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Ministro aposentado do STF comenta cassação imposta pelo TSE a Deltan Dallagnol
O Antagonista
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26/06/2025
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00:00
E falando em processos, falando em capa de processos ou processos cujos personagens se sobrepõem aos processos,
00:07
teve uma decisão polêmica que foi relacionada à cassação do Deltan Dallagnol, lá no Tribunal Superior Eleitoral.
00:14
O senhor foi ministro do TSE, foi presidente do TSE.
00:19
Eu queria a sua opinião. Tecnicamente, o Deltan tinha razão para perder o mandato naquele processo, ministro?
00:25
Eu penso que, pelo score do julgamento da votação, não havia controvérsia maior.
00:35
Mas, certamente, se lá estivesse, teria levantado o dedo para divergir.
00:42
Por que divergir?
00:44
Porque a exoneração é um direito subjetivo de todo e qualquer servidor.
00:50
Em segundo lugar, ele atuou como Estado acusador na Lava Jato.
00:57
Ele fustigou muita gente.
01:00
Então, se mostrou natural haver ataques dessas pessoas no campo administrativo,
01:07
junto ao Conselho Nacional do Ministério Público.
01:10
Mas eu penso, inclusive, que alguns procedimentos, ou quase todos, foram arquivados.
01:16
Mas veio o Tribunal Superior Eleitoral a decidir da forma que decidiu.
01:23
Quando se caça um mandato, não se progride culturalmente.
01:31
Eu posso me referir àqueles que foram apiados, por exemplo, da presidência da República.
01:38
O presidente Fernando Collor e também a presidente Dilma Rousseff.
01:44
Indago, nós avançamos culturalmente com essas caçações?
01:49
Qual foi a repercussão desses atos internacionais?
01:54
O Brasil cresceu em termos de majestade, em termos de país independente?
02:01
A meu ver, não.
02:03
Por isso é que nesse campo, principalmente quando se tem a manifestação de eleitores,
02:10
a vontade do povo e todo o poder emana do povo, se deve atuar com muita passimônia, com muita cautela.
02:20
Ministro, ainda falando sobre esse caso de Deltan, foi uma decisão unânime do plenário do Tribunal Superior Eleitoral.
02:29
E, de fato, Deltan não tinha nenhum processo administrativo correndo ali contra ele.
02:35
Mas o fato dele ter saído do cargo cinco meses antes do previsto,
02:42
o que está previsto é que ele saia do cargo público seis meses antes do processo eleitoral,
02:49
ele saiu cinco meses, ou seja, onze meses antes, cinco meses mais os seis que era previsto em lei.
02:56
Esse fato, esse movimento de um servidor público de carreira que estava ali há muito tempo,
03:02
essa foi a principal leitura, de fato, que foi dada ali pelos integrantes do Tribunal Superior Eleitoral.
03:09
Isso não deve ser levado em conta também na sua avaliação?
03:12
Deveria ter sido levado em conta.
03:14
E deveria ter sido levado em conta uma premissa, a meu ver, inafastável.
03:19
Não se presume o excepcional.
03:23
Presume-se um procedimento digno por parte do cidadão.
03:29
Presume-se o ordinário.
03:31
Mas o Tribunal Superior Eleitoral, como última instância, decidiu.
03:36
Houve até uma controvérsia se essa decisão passaria ou não pelo crivo da Câmara.
03:42
E a teor do dispor na Constituição Federal é situação concreta que a Câmara não pode rever o que decidido.
03:52
Eu já estava com essa pergunta na ponta da língua para fazer para o senhor ministro.
03:56
Então, se questionou muito, a Câmara aprovou.
04:01
Não.
04:03
A atuação da Câmara, no caso concreto de cassação do registro, é apenas declaratória.
04:15
Ela constata o fato e declara, portanto, a insubsistência do mandato do parlamentar.
04:23
Ministro, eu quero justamente pegar esse ponto porque eu lembro, inclusive, de uma polêmica ali pós julgamento da AP 470,
04:33
após mensalão, que foi o caso do Natan Donadon, julgamento do qual o senhor participou.
04:39
Na época, o Natan foi condenado à prisão, foi para a cadeia, e houve aquela polêmica.
04:44
O Supremo declarou logo de cara, se não me engano, a perda de mandato e a Câmara falou não.
04:49
Então, quem declara a perda de mandato é a Câmara dos Deputados, enfim, aí abriu um processo e depois o caso foi para o plenário.
