogo do bicho, droga,
01:38legalizar ou não legalizar.
01:39Olha, tem uma questão territorial que transcende, em diversos pontos,
01:46o debate sobre legalizar ou não legalizar.
01:49Tem serviços que, seja o tráfico, seja a milícia,
01:54eles não permitem que a iniciativa privada ofereça na localidade que eles dominam.
02:01E aí você tem Kombi, quer dizer, serviço de transporte não exatamente oficial,
02:09às vezes, muitas vezes, não é legal,
02:12que é usado e toda a renda vai para o chefe da milícia
02:18ou para o chefe, eventualmente, do tráfico,
02:20quando o tráfico explora também, venda de gás.
02:22E depois se fala ali de trazer voto.
02:25Então, quer dizer, aquela imagem do filme Tropa de Elite 2,
02:28em que o policial corrupto vai extorquir o grupo de traficantes na favela
02:39e aí não tem mais droga por algum problema causado ali na redondeza.
02:46O aviãozinho ali, quem está recebendo o policial que vai pedir o arrego,
02:50diz isso, que só tem a grana do Gato Net, de outros serviços e tal.
02:54Aí o policial pensa assim, peraí, não tem outros serviços a explorar?
02:59Então vamos assumir esse lugar aqui.
03:00Aí mata o traficante e passa a controlar aquela região,
03:04quer dizer, tira do tráfico e a milícia domina aquela comunidade,
03:09como se chama, com esse eufemismo lá no Rio de Janeiro,
03:13geralmente se trata de uma favela.
03:15Então, na sequência, o Rony Lessa afirmou que não foi contratado para matar a Marielle
03:18como um assassino de aluguel e, sim, chamado para uma sociedade.
03:22Greves, vamos lembrar que a gente está falando de irmãos deputados estaduais e deputados federais.
03:31São políticos com poder no Estado, com poder em casa legislativa até federal,
03:37que estão negociando com um matador de aluguel sobre uma sociedade
03:40para lucrar com lotes imobiliários em cima da criação de uma milícia.
03:48Quer dizer, tudo integrado.
03:50Então, assim, é o poder político junto com a facção criminosa armada.
03:55Isso é muito perigoso, evidentemente, para o Estado oficial.
03:58É o Estado paralelo, não só controlando áreas, territórios do país, do Estado, da cidade,
04:05mas também controlando o Estado oficial.
04:07É bandidagem do começo ao fim nessa história, né?
04:11Por que eles ficaram com ódio da Marielle Franco?
04:15Porque ela se opunha à liberação da área onde seriam construídos esses loteamentos.
04:23Queria que aquela área fosse destinada para uso social.
04:27Eles não queriam.
04:28Queriam que ela fosse liberada para que os loteamentos fossem construídos.
04:33Um empreendimento gigantesco, nas palavras do próprio Ronilés.
04:39Era praticamente um bairro inteiro.
04:43Ou seja, o loteamento não seria inteiramente legalizado também.
04:50Lá dentro teria venda de lote irregular e, como costuma acontecer também em diversas outras instâncias
04:59que a gente viu lá no Rio de Janeiro, e daí depois a gestão daquele troço seria entregue para uma milícia
05:06que ia mandar e desmandar na prestação de serviços.
05:11Ah, quer internet? Paga.
05:13Quer gás? Paga.
05:15Quer, né?
05:16Então é isso.
05:17É um casamento absoluto e desde o início da política com o crime, com o crime organizado.
05:27Eles estavam ali se juntando para dar origem ao novo empreendimento.
05:35Exatamente.
05:37Não é que já estava em andamento.
05:38É como ele disse, eu fui chamado para fazer um negócio, para entrar numa sociedade.
05:45Então é assustadora essa ideia de que se difundiu, se naturalizou,
05:51a instrumentalização da polícia ou das milícias pela política e vice-versa.
06:01A instrumentalização da política pelas milícias, pelos traficantes, estão todos irmanados para, enfim,
06:10oprimir, não é a palavra que a gente tem que usar, né, Felipe?
06:16Oprimir a oposição que tem o azar de cair embaixo do, ou de estar vivendo na região que eles controlam.
06:26Então, assim, é muito reveladora essa delação do Rony Lessa,
06:32e muito assustadora também, né, porque ele realmente escancarou a lógica dessa integração política bandidagem.
06:48Ficou tudo desenhado, quase que a canetinha ali, né.
06:51E tem um ponto interessante que é a ganância.
06:53São 20 milhões de dólares que eles achavam, de acordo com o depoimento do Rony Lessa,
06:58que iriam conquistar.
