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00:00Deixa eu fazer aqui, te fazer uma apresentação aqui, olha, engenheira, mestre em economia e doutora em engenharia de produção, 15 anos de experiência em gestão pública e privada, presidente do movimento Trevo, grupo apartidário, democrata, que tem como objetivo promover ambientes de debate público moderado e sensibilizar os brasileiros para a importância de se desenvolver uma postura de política moderada junto à sociedade, para que o fazer político esteja especialmente orientado a soluções de problemas do país.
00:28Nós roubamos um pouquinho do teu artigo, mas aqui eu vou passar o microfone para você justamente para que você apresente essa iniciativa. Eu já tinha avisado aqui os espectadores que eu ia trazer gente boa no programa, gente que pudesse ampliar o debate.
00:44Trouxemos aqui o Gui, que é o porta-voz do Brasil, do projeto Brasil 200+, né, o projeto 200+, e foi uma conversa muito enriquecedora. E agora você também, por favor, se apresente, apresente o seu movimento e como é que, o que você espera alcançar com ele?
01:07Acho que na apresentação só faltou falar que eu sou mãe de quatro, né, e aí justifica...
01:13Tá vendo aí, ô Joel, você errou aqui, falhou aqui, falhou na apresentação. Esse é o principal, essa é a principal...
01:20É, na verdade, justifica essa luta toda, né, justifica o propósito, né, eu tenho quatro filhos e a gente precisa fazer alguma coisa. E eu não quero deixar herança, né, fazendo um paralelo ali com a matéria, eu quero que eles construam, que eles tenham oportunidade para eles.
01:35Então, alguma coisa tem que mudar o Brasil, porque assim, não dá, as capitanias hereditárias estão mandando ainda, né, como você bem disse. E também fazer outro parênteses, dizendo que eu já fiz contato com o representante, com o líder do 200+, no Rio, e ele vai estar no nosso evento do dia 4.
01:52Então, eu acho que é isso, a gente precisa se conectar, porque é muita gente pensando no Brasil e querendo fazer alguma coisa. Mas falando um pouquinho do trevo, né, é um movimento moderado, né, eu acho que não é novidade para ninguém que a gente está assolado no extremismo.
02:07O extremismo tomou conta das nossas casas, das nossas famílias, das nossas relações, a gente ouve, às vezes, com naturalidade, que bandido bom é bandido morto, por exemplo, ou vamos jogar uma bomba no STF, ou todo político é ladrão.
02:22São frases extremistas, porque principalmente elas vão de encontro à Constituição, e a gente estava analisando isso, porque a gente realmente se afogou no extremismo no Brasil.
02:32Eu não tenho dúvida que desde 2013, com aquelas manifestações, aquilo, eu já identifico na minha leitura como um movimento de reação ao extremismo que a gente viveu no governo petista,
02:46depois eu posso falar um pouquinho mais sobre minha leitura do extremismo no governo petista, mas a partir de 2013, e principalmente com a reeleição de Dilma,
02:58o extremismo se torna polarizado, ou seja, um lado tem um extremista que encontra um inimigo do outro lado, e aí a gente passa a ter a polarização cada vez mais acirrada no Brasil.
03:12Desde então, muita gente boa tentou estudar o extremismo, fazer ONGs dentro da academia, muitos teóricos publicando artigos para analisar esse extremismo no Brasil,
03:23que culmina com o bolsonarismo, né, para mim é o ápice da doença da democracia no nosso país, mas o que a gente vê é que não para de escalar, o extremismo não para de se escalar, né,
03:37e cada vez a gente acaba banalizando mais. E aí a gente começou essa turminha do trevo, como a gente brinca, né, mas são as sete pessoas que começamos a pensar,
03:47gente, a gente tem que parar de falar do problema e a gente precisa começar a falar da solução, né, como é a solução então para o extremismo?
03:56Que existe o extremismo e está todo mundo vendo, né, e aí a gente começou a estudar um pouco o movimento do extremismo no mundo,
04:02e percebeu que o extremismo não era, não estava apenas no Brasil, apesar de no Brasil a gente ter passado todos os gritos,
04:10era um movimento mundial e que a ONU, em Assembleia Geral, em 2017, resolve por meio dessa votação na Assembleia Geral,
04:20que o movimento moderado era o caminho para o extremismo. A gente precisava voltar a construir um ambiente moderado no Brasil.
