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NotíciasTranscrição
00:00A gente vê aí interesses do Arthur Lira em aprovar essa reforma tributária por diversos motivos.
00:08O presidente da Câmara está sendo alvo aí da Polícia Federal, a princípio indiretamente, porque era uma operação que visava os seus aliados,
00:16mas já se encontraram ali pagamentos ligados ao nome Arthur, e ele é Arthur Lira.
00:22Então, para desviar o foco dessas investigações, há uma série de reportagens no Estadão, inclusive, mostrando como até a madrasta dele recebe dinheiro do fundo público
00:33num aluguel lá do partido em Alagoas.
00:36O filho tem uma empresa que tem relações com a SECOM, com o Banco do Brasil, com a Caixa Econômica Federal, com órgãos públicos de maneira geral.
00:45Então, também há políticos que têm interesse em agradar o filho do Arthur Lira, eventualmente querendo alguma coisa.
00:53Você tem parentes e aliados do Arthur Lira, que são nomeados lá na CBTU, que já foi alvo de um processo contra ele,
01:01que acabou blindado no Supremo Tribunal Federal.
01:03Então, o Arthur Lira tem vários tentáculos.
01:06E agora, hoje mesmo, saiu reportagem no Estadão também sobre o patrimônio milionário do Arthur Lira,
01:11que cresceu e aí triplicou em quatro anos, de 2018 para 2022, uma mansão na praia lá em Alagoas.
01:20É uma festa, né?
01:22E a gente vê poucos órgãos de fiscalização e controle acompanhando essa correspondência entre o patrimônio dos políticos
01:29e o salário que eles recebem no cargo efetivo que eles ocupam.
01:33Então, tem o interesse do Arthur Lira em desviar o foco disso,
01:36tem em imprimir uma marca de gestão, como o Rodrigo Maia fez, com a reforma da Previdência
01:41e tem também em se cacifar com o governo Lula para conseguir mais tentáculos na máquina pública,
01:45como no Ministério da Saúde ou no Ministério do Desenvolvimento.
01:48E o Tarcísio está fazendo uma outra articulação aí para tentar, pelo menos, retardar um pouco esse processo,
01:55pensando no botim que fica para o Estado de São Paulo.
01:57Qual é a sua avaliação do começo da tramitação dessa reforma tributária?
02:02Boa noite, grande Rodrigo.
02:03Boa noite, Felipe. Boa noite. O pessoal aí de Sucupira, que também me acompanha aqui pelo Papo Protagonista,
02:11é o seguinte, é o seguinte, como esperado, é reforma tributária, é sempre um saco de gato, né?
02:18É difícil, é complicado, são muitos interesses envolvidos.
02:23Eu não acredito nessa conversa aí, nesse mundo fantástico de Fernando Haddad,
02:28de que estamos os astros alinhados para aprovação de reforma tributária, não é nada disso, é complicado, é muito difícil,
02:37e está difícil de fazer a conta.
02:39Os setores não conseguem entender direito o que vai mudar, porque muita coisa vai vir depois da PEC, né?
02:46Tem projeto de lei que vai mostrar como é que vai ser feito o crédito tributário,
02:52porque para evitar a acumulatividade, se você paga numa etapa da produção do produto,
02:58nas etapas seguintes, aquilo que foi pago é descontado, né?
03:02Para não ter uma tributação duplicada, ou triplicada, ou quadruplicada,
03:10porque no Brasil o sistema tributário sempre foi muito confuso.
03:14E aí, na verdade, você fica com uma imagem, hoje eu estava até falando isso mais cedo,
03:19você fica com uma imagem na reforma tributária que é mais ou menos o seguinte,
03:22você entra no ferro velho, tem aquele monte de pedaço de coisa amontoada,
03:27e aí alguém fala assim, olha, vamos organizar.
03:29E aí, quando você começa a organizar, você não sabe nem o que tem lá embaixo daquela pilha.
03:35Então, é mais ou menos esse o problema, né?
03:37O Bernardo Api ficou chateado, o pessoal dos supermercados,
03:40que disse que a cesta básica ia aumentar pelo menos 60%, né?
03:44Ah, não é a cesta básica que vai ficar 60% mais caro,
03:48é a tributação que vai aumentar em 60%.
03:50E aí o Bernardo Api fala, olha, eles estão falando isso,
03:55é a tributação que vai aumentar em 60%,
03:57mas nem esse número é o número certo.
04:00Eu não sei qual é ele, não sabe qual é, eu não sei qual é a Bernardo Api.