07:01Então, a gente está falando aí de 100 milhões de reais.
07:05Então, assim, eles passaram a ver, aparentemente, a julgar sempre pelas informações trazidas,
07:10pelas investigações em nível estadual e federal, federal principalmente,
07:15que eles acharam que a Marielle Franco, nesse ponto, era um obstáculo para eles.
07:23E, nesse ponto, ser um obstáculo para eles é o certo.
07:28As pessoas, eventualmente, poderiam até discordar da Marielle sobre a destinação daquela área.
07:35Ah, poderia ter uma ideia que considera individualmente melhor, etc.
07:39Quem dera que ela estivesse viva para que se pudesse debater o que seria melhor fazer a respeito daquele território.
07:45E é esse ponto ao qual eu chamo a atenção.
07:48Quem dera que ela estivesse viva, inclusive para nós podermos, eventualmente, discordar dela em relação a outras pautas do PSOL,
07:55em que nós temos críticas.
07:58Agora, é preciso reconhecer que, nessa pauta, ela estava incomodando os bandidos...
08:03Ela estava do lado certo.
08:06Exatamente, para defender algo que era melhor do que a opção bandida, do que a opção criminosa.
08:14E, no entanto, o debate político ficou tão rasteiro, hostil, maniqueísta, que, muitas vezes, isso se perde.
08:26Existe uma dificuldade, em ambos os lados do espectro político-ideológico no Brasil,
08:30de se reconhecer o outro como vítima de uma organização criminosa.
08:36Foi o exemplo, mau exemplo, péssimo exemplo, que o Lula deu, você voltou a citar outro dia,
08:42quando veio a informação, também por uma investigação minuciosa,
08:46de que o Sérgio Moro era alvo de um plano de sequestro do PCC.
08:50E ele falou, isso aí é armação do Moro.
08:52Eu escrevi, na época, que o Lula quer o monopólio da condição de vítima.
08:56Ninguém pode ser vítima, só ele.
08:58Então, se ele vê um adversário no papel de vítima,
09:01mesmo que, naquele episódio específico, seja, de fato, uma vítima, ele não aceita.
09:08Porque, assim, o político quer ser sempre o coitadinho.
09:12Muitas vezes, de uma maneira forçada.
09:14E aí você tem um episódio em que um político adversário é uma vítima real,
09:18como o Moro era do PCC, como o Bolsonaro foi na facada,
09:22como a Marielle, e os bolsonaristas, muitas vezes, não gostam de admitir,
09:27foi, quando ela foi assassinada.
09:29Então, assim, é preciso reconhecer os momentos em que as pessoas são vítimas
09:34de verdade de uma violência física ou de uma ameaça criminosa.
09:43E a Marielle Franco, aparentemente, de acordo com todas essas informações,
09:48ela foi vítima de bandidos que queriam faturar alto
09:51e para os quais ela passou a ser obstáculo.
09:54E isso é louvável, isso é o correto.
09:57Independentemente das divergências que se possa ter,
10:01inclusive em aspectos morais,
10:04em relação ao PSOL, em relação a outras pautas
10:07defendidas por ela, em nível argumentativo,
10:10cada um tem uma posição.
10:11Então, repito, quem dera que ela estivesse viva
10:15para que a gente pudesse concordar
10:18em relação ao loteamento que ia ser dado para a milícia
10:22e poderia ir para a área social e discordar em relação a outras pautas.
10:27Então, qual é o problema de reconhecer isso?
10:30O Brasil, muita gente no Brasil perdeu a capacidade de diálogo,
10:35perdeu a capacidade de fazer esse tipo de reconhecimento,
10:38porque quer sempre demonizar o outro integralmente.
10:42Quer dizer, o outro não pode ter uma camada
10:44de qualidade, acerto.
10:50Exato.
10:50Não pode.
10:52Tem que ser desqualificado integralmente.
10:54É o demônio sempre maligno, sempre do lado errado.
10:56Veja só, nessa história dos irmãos Brazão,
11:00segundo o que está vindo à tona nas investigações
11:02e agora no depoimento do Rony Lessa,
11:05que foi o braço armado deles nesse caso,
11:07nós estamos falando, essencialmente, de bandidos,
11:13de gente que, enfim, topava recorrer a qualquer meio
11:18para conseguir os 20 milhões de dólares
11:20que eles estavam lá cobiçando, certo?
