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  • 25/06/2025
Deputados federais do PT, PSB e PCdoB formalizaram, nesta terça-feira (29), o apoio de suas bancadas para a candidatura de Arthur Lira (PP-AL; foto) à reeleição da presidência da Câmara dos Deputados. Com isso, a base de Lula em 2023 espera o apoio do alagoano aos projetos prioritários do novo governo, enquanto o presidente da Casa pavimenta um segundo mandato.

"Decidimos pelo apoio à reeleição do presidente Arthur Lira, compreendendo que temos uma agenda de país, uma agenda de reconstrução do Brasil, que o próprio presidente Arthur Lira foi o primeiro a reconhecer a legitimidade da urnas", disse Reginaldo Lopes (PT-MG), líder do partido na Câmara e um dos principais articuladores da transição governamental.

Para o deputado mineiro, "é possível construir um bloco de governo que possa dar ao país e ao presidente Lula estabilidade, confiabilidade e uma base sólida para implementar o que foi contratado pelos brasileiros no dia 30 de outubro", referindo-se principalmente à "PEC da Gastança", cujo texto foi apresentado hoje e deve começar a tramitar no Senado antes de ir à Câmara.

A maior parte dos partidos que apoiou Lula deve embarcar no trem de Lira. O PSOL é uma exceção: após reunião da bancada, o partido - que tem 8 deputados e terá 12 no ano que  vem- se colocou contra um apoio ao candidato do Centrão: "Nós vamos buscar diálogos e articulações para uma alternativa à postulação da candidatura de Arthur Lira", disse Samia Bomfim (PSOL-SP), a líder da bancada.

