Pular para o player
Ir para o conteúdo principal
Pular para o rodapé
Pesquisar
Conectar
Assistir em tela cheia
Curtir
Comentários
Favorito
Compartilhar
Adicionar à Lista de Reprodução
Reportar
STF incluiu na agenda da quinta o julgamento da “coisa julgada em matéria tributária”
O Antagonista
Seguir
anteontem
Apoie o jornalismo independente. Assine o combo O Antagonista + Crusoé: https://assine.oantagonista.com/
Siga O Antagonista nas redes sociais e cadastre-se para receber nossa newsletter https://bit.ly/newsletter-oa
Leia mais em oantagonista.com.br | crusoe.com.br
Categoria
🗞
Notícias
Transcrição
Exibir transcrição completa do vídeo
00:00
Vamos logo para a agenda da semana?
00:01
Eu sei que eu estou segurando aqui o nosso Gui Mendes,
00:04
que é o nosso roteirista antagonista.
00:06
Se tem um roteirista aqui nessa empresa,
00:08
ele se chama Guilherme Mendes.
00:10
Gui, bota o Gui na tela, por gentileza.
00:13
Nosso grande Gui Mendes, que é o nosso autor do nosso roteiro,
00:16
ele é o único homem com capacidade de previsão.
00:23
O que o Guilherme publica de manhã cedo,
00:25
ele já dá um apanhado do que vai acontecer durante a próxima semana.
00:29
Essa semana é uma semana mais esvaziada,
00:30
uma semana em que deputados e senadores estão nas suas bases,
00:35
aproveitando a folga.
00:36
Afinal de contas, temos feriado na quarta-feira.
00:39
E aí você já sabe, né?
00:41
Quarta-feira, feriado, então,
00:42
todo mundo já aproveita para antecipar um pouco a folga.
00:45
Mas o Supremo Tribunal Federal, Gui,
00:48
tem um julgamento importantíssimo na próxima quinta-feira,
00:52
que é sobre a chamada coisa julgada.
00:55
Segura por gentileza, Dandam.
00:57
Mas antes da gente entrar na coisa julgada,
00:59
ô, Matheus, coloca por gentileza o áudio da nossa segunda-feira.
01:04
Porque esse áudio foi compartilhado em um grupo
01:07
que eu fazia par dito com o Guilherme há alguns anos atrás.
01:09
Só para a gente lembrar aqueles bons tempos.
01:11
Gui, voltando para a notícia, voltando para o noticiário, querido.
01:15
Coisa julgada do Supremo.
01:16
Mais uma vez, o Supremo vai ter que mexer num assunto
01:19
que até o momento se imaginava que era fatura liquidada, né, querido?
01:23
Boa tarde para você.
01:24
Boa tarde, boa tarde a todos os meios em Brasília.
01:27
Wilson, você não vai tirar a minha concentração.
01:29
Já é muito difícil entrar ao vivo aqui.
01:32
Colocando áudio de WhatsApp, você não vai conseguir isso.
01:35
Nem o Daniel.
01:37
Mas vamos lá, gente.
01:39
Boa tarde.
01:40
É importante a gente colocar em perspectiva,
01:43
explicar um pouco o que é essa coisa julgada,
01:47
que é um nome muito simples, até bastante vago,
01:52
perto do que é essa tese do quão importante que ela é.
01:57
O STF costuma jogar algumas questões mais relevantes em temas.
02:02
E esse é o tema, se não me engano, o tema 881 da corte,
02:06
que é a possibilidade de retroatividade em cobranças tributárias.
02:11
Em fevereiro desse ano, eles definiram numa tese muito inédita
02:17
dentro da corte, que as cobranças, a cobrança do imposto,
02:22
ela pode ser revista pela Suprema Corte,
02:25
mesmo que já haja decisões que permitam que uma empresa específica
02:31
não recolha aquele imposto.
02:33
Então, assim, numa situação, num exemplo, no caso,
02:37
dessa empresa que foi julgada,
02:40
a empresa tinha uma decisão que a permitia não recolher
02:46
a contribuição social sobre o lucro líquido,
02:48
que é a CSLL,
02:50
que junto com o imposto de renda jurídico
02:52
é o que forma a base ali do que se cobra das empresas
02:55
e é também a grande base da contribuição federal
03:00
em termos de impostos.
03:01
Então, essa empresa conseguiu uma decisão judicial
03:04
permitindo que ela não recolhesse a CSLL
03:08
e a decisão já havia transitado em julgado
03:12
e isso significa que não cabia mais recursos
03:15
e ela poderia seguir a vida sem recolher
03:18
essa contribuição graças a essa decisão.
