Com Lula, número de funcionários públicos volta a subir

O Antagonista

Depois de seis anos de queda, o número total de funcionários públicos do Brasil voltou a subir no primeiro ano do governo Lula.  De acordo com dados compilados pelo Instituto Teotônio Vilela, ITV, ligado ao PSDB, houve um acréscimo de 6,8 mil funcionários civis no governo federal em 2023. - Ser Antagonista é fiscalizar o poder. Apoie o jornalismo Vigilante:   https://bit.ly/planosdeassinatura   Acompanhe O Antagonista no canal do WhatsApp.  Boletins diários, conteúdos exclusivos em vídeo e muito mais.    https://whatsapp.com/channel/0029Va2S...   Ouça O Antagonista | Crusoé quando quiser nos principais aplicativos de podcast.   Leia mais em www.oantagonista.com.br | www.crusoe.com.br

Transcript

00:00o número de funcionários públicos no governo do PT aumentando.

00:06Não é exatamente surpreendente, né?

00:08O governo Lula gosta de...

00:11Os governos de esquerda, como todo Lula, Dilma,

00:14gostam de fortalecer a máquina pública.

00:18Há quem pense que isso é até positivo.

00:21Se a gente for pensar, existiram vários setores da máquina pública

00:25que foram, digamos assim, enfraquecidos.

00:29Por exemplo, centenas de autarquias que precisavam de gente, de fiscais.

00:34Por exemplo, do Ibama, para ir lá fazer vistoria,

00:37para ver se está sendo desmatado mesmo.

00:39E que foram bastante tesourados ao longo de alguns governos.

00:44E agora, em tese, seria o caso de vê-los reforçados, com mais agentes e tal.

00:50Só que nem sempre esse inchaço...

00:53Esse inchaço não, isso já é um juízo de valor.

00:55Esse crescimento do número de funcionários públicos vai para os setores que estão realmente precisando.

01:03E é isso que você traz, não é, meu caro Duda?

01:06Que o número de funcionários cresceu, mas estão indo para os lugares que realmente são necessários?

01:12Bom, Inácio, a notícia que a gente tem, então, é um relatório que saiu do Instituto Teutônio Vilela,

01:20ligado ao PSDB, que mostra, então, esse aumento, uma contratação de 6 mil funcionários públicos

01:29no ano passado no governo Lula.

01:31E isso aí é um padrão conhecido já dos governos petistas.

01:38Quando Lula e Dilma tiveram no Palácio do Planalto anos atrás, isso aconteceu também.

01:47E outros governos, o governo Jair Bolsonaro, Michel Temer e Fernando Henrique,

01:53teve um movimento inverso, que era de redução do número de funcionários públicos.

01:59Dizer para onde estão, é claro que algumas, reclama-se muito aqui no Brasil

02:07de um atendimento ruim à população, né?

02:11Então, você tem esses funcionários que atendem a pessoa quando entra num posto de saúde,

02:17ou quando faz uma ligação para pedir alguma ajuda,

02:21ou precisa de uma avaliação para ver se já pode receber aposentadoria, esse tipo de coisa.

02:26Ou até os fiscais do Ibama, né?

02:29Que precisam estar no campo para ver se está tendo desmatamento.

02:34Então, esses são os que precisam mais.

02:37Agora, entre os que estão...

02:39O que vai acontecer agora, tá?

02:43Dia 5 de maio, a gente vai ter o Enem dos concursos,

02:46que é um grande concurso unificado,

02:48unificado, é invenção aí da Estéa Dueck, que é ministra da gestão,

02:53e é um tipo uma superprova do Enem, que não é do Enem,

02:56é tipo um vestibular com 2 milhões de brasileiros

03:01em 220 cidades vão fazer uma prova

03:06para se candidatar a 6 mil vagas, né?

03:09Onde são essas vagas?

03:12Aí você tem 21 entidades públicas que vão usar esse sistema agora

03:20para pegar e preencher as vagas que estão abertas.

