- há 6 meses
O presidente do PSDB, Bruno Araújo, disse, em entrevista ao Papo Antagonista, que o partido espera que a discordância paute as prévias do partido.
Os governadores João Doria e Eduardo Leite e o ex-prefeito de Manaus, Arthur Virgílio, se enfrentam no próximo dia 21 de novembro.
O deputado afirmou que “chutezinhos na canela” são válidos e minimizou as desavenças internas entre tucanos.
“Eu não quero unidade, unidade é para depois. Nós precisamos de discordância, de pontos diferentes. Nós queremos disputa severa. Um chutezinho na canela aqui, outro ali, de modo que não quebre a regra do jogo. […] Vai fazer bem ao PSDB e espero que faça bem à democracia brasileira.”
Segundo Araújo, a tendência é que o modelo de prévias seja usado em mais oportunidades.
“Diferentemente do que acontecia lá atrás, que eram candidaturas quase naturais. Aquela coisa clássica de que se tomava um vinho em um restaurante de São Paulo e se escolhia o candidato deixou de acontecer no PSDB.”
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Os governadores João Doria e Eduardo Leite e o ex-prefeito de Manaus, Arthur Virgílio, se enfrentam no próximo dia 21 de novembro.
O deputado afirmou que “chutezinhos na canela” são válidos e minimizou as desavenças internas entre tucanos.
“Eu não quero unidade, unidade é para depois. Nós precisamos de discordância, de pontos diferentes. Nós queremos disputa severa. Um chutezinho na canela aqui, outro ali, de modo que não quebre a regra do jogo. […] Vai fazer bem ao PSDB e espero que faça bem à democracia brasileira.”
Segundo Araújo, a tendência é que o modelo de prévias seja usado em mais oportunidades.
“Diferentemente do que acontecia lá atrás, que eram candidaturas quase naturais. Aquela coisa clássica de que se tomava um vinho em um restaurante de São Paulo e se escolhia o candidato deixou de acontecer no PSDB.”
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NotíciasTranscrição
00:00PAPO ANTAGONISTA
00:30Bruno, 21 de novembro, não é isso? As prévias estão marcadas do partido, temos até aqui três candidatos, o Arthur Vigílio ali correndo por fora e João Doria e Eduardo Leite polarizando aí essa disputa.
00:44Vocês venderam as prévias do PSDB como algo inédito, algo novo que poderia unir o partido, mas para a gente que está acompanhando, a impressão que passa é que pelo contrário, a coisa está muito dividida e a coisa está acirrada.
00:59Vocês vão se arrepender dessas prévias, Bruno?
01:02Vamos lá. Ela foi uma decisão hoje que se mostra acertada. Ela é nova, no mínimo, para o PSDB, mas seguramente do tamanho da forma que nós estamos fazendo.
01:14Com 1 milhão e 300 mil pessoas afiliadas habilitadas, 4 mil, 5 mil vereadores, 500 prefeitos, 600 vice-prefeitos, 110 deputados estaduais, 33 deputados federais, 7 senadores, 3 governadores.
01:28É a primeira vez na história do partido e, com esse volume, seguramente, talvez a primeira vez na América Latina.
01:38O que, para nós, só é diferente da introdução, eu não quero unidade. Unidade é para depois.
01:46Agora, nós precisamos de briga, precisamos de disputa, precisamos de discordância, precisamos de pontos com visões diferentes que caibam dentro do aspecto político-ideológico que é o do partido.
02:00Quem imaginar o que dizia a Kamala Harris, algum tempo atrás, no ano passado, sobre o John Biden, não imaginava um espaço de composição.
02:10Ou o que dizia, ou o que foi a disputa de Bruno Covas com o João Dória e, depois, um vice do outro.
02:17Até lá, Diogo e Diego, nós queremos disputa severa, posições, um chutezinho na canela aqui, outro ali, de modo que não quebram a regra do jogo.
02:27E, diferente do que houve no passado, que eram candidaturas quase naturais e aquela coisa clássica, que se tomavam vinho num restaurante de São Paulo e escolhiam o candidato,
02:35mas, de fato, havia candidaturas naturais e deixou de acontecer no PSDB, sobretudo, com a decisão de fazer esse volume,
02:42essa movimentação partidária extremamente intensa e que vai fazer não só bem ao PSDB, vai fazer bem à democracia brasileira.
