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00:00Muito bem, está conectado conosco aqui o General Francisco Mamédia de Brito Filho,
00:04mais conhecido como General Brito, bastante ativo nas redes sociais, né, General?
00:08Muito boa noite, bem-vindo ao Papo Antagonista.
00:11Boa noite, Cláudio. Agradeço o convite e estamos aqui à disposição para contribuir para o debate.
00:18Maravilha. General, o que o senhor viu em relação a essa escolha dos novos comandantes?
00:24A gente vinha vivendo aí esses últimos dias de uma espécie de crise no meio militar,
00:31algumas suspeitas, falta de informação, e aí, de repente, saíram esses três nomes.
00:38Como é que o senhor avalia essas escolhas?
00:43As escolhas, Cláudio, aconteceram dentro da mais perfeita normalidade, né?
00:49O que nós podemos avaliar como sendo algo que nos surpreendeu
00:52foi a decisão do presidente quanto à mudança do nosso ministro da Defesa.
00:59E, em consequência da mudança, a exigência da troca dos comandantes militares.
01:05Mas a escolha aconteceu como acontece sempre que um comandante do Exército é substituído.
01:13O alto comando apresenta uma lista com cinco nomes,
01:16e o presidente ali tem total liberdade para escolher qualquer um daqueles nomes.
01:21Então, o que ocorreu, o comandante escolhido foi o general Paulo Sérgio,
01:26estava constando da lista, e como todos os outros integrantes do alto comando,
01:30uma pessoa altamente capacitada e tenho certeza que fará um excelente comando.
01:35Muito bem.
01:36A escolha do general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira
01:38surpreendeu muita gente,
01:40porque ele tinha dado uma entrevista para o Correio Brasiliense no fim de semana,
01:44fazendo ali um relato daquilo que vem sendo adotado pelo Exército no combate à pandemia,
01:53que é seguindo as normas da OMS, medidas de restrição, de prevenção, de distanciamento,
01:58de testagem, quer dizer, tudo direitinho dentro daquilo que a gente tinha como expectativa,
02:04mas o oposto do que a gente viu na gestão do Eduardo Pazuello como ministro da Saúde,
02:09e, obviamente, o que a gente vê sendo defendido publicamente pelo presidente da República.
02:15Inclusive, a gente sabe que houve ali um estranhamento nos bastidores em relação a essa entrevista.
02:22Surpreendeu? O que o senhor acha desta escolha especificamente para o comando do Exército?
02:28O que o senhor acha que motivou essa escolha? O que ela simboliza?
02:32Bom, em relação à falta de informação, à desinformação que aconteceu num primeiro momento
02:39a respeito da substituição dos comandantes militares,
02:43nesse período aí que sucedeu a demissão do ministro da Defesa,
02:49houve uma série de especulações, né?
02:52E essa referência à entrevista que foi concedida pelo general Paulo Sérgio
02:57no fim de semana, a respeito justamente das medidas adotadas pelo Exército no combate à Covid,
03:04colocou o nome dele em evidência, até mesmo sugerindo que seria um nome
03:10muito possivelmente não seria escolhido, né?
03:14Mas eu não tenho absoluta certeza do que aconteceu nos bastidores,
03:19se realmente houve essa discussão, se houve essa reação negativa
03:26quanto à entrevista do general Paulo Sérgio.
03:29Não foi, essa questão nunca foi confirmada oficialmente.
03:32Então, são comentários que surgiram na mídia e que levaram a muitos
03:38a pensarem na exclusão do nome do general Paulo Sérgio,
03:42justamente por esse eventual conflito que essa entrevista poderia ter causado.
03:48Mas, independente de que houve, se houve o estranhamento ou não,
03:53do presidente em relação ao conteúdo da entrevista do general Paulo Sérgio,
03:58a confirmação do nome dele é uma coisa que nos surpreende positivamente, né?
04:04Porque é um integrante do alto comando que ficou responsável, né?
04:09Pela previsão e a adoção e a supervisão e a coordenação das medidas de combate à Covid
04:16dentro do Exército, que foi um caso de sucesso.
04:20É difícil falar em sucesso quando nós estamos lidando com doença e mortes, né?
