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No Papo Antagonista, Claudio Dantas e Diego Amorim comentaram a revelação feita por Luiz Henrique Mandetta na CPI da Covid de que enviou uma carta a Jair Bolsonaro alertando sobre os riscos do avanço da pandemia.

#Mandetta #JairBolsonaro #CPIdaCovid



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Transcrição
00:00O Mandetta está há mais de oito horas depondo lá na CPI, não pararam nem para o cafezinho,
00:07e ele, nós separamos diversos VTs aqui com os principais trechos deste depoimento,
00:14obviamente para facilitar o entendimento por parte de vocês,
00:16mas eu quero começar com a carta que também foi trazida pelo antagonista com exclusividade,
00:24o Diego trouxe o documento aqui, a íntegra de uma carta que o Mandetta mandou para o Bolsonaro
00:30quando estava saindo, estava deixando o ministério.
00:34Eu li a carta, Diego, me pareceu um balanço da gestão dele,
00:39e até, vamos dizer assim, uma prova de que, olha, eu estou aqui registrando esse documento
00:44porque eu sei que lá na frente a história vai me cobrar,
00:48porque certamente, e as previsões dele estavam todas neste sentido,
00:55vai haver uma explosão de casos, essa pandemia vai piorar muito,
00:59a gente não tem preparo nenhum, e ele, lá ainda na gestão dele,
01:06no iniciozinho da pandemia, ele então já havia tomado uma série de medidas
01:12e registrou isso em carta, deixando claro que o Bolsonaro não seguiu essas medidas,
01:17é basicamente esse o documento, o que você destaca para a gente desse documento, Diego?
01:22Olha, no início da CPI, o Luiz Henrique Mandetta trouxe então essa informação
01:27que até então era nova, a de que ele havia enviado uma carta ao presidente Jair Bolsonaro
01:32alertando sobre o avanço da pandemia no Brasil, ainda naquele março de 2020.
01:40O senador Renan Calheiros, que é o relator da CPI,
01:43interrompeu o Mandetta e o impediu de fazer a leitura dessa carta.
01:48Nós, então, tivemos acesso em primeira mão a esse documento,
01:52publicamos no site do Antagonista, eu chamaria atenção para dois pontos, Cláudio.
01:57O primeiro, o Mandetta faz uma defesa do trabalho de comunicação
02:03que o Ministério da Saúde vinha fazendo.
02:04Vai baixando a carta aí, Freitas, por favor.
02:06O Mandetta faz uma defesa do trabalho de comunicação do Ministério da Saúde naquele momento,
02:14porque havia ali toda aquela crítica, e que pode ser uma crítica que faz sentido ou não,
02:20de que o Mandetta estava usando as coletivas para se promover politicamente e tudo mais,
02:26para rebater o presidente da república.
02:28Ok, a gente pode discutir isso aqui,
02:30mas o certo é que nós estávamos no início de uma pandemia com um vírus completamente desconhecido,
02:36a população completamente no escuro, sem saber o que fazer,
02:40se saía de casa, se não saía, se colocava máscara, se não colocava,
02:44se usava álcool em gel, se não usava, o que que fazia?
02:46E o Mandetta estava ali, diariamente, na televisão, dando as suas coletivas.
02:51Ele faz uma defesa disso nessa carta ao presidente da república,
02:55dizendo que aquelas declarações públicas estavam dando uma certa confiança à população.
03:01O Bolsonaro acha que era justamente o contrário, que estava amedrontando a população.
03:06O que amedrontou mesmo a população foi depois que o Mandetta saiu,
03:09que nós ficamos no escuro, que nós não tínhamos mais informação alguma,
03:13isso sim amedrontou a população.
03:16O outro ponto que eu destaco é o de Mandetta.
03:19Ao alertar Jair Bolsonaro para o risco de colapso no sistema de saúde brasileiro,
03:28ele fala que, por exemplo, o Ministério da Saúde não foi convidado a participar do comitê de crise.
03:35Sim, naquela época, março do ano passado, o governo Jair Bolsonaro chegou a,
03:41pelo menos na teoria, criar um comitê de crise, que na prática acabou não funcionando,
03:46mas que nem na teoria o Ministério da Saúde fazia parte desse comitê, Cláudio.
03:50Só para refrescar a memória de quem nos acompanha, agora,
03:53depois que Rodrigo Pacheco e Arthur Lira assumiram o comando do Congresso,
03:57foi de novo criado, entre aspas, esse comitê nacional,
04:01que aí sim está se reunindo aí uma vez por semana,
04:04e a gente tem acompanhado o trabalho mais de perto desse grupo.
04:08Muito bem.
04:08Eu aproveito e destaco um trecho aqui da carta,
04:12que está descrito o seguinte, ele faz uma série,
04:16ele lembra todas as mídias que foram tomadas,
04:18e aí ele diz aqui, em determinado momento, o seguinte,
04:21em que pese todo o esforço empreendido por esta pasta
04:24para a proteção da saúde da população,
04:27e via de consequência preservação de vidas
04:30no contexto da resposta à epidemia da Covid,
04:32as orientações e recomendações
04:34não receberam apoio deste governo federal.