02:50Nós estamos, Diogo, contratamos a Universidade Federal do Rio Grande do Sul, um contrato de mais de um milhão de reais,
02:58com empresas de segurança de São Paulo e USP, com mais de 200, 300 mil de auditoria sobre a confecção desse aplicativo,
03:07para, com reconhecimento facial, identificando os dados do Tribunal Superior Eleitoral, permitir o acesso à votação desse volume de pessoas.
03:15Depois, esse aplicativo doado à Justiça Eleitoral e a todos os demais partidos.
03:19Então, vai fazer bem ao PSDB e espero que faça bem à democracia brasileira, que é muito incipiente ainda nesse modelo de escolhas.
03:26Bruno, a disputa, você tem razão, é extremamente saudável, revigora a democracia,
03:33mas, vendo do lado de cá, eu tenho a sensação de que o João Dória é uma espécie de Paulo Maruf que vai comprando o delegado aqui e ali.
03:43E isso torna essa disputa bastante menos democrática do que seria desejável.
03:52A gente não está falando de primárias como as americanas.
03:55As americanas, você citou a Kamala Harris e o Joe Biden, não é que os eleitores tenham direito ao voto.
04:03É uma coisa interna e quem tem capacidade para reunir mais delegados, oferecendo até vantagens, eu acho, nessa campanha,
04:13acaba sendo beneficiado e favorecido e isso certamente vai provocar um amargor lá na frente difícil de ser sanado.
04:26Olha, assim, primeiro, a gente parte do pressuposto que estão todos jogando conforme dentro da regra do jogo.
04:35Essa é a nossa expectativa, esse é o monitoramento e a forma com que o partido imagina que os resultados vão ser entregues da forma mais legítima,
04:46cada um com sua característica.
04:47Um tem um ativo da vacina, o outro tem um ativo de juventude, de passar posições de coisa nova.
04:53O Arthur Vigílio tem uma história de posições muito firmes e claras sobre o que pensa.
05:00Agora, é interessante porque nós estamos vendo, de fato, que há clareza à vida inteligente com pessoas que você não convive no ambiente do partido que você não conhece,
05:12há posições de leitura do momento do Brasil, do perfil mais adequado ao interesse de cada região em relação ao João Dória, Arthur Vigílio ou Eduardo Leite.
05:22O fato é que as próprias pesquisas qualitativas hoje do PSDB mostram que, depois de 2018, depois daquele colapso eleitoral do PSDB de 2018,
05:34depois que, desde 1994, era protagonista sempre no segundo turno e fomos impactados com um resultado de 5%, 6% no primeiro turno da eleição presidencial,
05:44o eleitor brasileiro já enxerga dois momentos do PSDB.
05:49O PSDB foi fundamental na história política brasileira e que nos fez chegar até aqui,
05:55mas a gente identifica o PSDB de hoje como o PSDB que é a cara dessa disputa,
05:59o PSDB da disputa de Eduardo Leite com o João Dória, com o protagonismo de um sênior ainda, com a presença de Arthur Vigílio.
06:07E é isso que nós também buscávamos, a possibilidade de nos atualizarmos e nos mantermos update nessa relação com o eleitorado brasileiro.
06:17Bruno, o Aécio Neves quase foi expulso do partido, não foi, muito pelo contrário, ficou, ganhou muita força,
06:25ficou ali um bom tempo na geladeira, ali fora dos holofotes, na Câmara,
06:29acabou assumindo a importante comissão de relações exteriores, se aproximou muito do Artulira,
06:35se aproximar do Artulira, querendo ou não, é se aproximar do Palácio do Planalto.
06:41O PSDB, somente depois daqueles atos golpistas de 7 de setembro, decidiu, enfim, se colocar como oposição ao governo Jair Bolsonaro,
06:50mas deixando para depois um posicionamento em relação a eventual pedido de impeachment.