04:24Mas, assim, o índice alcançado, né?
04:27De baixo índice de mortes ocorreram, né?
04:35De óbvios ocorridos no âmbito do Exército Brasileiro,
04:38mostra que foram medidas acertadas, né?
04:41E...
04:420,13%.
04:43Exatamente.
04:45Realmente se surpreendeu positivamente com esse índice,
04:51com a escolha dele agora comandando o Exército.
04:53O general Pujol vinha fazendo também um belo trabalho
04:58e muito preocupado, general Brito,
05:01com a preservação das Forças Armadas
05:04diante de um cenário, né?
05:06Um novo cenário, um governo que convoca muito
05:11a presença militar na sua estrutura, né?
05:15A gente tem aí milhares de militares integrando
05:18os postos de comando, postos de comando,
05:22postos de chefia, né?
05:23Vamos dizer assim, civil na esplanada dos ministérios.
05:28Havia muita preocupação com essa militarização e tal.
05:32E, de repente, de fato,
05:34quando você tem pessoas ali no círculo do poder, né?
05:39No círculo mais central do poder,
05:43que está sempre sendo surpreendido por...
05:46Está sempre ali, até vulnerável a muitas pressões,
05:49pressões da sociedade,
05:51pressões do empresariado, da indústria,
05:53demandas do Congresso, judiciário.
05:57A gente parece que vive em constantes crises
05:59e isso começou a acender um sinal amarelo.
06:04Vou aqui usar a expressão do Arthur Lira,
06:06mas eu acho que acendeu um sinal amarelo,
06:08talvez até vermelho,
06:10nas forças armadas,
06:11pela possível contaminação da imagem dos militares,
06:18justamente por causa desse envolvimento político.
06:20Um governo que é um governo que a gente entende
06:23como bastante complicado,
06:24com uma gestão bastante complicada
06:26e que vive um momento também,
06:28o país, o mundo, né?
06:29Também um contexto histórico mais complicado ainda.
06:34Como é que o senhor vê?
06:34O senhor acha que é hora de debandar?
06:36Um dos temas, né, Claudio,
06:38que eu também costumo abordar
06:42em todas as minhas manifestações
06:47nas mídias sociais
06:48é justamente essa preocupação
06:50quanto à politização dos militares,
06:53politização das forças armadas.
06:55Eu faço parte de uma geração
06:57que hoje está assumindo o alto comando,
06:59conheço todos que integram o alto comando,
07:00foram meus contemporâneos
07:02da Academia Militar das Agulhas Negras,
07:04e a questão da politização
07:06sempre foi motivo de preocupação
07:10da minha parte, né?
07:12E creio que uma boa parte
07:14dos militares que estão na reserva
07:16e da ativa também.
07:18Então, em relação a essa politização,
07:21que foi indo em um crescente,
07:25ela, de alguma maneira,
07:29atingiu, né, e não pode deixar de atingir,
07:33a imagem das forças armadas.
07:35Embora, nas minhas declarações,
07:37eu sempre defenda que é preciso
07:38que a sociedade entenda
07:40que aqueles militares que aceitam
07:42o convite para participar do governo
07:44são pessoas físicas,
07:45são cidadãos que passam a integrar
07:48o governo e não representam a instituição.
07:50Mas sabemos também que é muito difícil
07:53que a sociedade consiga enxergar com esses olhos.
07:57É lógico que o militar,
07:58mesmo na reserva,
07:59continua sendo militar
08:00e continuará sendo visto
08:02pela população, pela sociedade,
08:04como um representante das forças armadas.
08:08Mas é preciso bater e insistir nessa tecla.
08:12As pessoas que aceitam o convite
08:14para integrar o governo,
08:16militar ou civil,
08:17eles passam ali a responder pelos seus atos
08:21no desempenho dos cargos públicos
08:23como pessoas físicas,
08:25como cidadãos,
08:27como indivíduos, né,
08:28que aceitaram aquela incumbência
08:30naquele cargo.
08:31Desfazer essa confusão
08:33diante da sociedade
08:34é que é uma tarefa muito difícil
08:38e complexa, né,
08:40e é por isso que
08:42isso me levou, inclusive,
08:43foi um dos motivos
08:44que me levaram a ir a público
08:47e a me expressar
08:48nas mídias sociais
08:49para tentar fazer essa distinção.