04:27aí a gente começou a estudar para caramba, a gente começou a ler a literatura, perceber que moderado não é isentão,
04:35enquanto igual o brasileiro acha, e a gente percebeu que fechava esse gap, né, a gente precisava realmente voltar a falar,
04:42dialogar e construir um ambiente e valorizar os políticos que estavam se colocando à disposição da sociedade,
04:49sem usar do extremismo para incitar a sua militância. Então é isso que o movimento inicialmente propõe,
04:56é que a gente, para combater o extremismo, a gente precisa voltar a ter um ambiente moderado na política.
05:04Quando você fez esse estudo mais global,
05:10identificou o extremismo como uma tendência internacional na política, né,
05:17vocês conseguiram identificar as causas desse extremismo? E aí eu falo, eu cito rede social, cito estratégia política,
05:29né, eu também sou um curioso desses temas e do uso, né, da construção das narrativas,
05:38dessa tendência que a gente percebe em políticos de perfil de viés populista, né,
05:46que ele trabalha com uma coisa que é muito interessante,
05:51que ele trabalha pela pureza do movimento, né, e isso significa que se você não tolera ninguém que pense diferente,
06:03então você passa a odiar o outro. Primeiro que você não deixa nada acontecer
06:07e não deixa que outras pessoas que pensem um pouquinho diferente de você participem, né,
06:15do teu partido, da gestão, do que quer que seja.
06:20As pessoas têm que pensar tudo igualzinho e quem pensa diferente vira seu inimigo.
06:25A gente viu isso acontecer no bolsonarismo, a gente viu isso acontecer no petismo também, né,
06:31então é a minha perspectiva, não sei o que você encontrou, por favor, compartilhe conosco.
06:36Então, falando um pouco sobre o movimento mundial, né, a gente, claramente a gente identifica dois principais fatores
06:43que favoreceram a escalada do extremismo.
06:46Na verdade, o extremismo, ele sempre foi pendular, mas não com a proporção que ele está tomando agora no mundo.
06:53Então, tem o movimento da globalização, o processo de globalização, ele trouxe para algumas pessoas
07:00uma perda da sua raiz, né, ela não conseguiu processar a rapidez da globalização que ela se deu a partir do século XXI, principalmente.
07:10Então, essa rejeição ao novo, que é um pouco natural do ser humano, como uma forma até de se proteger,
07:18foi escalado a partir do século XXI, né, e outro fator também muito importante são as próprias redes sociais,
07:26porque na rede social a comunicação, ela é muito rasa e muito rápida, os vídeos são curtíssimos.
07:33Então, o debate antes que se dava numa mesa de bar durante uma hora, agora você tem 30 segundos para emitir sua opinião.
07:40Então, o extremismo é um campo fértil para esse tipo de cenário.
07:46A rede social também tem outro problema, que é o algoritmo.
07:48O algoritmo acaba dando voz a militâncias inflamadas.
07:53Às vezes, uma pessoa menos inflamada, com uma opinião mais sensata, que não causa uma lacração,
08:00ela não é beneficiada pelo algoritmo das redes sociais.
08:04Então, acaba favorecendo o comportamento dos políticos para que eles se aproveitem do engajamento das redes,
08:14impulsionado pelo algoritmo, né.
08:15Então, são coisas que a gente tem que pensar, né.
08:18Outro ponto que eu também destaco, mas que não está nesses estudos da ONU,
08:22mas que é o uso de robôs, né.
08:25Que quando o algoritmo começou a funcionar com muita força,
08:29as pessoas que usam sempre de mecanismos exclusos para participar do jogo político,
08:37começaram a utilizar com grande participação dos robôs,
08:41e eles manipulam a opinião pública.
08:43Então, às vezes, você faz um ataque, por exemplo, a um homossexual,
08:47e coloca um monte de robô participando ali, batendo palma.
08:50Então, parece que aquilo foi aceito pela sociedade,
08:53mas não foi, porque aquilo foi manipulado.
08:55E muita gente acaba participando desse debate,
08:57influenciado de uma forma distorcida.
09:01Então, acho que esses são os principais fatores.
09:04É o que a gente chama do efeito manada, né.
09:07Quando você cria o efeito manada ali, você inicia esse movimento com robôs,
09:14ou com militantes, né, ativos aí, virtuais, né, os Mavis.
09:19E aí, aquilo vai criando esse movimento, as pessoas vão aderindo ao movimento,
09:23porque o ser humano, ele...