06:55A minha pergunta, diante de tudo isso, é qual é o seu nível de tolerância,
06:59qual é o nível de tolerância do partido hoje com os bolsonaristas tucanos?
07:05Veja, isso vai se acomodar até abril, de prazo de filiação.
07:09A gente sabe que no modelo de coalizão, nossa, há uma relação de fragilidade do Congresso na relação com o Executivo.
07:18Nós vimos o volume de recursos e de emendas que se disponibilizou nesse governo,
07:22como nunca houve em qualquer outro governo.
07:25Hoje, o Congresso Nacional, que na origem da democracia que a gente faz o orçamento,
07:30mas na prática era o Executivo quem exercia, de fato, o poder de manuseio disso tudo,
07:36transformou no principal, mais importante protagonista de autorização.
07:39Eu fui ministro de Estado, eu tinha acesso aos recursos e às fontes do próprio Ministério.
07:44Hoje, os ministros do governo Bolsonaro têm que pedir dinheiro,
07:47a relator do orçamento, a presidente da Câmara,
07:51aqueles que participaram da execução do orçamento.
07:53Isso é um erro. O próximo presidente da República vai ter que reequilibrar essa relação.
08:00Então, até abril, nós vamos ter, com os prazos de descompatibilização, uma clareza.
08:06O que eu fiz questão de chamar o partido foi para fixar, já no primeiro momento,
08:10uma posição firme sobre o oficial do partido em relação à posição de oposição.
08:17Isso vai começar a funilar para haver uma clareza em relação,
08:25sobretudo com a data simbólica, no dia 21 de novembro.
08:29Nós queremos, no dia 22 de novembro, a coesão completa de deputados e senadores
08:33anunciando apoio ao nosso candidato a presidente da República.
08:36Aqueles que não fizerem, claro que não terão condições de se manter na legenda.
08:42Nós temos perspectiva não só de que tenhamos um apoio muito consistente
08:46do ponto de vista interno, como abrir o leque de alianças.
08:51Em relação ao PITMA, Diego, eu fui protagonista nenhum,
08:55não pelo voto simbólico na autorização do processo da Dilma,
09:00mas porque acompanhei de perto.
09:01Nós fomos buscar a contratação dos pareceres jurídicos,
09:04buscar a Janaína Pascoal, nós fomos fonte da Joyce,
09:08colega sua jornalista, na época,
09:10acompanhando de perto a chegada dos bolsonarismos que hoje têm mandato.
09:15Foram meses e meses o processo de negociação.
09:17O processo de impeachment poderia, em tese,
09:20resolver uma questão pontual nesse momento,
09:24mas impeachment precisa de elementos políticos,
09:26e no elemento político, o Congresso, o Presidente da República tem o que se acabou de dizer,
09:32o controle pelo Centrão.
09:34Elementos jurídicos, sim, fatos específicos nós temos,
09:38já que imputam eventualmente crime de responsabilidade.
09:41E elemento social, nós vimos que os próprios eventos chamados depois por parte da oposição
09:46não mobilizam a população que estão focadas em saber como é que pagam suas contas,
09:51como é que sobrevivem nesse momento tão grave,
09:52onde, graças a Deus, estamos saindo do processo de pandemia,
09:56mas do ponto de vista de crise econômica imensa.
09:59Mas o PSDB vai, sim, inteiro, marchar com o candidato escolhido em 21 de novembro
10:05e vão ampliar esse leque de aliança
10:07para que o candidato escolhido seja o candidato de uma grande frente de alianças no ano que vem.
10:13Bruno, você sabe que, a propósito de ampliação do leque,
10:16os dois candidatos são praticamente opostos.
10:20O Eduardo Leite, é óbvio, todo mundo sabe disso,
10:25você é melhor do que eu, do que o Diego, atrai apoios.
10:30Ele tem um nome, hoje em dia, transversal,
10:35que pode reunir gente de diversos espectros e regiões.
10:45Ele é um candidato novo e forte.
10:48O João Dória, a gente sabe que afasta o apoio dos outros partidos.
10:53Ele é limitado e ele vai provocar um isolamento desse partido Danico,
10:58que você descreveu, de 2018, com os 3%, 4% de votos dele,
11:05e num estado de solidão, porque ele não é capaz de atrair os demais partidos,
11:15as forças políticas, talvez nem empresariais.