08:52Agora, o...
08:53Pois não.
08:55Perdão, perdão, continue.
08:56Agora,
08:57aquela participação
09:00dos comandantes militares,
09:03ela foi exemplar, né,
09:05em nenhum momento, né,
09:07os comandantes militares
09:09se pronunciaram
09:11ou tiveram aí manifestações
09:13no campo político, né,
09:16e apesar do silêncio, né,
09:19o que a gente,
09:19que eu também hoje me manifestei
09:21no meu tweet
09:22é dizendo que
09:23é uma obrigação,
09:26é um compromisso
09:27de quem assume um cargo público
09:28ao deixar aquele cargo, né,
09:31ou mesmo durante o desempenho do cargo,
09:33é não optar pelo silêncio,
09:35porque é uma maneira
09:37de prestar contas à sociedade.
09:39Então, eu vejo
09:40que se os comandantes militares
09:42cometeram algum equívoco,
09:46foi justamente
09:47de optar pela estratégia do silêncio,
09:49mas é uma opção
09:50que eu respeito.
09:51Por quê?
09:52Porque existem várias maneiras
09:54de passar uma mensagem
09:55para a sociedade.
09:57O silêncio é uma delas.
09:58E a outra é
10:00vir a público
10:01e se expressar
10:03usando as mídias,
10:05convencionais
10:06para tentar deixar
10:07essa sociedade informada.
10:10Mas o silêncio também,
10:11quando vem acompanhado
10:12por atitudes,
10:14ele acaba passando
10:15uma mensagem
10:16muito importante.
10:17E vamos dizer
10:18que esse momento agora
10:19é uma demonstração
10:21do comprometimento
10:22das Forças Armadas
10:23com a sua missão constitucional,
10:26com a democracia.
10:27Nada mais claro
10:28do que a atitude
10:29dos comandantes militares
10:32ao ver a demissão
10:33do Ministério da Defesa
10:34de entregarem seus cargos
10:36e aceitarem ser substituídos.
10:38Então,
10:39sem que cedesse ali
10:41alguma tentação
10:42ou alguma investida
10:44no sentido
10:45de arrastar
10:45as Forças Armadas
10:46para a política.
10:48Muito bem.
10:48E aí,
10:49inclusive,
10:51isso ficou muito claro
10:52na mensagem
10:53de despedida
10:54do nosso Ministro
10:55da Defesa,
10:56o General Fernando,
10:57quando diz
10:57que cumpriu a sua missão
10:59e que preservou
10:59a todo custo
11:01ao envolvimento
11:02das instituições militares
11:03em assuntos políticos.
11:06Eu ia lhe perguntar
11:07justamente
11:07sobre essa manifestação.
11:10No dia 29,
11:12o senhor tweetou
11:13dizendo que,
11:17discordando um pouco
11:18dessa preservação,
11:19não preservou
11:20como deveria,
11:22participou
11:23do famigerado Twitter
11:24do General Vilas Boas,
11:25foi assessor
11:25do Toffoli
11:26em circunstância questionável,
11:28permitiu militares
11:29da ativa
11:29em cargos civis,
11:30fica-se a imaginar
11:31o que ele teria
11:32preservado.
11:34É preciso
11:34virar público
11:35a verdade.
11:36São declarações
11:37bastante contundentes.
11:39Sim,
11:40é a minha visão.
11:41Eu defendo sempre
11:42a manifestação
11:45pública.
11:46Eu defendo,
11:47eu sou contra um pouco
11:48o silêncio,
11:49a mensagens lacônicas.
11:51Por isso que eu me referi
11:53à questão do compromisso
11:54de todo agente público,
11:56de toda autoridade
11:57que ocupa
11:58um cargo público
11:58de relevância,
11:59de manter
12:00a sociedade
12:01a qual serve,
12:02para isso ele está lá,
12:03para servir a sociedade,
12:05bem informada.
12:06A mensagem
12:07do ministro da defesa
12:08foi um pouco
12:09lacônica demais.
12:11Então,
12:11ele afirma
12:12que preservou.