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Transcrição
00:00A gente vai começar hoje com a notícia mais quentinha que a gente tem no site,
00:04que é a formalização do apoio do PT e do PSB ao senhor Arthur Lira.
00:12PT e PSB anunciam apoio ao Arthur Lira na presidência da Câmara.
00:17E outros partidos darão apoio também ao atual presidente da Câmara
00:21no seu esforço para se reeleger no ano que vem.
00:25Teve o PC do B também, que já anunciou, já formalizou esse apoio.
00:32Decidimos pelo apoio à reeleição, faltou uma crase, do presidente Arthur Lira,
00:38compreendendo que temos uma agenda de país, uma agenda de reconstrução do Brasil,
00:42que o próprio presidente Arthur Lira foi o primeiro a reconhecer a legitimidade das urnas.
00:47Isso é o Reginaldo Lopes, líder do PT na Câmara,
00:50e um dos principais articuladores da transição governamental.
00:56Ou seja, o Arthur Lira realmente é uma, né, Duda?
01:01É uma das figuras mais poderosas do país hoje em dia.
01:06O governo Lula se curvou ao Lira antes mesmo de começar.
01:12Ele não quis correr o risco, não quis pagar para ver, não quis peitar o Lira
01:19e achou melhor compor para evitar, primeiro, algum problema na aprovação da PEC e da Gastança neste ano.
01:30Segundo, um presidente da Câmara com poder de iniciar impeachment,
01:36bloqueando todas as iniciativas do partido no ano que vem.
01:39Então, Arthur Lira é o homem.
01:44Interessante como esses porta-vozes aí dos partidos precisam justificar esse tipo de decisão, né?
01:51Então, a gente descobriu hoje que o Lira tem uma agenda de reconstrução do Brasil, certo?
01:57Muito bom.
01:58Enfim, o que vem a ser isso, ninguém sabe, né?
02:02O que a gente sabe é que o Lira é o cara que manda no orçamento secreto
02:07e que o PT tem medo de presidente da Câmara, medo de repetir o efeito Cunha,
02:14a gente já citou isso aqui, o Cunha que abriu impeachment contra a Dilma Rousseff.
02:20Então, o medo é que o Arthur Lira também poderia fazer a mesma coisa.
02:24Olha, a gente, algum cientista político, alguma sumidade aí da história, sei lá eu,
02:33precisa explicar pra gente o que é o Brasil hoje.
02:38Porque é fato que a gente não vive mais num regime presidencial puro.
02:43O poder no Brasil, por décadas, foi concentrado, sobretudo, na mão do presidente.
02:50Era o presidente que ditava o ritmo das ações no Congresso,
02:55era ele que ditava a pauta, era ele que tinha a ferramenta pra criar maiorias.
03:02Não é mais assim.
03:04Não é mais assim.
03:05O Congresso, graças às emendas obrigatórias, as individuais que se tornaram obrigatórias,
03:13que foi o primeiro passo pra livrar os parlamentares da tutela do Executivo.
03:19E depois, com o orçamento secreto, as emendas do relator, que deram ainda mais poder
03:24aí pros chefes das casas, eles meio que formaram um governo paralelo ali, né?
03:36Ou pelo menos um Congresso que realmente, realmente tem capacidade de se contrapor ao Executivo.
03:45Então, isso é uma novidade que a gente viu acontecendo no governo Bolsonaro
03:48e que vai acontecer também no governo Lula.
03:51O Lula não quis nem começar a briga em torno do orçamento secreto.
03:58Eu acho até, né, Duda, capaz que eles façam alguma mudança cosmética
04:04pra manter as aparências, né?
04:06Um pouco mais de transparência.
04:09Ou então, vincular mais as liberações de recursos a programas do governo federal, né?
04:18Pra dar uma aparência de que tem uma lógica macro por trás disso, né?
04:25Mas, eu não sei, não sei como chamar isso.
04:29É um semipresidencialismo?
04:30É um parlamentarismo branco?
04:32Que bicho é esse?
04:33É, alguns cientistas políticos já deram esse nome aí de semipresidencialismo.
04:39É impressionante mesmo que o Lula, antes mesmo de assumir, já esteja se curvando ao Arthur Lira, né?
04:48O poder que o Arthur Lira tem é um poder que rivaliza com o poder do presidente.
04:55A esperança que eu tenho aí, Graeb, é que realmente o STF trabalhe ainda nesse final de ano
05:03e decida sobre a constitucionalidade ou não do orçamento secreto.
05:09Se isso acontecer e o STF julgar que é inconstitucional, eu acho que isso tira muito do poder do Lira.
05:16Se isso não acontecer, aí realmente essa nova fase histórica do semipresidencialismo brasileiro.
05:24Eu não acho, Duda, e eu não sei que vocês que acompanham aqui o programa acham também,
05:29mas eu não acredito que mesmo com uma decretação de inconstitucionalidade pelo STF,
05:38o orçamento, as emendas do relator vão ser extintas de uma vez.
05:44Eu não acho que isso é isso aí, como diz a Roseli.
05:47O orçamento secreto continuará.
05:51Vai ser alguma coisa parecida.
05:52O bom, talvez, é que isso force uma discussão mais transparente sobre a maneira como o Congresso vai gerir essa grana.
06:04Porque que os parlamentares não vão abrir mão desse dinheiro, eles não vão.
06:09Não tem chance, eles vão criar uma outra lei, vão passar uma outra PEC.
06:13Eles sentiram o gosto do sangue, como dizem sobre os tubarões, né?