03:21
O que o Supremo definiu em fevereiro desse ano
03:25
é que se o Supremo decidir de maneira contrária
03:30
e que a contribuição é devida, a empresa vai ter que
03:33
vai ter que pagar esse imposto de um jeito ou de outro.
03:37
Por mais que ela tenha uma decisão contrária nesse sentido,
03:41
vale o que definiu a coisa julgada do STF.
03:45
Isso vale em matéria apenas tributária
03:48
e só que isso gerou, assim, um pânico generalizado
03:52
desde o julgamento do STF em fevereiro,
03:57
gerou um pânico generalizado nas empresas
03:59
porque muitas delas têm desse tipo de benefício.
04:04
Um deles, por exemplo, é o benefício de piso e cofins
04:07
da indústria dos refrigerantes,
04:09
que permite que grande parte das maiores
04:11
produtoras de refrigerante do país
04:14
possam ter ali uma isenção tributária
04:18
de piso e cofins muito grande
04:20
que torna a sua operação extremamente lucrativa.
04:23
Se um dia o STF definir em sentido contrário
04:27
esse esquema todo de recolhimento tributário,
04:32
ele acaba caindo.
04:33
Então, agora, no julgamento que deve começar na quinta-feira,
04:39
os ministros vão retomar esse julgamento
04:41
por meio de embargos,
04:42
que são recursos contra a própria decisão da COD.
04:47
Então, a empresa que perdeu,
04:49
ela vai tentar recorrer do STF
04:51
para que eles se vejam a decisão.
04:53
Até o momento,
04:54
dois votos já foram dados em plenário virtual
04:57
e os dois votos são não reconhecendo
05:00
esse direito de rever a decisão.
05:03
Só que os outros oito votos,
05:06
ainda há uma décima primeira cadeirinha aberta,
05:09
mas os outros oito votos vão ser dados no plenário,
05:12
muito provavelmente, a partir da quinta-feira.
05:17
Ah, ô, Matheus.
05:20
Matheus, ô, Matheus, você bota o somzinho na segunda-feira,
05:23
mas parece que você não acordou ainda, Matheus.
05:25
Estou brincando com o Matheus.
05:27
Mas, Gui,
05:29
para além, só para a gente fechar,
05:31
porque já estou com o Rodolfo Boste também já na linha,
05:34
para além da questão da coisa julgada,
05:37
esse processo, esse recurso extraordinário,
05:39
a gente está falando de um recurso extraordinário,
05:41
se não me engano,
05:42
ele também tem um simbolismo,
05:43
porque essa é uma questão que no Supremo se debate desde 2007,
05:50
essa questão da coisa julgada,
05:53
e ele bate num ponto que é o ponto de maior crítica em relação ao Supremo,
05:57
que é o seguinte,
05:58
que é a reversão de decisões do próprio Supremo,
06:00
ou de outras instâncias do Poder Judiciário,
06:02
quer dizer, de você ter uma decisão no sentido,
06:05
você criar um elemento, uma jurisprudência,
06:09
e aí você, a partir de alguma decisão X específica,
06:14
com recurso, com repercussão geral,
06:16
para quem não sabe, repercussão geral é uma decisão do Supremo,
06:18
que ela cabe, que ela vale de forma automática para outras instâncias,
06:22
segunda, primeiras instâncias,
06:25
então o Supremo, ele volta a entrar num embate
06:28
que é a própria segurança jurídica do próprio Supremo,
06:31
quer dizer, de você não ter uma situação de instabilidade,
06:33
de você ter uma decisão que vai e volta, vai e volta o tempo todo,
06:35
quer dizer, também tem um pouco esse simbolismo desse julgamento de quinta-feira,
06:40
não é isso, querido?