12:13Mas,
12:13o que nós vimos
12:14foi uma evolução
12:17de uma postura
12:18que iniciou-se lá
12:20no...
12:23ao assumir o governo,
12:25presidente,
12:25Bolsonaro,
12:27e ao designá-lo
12:28como ministro da defesa,
12:30é lógico que ali,
12:31houve ali um acerto
12:33descuido em relação
12:34a essa preservação.
12:36Não podemos negar,
12:37são fatos,
12:38é que o ministro da defesa
12:39autorizou
12:41a um general da ativa,
12:43general Pazuello,
12:45a sair da sua força
12:46para desempenhar
12:47um cargo civil.
12:48Isso é fato.
12:49Ele poderia ter se oposto
12:51a isso.
12:51ou pelo menos
12:53exigido
12:53que ele passasse
12:54para a reserva.
12:55Então,
12:55acredito que neste momento
12:57ele não preservou
12:57como deveria.
12:59O fato também
13:00de algumas
13:01opções pessoais,
13:04enquanto ele ainda
13:05estava na ativa,
13:07no sentido de
13:08estar junto
13:10ao comandante
13:12do exército,
13:12general Vilas Boas,
13:14na hora que ele
13:15expediu aquele tweet,
13:19e que foi visto
13:20por vários segmentos
13:21da sociedade
13:22como uma agressão
13:26à independência
13:27dos poderes,
13:28isso é um fato
13:29também que é inegável.
13:31Agora,
13:32é preciso também
13:33admitir
13:34que o pensamento
13:36das pessoas
13:37evolui, né?
13:38Então,
13:38aquilo que ele praticou
13:40em determinado momento
13:41pode ser reavaliado
13:42e ao fazer
13:43uma reavaliação
13:44do cenário,
13:46essa postura
13:46vem a ser
13:48modificada.
13:50e acredito
13:51que foi isso
13:51que deve ter acontecido
13:52com o nosso
13:53ministro da Defesa,
13:55culminando
13:57com algum
13:57posicionamento
13:58que ele deve
13:59ter tomado
13:59e contrário
14:01a essa politização
14:02e que resultou
14:04na demissão
14:05do ministro da Defesa.
14:06Um pouco tardio,
14:07né,
14:07essa consciência,
14:08mas,
14:09ainda assim,
14:10ele se manifestou
14:12de uma maneira,
14:14na minha opinião,
14:17um pouco mais
14:17adequada
14:18a essa preservação
14:20das forças
14:21armadas
14:23quanto à sua
14:24politização.
14:26Há muita
14:27preocupação,
14:28e isso está
14:29estampado
14:30no debate público,
14:31justamente sobre
14:32essa politização,
14:33o uso político
14:34das forças armadas.
14:35Aí,
14:35é óbvio,
14:36isso já virou
14:36motivo de novo
14:39pedido de impeachment
14:40contra o Bolsonaro.
14:40o fato é que,
14:42diante de toda
14:43essa crise
14:44que nós vivemos
14:45esta semana
14:46com os comandos
14:47militares,
14:48o presidente
14:49não se manifestou.
14:51O senhor estava
14:51falando de silêncio,
14:53ele também deve
14:54alguma explicação
14:55para a sociedade,
14:55não?
14:56Eu acredito que sim,
14:58né,
14:58nenhum governante
15:00faz uma mudança,
15:01uma troca
15:02no seu ministério
15:03sem uma intenção,
15:06né,
15:06ou deve haver um motivo.
15:09No caso específico
15:11do Ministério da Defesa,
15:12não houve pressão externa,
15:13como foi o caso
15:14do Ministério
15:15das Relações Exteriores,
15:17né,
15:17o nosso chanceler,
15:18em que havia uma pressão
15:19do Congresso,
15:21uma pressão da sociedade
15:22quanto à sua substituição.
15:25E a coisa aconteceu
15:26de uma forma
15:26muito abrupta,
15:28e até de uma maneira
15:29desrespeitosa,
15:31uma vez que o presidente
15:33em nenhum momento
15:33manifestou os seus motivos,
15:36né,
15:36para a demissão
15:37do Ministério da Defesa,
15:39e nem ao menos
15:40também até o momento
15:42expediu nenhuma mensagem
15:45de agradecimento
15:46ao ministro,
15:47de agradecimento
15:48aos comandantes militares
15:49pelos trabalhos,
15:51pelo trabalho
15:51que eles realizaram
15:52durante o seu governo.