09:26Isso é comportamento, né.
09:27Isso é quase uma...
09:31Isso é estudo psicossocial, porque a cabeça, o ser humano trabalha com essa coisa de adesão.
09:39Ele é um ser social.
09:41Então, ele adere àquilo que ele acha que, poxa, está funcionando.
09:45Isso vai desde a fila, né.
09:47Às vezes, você está num caixa de supermercado, tem uma fila enorme.
09:50Aí, a outra caixa está livre.
09:52E as pessoas vão só para a fila, porque elas acham...
09:56Não sei por que vão só para a fila.
09:57E isso acontece muito nesse ambiente político, porque as pessoas vão mesmo.
10:04E elas se aderem, elas não têm...
10:06Elas não param para pensar, né.
10:07Elas não param para pensar e elas aderem a esses movimentos.
10:11E daqui a pouco, elas estão participando até de atos reais, né, físicos.
10:20E até de crimes, que aconteceu lá nos Estados Unidos, né,
10:25Capitólio, né.
10:28Há pouco tempo eu vi um vídeo também de militantes bolsonaristas atacando o carro do Lula.
10:35E os guardas do Lula estavam armados e eles enfrentando.
10:40Então, é aquele poder de se estar numa tribo, né, que você se sente muito mais forte.
10:46Agora, eu queria abrir um parênteses para comentar um pouquinho sobre o extremismo,
10:49a raiz do extremismo, desse processo...
10:51Do processo do extremismo no Brasil, porque você mencionou na sua fala
10:55e acabou que eu não toquei, que é sobre o extremismo do PT, do governo do PT, né.
11:00Porque, na verdade, tudo que a gente presenciou daqueles crimes que foram expostos,
11:05como o Mensalão, por exemplo, ele começa a corroer a nossa democracia de dentro.
11:10Porque, na verdade, a democracia, o alicerce da democracia é a moderação.
11:13É você estar ali em plenário e ouvir o seu contraditório, o seu oponente,
11:19não inimigo, mas oponente, ouvir a opinião dele e fazer a votação.
11:23Mas aí, quando você, por meio do Mensalão, da institucionalização da corrupção daquela forma,
11:30que você compra os votos da maior parte da bancada,
11:35você está, na verdade, matando o diálogo, porque não tem mais diálogo.
11:39As principais pautas do Brasil deixaram de ser debatidas, porque elas foram negociadas.
11:44Então, quando você deixa de debater essas pautas,
11:47essas pautas, quando vão para a sociedade, elas criam uma estranheza,
11:52porque a sociedade não se sente representada por aquelas pautas.
11:55E aí, o governo do PT, como que ele lida com a rejeição da sociedade?
12:00Com mais extremismo.
12:01Ele usa a militância dele para fazer, para contra-atacar.
12:05Então, quando você quer questionar, por exemplo, o Bolsa Família,
12:09você é contra a pobre.
12:10Quando você quer defender o teto de gastos, você é elitista.
12:15Quando você quer questionar a cota, questionar, não é nem que você seja contra.
12:19Porque existem infinitas formas de você implementar a cota.
12:23Quando você quer questionar a cota, você é racista.
12:25Então, esse discurso extremista, ele existe desde o governo pretista,
12:30e essa corda foi esticada até a reeleição do Lula.
12:33Então, na verdade, o bolsonarismo nasce disso,
12:36nasce de uma sociedade calada,
12:42que foi incriminada pelos militantes do PT,
12:44porque você se tornou, de repente, racista,
12:47você se tornou misógino, você se tornou tudo de ruim,
12:50porque você questionava as políticas que não foram debatidas.
12:54E aí, você reage a isso de uma forma com a mesma potência.
12:59E aí, a gente cria essa polarização.
13:00O movimento do Trevo quer falar assim,
13:03gente, vamos parar, tem muita gente boa que está se tornando extremista,
13:08sem sentir.
13:09E quando você fala da terceira via, eu leio exatamente isso.
13:12Enquanto a gente não mostrar para esse eleitor
13:14que ele foi contaminado por esse vírus,
13:17e não é da pandemia agora, mas é um vírus do extremismo,
13:20e ele voltar a querer um debate mais são,
13:22a gente não vai conseguir emplacar a terceira via.
13:24Não vai conseguir.
13:27É muito sintomático episódios como que a gente testemunhou na noite de...
13:36Na noite não.