11:19Então, isso limita muito o alcance do PSDB e faz com que ele permaneça, né, Nico?
11:29Como é que você vê, obviamente você não pode falar tudo aqui pra gente,
11:33mas como é que você vê esse partido na mão do João Dória,
11:42isolado em relação ao resto da terceira via, centro,
11:47desse grupo que necessariamente vai se formar e que vai ter uma novidade a partir de novembro,
11:52provavelmente, que é a candidatura do Moro.
11:55É isso, Diogo.
11:56As prévias podem estar possibilitando que o filiado comum do PSDB,
12:01o detentor do mandato, faça a leitura do ativo pessoal
12:04de que cada candidato tem.
12:07Um deles tem a possibilidade de formar um leque maior de aliás.
12:13Outro tem uma capacidade de poder ter um discurso mais poderoso
12:18em relação a outro tema.
12:20Um terceiro candidato tem uma história interna do partido
12:24que tem e pode mobilizar um nicho diferente.
12:28Vai ser um mix de cada, um pouco de cada disso
12:31e espero que a leitura que o partido fizer com a escolha desse candidato
12:35em 21 de novembro possibilite que a gente tenha um espaço
12:40para poder articular.
12:42E, claro, seja qualquer um dos candidatos escolhidos,
12:46nós vamos precisar e não vamos poder seguir nesse projeto
12:50de forma solitária.
12:52Eu acho que cada um tem a sua característica
12:55de buscar essa aliança.
12:58Um pode ser mais propenso no momento inicial,
13:00o outro pode ter alternativas de construir,
13:03da sua forma, esse leque de aliança.
13:07Então, a gente tem que esperar o que vem aí no dia 21 de novembro
13:11para seguir para a etapa seguinte.
13:14Cada dia a sua agonia, a primeira é conduzir e fazer com que as prévias
13:18deem certo, para depois ir buscar as alianças.
13:23Nessa linha do que o Diogo falou, Bruno,
13:25ontem a gente noticiou aqui no Antagonista
13:27que o Partido Verde e o Cidadania topam aí
13:30avançar nessas conversas sobre federação com vocês do PSTB,
13:34mas as chances são grandes se o Eduardo Leite for o escolhido.
13:39Se for o Dória, eu conversei com gente do Cidadania e do PV,
13:43eles acham que isso não vai para frente.
13:45Ontem ainda também, se me permite,
13:48eu conversava com um servidor público de carreira,
13:50há muitos anos aqui, trabalha na Esplanada,
13:53e ele desabafava comigo,
13:55ele tenta acompanhar o noticiário político,
13:56mas não é todo mundo que tem estômago para fazer isso
13:59que a gente faz aqui por ossos do ofício,
14:00mas ele dizia, não sei se é ingenuidade minha,
14:04mas como é que essa tal dessa terceira via
14:07não consegue sentar e resolver a situação
14:09que está clara, esse caminho,
14:12essa avenida aberta aí que as pesquisas estão mostrando,
14:15que a situação política toda está desenhando.
14:18E a gente ficou conversando ali um pouquinho
14:19sobre essa angústia que eu trago para você, Bruno.
14:23O que é isso?
14:24Essa vaidade, o que é que impede essa terceira via
14:28de o pessoal dar as mãos e assumir o comando do país.
14:33Está aí, me desculpe o clichê,
14:35mas é a faca e o queijo na mão.
14:38Espírito público.
14:40Agora, o próprio espírito público,
14:42se existir nesse ambiente coletivo,
14:45ele tem o momento próprio para ser ativado.
14:48Nenhum dos partidos importantes players nesse jogo
14:51vai antes do tempo botar suas cartas na mesa.
14:56Nós abrimos simbolicamente o processo agora,
14:59um ano, falta para o pleito eleitoral.
15:02De certa forma, o PSDB terminou provocando,
15:05digamos assim, a agenda desse campo da terceira via
15:09por conta da posição das prévias.