15:54Então isso aí
15:54realmente causa estranheza,
15:56né,
15:56e inspira aí
15:58uma certa dose
16:00de desrespeito.
16:04É,
16:04o senhor acredita
16:05que
16:05o presidente
16:07é quando
16:08ele faz
16:09as declarações públicas
16:10de, ah,
16:10eu quero o meu,
16:11é o meu exército,
16:12é meu,
16:12não sei o quê,
16:13quando ele faz
16:14os gestos aí,
16:16inclusive,
16:17do ponto de vista
16:19até
16:19de reforma previdenciária
16:22e tal,
16:23de aproximação
16:24com
16:24as polícias militares,
16:27o senhor,
16:28pelo que o senhor
16:28conversa
16:29dentro do exército,
16:31o senhor acha que,
16:32como é que o senhor
16:33vê o clima?
16:34O senhor acha que há,
16:35de fato,
16:36uma tentativa
16:37de cooptação
16:39de hierarquias inferiores,
16:43de repente,
16:44pelo presidente da república,
16:45para o uso político
16:47das suas armadas,
16:49contra,
16:50e até,
16:51de repente,
16:51num limite
16:52dessa discussão,
16:54que isso seja usado
16:57contra os generais,
16:58aqueles que estão
16:59no comando,
16:59o senhor sente isso?
17:01O que o senhor sente
17:03dessas conversas?
17:03O que que tem de real?
17:05Qual é a influência
17:06que o presidente
17:07da república
17:08tem com esse discurso dele?
17:11Qual é o alcance
17:12que ele tem
17:12dentro
17:13das fileiras
17:14do exército,
17:16pelo menos,
17:16que a gente está falando
17:17de um contingente
17:18superior a 200 mil
17:19efetivos?
17:22Eu vou basear
17:23aqui a minha opinião,
17:24não em conversas
17:26que eu possa ter
17:27estabelecido
17:28com colegas do exército,
17:30mas vou basear
17:31a minha opinião
17:32em fatos,
17:33né?
17:34Vamos pegar aqui
17:35um desses fatos.
17:39O presidente
17:39estar presente
17:40em uma manifestação
17:42antidemocrática,
17:44né?
17:46Diante do
17:47quartel-general do exército.
17:49Eu não tenho dúvida
17:50que aquilo ali,
17:51aquela presença,
17:52tinham intenção,
17:53e uma intenção
17:54de que
17:55os comandantes militares
17:58ou os próprios militares
17:59viessem de uma maneira
18:00um pouco mais explícita
18:01declarar
18:03o apoio
18:04ao seu governo.
18:07Agora,
18:07é uma
18:08investida
18:09que
18:10não teve sucesso
18:11e continuará
18:12sem sucesso,
18:15porque
18:15as forças armadas
18:16têm a consciência
18:17de a sua missão
18:19constitucional
18:20e de que são instituições
18:21de Estado,
18:22isso vem sendo repetido
18:23aí,
18:23muitas vezes,
18:26por muitas fontes,
18:27por muitos representantes
18:28da sociedade,
18:29é que ele,
18:31como instituição de Estado,
18:32as forças armadas,
18:33não tem obrigação
18:34nenhuma de apoiar
18:35políticas de governo.
18:37Pode ser que ele,
18:40com essas investidas,
18:41assim,
18:41de maneira
18:42até um pouco
18:43veladas,
18:45ele possa ter
18:46tentado obter
18:48esse apoio
18:49um pouco
18:49mais explícito.
18:51Ele não conseguiu
18:52e acredito
18:53que mesmo
18:53com a troca
18:54do ministro da Defesa,
18:55mesmo com a troca
18:56dos comandantes militares,
18:57continuará
18:58não tendo sucesso
18:59se é essa
19:00a intenção dele.
19:02Para encerrar,
19:04é justamente
19:04dentro desse raciocínio
19:06que eu gostaria
19:06de perguntar.