04:05Mas não é esse número também, quer dizer, ninguém sabe muito bem o que vai mudar.
04:10A gente, obviamente, é a favor de uma reforma tributária,
04:13porque pior do que está, é difícil de ficar.
04:17Não é que não tenha como ficar, né?
04:20Como já diria o grande filósofo e pensador contemporâneo,
04:24Tiri Liga, né?
04:25Pode ficar pior.
04:27Mas, vamos esperar.
04:31Pois é, e mais cedo, Jair Bolsonaro afirmou no Twitter
04:33que os 99 deputados do PL e seu partido serão orientados a votar
04:38contra o texto da reforma tributária.
04:40Abro aspas.
04:41Reforma tributária do PT.
04:44Um soco no estômago dos mais pobres.
04:46Em nossa gestão, diminuímos um terço o IPI de mais de 4 mil produtos,
04:50zeramos impostos federais dos combustíveis e, via Camex,
04:53pneus de caminhões, remédios contra câncer, HIV,
04:56peças de tratores, games, itens hospitalares, etc.
04:59Nessa atual proposta, o PT aumenta de forma absurda
05:02os impostos da cesta básica, arroz, açúcar, óleo, batata, feijão, farinha, etc.
05:07Cria um imposto seletivo para refrigerantes,
05:10produtos açucarados, carnes e bebidas alcoólicas, entre outros.
05:13Do exposto, o presidente do Partido Liberal e seu líder na Câmara dos Deputados
05:18encaminharão junto aos seus 99 deputados pela rejeição total da PEC da reforma tributária.
05:24Fecha o aspas.
05:25Vocês estão vendo aí o tweet na tela de Jair Bolsonaro.
05:30O que você avalia dessa reação do ex-presidente agora declarado inelegível, Rodrigo?
05:35Pois então, oposição é oposição, né?
05:39Você tem que fazer...
05:40Eu fiquei muito baixo aqui, deixa eu ficar aqui mais alto para aparecer com o nosso amigo Wilson.
05:44Eu posso abaixar aqui, Rodrigo?
05:45Eu posso dar uma abaixada aqui, se você quiser.
05:49Eu já sou baixinho, não tenho problema com altura.
05:51Acabou com o meu autoestima, esse negócio.
05:54Vocês veem que os participantes aqui do Papo Antagonista,
05:56eles ficam emocionados com os novos ângulos do programa,
06:00cada vez mais incrementado com a sua tecnologia e todos gostam desse brinquedo.
06:06A gente adora.
06:06Vai ficar aqui a noite toda, diga.
06:10O que o Bolsonaro está falando é uma meia-verdade, né?
06:14Não é exatamente isso.
06:15Acabei de falar o negócio da cesta básica, não é ver isso.
06:19Tem...
06:20Ah, é ruim para os mais pobres?
06:22Talvez...
06:22E aí é aquele negócio.
06:24Faltam coisas para acontecer depois da aprovação da PEC.
06:30Que é, por exemplo, o cashback, né?
06:32Que é uma ideia que tem no Canadá, na Bolívia,
06:35em outros países da América Latina,
06:37que é aqueles que são mais pobres,
06:39eles não pagam o imposto,
06:41ou o imposto é ressarcido para eles de alguma forma.
06:43Ou na hora, ou depois num ajuste de renda lá na frente.
06:48Então, teria esse mecanismo para
06:53minorar um pouco do aumento tributário
06:57que todo mundo vai sentir em algum momento, tá?
07:00Apesar do governo sempre, matemagicamente,
07:04falando que não, a gente vai arrecadar mais,
07:06mas ninguém vai pagar mais.
07:07O que é, obviamente, impossível, né?
07:10Porque o dinheiro não vai brotar do chão.
07:15Então, tem isso e tem essa coisa do imposto seletivo,
07:19realmente é um...
07:20Porque a reforma tributária está criando três impostos.
07:24O IBS, o CBS, que é a Contribuição sobre Bens e Serviços,
07:29que é para estados e municípios,
07:31o IBS, que é para a União,
07:33que é o Imposto sobre Bens e Serviços,
07:34e o ISL, que é o Imposto Seletivo,
07:39que é para taxar mais itens que são ruins para a saúde
07:46ou para o meio ambiente, né?
07:48E aí, amigo, qualquer coisa pode entrar, né?
07:51Pode ser, inclusive, utilizada como uma forma
07:54de pressionar setores específicos, né?