15:11E eu acho que a partir da escolha do candidato do PSDB,
15:15nós vamos talvez ter o elemento mais,
15:18sem nenhuma soberba, dizendo isso com maior,
15:20o elemento mais importante para estartar, de fato,
15:22um processo de construção, de renúncia de egos,
15:29de compreensão do que nós precisamos fazer para aglutinar.
15:32Eu, pessoalmente, acredito que se nós chegarmos
15:34com dois importantes candidatos fora do extremismo,
15:39posto entre o presidente e o ex-presidente,
15:43eu acho que com dois importantes candidatos,
15:45nós vamos afunilar lá na frente,
15:47por voto útil para um deles,
15:48e esse irá para o segundo turno, na minha compreensão,
15:52pode ser o presidente, será o presidente da República.
15:55E torço e trabalhamos para que possa ser o do PSDB.
15:58Vamos ver o que é que vai.
15:59Dois candidatos além do Ciro Gomes, você acha?
16:02Ou excluindo o Ciro Gomes?
16:03Eu acho que se nós tivermos o Ciro e mais um candidato,
16:08eu vejo como, do ponto de vista estatístico,
16:13muito firme a posição de nós estarmos no segundo turno.
16:18Claro...
16:18Como você vê?
16:20O Moro, como é que você vê?
16:22Ele vai se candidatar.
16:23Como é que você vê essa candidatura?
16:25Dentro do seu partido vai acontecer o quê?
16:27Vai haver uma implosão, uma explosão?
16:30Depende do que acontecer com a escolha.
16:33Quem será o escolhido?
16:34E a capacidade desse escolhido
16:36de poder negociar e compor a participação do PSDB.
16:41Eu digo sempre, não há como nós imaginarmos
16:44que podemos ir para um processo desse
16:46dizendo que nós temos uma candidatura
16:49onde todos são obrigados a votar conosco.
16:50Mas na hipótese de uma candidatura hoje
16:52que está posta e vai seguir,
16:55que é a do Ciro Gomes,
16:56da do PSDB confirmada,
16:58de Moro candidato à presidenta da República,
17:01do Rodrigo Pacheco
17:04deixando o União Brasil hoje,
17:08o Democratas hoje,
17:09de futura União Brasil com a homologação,
17:12para ir para o partido do PSDB,
17:14de Kassab.
17:16E aí nós começamos a pulverizar muito
17:19esse campo de alternativas
17:21e aí a gente privilegia
17:23a possibilidade de uma manutenção
17:25mais firme no segundo turno de Bolsonaro,
17:27que hoje é o candidato mais frágil
17:28entre os dois postos
17:30nesse campo mais extremo.
17:33Mas nós reduzimos até para três no limite,
17:36Ciro com mais dois,
17:37é razoável que possa aglutinar-se
17:40com o entendimento lá na frente
17:41ou que o voto útil vale.
17:43E quando a gente fala voto útil,
17:44não adianta nós,
17:45a imprensa,
17:45ficarmos...
17:46É eleitor, está certo.
17:47Júlio, agosto,
17:48onde é que vai estar?
17:49E aí o voto útil?
17:50O voto útil vem a sete dias da eleição,
17:52vem a dez dias da eleição
17:53e vem como algo
17:55onde a natureza atua
17:57sem qualquer tipo de participação,
18:01de qualquer outro brilhantismo.
18:03A própria sociedade identifica caminhos.
18:06Nós já vimos isso diversas vezes.
18:08Então, temos que aguardar
18:09e torcer para que se pulverize
18:10o menos possível.
18:14Bruno, eu sei que você tem um tempo apertado,
18:16a gente está finalizando já.
18:17Eu queria fazer uma última pergunta,
18:19que é, mais uma vez,
18:21fazer você verbalizar
18:22o que o Dória disse recentemente
18:24e virou notícia
18:25porque, vindo dele,
18:26foi uma surpresa ele dizendo
18:28que abriria a mão da candidatura
18:30em vista de uma construção
18:32de uma terceira via.
18:33Eu queria ouvir de você,
18:35presidente do partido,
18:36qual é o apego que o PSDB tem
18:38à candidatura
18:39à corrida presidencial de 2022?