19:08Ele nomeou
19:09um ministro
19:10que saiu
19:11dali
19:11da sua cozinha,
19:12o Braga Neto.
19:15De repente,
19:16o que se esperava
19:16é que viessem
19:17comandantes militares
19:20que fossem,
19:21vamos dizer assim,
19:22que representassem
19:25esse alinhamento
19:26que se espera,
19:27esse alinhamento político.
19:28E, de repente,
19:29a gente vê
19:29que isso não aconteceu.
19:31Você tem o Braga Neto
19:33como ministro,
19:34comandantes,
19:35novos comandantes
19:36que parecem
19:37bastante,
19:39cuja escolha
19:40parece que realmente
19:40foi bastante,
19:42vamos dizer assim,
19:43lógica,
19:44considerando o histórico
19:46de cada um
19:47e a competência,
19:50justamente promovendo
19:52essa manutenção
19:53desse espírito
19:54que o senhor
19:55acabou de dizer,
19:56das Forças Armadas,
19:57de missão constitucional.
19:59Eu lhe pergunto,
20:01qual o senhor acha
20:02que foi a participação
20:03do presidente
20:04na escolha
20:05desses comandantes,
20:06desses novos comandantes?
20:08Foi pequena?
20:09Foi grande?
20:10Foi média?
20:11O senhor acha
20:11que ele teve
20:12alguma participação?
20:13O presidente
20:14tem total liberdade
20:17para escolher
20:17tanto os seus ministros
20:19quanto os seus
20:22comandantes militares.
20:23Inclusive,
20:24ficou patenteado
20:25no dia de hoje
20:25que ele,
20:27a escolha foi feita
20:28respeitando
20:29uma praxe
20:31que não é nada
20:32normativo,
20:33que não está estabelecido
20:34de maneira,
20:35não é uma coisa
20:37que seja prevista
20:38em legislação,
20:39a escolha
20:40do comandante
20:40do exército.
20:41É uma praxe
20:42de apresentar
20:43cinco nomes,
20:45o alto comando
20:46apresenta os cinco nomes,
20:47normalmente
20:48obedecendo
20:49o critério
20:50da antiguidade
20:51e entre aqueles
20:53cinco nomes
20:54o presidente
20:54tem total liberdade
20:55de escolha.
20:57Ele tem liberdade
20:58de escolha
20:58até para escolher
20:58alguém fora da lista.
21:01Como falei,
21:02é uma praxe
21:03que vem sendo respeitada
21:04nas últimas
21:05substituições
21:05de comando,
21:07mas se verifica
21:09que ele respeitou
21:10essa praxe
21:11e fez a sua escolha
21:12dentro da lista
21:15que foi apresentada
21:16pelo alto comando.
21:18Então,
21:18quanto à expectativa
21:20de que o nome
21:21foi escolhido,
21:22possivelmente
21:24porque
21:25há expectativa
21:27de um maior
21:28ou menor alinhamento,
21:30eu volto
21:31a repetir
21:32de que o alto comando
21:34está muito coeso
21:35e um pensamento
21:36muito unido
21:38em relação
21:39ao que nós chamamos
21:41de cláusulas pétreas
21:42da instituição.
21:43E o respeito
21:44da Constituição
21:44e o respeito
21:45da democracia
21:46é uma delas.
21:47Então, independente
21:48qualquer escolha
21:50que fosse feita,
21:51não haveria nenhum motivo
21:52para se esperar
21:53mudança de comportamento.
21:55As Forças Armadas
21:55continuarão
21:56com a mesma
21:57atuação
21:58que tiveram
22:00sob o comando
22:01do general
22:01Léo Cujol.
22:03Muito bem.
22:04Obrigado pela sua participação
22:07aqui no Papo Antagonista.
22:09O programa
22:10permanece aberto
22:10para futuras
22:11colaborações.
22:12Uma boa noite.
22:13Agradeço o convite
22:14mais uma vez.
22:15Uma boa noite a todos.
22:18Aconteceu.
22:18Você fica sabendo aqui.
22:20Papo Antagonista.
22:34Amém.
22:43Boa noite.
22:46Agradeço o convite
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