07:57Que não é nada bom.
07:59Não sei se até sexta-feira,
08:02quando a gente for...
08:03Quando a Câmara for finalmente votar
08:05esse...
08:07Toda a reforma já vai ter uma definição
08:10que seria razoável você definir
08:13e não deixar isso em aberto, né?
08:14Afinal de contas, o que faz mal
08:16para a saúde do Lula, por exemplo?
08:19A água que o passarinho não bebe,
08:20não faz, aparentemente.
08:22Então, não precisa taxar isso.
08:24Mas o que faz mal para a saúde
08:26do nosso querido Kilipe Moura?
08:29Não sei.
08:29E aí, pode ser taxado justamente
08:31para garantir a sua longevidade, filho.
08:35Daqui a pouco vamos taxar livros, meu amigo,
08:37porque conhecimento, às vezes,
08:38faz mal para a saúde,
08:39segundo alguns teóricos, né?
08:42É, Schopenhauer dizia.
08:43Ele criticava alguns supostos eruditos alemães
08:47que leram até ficarem burros, né?
08:48O Schopenhauer tinha essa teoria.
08:51Mas deixa eu prosseguir aqui na pauta
08:54antes de levantar a bola para o Wilson.
08:55Também nessa terça, o relator da reforma tributária
08:57na Câmara, deputado Agnaldo Ribeiro, do PP,
09:00afirmou que a votação da matéria
09:01não pode ser prejudicada por questões políticas.
09:04Abre aspas.
09:05Essa não é uma reforma de partido político,
09:07de direita, nem de esquerda e centro.
09:09Essa é uma reforma do Brasil.
09:11Não vou entrar em briga de Bolsonaro com Lula.
09:13Fecho aspas.
09:14O Agnaldo Ribeiro deu a declaração
09:15durante o evento da Confederação Nacional
09:17dos Municípios em Brasília.
09:19O deputado também afirmou que não haverá consenso
09:22envolvendo a reforma tributária,
09:23acrescentando que isso não existe
09:25quando uma matéria tão complicada está em discussão.
09:28Ainda hoje, o presidente da Câmara, Arthur Lira,
09:30cancelou de última hora uma reunião
09:31com líderes da casa para discutir a votação do texto.
09:34O Planalto tenta costurar um acordo com governadores
09:37para custear um fundo de desenvolvimento regional
09:40que atenuaria os impactos da reforma.
09:43Atualmente, o fundo está orçado em 40 bilhões de reais,
09:47porém, os governadores não aceitam menos
09:49que 50 bilhões de reais.
09:53Aliás, o Wilson, o Tarcísio de Freitas,
09:56governador de São Paulo,
09:57ele quer colocar até um social aí no nome desse fundo.
10:03E ele, assim como o secretário de Fazenda,
10:06aqui estadual de São Paulo,
10:08eles dizem que também tem pobre aqui em São Paulo,
10:12porque você tem outros critérios ali
10:14que ajudam os estados mais pobres
10:18e eles estão dizendo que precisam também desse fundo
10:21para justamente ajudar a população de baixa renda,
10:25porque você tem bolsões de pobreza.
10:28Então, São Paulo também não quer ficar de fora desse botim.
10:30O que você destaca aí das articulações?
10:32Felipe, nesse momento, o Artuleira, inclusive,
10:37conversa com o Tarcísio de Freitas
10:38para tentar achar um acordo.
10:40Agora, eu gostei desse ângulo aqui, Felipe,
10:42porque pelo menos...
10:43Volta aí, gente, volta aí.
10:45Na hora que eu ia comentar o ângulo,
10:46olha a sacanagem,
10:47a produção tentando me cortar logo no ar.
10:50Eu achei legal nesse ângulo
10:52porque eu converso com você, Felipe,
10:55e converso com o nosso grande Januário de Oliveira.
10:58Não é Januário?
10:59É, Januário.
11:01Januário de Oliveira.
11:01Muito bem lembrado dele, o cruel.
11:05Cruel, muito cruel, Januário de Oliveira.
11:08Sinistro, muito sinistro.
11:10É verdade.
11:11Pessoal que não sabe,
11:13e até muita gente que não acompanha futebol,
11:15o Januário de Oliveira,
11:16grande narrador esportivo,
11:19que marcava muitas vezes os campeonatos estaduais,
11:22principalmente lá do meu Rio de Janeiro.
11:24Às vezes tinha jogo segunda-noite
11:26transmitido pelo Januário de Oliveira,
11:27que tinha esses bordões cruéis, etc.