13:38Testemunhamos anteontem, ficou conhecido na noite de anteontem,
13:42e na verdade ontem é que repercutiu da abordagem absolutamente violenta
13:47que levou à morte lá do Gesivaldo, né?
13:51Genivaldo.
13:52E lá em Sergipe.
13:56E o que acontece?
13:57É justamente esse o problema, né?
13:59Você começa na retórica,
14:03isso vai escalando,
14:04isso vai criando esse efeito manada,
14:07se isso vem de cima para baixo,
14:09vira uma ordem de comando,
14:10então a intolerância passa a ser a regra, né?
14:14O desmando, o desrespeito,
14:17quer dizer, você percebe claramente que o Bolsonaro, por exemplo,
14:20desde que assumiu o governo,
14:22ele trabalha em minar as instituições,
14:27a própria institucionalidade, né?
14:29Então isso vai criando nessas corporações,
14:32especialmente aquelas que usam,
14:34que são as extensões do Estado para o controle da violência, né?
14:39Que são as polícias,
14:41elas acabam sendo agentes da violência.
14:44E elas sofrem com isso também.
14:46Foi muito bom você citar o PT,
14:47porque assim, eu que acompanho a política há muito tempo,
14:50eu sempre lembro aqui os nossos espectadores
14:52que o discurso de radicalismo,
14:54de nós contra eles, começou lá atrás.
14:56Inclusive, até, põe aí, Freitas, por favor,
14:59porque, assim, é bom lembrar, né?
15:01Olha lá, 2009,
15:03o Lula mesmo dizendo,
15:05não sou eu que estou dizendo,
15:06é o Lula dizendo,
15:072010 será nós contra eles.
15:10Eles inauguraram a militância virtual,
15:12eles tinham empresas que usavam robôs,
15:17usavam militantes virtuais para atacar a imprensa,
15:22atacar os inimigos,
15:23os rivais políticos,
15:25deveriam ser apenas oponentes,
15:26como você diz.
15:27A gente vem sofrendo
15:30esse ataque de reputações
15:33há muito tempo, né?
15:35Então, esse nós contra eles começou lá atrás,
15:38é o que você falou,
15:39minou a nossa democracia,
15:42contaminou o debate político
15:43e agora a gente está sofrendo,
15:47porque nós estamos diante de uma eleição polarizada
15:50por esse radicalismo.
15:52E o próximo passo, né?
15:55A gente chegou num nível inatingível,
15:58assim, inaceitável de extremismo.
16:00E o próximo passo é o autoritarismo.
16:02E a gente já está vendo ele chegar,
16:04o golpe já está em curso.
16:06E a eleição, ela está contaminada,
16:08continua contaminada,
16:09por mais que o Lula faça parceria de vice
16:13que mostre um acordo,
16:16teoricamente,
16:18com, vamos dizer,
16:20um maior comprometimento com a democracia,
16:22mas por trás tem um discurso
16:24que continua muito extremista,
16:25porque a militância hoje,
16:27o que ela dissemina é o seguinte,
16:28se Bolsonaro for para o segundo turno,
16:31vai ter golpe.
16:32Quer dizer, aquela coisa do medo,
16:34continua aquele medo, né?
16:36Jogando medo na sociedade
16:37e sem discutir.
16:38Porque que democracia é essa
16:39que as pessoas não podem tentar
16:41ter o direito de concorrer,
16:43agora só pode ser ele,
16:44porque ele é o único
16:45que tem o poder de concorrer com o Bolsonaro.
16:48E do outro lado,
16:49é o próprio Bolsonaro,
16:50que vem falando que pesquisa
16:52não serve para nada,
16:53que nem não acredita em pesquisa,
16:55e como a gente vê
16:57ao longo do governo dele em todo,
16:58ataque às instituições,
17:00a imprensa não presta,
17:01e hoje a militância dele
17:02está toda no WhatsApp,
17:03onde não tem checagem,
17:05onde não tem qualquer garantia de validade.
17:10E aí se disseminou as pequenas,
17:11coisas que a gente vê,
17:12que a gente fica estarrecida,
17:15como o tráfico de crianças,
17:17que a gente ouve
17:20dessa rota bolsonarista,
17:22que realmente é raiz nenhuma,
17:25na verdade,
17:26nenhuma.
17:27É apenas para criar um pano de fundo
17:29para que a gente construa
17:31uma sociedade lúcida.
17:33Então, o que eu vejo
17:33é que a lucidez está muito longe da gente.
