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  • há 4 meses
No Papo Antagonista desta quinta-feira (2), Claudio Dantas comentou o embate entre o presidente da Câmara, Arthur Lira, e o Senado depois que a Casa enterrou a minirreforma trabalhista.
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Transcrição
00:00O Arthur Lira comprou uma briga com os senadores, quer dizer, na verdade os senadores romperam,
00:07ontem tivemos a rejeição da mini-reforma trabalhista.
00:11Essa mini-reforma trazia três programas que foram incluídos numa MP 1045,
00:19e ele previa a execução de três programas, um de incentivo à qualificação profissional,
00:26um outro de incentivo ao voluntariado, podendo ser contratado pelas prefeituras,
00:31e um outro de vínculo empregatício.
00:34Obviamente que as regras desses vínculos empregatícios foram flexibilizadas.
00:40Por quê? Porque esses programas são criados num momento de crise.
00:45Viu, sindicalistas? Vocês que estão aí brigando, que enterraram a proposta,
00:50a gente está num momento de crise, as pessoas precisam trabalhar com alguma coisa,
00:54as pessoas precisam comer. Então, assim, cria-se uma possibilidade
00:59de você abrir aí três milhões de vagas de trabalho, e olha isso que eu estou aqui,
01:04isso é um programa do governo. Então, assim, por isso que eu falo,
01:08não é questão de você defender A ou B, é defender princípio.
01:11E aí o Senado rejeitou, a Câmara aprovou e o Senado rejeitou.
01:15Agora, o Senado rejeitou isso, põe a outra que eu publiquei,
01:18rejeitou a abertura de três milhões de vagas e deu urgência,
01:24uma tramitação Célese aprovou, a derrubada de uma norma que limitava,
01:30desde 2018, o gasto com plano de saúde nas estatais.
01:35E aí, com essa derrubada, as estatais, só as sete maiores estatais do país,
01:40terão de pagar mais um bilhão e meio por ano para garantir super planos de saúde
01:47para funcionários públicos.
01:48Eu acho que funcionário público tem que ter plano de saúde,
01:51como os privados também têm, mas não é possível você ter uma situação,
01:55por exemplo, como a do BNDES, em que ninguém paga nenhuma contrapartida.
01:59O BNDES financia o plano de saúde para o sujeito,
02:02o sujeito não paga uma contrapartida.
02:05Então, assim, está aí, um bilhão e meio, desculpem.
02:09Desculpem os funcionários públicos, mas é preciso ter um pouco de consciência social.
02:12Olha lá, o Poder Executivo, isso eu estou falando das estatais,
02:17porque o Executivo, na média, gastou R$118,00 por servidor ao mês.
02:22O SUS, para vocês terem uma ideia, na pandemia, gastou,
02:27despendeu R$59,00 por cidadão.
02:30Aí sabe quantas estatais torraram por cada pessoa, por cada empregado?
02:34Em média, R$1.087,00.
02:36Como é que você pretende ter uma sociedade próspera com esse tipo de desigualdade?
02:43Porque quem está financiando isso é quem não tem na outra ponta.
02:48Isso aí é financiado pelo imposto que o sujeito paga
02:51e não tem dinheiro para pagar o plano de saúde.
02:54Isso aí não é justo.
02:56Ó, salário médio do BNDES, R$31.000,00.
02:59E o banco sequer cobra nenhuma mensalidade.
03:02O sujeito tem um salário desse e não paga nada, zero, para ter um plano de saúde?
03:06Tudo bancado às expensas?
03:08Não dá.
03:09Olha aí, a média de plano de saúde no BNDES, R$3.500,00.
03:12Me desculpem, senhores funcionários do BNDES.
03:16Mas isso não é justo.
03:18Isso não é justo, tá?
03:22Bom, infelizmente é isso.
03:24Aí não quiseram criar 3 milhões de empregos,
03:27mas aprovaram garantindo aí,
03:29porque a revolução do Bolsonaro vai ser feita com a ajuda do funcionalismo, não é?
03:33É isso?
03:34O golpe vai ter a ajuda do funcionalismo?
03:39É, gente, é o que eu falo.
03:40É um Brasil paralelo.
03:43É o Brasil do judiciário, né?
03:46A gente vê aí no público
03:48ministro reclamando do outro ministro,
03:50aí vão lá todos e escrevem
03:52artigos em homenagem ao Augusto Aras,
03:55como a gente publicou aqui no início da semana.
03:57eles vivem em outra realidade, né?
04:01Vivem em outra realidade.
04:03Vamos seguir aqui?
04:07Bom, o Lira
04:09me deu uma entrevista mais cedo.
04:12Cadê a entrevista do Lira aqui, ó?
04:14O Senado sucumbiu ao lobby da CNI.
04:16Aí ele botou o dedo na ferida.
04:18Quem fez pressão?
04:19CNI e Sistema S, tá?