11:30E o Rodrigo, de fato, ele lembra um pouco o Januário.
11:33Não é, Wilson?
11:35É, porque ele é um cara cruel, muito cruel,
11:37com essa articulação política do PT.
11:40Ele é um cara com uns comentários sinistros
11:43sobre essa política econômica do governo Lula.
11:46Olha aí, o cara até está sorrindo, brincadeira.
11:48Gente, voltando aqui para falar sério.
11:51Nesse momento, o Artulira conversa com o Tassi de Freitas
11:54para tentar achar ali um meio termo
11:57sobre o que os estados pedem
11:58e o que, de fato, o governo federal tenta contemplar.
12:01Agora, Felipe, tem um bastidor que eu acho que é importante
12:04que a gente traga aqui ao vivo para o programa.
12:08Existem setores ali, ligados ao Artulira,
12:11que eles querem vincular a aprovação do PL do CARF
12:15à aprovação da reforma tributária. Explico.
12:19O que se fala é que, se o governo federal conseguir
12:22essa vitória em relação ao voto de qualidade do CARF,
12:27você abriria a arrecadação.
12:29Então, o que o Lira tem dito ali para alguns aliados
12:33e qual é a jogada nesse momento?
12:36É que já estão pressionando o Artulira
12:39a que ele coloque em votação o PL do CARF
12:43apenas no momento em que ele tenha votos o suficientes
12:47para aprovar a reforma tributária.
12:49Por quê?
12:50Porque com esse dinheiro que se espera
12:53que seja arrecadado com a retomada do voto de qualidade no CARF,
12:59o governo federal pode ter um acréscimo de arrecadação
13:03de até 50 bi.
13:04Com esse recurso, você poderia custear justamente
13:07esse fundo de desenvolvimento dos estados.
13:10Então, um projeto está ligado ao outro.
13:17Tivemos uma intermitência com o Wilson Lima.
13:20Ele estava falando do CARF,
13:23do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais,
13:25que é uma espécie de tribunal do fisco,
13:27para julgar ali os litígios tributários.
13:30Você tem toda uma discussão sobre a medida provisória MP do CARF,
13:35que discute o voto de Minerva ali.
13:39Você tem cinco votos.
13:41Então, você tem uma velha discussão sobre o empate.
13:44Vai para quem?
13:45Vai para o Estado ou vai para quem está sendo acusado ali
13:49de sonegação, alguma coisa nesse sentido.
13:52Então, isso está em tramitação no Congresso Nacional.
13:54E, claro, que há interesse do governo Lula
13:57em fortalecer o caixa,
13:59em ficar com mais dinheiro.
14:01Mas aí há um grande acordo com outros setores da sociedade
14:04que têm interesse também em não perder tanto.
14:06Diga, Wilson.
14:08Não, exatamente. Obrigado, Filipe, pelo adendo.
14:11Agora, esse projeto deveria ter sido votado hoje.
14:14Então, o projeto já vai ser colocado na pauta amanhã,
14:19na quarta-feira,
14:20mas dependendo da garantia de votos
14:23para a reforma tributária.
14:26E aí, Filipe, temos outro problema,
14:29porque a bancada do PL,
14:31pelo menos 70 deputados devem votar contra esse texto.
14:35O PSD também se reuniu hoje na Câmara
14:37e metade da bancada deve votar contra esse projeto
14:41se não houver qualquer tipo de mudança.
14:43Então, a tendência é que a quarta-feira
14:45seja um dia decisivo.
14:48Por quê?
14:49Porque destravando aí votos de bancadas importantes
14:52como o PSD, a do PL, MDB, União Brasil
14:57e também tendo apoio de bancadas importantes.
14:59Estou falando de estados, como a de São Paulo,
15:01que só a bancada de São Paulo tem 90 parlamentares,
15:04é possível que também seja destravada a MP do CARF.
15:11Então, um projeto tem ligação com o outro.
15:14Então, só para deixar aqui muito claro,
15:16o Lira já falou ali para os seus aliados o seguinte,
15:18olha, eu só coloco a reforma tributária em votação
15:21se eu tiver garantia de voto.
15:23e aí eu preciso realmente criar um espaço,
15:26ajudar o governo a criar um espaço.
15:28E aí seria via MP do CARF.
15:30E tem mais outro detalhe,
15:32Felipe, que nós começamos a falar, se não me engano,
15:35no programa de ontem,
15:37é que o presidente da Câmara,
15:38ele também quer aproveitar essa proposta
15:40para aproveitar essa articulação
15:44sobre a reforma tributária
15:47para dar dois recados.