04:38não receberam apoio deste governo federal,
04:42embora tenham sido embasadas por especialistas
04:45e autoridades em saúde, nacionais e internacionais,
04:49quais sejam o isolamento social
04:51e a necessidade de reconhecimento da transmissão comunitária.
04:55Tá, essa carta aqui, olha,
04:58ela foi escrita no dia 28 de março de 2020.
05:0328 de março de 2020.
05:14Vamos seguir.
05:16O VT do Mandetta falando da carta, Freitas,
05:19tem aí? Solta, por favor.
05:20E eu, no dia 28 de março, senador,
05:27eu achei por bem escrever uma carta ao presidente da República.
05:31Uma carta pessoal.
05:33Eu pedi uma reunião específica,
05:35que foi feita no Palácio do Alvorada,
05:38dentro da biblioteca,
05:39com a presença de todos os ministros.
05:43E entreguei em mãos dele essa carta.
05:45Se quiser, posso lê-la.
05:48Não, não precisa, ministro.
05:49Dando a ele toda...
05:51O senhor pode dispor que essa CPI do conteúdo da carta?
05:58Claro que está disposto.
06:00Ele levou a...
06:00Claro que ele está disposto.
06:01Ele levou a carta para ser apresentada
06:03como um documento...
06:04Aliás, o primeiro documento protocolado
06:08na CPI da Covid.
06:11Essa carta, ela tem um simbolismo.
06:14Ela é o primeiro documento a ser protocolado na CPI,
06:18a ser arquivado lá, tá?
06:19Nos arquivos.
06:20Vai constar do relatório final da CPI.
06:25É um documento histórico.
06:27E é importante que tenhamos autoridades
06:29que tenham perspectiva histórica
06:31daquilo que elas fazem
06:33e do momento em que elas vivem.
06:36Isso é fundamental.
06:38É fundamental.
06:39Porque essa perspectiva histórica
06:41é que faz com que determinada autoridade
06:44pense duas vezes
06:45antes de fazer,
06:47de tomar uma iniciativa,
06:50antes de aceitar uma proposta
06:51indecente.
06:54Ela tem a perspectiva histórica
06:56daquilo que ela faz,
06:58do que pode vir a acontecer.
07:00Coisa que o nosso presidente da República não tem.
07:03Não tem perspectiva histórica de nada.
07:07Nem de si mesmo.
07:08seguimos aqui, olha.
07:12Então, tem a carta.
07:15Ao longo da sessão,
07:18o Mandetta
07:18explicou não só
07:21esses episódios todos descritos na carta,
07:24mas também outros.
07:25E foi relatando,
07:28documentando isso na CPI.
07:30Tudo está lá.
07:30nas notas taquigráficas, tá?
07:34É disso que se trata.
07:35Você está
07:36formalizando
07:37a história.
07:39Você está
07:39pegando
07:40a história oral,
07:43aquilo que esses personagens
07:44viveram,
07:46e você está transformando
07:47em documento histórico.
07:48Hoje já está lá.
07:49Já virou nota taquigráfica,
07:51já virou documento histórico.
07:53Tem mais um VT
07:54do Mandetta aqui.
07:55Solta esse VT
07:56em que ele fala
07:57da discordância
07:58do Bolsonaro
07:59sobre as ações
08:00de isolamento social.
08:03Qual era a sua resposta
08:04em relação
08:05à adoção
08:06das políticas
08:07de distanciamento social?
08:09Senador,
08:11todas as recomendações
08:13as fiz
08:14com base na ciência,
08:16vida e proteção.
08:18As fiz
08:19em público,
08:20em todas as
08:22minhas manifestações
08:23de orientação
08:24dos boletins.
08:25as fiz
08:26nos conselhos
08:27de ministros,
08:28as fiz
08:29diretamente
08:29ao presidente,
08:31as fiz
08:31diretamente
08:32a todos
08:33os secretários
08:33estaduais,
08:34todos os secretários
08:35municipais,
08:37a todos aqueles
08:38que de alguma
08:38maneira tinham
08:39no seu escopo
08:41que se manifestasse
08:42sobre o assunto.
08:43Sempre as fiz
08:45de acordo
08:46com o que é
08:47pregonizado
08:48para doença
08:49infecciosa
08:49epidêmica
08:51no quadro
08:52que estávamos
08:53enfrentando.
08:54então houve,
08:56permita-me
08:57simplificar
08:58e pergunto
09:00se é isso mesmo,
09:01discordância
09:02de sua posição
09:03com a do
09:04presidente da república.
09:04Sim, senhor.
09:05Eu sou médico,
09:07senador.
09:08Eu não tenho...
09:09Naquele momento ali
09:10era uma decisão
09:11de...
09:13Fiz aqui no início,
09:15o presidente falou
09:15que a testemunha
09:17tem que falar a verdade.
09:18Só se promete?
09:19Juro, prometo.
09:21Jurei
09:22na minha formatura.
09:25Jurei
09:25quando tomei posse
09:26como deputado federal
09:27defender a Constituição,
09:28o princípio da vida.
09:49Jurei
09:49Jurei
09:50Jurei
09:51Jurei
09:51Jurei
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