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NotíciasTranscrição
00:00A gente começa o ano pelo meu Rio de Janeiro, Jorge Felipe Dudem tomou posse de seu oitavo mandato como vereador da cidade do Rio de Janeiro na última sexta-feira, dia 1º de janeiro de 2021.
00:11E no final de 2020, como eu estava apresentando como presidente da Câmara de Vereadores do Rio, Jorge Felipe viveu uma situação inusitada.
00:19Com a prisão e o afastamento do então prefeito Marcelo Crivella do Partido Republicanos,
00:25ele assumiu interinamente o cargo até que o prefeito eleito Eduardo Paes, do seu mesmo partido DEM, tomasse posse também no dia 1º.
00:34Isso porque, como eu falei aqui nos programas do final do ano, o vice-prefeito eleito na chapa de Crivella, Fernando MacDowell, morreu em 2018 vítima de um infarto.
00:44Aliás, agora o Carlo Caiado, que também é do DEM, assim como Jorge Felipe e o Eduardo Paes, foi eleito o novo presidente da Câmara dos Vereadores do Rio.
00:52Ele que tem 39 anos e é o mais novo a ocupar o posto.
00:56O Jorge Felipe está sendo muito bem-vindo aqui ao Papo Antagonista, já está na linha comigo.
01:02Seja bem-vindo, vereador. Muito obrigado pela sua participação, pela sua disponibilidade. Tudo bem?
01:09Tudo bem, Felipe. É um prazer muito grande estar aqui junto com vocês e os ouvintes desse conceituado Antagonista
01:18para dizer que nós estamos à inteira disposição de vocês, para qualquer esclarecimento que, porventura, seja necessário.
01:27Maravilha, vereador. Eu começo pedindo ao senhor um balanço, porque, obviamente, já havia denúncias envolvendo o então prefeito Marcelo Crivella,
01:37mas não deixa de ser surpreendente para uma pessoa como o senhor ter de assumir o cargo de prefeito lá no finalzinho do mandato do Crivella.
01:48Então, qual é o balanço que o senhor faz dessa gestão que o pessoal chama de mandato tampão entre a prisão e o afastamento do Crivella
01:56e a posse do Eduardo Paes? Quer dizer, a que dados o senhor teve acesso?
02:01Que decisões o senhor teve de tomar? Inclusive, essas relativas a esse momento de comoção mundial em torno da pandemia
02:09e que incluíram, evidentemente, aquelas medidas no Réveillon. Qual é o balanço dessa gestão?
02:16Pois é, Felipe. Na verdade, nós encontramos na prefeitura um verdadeiro caos.
02:22Em plena pandemia, a crise se aumentando, o número de infectados aumentando, o número de mortos aumentando
02:33e a realidade da prefeitura é que não tinha recurso para fazer face às despesas necessárias.
02:40Por exemplo, não tinha dinheiro para alimentação nos hospitais, para o serviço de limpeza, vigilância,
02:48para a compra de medicamentos, para a hemodiálise, para a saúde mental.
02:54Enfim, uma catástrofe.
02:57Claro, eu aprendi uma coisa na vida.
03:00Quando o homem não pode fazer o que quer, deve fazer o que pode.
03:03E como presidente da Câmara de Vereadores, eu tinha conhecimento de economias que a instituição
03:08tinha conseguido fazer no último ano.
03:14E, habitualmente, no final do ano, a gente repassa esse recurso para o poder executivo.
03:20Em continente, procurei os integrantes da mesa diretora e a presidente que me substituiu,
03:27a vereadora Tânia Bastos, esclareci a gravidade do momento que vivia a prefeitura
03:33e pedi que cedessem R$ 50 milhões para que pudéssemos atender a essas necessidades prementes.
03:42E eles tiveram a sensibilidade necessária e, com o acatamento desta decisão pelos demais vereadores,
03:53que foi muito importante, conseguimos fazer face a essas despesas.
03:58e permitiu que as despesas continuassem a funcionar.
04:09Aliado a isso, procurei também o governador do Estado,
04:14e o governador Cláudio Castro, de imediato, se prontificou em repassar recursos para a prefeitura
04:22e repassou R$ 66 milhões, mas, dada a burocracia do sistema bancário,
04:28esse dinheiro terminou não entrando na cota no período em que eu estava exercendo interinamente o cargo de prefeito.
04:36Mas ficou para a administração seguinte.
04:40E, junto com todas essas questões, ainda tinha o Réveillon,
04:43que todos nós sabemos a importância do Réveillon na cidade do Rio de Janeiro
04:48e o que isso representa para a população não é o velho costume de se acorrer à orla da cidade,
04:57notadamente Copacabana, onde se reúne em torno, acima de 2 milhões de pessoas.
05:02Claro que, diante da pandemia, eu reuni os órgãos da prefeitura,
05:10conversei com o governador, pedindo o apoio da polícia militar para fazer o bloqueio a partir das 20 horas,
05:18fizemos um apelo à população esclarecendo a gravidade do momento
05:22e que a prefeitura não teria condições para fazer o enfrentamento da crise que adveria
05:31se nós tivéssemos um Réveillon habitual com mais de 2 milhões de pessoas
05:36só em Copacabana, fora o resto da orla, que é tão extensa da cidade do Rio de Janeiro.