11:23Então, e eles usavam, os dois políticos bandidos,
11:29usavam a política não é porque eles tivessem qualquer convicção
11:32em torno daquele discurso e tudo mais,
11:34é porque era uma ferramenta a mais para eles,
11:37assim como matar uma opositora era uma ferramenta,
11:40usar um certo discurso político também era uma ferramenta.
11:44Eu tenho certeza que eles não têm convicção nenhuma
11:47sobre aquilo que eles falavam.
11:48Era aquilo que facilitava a vida deles.
11:52Exatamente.
11:53Uma forma de chegar ao poder para poder ganhar mais dinheiro.
11:56Exato.
11:57Então, na essência, a Marielle Franco
11:59não estava nem sequer brigando com um adversário político.
12:04Neste caso, em particular, ela estava ali no embate
12:10com dois associados à milícia,
12:14dois associados de milícia,
12:17com gente que se reunia com o maior sangue frio,
12:19com um assassino como a Moni nessa,
12:23e falava, vamos lá,
12:24temos que tirar essa mulher do nosso caminho.
12:27Então, é preciso, às vezes, passar pelo discurso político
12:35que é só enganação.
12:37A essência da história está atrás do discurso político.
12:41Exatamente.
12:42Que só está ali para enganar quem quer ser enganado.
12:46Certo?
12:47Então, é terrível.
12:48E tem um aspecto lateral dessa história, Felipe,
12:53mas que chama atenção também.
12:55Eu gosto de aspectos laterais.
12:57Eu gosto.
12:58Os irmãos Brazão, aparentemente, infiltraram
13:03um faz-tudo deles lá, um sujeito e a mulher,
13:08no PSOL,
13:10para ter informações de dentro do partido,
13:12porque eles queriam saber, enfim,
13:14como é que eles estavam se articulando
13:15para barrar o projeto deles na Câmara,
13:19o projeto que legitimaria esse loteamento.
13:26E o que o Rony Lessa dá a entender
13:29é que este infiltrado
13:31não tinha informações extraordinárias para dar.
13:36Então, ele começou a insuflar
13:38o Chiquinho Brazão, principalmente,
13:42contra a Marielle.
13:44Como ele não tinha nada de muito importante,
13:46muito extraordinário para dizer,
13:48ele ia lá e insuflava.
13:51Ou seja, ele pode ter criado este ódio
13:55que resultou na morte dela
13:57sem razão nenhuma sólida para isso.
14:01Como eu disse,
14:02é daqueles detalhes de trama
14:05que não revelam nada de muito político,
14:09nem nada disso,
14:10mas mostram como é perversa a história.
14:14Talvez, em um certo sentido,
14:16a Marielle Franco tenha morrido
14:18porque um infiltrado resolveu pintar
14:22com cores mais fortes
14:23aquilo que ela dizia e fazia
14:26quando estava dentro do partido.
14:28Só estou chamando a atenção disso.
14:30Como eu disse,
14:30é uma questão lateral,
14:31mas não é infadecência.
14:33É o exemplo extremo
14:34de algo que esteve na pauta
14:36ao longo desse programa,
14:37que é como o ódio pode ser despertado
14:42de uma maneira tão rasteira,
14:44sem base, sem fundamento.
14:46Como as pessoas podem reagir,
14:49seja de uma maneira autoritária,
14:53numa mensagem,
14:54até o caso mais grave do assassinato,
14:57não comparando,
14:59estou afastando aqui imensamente
15:01esses graus,
15:04mas sem base alguma.
15:06Quer dizer,
15:06precisa muito pouco hoje.
15:07O gatilho do ódio
15:09é muito sensível.
15:14As pessoas,
15:15elas saem atirando
15:17a partir de narrativas
15:19ou a partir de paranoias,
15:20muitas vezes,
15:21da sua própria cabeça.
15:22E isso pode ser estimulado
15:24por manipuladores.
15:26Então, é preciso ficar atento.
15:27isso que o Greb apontou
15:28no comportamento
15:29dos irmãos de Brazão,
15:30com esse caso extremo
15:32de assassinato,
15:34é muito comum,
15:36estou falando agora
15:37do discurso político
15:40para outros fins.
15:43Em relação a corruptos,
15:44em relação a populistas patrimonialistas,
15:49em relação a essa velha política
15:51que a gente está acostumado a ver
15:52e da qual a gente está acostumado
15:53a tratar no programa.
15:54Muita gente acredita
15:55que se alguém
15:57no campo da direita
15:58fala em Deus,
15:59pátria, família,
16:01isso e aquilo,
16:02se alguém no campo da esquerda
16:03fala em democracia,
16:06igualdade,
16:08direitos humanos, etc.