03:23Aí você tem o Ibama, que a gente citou,

03:25tem o Ministério da Saúde também,

03:28mas você tem outros que são cargos

03:30que não estão nesse atendimento direto à população.

03:33Então, por exemplo, o IBGE, do Márcio Postman,

03:38aquele que fez agora aquele mapa do Brasil,

03:42com o Brasil no meio do centro do mapa mundo,

03:44do centro do mundo, é para isso, entendeu?

03:47Precisa de gente...

03:49Então, assim, muitos desses cargos

03:51estão em funções burocráticas,

03:55e aí é preciso analisar, Inácio,

03:58e aí tem que olhar caso a caso

03:59se essas funções ainda são necessárias,

04:03porque muitas vezes a automatização, né?

04:08E essa possibilidade de você mandar documentos,

04:10aprovar e tal...

04:11A tecnologia, né?

04:12A tecnologia, o computador, o celular,

04:15já dispensa muitos desses cargos.

04:17Então, mas o que a gente sabe

04:20é que realmente o PT tem essa tendência

04:24de inchar a máquina pública, né?

04:27Não só contratando pessoas,

04:29por meio do concurso,

04:30mas, por exemplo, hoje no governo Lula

04:32a gente tem 28 mil pessoas

04:36que ganharam cargos comissionados

04:38via indicação política, né?

04:40Então, ano passado a gente teve

04:42uma contratação de 6 mil,

04:43mas a gente tem 28 mil que estão lá

04:46por indicação política.

04:47E que não fizeram prova

04:48mostrando que realmente conhecem

04:50daquilo que estão trabalhando, né?

04:53Pessoas podem fazer...

04:54A gente, é bom fazer essa diferenciação,

04:56quem está assistindo,

04:57porque existe o concurso.

04:59O concurso público,

04:59qualquer um pode ir lá e prestar.

05:01Eu, você, a gente vai ter chances iguais.

05:03Tem uma prova, você responde,

05:05quem tem nota mais alta

05:06tem mais chance de pegar aquela vaga.

05:09Agora, quando é cargo de indicação,

05:11aí é aquela coisa.

05:12Você é do partido aliado,

05:13indicação de um fulano de tal,

05:16esse daqui veio da coligação

05:17de não sei das quantas,

05:18esse daqui tem um grupo de eleitores

05:21possíveis no bairro tal,

05:23então vamos dar um cargo

05:24para ele falar bem da gente.

05:26Então, perde-se um pouco o controle

05:28se esses indicados realmente têm

05:32capacidade técnica para ocupar os cargos.

05:35Espero que tenham,

05:36mas a verdade é que

05:37não temos a mesma certeza de um concurso.

05:40E aí, ainda no concurso,

05:42a gente tem que ver,

05:42será que todas essas vagas

05:44eram necessárias nesses campos

05:45que eles estão preenchendo?

05:47É isso que...

05:48A provocação que você traz

05:49para a gente aqui, Duda,

05:50que essas vagas têm que ser

05:52bem acompanhadas

05:53para ver se estão sendo

05:54bem preenchidas

05:55nos lugares que realmente existe

05:57uma necessidade maior, não é?

05:59É, e uma pequena ressalva aí, Inácio.

06:01Você falou que

06:02quem tira a melhor nota

06:04consegue, não é?

06:06Não é assim.

06:07É, porque a ressalva é que

06:10esse é um concurso

06:12que tem cotas também, não é?

06:14Então, acho que são 20% para negros.

06:16Na FUNAI, por exemplo,

06:22você tem uma cota maior

06:23até de indígenas,

06:24então acho que são 30%, né?

06:26Então, muitas vezes,

06:28a pessoa pode ganhar vaga

06:29mesmo sem não ter tirado

06:31a melhor nota,

06:32mas porque conseguiu-se entrar

06:33em alguma cota aí.

06:35Obrigado.

06:36Obrigado.

06:46Obrigado.

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