A bancada do 3 em 1 debate se o ataque de Donald Trump no Irã foi realmente um sucesso, em meio a novos rumores e à irritação do presidente. Os analistas avaliam as reais consequências da ofensiva no Oriente Médio e o futuro político de Trump.
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00:00Vamos trazer o trecho aqui do Donald Trump, vai lá, pode rodar.
00:03Israel, assim que fechamos o acordo, eles saíram e lançaram uma carga de bombas, como eu nunca vi antes.
00:12A maior carga que já vimos.
00:14Não estou satisfeito com Israel.
00:16Sabe, quando eu digo, ok, agora você tem 12 horas, você não sai na primeira hora e simplesmente joga tudo o que tem sobre eles.
00:26Então, não estou feliz com eles.
00:29Também não estou feliz com o Irã.
00:32Mas estou realmente infeliz se Israel vai sair esta manhã por causa de um foguete que não caiu, que foi disparado, talvez por engano, que não caiu.
00:43Não estou feliz com isso, sabe de uma coisa?
00:46Basicamente, temos dois países que lutam tanto tempo e com tanta força que não sabem o que estão fazendo.
00:55Você entende isso?
00:56Bom, foi interessante porque o Marcelo que fez a narração acabou não trazendo...
01:01Melhor não, né? Já corta essa partezinha, mas ele falou.
01:08Fala, Gani.
01:09Olha só, a insatisfação do Trump é a seguinte, Evandro.
01:12Ele, desde o início, estava relutante em entrar nessa guerra.
01:16Ele não queria entrar nessa guerra porque tem aspectos econômicos, humanitários e, principalmente, desagradaria boa parte da base dele.
01:25Mas a pressão em Washington era muito forte, ele encontrou uma saída intermediária.
01:30Qual que foi?
01:31Lançar aquelas bombas B2 para destruir os bunkers.
01:35Num primeiro momento, toda a ação parecia ter sido bem sucedida.
01:41Só que na imprensa internacional independente, começaram a ventilar notícias que o Irã tinha retirado todo o material radioativo antes dos ataques.
01:52Já no dia de ontem, Financial Times, que é um veículo de imprensa pró-administração, pró-governo norte-americano, pró-Israel, já mudou o tom dizendo que a ação não foi bem sucedida.
02:07Portanto, o Trump está insatisfeito, por quê?
02:10Porque ele fez uma ação, não foi bem sucedida, não conseguiu destruir o material radioativo do Irã e agora ele ficou com o ONU.
02:21Por quê?
02:22Porque ele declara o cessar-fogo, só que a guerra continua.
02:26Então, assim, ele teve toda uma ação que não foi bem sucedida.
02:29E se essa guerra continuar de alguma maneira, ele também sai um pouco enfraquecido.
02:35Por quê?
02:35Porque fez uma ação e não conseguiu o cessar-fogo.
02:39Por isso a insatisfação dele.
02:41Ô Piperno, você acha que essa situação mina a credibilidade de Donald Trump ou ele já é conhecido pelas bravatas que diz?
02:47Ah, ele é muito conhecido pelas bravatas que diz, mas de fato agora ele teve, ele liderou uma ação pontual, é verdade,
02:57mas uma ação bastante grave.
02:59E essa declaração dele de crítica a Israel talvez tenha sido um dos momentos mais importantes desse mandato mais quase seis meses de gestão Trump.
03:16Se você juntar os quatro anos passados e mais agora, esses cinco meses, em momento algum eu vi, por exemplo, Trump ser tão agressivo contra um aliado,
03:29contra um aliado histórico como ele foi em relação a Israel nessa declaração rápida.
03:35Veja, ele joga no colo de Israel o ônus por, de alguma forma, burlar o cessar-fogo, o acordo ensaiado, combinado entre eles.
03:47Ele tá dizendo assim, ó, não tô contente com, enfim, Israel que jogou mais bomba do que nunca, logo na primeira hora.
03:55Quer dizer, então, veja, nesse sentido, não que ele vai dar uma guinada e a partir de agora ele não vai mais ajudar Israel.
04:03Não existe essa possibilidade dele não sair em socorro do seu histórico aliado.
04:09Mas foi realmente uma advertência bastante séria que, pelo menos, abre o flanco retórico em favor do outro lado.
04:20É o Irã que agora pode jogar a mão e falar, opa, tá vendo só, até o grande aliado de Israel tá dizendo que quem furou o acordo foram eles.
04:29Exatamente. Sobre isso eu quero falar um pouquinho também com Eliseu Caetano, que vai chegar agora aqui a nossa programação.
04:33Ele que fala diretamente lá dos Estados Unidos. Eliseu, o quanto isso repercutiu politicamente para Donald Trump? Caiu?
04:40Tá aqui? Vai lá. Eliseu, conta pra gente o quanto isso repercutiu hoje pra Donald Trump e também pra sua base. Bem-vindo.
04:48Oi, Cine. Muito boa tarde pra você, pros nossos caríssimos, queridos amigos aí, debatedores.
04:54E, claro, pra todo mundo que acompanha o 3 em 1, a gente fala ao vivo, direto aqui dos Estados Unidos,
04:58nesse momento, 3 horas da tarde, com 16 minutos na costa leste do país.
05:02Temperatura no sul da Flórida, neste momento, na casa dos 30 graus Celsius.
05:06Aqui tá quente, viu? Aqui em Miami, no sul da Flórida, mas, Cine, lá em Washington DC, na capital, a temperatura não para de subir e segue altíssima.
05:16Eu tava agora há pouco conversando com alguns colegas jornalistas lá na Casa Branca,
05:19e estavam todos enlouquecidos com essas repercussões das falas do Trump na manhã de hoje.
05:25Foi uma manhã muito confusa por lá, especialmente por conta desse acordo, não acordo, de cessar fogo entre Irã e Israel.
05:33Isso mexeu muito com os brios, ou teria mexido muito com os brios do presidente Donald Trump,
05:39e, por causa disso, ele ficou muito, muito nervoso durante boa parte do dia,
05:44enquanto esteve aqui em Washington, antes de rumar pra Haia, na Holanda,
05:48pra participar dessa reunião da OTAN, da Organização do Tratado do Atlântico Norte.
05:52Lá ele tem uma missão muito difícil, convencer os países da Europa e o Canadá de investirem mais na defesa.
05:58Mas essa fala dele sobre Irã e Israel tá acompanhando ele pra lá.
06:03Da seguinte maneira, Evandro, aqui se diz que ele deu essa pressionada,
06:07tanto em Israel quanto no Irã, no Irã, perdão,
06:10pra mostrar lá em Haia, pra mostrar lá na reunião da OTAN,
06:14o seguinte, eu sou o presidente do país mais importante do mundo,
06:18eu resolvo as situações por aqui, e vocês precisam seguir aquilo que eu tô falando.
06:23Mais ou menos assim que tá sendo feita a leitura
06:25dessa explosão, digamos assim, de Donald Trump na manhã de hoje.