16:10Então,
16:11é preciso se identificar
16:12com essa pessoa,
16:13com esse grupo
16:14e não se pode olhar
16:17nada de errado
16:18que as pessoas façam,
16:19não se pode repudiar,
16:20não se pode criticar.
16:21Muitas vezes,
16:22você tem oportunistas,
16:24você tem manipuladores
16:25que simplesmente
16:26criam um discurso
16:27que eles sabem
16:28que vai atender
16:28um nicho do eleitorado,
16:30gerar identificação neles,
16:32conseguir arrebanhar a vota
16:33para outros fins
16:34que muitas vezes
16:35não são de interesse público,
16:37são de interesse particular,
16:38mesquinho,
16:40ganancioso.
16:42E uma das funções
16:43do jornalismo
16:45é fazer esse filtro,
16:48é expor o que está
16:49por trás
16:51mas com elementos concretos,
16:53não é aquela teoria
16:54conspiratória
16:55de outros manipuladores
16:57de rede social.
16:58Então,
16:59a gente está sempre aqui
17:00tentando
17:01mostrar para vocês
17:03esse mosaico,
17:04esse quadro completo.
17:05E muitas vezes,
17:06evidentemente,
17:06a gente é atacado
17:07porque o que mais incomoda
17:09as pessoas com poder
17:10e que tem projetos
17:11muito megalomaníacos
17:13é justamente
17:14quem é obstáculo
17:16para elas,
17:17é justamente
17:18quem traz
17:18uma informação inconveniente,
17:20quem pressiona
17:21contra uma medida
17:23que eles querem aprovar,
17:25quem se coloca
17:26no caminho
17:27de alguma forma,
17:28greve,
17:28enfim.
17:29É isso, Felipe.
17:30É isso.
17:33Foram...
17:33Nada de muito grandioso
17:35estava na pauta hoje,
17:37mas revela, assim,
17:38algo de ruim
17:40sobre as nossas autoridades,
17:42sobre o modo
17:43como as coisas
17:43estão acontecendo no país, né?
17:45Exatamente.
17:46E eu sempre falo
17:48que a gente trata,
17:50o meu trabalho,
17:51assim,
17:51eu falo por mim,
17:53evidentemente,
17:53é muito sobre
17:54o comportamento humano, né?
17:55E que a política
17:56é um mosaico
17:57de comportamentos humanos.
17:58E às vezes é bom
17:59a gente esquadrinhar
18:00para que cada um,
18:02e eu convido aí sempre
18:03o leitor,
18:04o espectador,
18:05a refletir
18:06para não ser assim, né?
18:08Para não se comportar-se
18:10dessa maneira
18:12tão mesquinha,
18:13dessa maneira
18:14tão autoritária,
18:15dessa maneira
18:15tão odienta,
18:17com base
18:18em nada
18:20muitas vezes, né?
18:21Com base
18:22em alguém
18:22turbinando ali
18:23um discurso
18:25para você nunca
18:25querer ouvir
18:26a outra pessoa.
18:27E o assassinato
18:28o que que é?
18:28O assassinato
18:29é o desejo
18:32de que aquela pessoa
18:32nem exista,
18:33você não quer
18:34ouvi-la nunca mais,
18:35você não quer sequer
18:36que ela possa falar
18:37com outras pessoas.
18:39Você vê,
18:40o político
18:41que quer aprovar
18:41uma medida
18:42e mata
18:43uma vereadora,
18:45uma parlamentar,
18:46né?
18:47Da Câmara Municipal
18:48no caso,
18:49mas podia ser
18:49da Assembleia Legislativa,
18:50podia ser
18:51de Casa Legislativa Federal.
18:54Por quê?
18:54Porque não quer
18:54que ela convença
18:55os seus pares
18:56de que aquela medida
18:59que ele quer aprovar
18:59não é boa.
19:00Então,
19:01ela não quer
19:01que ela dialogue
19:02com mais ninguém
19:02nunca mais.
19:04Ela se tornou
19:04um obstáculo
19:05permanente.
19:06assim,
19:07vamos fazer
19:08exatamente
19:08o contrário
19:09disso,
19:09né?
19:09Vamos ouvir
19:10as pessoas,
19:11vamos analisar
19:13o que realmente
19:13elas falam
19:14em cima dos fatos
19:15objetivos e verificáveis.
19:17É isso que o Papo Antagonista
19:18traz para vocês
19:19todos os dias.
Recomendado
16:33
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