06:41
Exatamente, assim, é um princípio que, obviamente,
06:46
o direito se gaba muito de ter, que é o da segurança jurídica,
06:50
ou seja, o combinado é o tratado,
06:54
então, se a decisão do Supremo é X, ela vai ser X,
06:58
e é um ponto do direito que é considerado, assim, essencial,
07:03
é um ponto base, só que essa decisão do Supremo,
07:06
ela pode acabar colocando isso em xeque,
07:10
por uma decisão do próprio Supremo, né,
07:12
ou seja, o Supremo vai poder rever as próprias decisões,
07:17
como é de ofício, mas ele vai poder acabar fazendo com que decisões
07:22
que já são cumpridas e que não cabem mais recursos,
07:28
ou seja, que já está pacificado,
07:31
que é outro verbete usado no mundo do direito,
07:35
quando ela já estiver pacificada,
07:37
ela pode voltar a ser discutida,
07:38
ela pode voltar a ser,
07:40
ela pode voltar a ser,
07:44
como que eu posso dizer,
07:45
rediscutida dentro do tribunal,
07:47
e ela pode sair num sentido oposto,
07:50
a possibilidade de uma empresa não recolher o imposto
07:55
e permanecer assim,
07:57
e fazer disso parte do seu planejamento,
08:00
pode acabar caindo de dia para noite,
08:01
com uma decisão monocrática,
08:04
com uma decisão tomada pelo Supremo de uma maneira muito rápida,
08:07
então, assim,
08:07
é uma decisão que gerou muita crítica,
08:11
justamente por essa falta de segurança jurídica,
08:14
e ela gerou mais crítica dentro do ambiente financeiro,
08:18
do ambiente empresarial,
08:19
já que ela envolve aí muito o planejamento tributário
08:22
de empresas de todo tamanho,
08:24
das pequenas às multinacionais,
08:27
mas também do próprio Congresso,
08:30
há projetos de lei dentro do Congresso Nacional
08:32
que podem acabar avançando
08:36
caso o Supremo decida por manter essa tese,
08:41
então, aí, caso o Supremo mantenha essa tese,
08:44
é muito provável que esses projetos de leis
08:47
que estão adormecidos no Senado,
08:49
na Câmara e no Senado,
08:51
eles começam a tramitar com maior rapidez.
08:54
Tá certo.
08:56
Guimêndes, obrigado pela atenção,
08:58
obrigado pela sua paciência,
09:00
ter esperado tanto tempo,
09:02
e, enfim, mais uma semana começando,
09:03
meu querido, e vamos que vamos,
09:05
e esse assunto a gente vai tocar ainda,
09:07
vamos ainda abordar esse assunto
09:08
de forma um pouco mais técnica
09:09
nas próximas edições do Meio Dia em Brasília.
09:11
Obrigado, Guilherme, até a próxima.
09:12
Legenda Adriana Zanotto
Recomendado
0:47
|
A Seguir
"A reforma tributária é a que deu para fazer", analisa Rodrigo Oliveira #Shorts
O Antagonista
anteontem
1:44
"STF deve ser também vetor de harmonia", diz Flávio Dino no Senado
O Antagonista
anteontem
8:37
Juiz de garantias continua em julgamento no STF
O Antagonista
anteontem
34:08
Decisão do STF inibe jornalismo investigativo
O Antagonista
anteontem
2:14
Pacheco ao STF: “Decisões do Congresso precisam ser respeitadas”
O Antagonista
anteontem
1:47
Pacheco diz que "não há retaliação" em PEC que limita decisões do STF
O Antagonista
anteontem
10:12
A “conduta imprópria” do juiz lulista Eduardo Appio
O Antagonista
anteontem
14:10
Cai a assessora de Anielle criticada por “todes”
O Antagonista
anteontem
6:58
"Contribuição" assistencial: sindicatos têm vitória no STF
O Antagonista
anteontem
2:20
"Agora se descobre que o grande problema do Brasil é o STF", ironiza Gilmar Mendes
O Antagonista
anteontem
6:06
PT faz “nós contra eles" até na Argentina
O Antagonista
anteontem
0:59
"Eram dois picaretas concorrendo"
O Antagonista
anteontem
2:15
O real interesse de Rodrigo Pacheco na PEC do STF
O Antagonista
anteontem
12:30
É possível repudiar golpistas e STF
O Antagonista
anteontem
6:37
"Governo passa pano para criminosos do MST" diz deputado Rodolfo Nogueira
O Antagonista
anteontem
0:57
A rachadinha do "bem"
O Antagonista
anteontem
17:02
Reforma tributária e ata do Copom marcam agenda econômica desta semana
O Antagonista
anteontem
15:45
STF aborta o Congresso
O Antagonista
anteontem
0:59
Ministro do STF virou digital influencer
O Antagonista
anteontem
7:36
"Quem vai pagar?": Petistas se esbaldam de lagosta no Ceará
O Antagonista
anteontem
12:17
Decisão de Toffoli na mira da OCDE
O Antagonista
anteontem
9:17
O ajuste da censura
O Antagonista
anteontem
1:17:23
Papo Antagonista: STF sentiu
O Antagonista
anteontem
2:25
Com indicação de Dino ao STF, Tebet ganha força para ser ministra da Justiça
O Antagonista
anteontem
1:50
"Este STF não admite intimidações", diz Gilmar Mendes sobre PEC aprovada no Senado
O Antagonista
anteontem