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Suspeito de tentar matar a vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner, Fernando Andrés Sabag Montiel (foto), de 35 anos, nasceu no Brasil, mas é filho de pai chileno e mãe argentina e vive no país vizinho desde 1993.

Sabag Montiel é registrado como motorista de aplicativo na Argentina e, em 2021, foi detido com uma faca enquanto dirigia um carro sem placa.

O Clarín afirma que o brasileiro tem tatuagens com símbolos nazistas e acessava perfis de grupos extremistas nas redes sociais.

Uma das marcas que ele tem no corpo é o “Sol Negro”, uma combinação de três símbolos da ideologia nazista: a roda solar, a suástica e a runa da vitória.

O símbolo ficou popular graças a Heinrich Himmler, chefe das SS, organização paramilitar e de segurança a serviço de Adolf Hitler. Para Himmler, o “Sol Negro” representava a sabedoria e a força da raça ariana. Na década de 1990, o símbolo voltou a ser utilizado por partidários da extrema direita.

Ainda conforme o Clarín, o brasileiro usava o codinome “Salim” nas redes sociais e era seguidor de grupos como “Comunismo Satânico”, “Ciências Ocultas Herméticas” e “Coach Antipsicopata”.

Como mostramos, Fernando André Sabag Montiel é suspeito de tentar matar Cristina Kirchner. Um vídeo registra o momento em que ele aponta uma arma para a vice-presidente e é detido. Segundo o presidente Alberto Fernández, o motorista de aplicativo estava com uma pistola .380, carregada com cinco munições.

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Transcrição
00:00É importante a gente comentar essa maluquice do atentado contra a Cristina Kirchner na Argentina.
00:08Vamos chamar, por favor, as reportagens, né?
00:13Temos várias notas no site sobre isso.
00:16Brasileiro apontou arma para a Cristina Kirchner, diz polícia argentina.
00:22A grande... Quando você põe brasileiro, já arregala o olho, né?
00:28O que esse brasileiro está fazendo lá?
00:32Bom, o suspeito foi preso em flagrante, na verdade, né?
00:38Fernando André Sabag Montiel, de 36 anos.
00:43Ele está na Argentina já há bastante tempo, desde o começo dos anos 90.
00:48Então ele mora lá, embora tenha nascido no Brasil, de pai que, se eu não me engano, é chileno,
00:55ele foi para a Argentina nos anos 90, ou seja, era criança ainda.
01:01Criou-se lá, né?
01:03E será que esse crime tem alguma conexão com grupos políticos?
01:10Está a maior bafafá lá na Argentina, né?
01:12Porque a Cristina Kirchner está sendo investigada por corrupção.
01:17E todos os kirchneristas e os peronistas estão indo às ruas lá fazer passeata.
01:23Libertem Cristina, somos Cristina.
01:27A Argentina, como o Brasil, tem uma divisão séria ali na política, né?
01:34Tem esse grupo kirchnerista que é muito importante, tem muito peso local.
01:40Então, a Cristina Kirchner tem defensores que querem que ela se livre das acusações de corrupção.
01:50E no meio dessa bagunça, enquanto ela voltava para casa e no meio ali de apoiadores também,
01:58aparece o brasileiro apontando uma pistola para ela.
02:03E, segundo dizem, ele puxou o gatilho, só que o tiro não saiu.
02:08Deu shabu, como dizem lá no interior, né?
02:10Quando a gente vai soltar fogo de artifício e pifa, deu shabu.
02:15Deu shabu na pistola do cara.
02:18Ele tem conexão com algum grupo político? Não se sabe.
02:22Não se sabe.
02:23O que se sabe é que ele é meio radical.
02:27Mas é um radicalismo esquisito, assim.
02:30Ele mistura tatuagens, olha lá, olha lá.
02:34Olha a cara dele.
02:37Ele mistura tatuagens que fazem remissão ao nazismo.
02:43Ele passeia por sites que têm a ver com bruxaria, com religião pagã.
02:50Enfim, na cabeça desse moço tem uma salada ali, certamente, uma salada de ideologias, de religiões, de conceitos,
03:04tudo muito mal resolvido, que levaram ele à porta da casa da Cristina Kirchner com uma arma na mão.
03:12Então, aparentemente, é um lobo solitário.
03:17Aquilo que se convencionou a chamar de lobo solitário, que é o terrorista, porque isso é terrorismo, né?
03:24É um terrorista que não está ligado estreitamente a nenhum grupo político.
03:31Não é um cara que foi lá porque alguém mandou, porque uma quadrilha, um partido, uma facção, para usar a palavra do Lula,
03:41mandou que ele fosse lá cometer um atentado.
03:43Não, é a cabeça confusa dele que deu a ordem para ele ir lá e puxar o gatilho.
03:48Parece que é isso.
03:50E olha só, estamos falando da América do Sul.
03:54Cristina Kirchner, tivemos o Bolsonaro, alvo de uma facada, quatro anos atrás.
04:01Ou seja, a gente não é mais aquele paraíso de tranquilidade em que esse tipo de atentado era quase que impensável.
04:14Estão se sucedendo aí os episódios de violência ou tentativa de violência contra líderes políticos.
04:22E que a gente goste ou não da ideologia desses líderes, não é assim que se faz democracia.
04:30Não é com arma na mão, não é com facada, não é com violência.
04:36A democracia é justamente um sistema político que é desenhado para impedir que as desavenças,
04:47que os desacordos desaguem em violência.
04:50É para isso.
04:51A democracia nada mais é do que um jeito pacífico de decidir as nossas diferenças.
04:58Não está dando certo.
05:00Estão saltando faíscas do nosso sistema.
05:05Essas faíscas são esses lobos solitários, esses malucos, esses radicais,
05:11que estão dispostos a ir lá e realmente matar um político, matar um presidente, um candidato a presidente.
05:20Nada bom.
05:23Enfim, acho que algo cabe a todos nós.
05:27A gente precisa falar, precisa dizer que não para esse tipo de coisa.
05:33A gente precisa achar um caminho para dar uma retraída nessa violência, nessa amargura que tomou conta da nossa conversa pública
05:45e ver se para de dar ensejo a essas coisas.
05:52Porque, embora eles ajam sozinhos, eles são produto de um ambiente.
05:59Isso dá para dizer.
06:00O cara age sozinho, a decisão é dele.
06:03Não estou tirando a responsabilidade do crime.
06:07Mas o fato é que os estímulos, muitos dos estímulos, vêm de fora também.
06:13A gente precisa mudar esse nosso ambiente político, porque acho que todo mundo vai concordar.
06:20Não está indo para um bom lado.
06:22Não está indo para um bom lado.
06:24Vamos ver o que acontece no nosso 7 de setembro.
06:27Vamos ver o que acontece no dia da nossa eleição.
06:30E tomara que dê tudo certo.
06:50E tomara que dê tudo certo.

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