04:57
O senhor agora está ratificando que decisão judicial se cumpre.
05:01
Há situações e situações.
05:04
Por exemplo, quebra de coro.
05:06
A Câmara e o Senado são soberanos.
05:11
Certas infrações previstas, não me falha a memória, no artigo 53 da Constituição Federal.
05:17
Ela é soberana, mas nesse caso, e surgiria uma incongruência, se assim não fosse,
05:25
de cassação do registro, não há matéria passível de exame pela Casa Legislativa.
05:35
A Casa Legislativa simplesmente constata a decisão do mais alto órgão da Justiça Eleitoral.
05:44
Como ele não conseguiu, em relação a essa decisão, não sei nem se tentou alguma liminar para suspender a eficácia dela,
05:54
e a suspensão seria pelo próprio Judiciário.
05:57
Ele tentou uma atividade do Supremo.
05:59
E poderíamos imaginar, então, a atividade do Supremo.
06:04
Evidentemente, a Câmara constatou um fato e proclamou esse mesmo fato.
06:09
E o fato do rito ter sido tão rápido, ministro, isso também é bastante questionado,
06:17
também se avalia bastante essa questão do rito ter sido bastante rápido,
06:25
inclusive da avaliação da mesa diretora que decidiu essa semana, sim, pela cassação,
06:29
dando a chancela, como o senhor bem disse, de uma decisão muito mais,
06:33
da mesa diretora muito mais protocolar mesmo, de seguir o protocolo.
06:36
Na sua avaliação, ministro, essa questão de Deltan Dallagnol ter sido promotor da Lava Jato,
06:47
esse clamor popular, perdão, político, ele está muito enraizado ali em tudo isso
06:56
que aconteceu na vida política de Deltan Dallagnol, na sua avaliação?
06:59
Está, está enraizado.
07:03
Evidentemente, considerada a minha formação, não concebo que alguém,
07:10
sem estar baseado em uma família de posses, deixe um cargo vitalício,
07:19
como é o cargo de integrante do Ministério Público,
07:24
como é o cargo da magistratura, para sair para uma disputa política,
07:33
um cargo eletivo.
07:34
Eu não compreendo.
07:37
Mas o julgamento houve, e também tivemos os pronunciamentos quanto a Lava Jato,
07:44
em que se reconheceu uma incompetência territorial da 13ª Vara Criminal de Curitiba,
07:53
que a meu ver sequer havia, e se anulou tudo,
07:57
não ao contrário do que ocorreu com o Mensalou,
08:00
talvez pelo fato de o Mensalou ter sido julgado originariamente pelo próprio Supremo.
08:05
E depois o Supremo mudou a jurisprudência sobre a questão da competência.
08:10
Pois é, a maioria decidiu dessa forma a paciência,
08:13
como decidiu também um órgão fracionado Supremo,
08:18
quanto à suspeição de caráter subjetivo do juiz Sérgio Moro.
08:25
Eu disse mesmo, e continuo dizendo,
08:30
que não gostaria de estar na pele do juiz Sérgio Moro.
08:36
E creio que talvez ele venha tendo ultimamente certos pesadelos.
08:44
O senhor acredita que ele será o próximo?
08:46
Não sei o que ocorrerá,
08:50
porque parece que o processo considerado o registro da candidatura dele
08:55
ainda está pendente no Tribunal Regional do Paraná.
09:01
Está na fase de instrução.
09:02
E por que se tornou competente,
09:05
e o tribunal disse que não seria competente,
09:08
e a incompetência aí no caso é relativa,
09:13
preclui, portanto, e teriam precluído nos processos crime.
09:18
A 13ª, porque o primeiro crime considerado folcatrua contra Petrobras,
09:27
lavagem de dinheiro, foi praticado em Londrina.
09:31
E aí o juiz federal disse,
09:33
olha, no Paraná há uma vara especializada em lavagem.
09:37
A 13ª mandou para lá.
09:39
E a partir disso houve a VIS, que nós chamamos de VIS atrativa,
09:43
e os demais processos, pela continência e também pela conexão probatória,
09:50
continência e envolvimento de mais acusados,
09:54
os demais processos foram para a 13ª.
09:57
Mas, repito, o Supremo bateu o martelo e a decisão tem que ser observada.