17:36Juliana, desculpa.
17:38Desculpa.
17:38Só para concorrer essa fala,
17:40o que é muito característico dos moderados,
17:42isso a literatura destaca,
17:45é que o moderado busca o debate
17:47para construir a lucidez.
17:49Eu falei de lucidez e lembrei disso.
17:51Porque quando a gente se abre
17:52ao contraditório e ouve o outro,
17:55a gente passa a expandir
17:56nossa consciência.
17:58E aí a gente chega mais perto da verdade.
17:59Então, quanto mais a gente debate,
18:01quanto mais a gente dialoga,
18:03mais a gente chega perto da verdade
18:04para entregar melhor para o cidadão.
18:06Então, é isso que a gente precisa voltar a ter,
18:08porque a gente está ficando
18:09cada vez mais longe disso.
18:11É quase um método científico, né?
18:15Mas está, mas está realmente.
18:17Na verdade, a moderação tem muito a ver
18:19com a pesquisa científica em si,
18:21porque ninguém publica nada
18:23sem se colocar ao contraditório.
18:26Nada na ciência acontece
18:27se você receber uma crítica antes.
18:30Então, é natural que na política,
18:31ou seja, numa política moderada,
18:33que seria o caminho e o alicerce para a democracia,
18:36que a gente exercite isso.
18:38Olha, a gente vai debater a educação,
18:41a gente vai debater o piso de enfermeiros,
18:43a gente vai debater uma possível cobrança
18:45nas universidades,
18:46mas a gente tem que ouvir todo mundo.
18:48Não é a sua verdade que está aqui.
18:50Cada um tem uma perspectiva,
18:52a gente vai ouvir e vai construir
18:53o que a sociedade quer.
18:55Eu acho que é isso,
18:56é ter mais humildade.
18:57O que você acha fundamental
19:00e o que está no campo
19:03de diretrizes estratégicas do movimento,
19:06além de estartar o próprio debate em si,
19:08que a gente também está fazendo isso aqui,
19:11mas, assim,
19:13educação, por exemplo,
19:15está na base de tudo.
19:18Vocês pretendem firmar parcerias,
19:21tentar fazer esse debate,
19:25levar esse debate para o ambiente acadêmico,
19:28para o ambiente universitário,
19:29para as escolas de ensino médio,
19:33que já têm ali a componente política envolvida.
19:37Como é que vocês pretendem,
19:39vamos dizer assim,
19:40avançar nessa pauta?
19:43É, tudo cai na educação, né?
19:45Quando a gente pensa na solução mesmo,
19:47a gente tem até o conceito,
19:48mas quando a gente vai ver a educação,
19:50é a saída.
19:51Mas, no movimento político,
19:53a educação vai vir como uma prática,
19:55como exercício da moderação.
19:57A gente acredita que a moderação,
19:58a virtude que ela vai ser trabalhada a vida inteira.
20:00Então, você vai praticar isso, né?
20:03A gente vai se organizar,
20:05a nossa ONG está organizada
20:06de uma maneira um pouco diferente
20:07que as outras ONGs.
20:08A gente está realmente organizado em redes.
20:11E aí, essas redes serão temáticas.
20:13Então, você pode estar na rede temática
20:14da educação, por exemplo,
20:17e ser do sul, ser do norte, nordeste,
20:19quer dizer, onde quer que você esteja,
20:21você vai estar naquela rede.
20:22Geralmente, as ONGs,
20:24elas se organizam por região,
20:26por localidade, né?
20:27Então, a base do Rio de Janeiro,
20:29a base de São Paulo.
20:31Então, quando a gente faz
20:32a organização por tema,
20:34a gente vai permitir justamente isso,
20:36fazer pontes com quem está debatendo aquilo.
20:39Então, quando a gente tiver um tema,
20:40uma problemática,
20:41que a gente queira debater
20:42de forma moderada, né?
20:43Que a gente vai fazer plenárias mensais
20:45a partir do nosso evento de fundação.
20:49A gente vai debater, por exemplo,
20:50o tema sobre educação.
20:52Aí, a gente vai trazer
20:52todos esses parceiros, né?
20:55Para esse debate,
20:55para contribuir, vamos dizer,
20:57chamando especialistas, né?
20:59Que eu acho que a gente não pode,
21:01a nossa sociedade hoje,
21:02está banalizando muito o estudo.
21:03Quando você fala para mim,
21:04gente, há 20 anos eu trabalho com política.