06:17Sentiram o cheiro do sangue na água e não vão largar a presa, não vão largar esse dinheiro do orçamento secreto.
06:23É, enfim, a gente, as campanhas no Brasil não têm mais o dinheiro de empresas privadas, eles dependem muito.
06:34A origem do recurso era público já desde o início, né?
06:39Mas cada vez mais isso está claro para todo mundo, né?
06:44Eles realmente precisam desses recursos, que é o que eles usam para comprar voto e, enfim, para fazer os desvios e pagar as contas deles.
06:56Para a gente passar para o próximo assunto, eu só queria fazer uma observação.
07:02Não sei se o Duda concorda comigo.
07:05O fato, o simples fato de haver um reequilíbrio de poder entre Congresso e Executivo não é bom nem ruim.
07:18Foi muito ruim o jeito que aconteceu nesses últimos anos com o tal orçamento secreto.
07:24Foi uma maneira maluca de manejar o dinheiro público, que certamente deu margem para muita coisa que não pode acontecer, que é ilegal, que é imoral e tudo mais.
07:37Agora, se puserem ordem nesse método aí de liberar dinheiro e tudo mais, a gente vai ver o que acontece.
07:48O que precisa eliminar, sem dúvida, é a falta de transparência.
07:54E daí, Executivo e Congresso vão brigar às claras para ver quem é que fica comendo o maior pedaço aí da bisteca, né?
08:04Exato.
08:05Chega de secretismo, né?
08:07É isso que realmente a sociedade não pode tolerar.
08:10Muito bem.
08:12Olha só, a gente falou bastante ontem da PEC da Gastança.
08:16Queria só fazer uma observação, ainda antes da gente passar para o próximo tema.
08:25A gente, a Natália, nossa repórter lá em Brasília, da Cruzoé, né?
08:31Ela fez uma apuração ali sobre como ficou o PL, qual foi o sentimento dentro do PL, partido do Bolsonaro e Valdemar Costa Neto, com esse anúncio de apoio do PT e do PSB ao Lira.
08:47Porque, agora, de todos os partidos grandes, olha que coisa maluca, de todos os partidos grandes do Congresso, o PL é o único que ainda não anunciou apoio ao Lira, praticamente.
09:02Ficou isolado.
09:05E o Lira que apoiou o Bolsonaro, né?
09:07Pois é.
09:08Eles estavam juntos, né?
09:10PL e PP, até dez dias atrás.
09:12Ficou uma situação meio maluca.
09:16E o PL está preocupado.
09:18Por quê?
09:19Primeiro tinha um acordo com o Lira.
09:22PL e União Brasil se revezariam no comando da Comissão de Constituição e Justiça, que é a principal da Câmara, no segundo mandato do Lira.
09:34Lira se reelege, PL e União trocam de cadeira aí, nos próximos dois anos, na CCJ, principal comissão.
09:45Agora, está todo mundo assim, meio de pé atrás.
09:49Será que esse acordo não foi atravessado na negociação PT-Lira?
09:55Porque uma das coisas que o PT mais disse é que, além de garantir a PEC da Gastança, queria garantir espaço na mesa do Congresso.
10:05A segunda questão é menor, mas para ver o nível de preocupação que isso gerou ali no Valdemar Costa Neto.
10:19Tinha um acordo já para que uma parlamentar do PL, a Soraya Santos, seja indicada pelo Congresso para uma vaga no TCU.
10:31E essa Soraya é aliadíssima, ela é do PL, aliadíssima do Valdemar.
10:36Agora ele está até com medo que essa nomeação pelo Congresso possa ser atrapalhada.
10:42Então, uma notícia, um efeito divertido, né?
10:47É sempre bom ver os políticos lá de Brasilim tremendo nas bases, né?
10:53Um efeito divertido dessa movimentação foi a aflição do PL, né?
10:57É, porque a hora que quase todos os partidos estão apoiando o Lira, isso vira um saco aí, né?
11:03De gatos aí, né? E aí, obviamente, você precisa renegociar as coisas, né?
11:10Exato.
11:11O Lira está fazendo isso, e aí a chance realmente de ter uma traição é enorme.
11:16Agora o PL passou de ser o principal condomínio do Centrão ali junto com o PP do Lira
11:25para a condição de partido que está chegando atrasado na festa.
11:28Sim.
11:29Vamos ver o que vai acontecer, pode ser engraçado mesmo.
11:31Bom, como eu ia dizendo um pouquinho antes, a gente falou bastante da PEC da Gastança
11:37e não teve nenhuma notícia muito relevante hoje.
11:41Na verdade, teve não notícias, como por exemplo, PEC da Gastança deve ficar
11:48para a semana que vem, diz presidente do Senado.
11:53Então aí, está na mesma, né?
11:56Então não vamos perder muito tempo comentando isso, a gente já falou em programas anteriores,
12:01todo mundo meio que já sabe o que está envolvido, né?
12:04Abrir um espaço no extra-teto, se vai ficar com menos dinheiro, mais dinheiro,
12:11qual a licença que o PT vai ter e tudo mais.
12:13Então um comentário breve sobre a PEC da Gastança ou PEC da Transição.
12:18Já estão dando outro nome, né?
12:21PEC do Bolsa Família.
12:23Ah, maravilha, olha só.
12:25Tudo vai se civilizando, né?
12:28Enfim, a PEC da Gastança é a maneira que o antagonista chama,
12:31a gente chama aqui de PEC da Gastança,
12:33mas interessante ver como já em alguns lugares aí da imprensa
12:37esse nome mais bonitinho, com preocupação social, já está aparecendo.
12:43É uma tentativa para normalizar,
12:46o que não deveria ser normalizado tão facilmente, né?
12:49PEC da Gastança

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