10:03
Ministro, desculpa, Kenzo,
10:05
porque tem uma questão técnica que eu acho que é importante,
10:07
que provavelmente nosso, quem acompanha essa entrevista agora deve estar se atentando.
10:13
A pergunta que eu sempre escuto,
10:16
inclusive já escutei várias vezes no nosso chat,
10:19
por que que no caso específico do Lula,
10:23
o Supremo, na origem,
10:25
não se manifestou, olha, esse caso não pode ser aqui,
10:28
tem que ser na 13ª vara,
10:30
por que que não se resolveu isso na origem?
10:32
Se esperou toda uma tramitação de processos, recursos,
10:36
para que se resolva...
10:38
A de jurisdição é una, é nacional,
10:42
mas nós temos ela estruturada em órgãos.
10:47
E aí, para a matéria chegar ao Supremo, demora muito.
10:53
O recurso extraordinário nos processos de crime,
10:56
não, os recursos não foram admitidos
11:00
e, portanto, não teve o tribunal a oportunidade de abrir o embrulho
11:05
para ver o que tinha dentro em termos de tema,
11:08
em termos de controvérsia.
11:10
A matéria chegou via habeas corpus,
11:13
impetrado pelo advogado Zani,
11:16
em benefício do paciente,
11:19
Luiz Inácio Lula da Silva.
11:21
E aí o tribunal concluiu que haveria,
11:25
ante mesmo uma competência relativa,
11:30
direito líquido e certo a ser protegido
11:33
e decidiu como decidiu.
11:35
E aí, evidentemente, gerou perplexidade
11:40
para toda a sociedade brasileira.
11:43
Ministro, quando o senhor estava falando de Sérgio Moro,
11:45
o senhor falou uma frase interessante
11:47
que o senhor disse que não queria estar na pele dele.
11:49
Queria que o senhor detalhasse um pouco mais isso para a gente.
11:53
Eu vou contar, então, numa inconfidência,
11:57
o que houve quando ele era ministro da Justiça.
12:00
Ele foi me visitar no Supremo,
12:02
eu ainda estava em atividade,
12:04
e eu ia até para descontrair um pouco o ambiente,
12:09
que ele é uma pessoa mais reservada do que eu sou,
12:12
mesmo eu sendo...
12:14
Ele também foi juiz, porque eu tendo sido juiz.
12:16
Eu perguntei, mas como você deixa um cargo
12:20
em que você foi consagrado herói nacional
12:24
para ser auxiliar de um presidente da República?
12:29
Abandona uma caneta dessas?
12:32
E ele me respondeu,
12:33
minha caneta ainda tem muita tinta.
12:36
Esperemos que ainda tenha.
12:39
É, pena que a caneta perdeu a tinta nesse índice.
12:42
É um desgaste, pois é um desgaste enorme.
12:46
Ainda bem que o Estado do Paraná,
12:49
os eleitores do Estado do Paraná,
12:52
eles o resgataram.
12:55
Porque senão o que ele seria?
12:57
Seria advogado, voltando à advocacia,
13:00
depois, como eu falei,
13:02
depois de ter sido consagrado como um grande juiz nacional.
13:07
Ministro, eu só acho que hoje a classe política
13:10
e setores do judiciário
13:12
têm, digamos que,
13:16
têm feito uma revanche ao Moro
13:18
e ao trabalho que foi feito pela Lava Jato,
13:20
ou é uma interpretação muito ostensiva
13:22
de decisões, de reveses
13:24
que o Moro e a Lava Jato têm tido ultimamente?
13:28
Evidentemente, quem foi fustigado
13:32
em termos criminais
13:35
reage e reage agora aplaudindo
13:40
a calçação do Dallagnol.
13:44
E também teria, assim, o desejo de ver
13:51
o hoje senador da República
13:54
afastado da cadeira de senador.
13:57
Agora é aguardar e aguardar
14:01
para ver o que ocorrerá em termos de decisão
14:04
e o que eu penso é que deve prevalecer,
14:07
acima de tudo, o direito.
14:11
O direito positivo, o direito aprovado
14:14
pelas duas casas do Congresso Nacional.
14:17
Fora disso, é a Babel, é a bagunça.
14:27
E aí, a Babel, é a bagunça.
14:29
E aí, a Babel, é a bagunça.
14:32
E aí, a Babel, é a bagunça.
14:37
E aí, a Babel, é a bagunça.
14:38
Obrigado.
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