21:07Gente, a gente tem que ouvir o Cláudio,
21:08entendeu?
21:09Eu não posso achar que eu,
21:10uma engenheira que trabalhei
21:11no chão de uma escola
21:12durante 20 anos,
21:14eu vou ter uma opinião
21:15que simplesmente eu acho.
21:16Eu acho,
21:18a gente está na fase do eu acho,
21:19mas a gente tem que voltar
21:20a ouvir os especialistas
21:21e dar valor a isso.
21:23Não é que você não possa
21:24questionar, criticar, né?
21:27Respeitosamente,
21:28mas é pesar,
21:29trazer o peso desse estudo
21:31que ele precisa ter.
21:33Então, a gente vai trazer,
21:35nesses parceiros por temática,
21:37a gente vai acabar vislumbrando
21:39a educação, a saúde, a política, né?
21:42Que esses líderes temáticos
21:43vão organizar com os seus associados,
21:46com os associados do trevo.
21:47Vocês vão lançar esse movimento agora,
21:53dia 4, é isso?
21:55Dia 4?
21:56Dia 4.
21:57Sábado, dia 4.
21:58Tem algum site,
22:00vocês vão fazer um evento,
22:03inclusive até me convidaram
22:04para participar,
22:05para palestrar no evento,
22:07e eu já aceito o convite,
22:10participarei com o prazer.
22:11e esse evento,
22:14ele será físico,
22:16será virtual?
22:17Como é que as pessoas fazem
22:18para participar desse evento
22:19e para apoiar o movimento?
22:23Não, primeiro te agradecer,
22:24visita ilustre,
22:25você vai estar lá nesse evento.
22:27Na verdade,
22:28a ONG já está fundada,
22:30já está regularizada,
22:31mas será um evento
22:32de comemoração da fundação,
22:34como se fosse abertura,
22:35onde a gente vai falar
22:36como a gente vai trabalhar
22:37efetivamente,
22:39como as pessoas vão poder
22:39se certificar como político moderado,
22:42como as pessoas vão ter a plenária,
22:44enfim,
22:44nesse evento que a gente vai
22:45realmente se aprofundar
22:47nas questões do movimento em si.
22:49E aí a gente convidou
22:50pessoas que a gente ama,
22:51uma delas é você,
22:53que você vai estar lá no dia 4,
22:55será um evento híbrido,
22:57que as pessoas podem participar
22:58gratuitamente online,
23:00é só se inscrever no nosso site.
23:02Eu vou pedir para a galera
23:04ir botando aí para mim
23:06nos comentários
23:07o link da inscrição,
23:09que as pessoas já conseguem
23:09se inscrever para o evento,
23:11ouvir o Claudio falar,
23:12e terão outros palestrantes também
23:13de vários aspectos políticos,
23:15ninguém chega lá rotulado.
23:17A gente quer debater
23:17o ataque à imprensa,
23:18a gente quer debater
23:19os ataques à educação
23:21nesse dia,
23:22e também presencial.
23:24Quem for do Rio
23:25vai ser na Livraria da Travessa,
23:27do Shopping da Barra,
23:28às 3 horas da tarde,
23:30do dia 4 ao sábado.
23:32E espero vocês,
23:33será um grande prazer
23:34tê-los lá comigo,
23:36e uma honra
23:38que vocês se interessem
23:40em ver a possibilidade
23:42desse caminho para o Brasil.
23:43Eu acho que a gente hoje
23:44está precisando tentar
23:45alguma coisa,
23:46e eu realmente acredito muito
23:48que o movimento moderado,
23:50saindo do trevo,
23:51que apareçam outros
23:52movimentos moderados
23:53em todos os lugares do Brasil,
23:55não necessariamente o trevo,
23:56mas que a gente realmente
23:57reconquiste um pouco mais
23:59de lucidez no debate
24:01da política do Brasil.
24:03Eu tenho percebido
24:04nessas conversas
24:06com diversas,
24:07diferentes pessoas
24:09e diferentes iniciativas,
24:10pontos em comum.
24:12Esses pontos
24:12têm a ver com a defesa
24:14do Estado Democrático e Direito,
24:16têm a ver com a defesa
24:17da moralização pública,
24:18têm a ver com a liberdade,
24:21a liberdade econômica,
24:22a liberdade individual,
24:24social de cada um.