04:23Para contrário à mini-reforma trabalhista.
04:26Aí,
04:27os senadores começaram a reclamar também.
04:31E aí, claro, a tensão agora está no máximo,
04:33porque o Senado está nessa onda.
04:35O Rodrigo Pacheco tem interesse eleitoral também,
04:37de ser terceira via.
04:39E aí,
04:40o que a gente começa a perceber
04:41é o uso disso para
04:42contrariar as pautas do governo
04:45simplesmente com objetivo eleitoral e político.
04:47Isso está errado também, tá?
04:49Isso está errado.
04:50Assim como o Arthur Lira não pode
04:52acelerar o debate de pautas
04:55que precisam ser debatidas,
04:57o outro também não pode rejeitar
04:58pautas de interesse social
04:59só por interesse eleitoral, tá?
05:02Então, vamos lá.
05:05É isso.
05:06Aí, quem elogiou muito o Lira
05:09foi, obviamente, o Paulo Guedes.
05:10Você tem aí a entrevista?
05:12Também exclusiva com o Paulo Guedes hoje.
05:14Arthur Lira também
05:15me deu essa entrevista exclusiva.
05:17Está disponível no site.
05:18É escrita.
05:19E a do Paulo Guedes,
05:20que considerou aqui o Arthur Lira
05:22a autoridade hoje mais importante
05:26no Congresso
05:27na defesa das pautas econômicas.
05:30Para vocês verem
05:30aonde que a gente chega.
05:32Bom,
05:33a Câmara aprovou a reforma
05:36do Imposto de Renda,
05:37o texto básico,
05:38e hoje, ontem à noite,
05:40e hoje,
05:40as demais emendas,
05:44os destaques.
05:45Então, no fim das contas,
05:46nós tivemos um texto aí
05:47mantendo os eixos principais
05:50da reforma,
05:52manteve ali a ampliação,
05:53fez a correção da tabela
05:55do Imposto de Renda
05:55da pessoa física,
05:57reduziu de 20% para 15%
05:58a taxação de dividendos
06:01de sócios, de empresas,
06:02e reduziu para 7,5%
06:05o Imposto de Renda
06:07sobre as pessoas jurídicas.
06:09Esse é o resultado
06:11dessa mini-reforma,
06:14que é a mini-reforma tributária
06:16ou reforma do IR,
06:17que também tem seus problemas.
06:19E esse texto
06:20também foi meio complicado,
06:22porque ele ganhou várias versões
06:23e só foi colocado para votação
06:25depois do acerto do Lira
06:28com a oposição,
06:29com os partidos de esquerda,
06:30com os partidos aí da turma
06:32da Faria Lima,
06:33como disse o próprio Guedes para mim,
06:34mas o fato é que você então
06:36tem a aprovação desse texto
06:37que agora vai para o Senado
06:38e nós estaremos monitorando.
06:41Está aí a entrevista.
06:42Boa, e lá a entrevista
06:43só para o pessoal ver a matéria,
06:45o Freitas,
06:46do exclusivo aqui,
06:48do Guedes.
06:50Eu questionei o Guedes
06:51sobre várias coisas,
06:53sobre precatórios,
06:54sobre essa história
06:56daqui da mini-reforma
06:59trabalhista,
07:00sobre essa
07:02pauta aí
07:04da reforma do IR,
07:06e questionei ele
07:07sobre o que mais?
07:09Aquilo que nos interessa,
07:11que interessa a todos,
07:12o aumento da energia,
07:14o aumento do gás,
07:15dos combustíveis, etc.
07:16Só que aí,
07:17nesse caso,
07:17infelizmente,
07:17ele falou,
07:18sobre isso,
07:19eu não falo.
07:21Sobre isso,
07:22prefiro não falar agora.
07:23Eu falei,
07:24cadê o choque,
07:26ministro?
07:26Cadê o choque de energia
07:27barata?
07:30Mas aí ele falou,
07:31não,
07:31sobre isso eu não falo,
07:32Cláudio.
07:32Então,
07:33fica aí,
07:34infelizmente,
07:35só realmente o resultado
07:36dos aumentos,
07:38e a gente vai
07:39tentando,
07:42sei lá,
07:42tira a bicicleta lá
07:43do coisa,
07:44enche o pneu
07:45e passa aí
07:45de bicicleta para o trabalho.
07:47Brasília é terrível,
07:48gente.
07:48Brasília,
07:49as distâncias são enormes,
07:50e aqui não tem
07:51acessibilidade nenhuma,
07:53não tem ciclovia decente
07:54para você pegar
07:55uma bicicleta e ir para o trabalho.
07:56É tudo muito longe.
07:58Então,
07:58aqui,
07:59infelizmente,
07:59aqui é uma cidade feita
08:00para carro.
08:01que é uma cidade feita
08:05para o trabalho.
08:05E aí
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