15:49O primeiro, que ele ainda tem força na Câmara,
15:52apesar das operações da Polícia Federal.
15:55E o segundo recado,
15:56esse, digamos que menos republicano,
15:59é que o governo federal precisa liberar verbas,
16:03precisa liberar cargos,
16:05e precisa melhorar a sua articulação política.
16:08Ainda há muito ruído na articulação política,
16:11e já tem deputado do Centrão dizendo o seguinte,
16:13para o Arthur Lira,
16:14aproveite o projeto da reforma tributária
16:17para dar um recado definitivo
16:19ao Palácio do Planalto.
16:21Ou vocês, de fato,
16:23liberam os cargos e as emendas
16:25que nós estamos pleiteando
16:26desde o início do ano,
16:28ou vamos travar mais uma vez esse projeto.
16:31E, Rodrigo,
16:33a preocupação do Tarcísio
16:34é justamente com essa mudança
16:35que você citou,
16:36quer dizer,
16:37a proposta da reforma tributária
16:39altera a cobrança do imposto da origem,
16:41onde o bem ou o serviço é produzido,
16:43para o destino onde é consumido.
16:46E isso faz com que o Estado de São Paulo
16:47perca a arrecadação.
16:49Então, o Tarcísio de Freixo
16:49está preocupado com isso,
16:50ao mesmo tempo que ele tenta mostrar
16:52que é a favor da reforma.
16:55Ele falou, aliás,
16:56que nunca aconteceu antes
16:57de o Estado de São Paulo
16:59ser a favor da reforma.
17:00Ele só não quer perder tanto dinheiro assim.
17:03E uma das considerações
17:04que ele está fazendo
17:05é contrária ali ao Conselho Federativo,
17:09um comitê de estados e municípios,
17:11porque ele vai perder ali o controle
17:13sobre os impostos do próprio território.
17:17Você tem uma avaliação
17:18a respeito desses pontos
17:19que o Tarcísio está colocando?
17:20Porque ele está formando uma frente,
17:22inclusive juntando ali
17:23entidades, empresários,
17:24do setor de serviços,
17:26que são contra a proposta
17:27por outros motivos,
17:28que onera esse setor.
17:30Ele está formando um bloco
17:31de descontentes justamente
17:33para tentar atrasar um pouco
17:35e conseguir maior vantagem
17:37nesses pontos de dissonância.
17:39Como você avalia o que você destaca?
17:42E ele não está sozinho, né, Filipe?
17:45Tem governador do Pará, Rio, Goiás,
17:48esse pessoal todo está aí
17:50tentando reequalizar essas contas.
17:53Mas é aquilo, né?
17:54O governo estava vendendo isso
17:55como se fosse um passeio, né?
17:57Não, já está tudo negociado,
17:59já está tudo falado,
18:00está todo mundo feliz
18:02e vai ser uma baita reforma tributária,
18:04que era algo que eu vinha falando.
18:05Olha, acho muito difícil
18:07que esteja desse jeito.
18:09E aí o Tarcísio,
18:10ele ficou numa situação ruim, né?
18:13Porque ele sempre defendeu
18:14a reforma tributária
18:14e não pode ficar contra agora.
18:17Mas ele sabe
18:18que o Estado de São Paulo
18:20perde um pouco
18:21de controle dessa receita
18:23em função disso.
18:24Ah, a gente pode entrar aqui
18:26se isso é justo,
18:28se não é justo, né?
18:29Você ficar com tudo na origem
18:31e não lá onde o consumo
18:33é realizado.
18:35Ah, o que São Paulo fez na história
18:37para trazer esse monte
18:38de empresas para cá?
18:40Tudo isso
18:40dificultaria ainda mais
18:44essa questão.
18:45Mas eu acho que o Tarcísio
18:46está aglutinando
18:48esses campos
18:49para poder ter
18:51um leverage, né?
18:53Para ter um...
18:53Você sabe que eu sou um troglotita,
18:55né?
18:55Eu falo várias línguas.
18:56Então, para ter uma vantagem
19:00aqui na negociação
19:02da reforma tributária.
19:04Eu acho que sai.
19:05Eu só acho que sexta-feira
19:07é muito pouco prazo
19:09para se colocar tudo isso
19:11num pacote
19:12que faça sentido
19:13para todo mundo.
19:26e aí
19:31e aí