24:24Então, assim,
24:26eu torço para que
24:28haja pontos de contato
24:30e esses movimentos todos
24:33se conectem em rede,
24:37em rede nacional,
24:39porque dentro de todo esse debate
24:42sobre radicalismo,
24:44eu percebo claramente,
24:45a gente falou aqui de Lula,
24:46falou de Bolsonaro,
24:47e nunca esteve tão claro
24:49o uso, inclusive,
24:51por parte dessas lideranças,
24:52o uso dessa dicotomia
24:58de Sul, Nordeste,
25:01o uso dessa questão
25:05psicossocial histórica
25:07de certas regiões,
25:09da colonização de certas regiões.
25:10Por quê?
25:11Quando a gente olha o Brasil,
25:12é importante a gente ter claro
25:13que o Brasil,
25:14assim como no caso
25:15dos Estados Unidos,
25:16são países continentais
25:19que têm estados
25:20que integram
25:21as suas federações,
25:23estados que são
25:24muitas vezes maiores
25:25do que grandes países
25:26da Europa.
25:27E aqui a gente
25:28está todo mundo
25:29amarrado dentro
25:30do mesmo território,
25:32dentro das mesmas fronteiras.
25:34E por que não funciona
25:36no Brasil
25:36como funciona
25:37nos Estados Unidos?
25:38Por que nós não temos
25:38federações,
25:39uma federação real?
25:41Por que os estados aqui,
25:43de acordo com as características
25:44de cada região,
25:46não têm autonomia,
25:47não têm autonomia
25:49para ter suas leis,
25:50seus regramentos,
25:52seus orçamentos?
25:53Então, a gente percebe
25:55o uso também
25:57dessas diferenças culturais,
25:59regionais,
26:00o uso e a manipulação
26:01disso por parte
26:02dessas lideranças políticas,
26:03o que é um crime
26:04contra a própria sociedade.
26:06É um absurdo,
26:07é uma coisa absolutamente...
26:11sabe,
26:13é nojenta
26:14porque opõe o cidadão,
26:17um cidadão contra o outro.
26:19Então, assim,
26:19a gente precisa, de fato,
26:21desse movimento,
26:22desse equilíbrio
26:23e desses pontos de convergência.
26:27É isso.
26:27Acho que agora você concluiu
26:29o que eu ia justamente entrar.
26:30A gente vê que a gente converge
26:32em muita coisa
26:34e esse afastamento
26:35que o cidadão tem
26:37dos seus representantes,
26:38porque, como você disse,
26:39Brasília hoje em dia
26:40tem poder de mais,
26:41porque se o cidadão
26:43estivesse mais próximo
26:44dos seus representantes,
26:45dos seus representantes
26:46que estão mais próximos,
26:48conseguissem realmente
26:49entregar mais coisas,
26:51mas não,
26:51esse afastamento
26:52traz a possibilidade
26:54de autoritarismo,
26:55de extremismo
26:56e tudo isso
26:56que a gente vê no Brasil,
26:58potencializado um movimento
27:00que é mundial,
27:01mas que no Brasil
27:03acaba se potencializando
27:04de uma forma
27:05por conta dessas características.
27:07E é o que eu falo,
27:08o movimento moderado
27:09tem lá como um dos valores,
27:11a gente é reformista,
27:12a gente não é revolucionário
27:13e a reforma é isso,
27:15a gente ir constantemente
27:16discutindo
27:17esses pontos
27:18que a gente precisa enfrentar
27:19e parar de botar
27:20cortina de fumaça
27:21na nossa frente.
27:22O comunismo está lá,
27:24o comunismo foi debatido
27:25na década de 50,
27:26do século XX,
27:27a gente agora precisa
27:28debater coisas desse tipo,
27:30trazer mais poder
27:31para os estados,
27:31mais poder para o político
27:32que está perto do cidadão,
27:34enfim,
27:35tem muita coisa para fazer,
27:36mas dessa forma que está,
27:37a gente não vai avançar.
27:38Temos muita coisa
27:40para fazer.
27:41Juliana,
27:41muito obrigado
27:42pela tua participação
27:43aqui no Papo Antagonista
27:44e o programa
27:45permanece aberto
27:46para futuras colaborações.
27:48Parabéns pela iniciativa.
27:50Muito obrigada,
27:52prazer estar aqui.
27:52O que é isso?
28:05O que é isso?
28:10O que é isso?
28:11O que é isso?
28:12Legenda Adriana Zanotto

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