18:42Um apego total,
18:43mas com respeito à diversidade.
18:45Veja, Dória...
18:47Cada um tem um estilo.
18:48Talvez Dória tenha mais vontade
18:50do que todos os candidatos juntos
18:52multiplicados por cinco.
18:53O Eduardo Leite
18:55tem características outras,
18:57mas que o torna também
18:58muito poderoso,
18:59uma vez escolhido candidato.
19:03Qualquer um deles,
19:04escolhido em 21 de novembro,
19:06não vai poder sentar na mesa
19:08para dialogar com a sociedade
19:09e com outras candidaturas
19:10e dizendo
19:11eu só sigo se for eu.
19:13Vai ter que demonstrar,
19:14sobretudo,
19:15a possibilidade de ser um chefe de Estado,
19:16chefe de governo,
19:17que devolva um ambiente de racionalidade,
19:20de respeito à comunidade internacional,
19:21da comunidade internacional ao Brasil,
19:23possibilidade de cuidar dos temas reais
19:25da vida dos brasileiros,
19:26emprego e desigualdade social.
19:29Ele vai ter que demonstrar
19:29a sua capacidade de liderança
19:31nesse processo de construção.
19:33Se conseguir fazê-lo,
19:35vai conseguir passar para a etapa seguinte.
19:37Se não,
19:38nós podemos seguir
19:39na mesma dificuldade
19:40quanto nós tendo lá na frente
19:41ou uma das duas alternativas
19:43que já conhecemos
19:44para onde nos leva
19:45ou com alguém
19:46que não demonstra
19:47a sua capacidade
19:48de liderar,
19:49entregando confiança
19:51ao que grande parte
19:52da sociedade brasileira
19:53espera nesse momento.
19:55E sem
19:57tucano com o Fernando Henrique Cardoso
19:59flertando com o PT,
20:00porque essa é outra
20:02flertando com o Lula,
20:04com o Lula no segundo turno.
20:06Deixa eu fazer um parênteses
20:07sobre o Fernando Henrique Cardoso.
20:08O Fernando Henrique Cardoso
20:09é o presidente de honra do PSDB.
20:10Assim como toda,
20:12o Fernando Henrique Cardoso
20:12não fala pelo PSDB,
20:14apesar de toda a simbologia
20:15e a importância.
20:16É só me entender
20:17que o Fernando Henrique Cardoso
20:18preservou e ocupa
20:20um espaço importante
20:21na história
20:22contemporânea brasileira.
20:24Mas olha,
20:24hoje se funciona
20:27muito mais
20:27como um importante sociólogo,
20:29acadêmico,
20:30que foi presidente da República
20:31e é respeitado
20:32pelo partido
20:33da qual o faz,
20:34mas não há como
20:35um partido
20:37tutelar
20:38um senhor
20:38de 90 anos de idade,
20:41doutor em sociologia,
20:42ex-presidente
20:43da República.
20:44Grande parte
20:45dos movimentos
20:45do presidente
20:46Fernando Henrique Cardoso
20:47não estão sintonizados
20:49com a posição política
20:50hoje do partido,
20:51embora o partido
20:52sempre faça uma referência
20:53à solidez
20:56da importância
20:56que ele teve
20:57na história política
20:58do país.
20:59Bruno, eu concordo.
21:00Fernando Henrique Cardoso
21:01não conta absolutamente nada.
21:02Você tem razão.
21:04Olha,
21:05mas não da forma
21:07como querem,
21:08de fato,
21:09vincular
21:09as posições políticas
21:10do partido.
21:12Muito bem.
21:13Bruno,
21:13presidente nacional
21:15do PSDB.
21:15Obrigado pela conversa.
21:16Até uma próxima oportunidade.
21:18Abraço, Diogo.
21:18Abraço, Bruno.
21:19Obrigado, Diego.
21:21Muito obrigado, Bruno.
21:22Tchau, tchau.
21:23Aconteceu.
21:24Você fica sabendo aqui.
21:25Papo Antagonista.
21:45Tchau, tchau.
21:45Tchau, tchau.
22:15Tchau, tchau.
22:16Tchau, tchau.
22:17Tchau, tchau.
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