05:41E, graças a isso, nós tivemos a compreensão da população,
05:46bloqueamos os acessos de outras cidades à cidade do Rio de Janeiro
05:50e, felizmente, foi um sucesso essa iniciativa.
05:56Sem maior radicalismo, nós conseguimos passar para a população
06:00e ela foi solidária conosco.
06:02E nós tivemos um Réveillon tranquilo, sem pessoas na orla,
06:06e que certamente contribuirá para impedir a propagação do vírus de Covid-19
06:14aqui na cidade do Rio de Janeiro.
06:16Mas qual foi a voz mais ruidosa de reclamação em relação a essa decisão
06:21sobre o Réveillon de Copacabana?
06:23Houve grupos insatisfeitos com isso?
06:25Pessoas que tinham negócios no Réveillon, inclusive,
06:29que pretendiam lucrar com a festa?
06:31Como é que foi?
06:31Você sabe que o Réveillon exerce uma atividade econômica muito forte na cidade.
06:39Muitos eventos estavam programados com convites já vendidos
06:44e nós, infelizmente, tivemos que proibir e inibir esse tipo de evento
06:52na cidade do Rio de Janeiro.
06:55Inclusive, os ambulantes que foram compreensivos,
06:58os ambulantes que trabalham na areia,
07:01que normalmente têm as suas barraquinhas, colocam mesas e cadeiras,
07:05nós fizemos um apelo para que eles não trabalhassem no último dia,
07:11para que não estimulasse a ida da população à praia.
07:15Os quiosques da orla, estabelecemos que vedação de cercadinho,
07:19como aconteceu no ano passado,
07:21e eles poderiam exercer a atividade deles,
07:25como o ambulante também poderia exercer,
07:27mas sem cercadinho, de forma a não estimular que as pessoas
07:31fossem para a orla, notadamente, Copacabana.
07:36E, graças a Deus, as coisas deram certo
07:39e esse Réveillon foi com a praia completamente vazia,
07:44como tudo atestado.
07:45Aliás, temos que agradecer a Deus,
07:46que contribuiu muito.
07:49Tivemos a chuva exatamente na hora em que
07:52há aquele estímulo da ida das pessoas.
07:55Mas todos compreenderam, não teve radicalismo.
07:59Aqueles que transportam pessoas
08:02de outros estados, de outras cidades para o Rio,
08:06não ingressaram em juízo,
08:08alegando o cerceamento do direito de ir e vir,
08:12todos compreenderam o momento que exigia sacrifício
08:17para que essa pandemia não se propague mais do que já estava.
08:22Agora, vereador, o prefeito já empoçado,
08:25Eduardo Paes, do seu partido,
08:27disse que não há dinheiro para pagar
08:29o décimo terceiro salário dos servidores.
08:31O senhor estava justamente comentando
08:34a situação financeira que o senhor próprio conferiu
08:37ao assumir o cargo temporariamente de prefeito.
08:41Como é que fica essa situação?
08:42Qual é a sua perspectiva para que haja uma solução?
08:47Na verdade, se você for verificar o fluxo de caixa hoje,
08:52não tem o dinheiro suficiente
08:54para pagar o salário no mês de dezembro.
08:58Mas, como eu assegurei e demonstrei documentalmente,
09:02existem fontes vinculadas, contas carimbadas,
09:06que é permitido pela lei se utilizar esse recurso
09:11para efeito de pagamento de servidor.
09:15E esses recursos que estão no caixa
09:18é acrescido do ISS,
09:24que será pago até o dia 6 de janeiro,
09:27correspondente à competência de dezembro,
09:29somados, é o bastante suficiente
09:34para pagar a folha de pagamento
09:36dos servidores da cidade do Rio de Janeiro,
09:38seja ele ativo, inativo, pensionista ou terceirizado.
09:44Agora, vereador, voltando um pouco
09:46à gestão do Marcelo Crivella,
09:48durante a qual o senhor era presidente
09:50da Câmara dos Vereadores.
09:51O então prefeito acabou preso
09:53há nove dias do término do seu mandato,
09:55foi acusado de praticamente comandar
09:58um QG da propina, um QG da corrupção
10:00instalado na própria prefeitura do Rio de Janeiro.
10:03E ele foi alvo, durante a sua gestão,
10:05me lembro, a gente noticiou aqui
10:07no programa, no site, na revista,
10:10de pedidos de impeachment.
10:12E houve sempre aquela negociação
10:15e esses pedidos acabaram não avançando.
10:18Esses pedidos, até para o senhor esclarecer,
10:20para quem não é do Rio,
10:22eles não tinham a ver diretamente
10:24com o caso que levou o Marcelo Crivella
10:26à prisão e por que eles não foram adiante
10:30antes de que se chegasse a essa medida drástica?
10:34Bem, na verdade, nós tivemos,
10:37ao longo desses quatro anos do governo Crivella,
10:41oito pedidos de impeachment.
10:43Desses oito pedidos,
10:45três eu determinei que fosse arquivo
10:48em juízo de admissibilidade,
10:51porque não existia amparo,
10:53nem fatos que fossem suficientes
10:56para que a Câmara procedesse
10:59à sua instauração.
11:03Os outros, sim,
11:04eu determinei que fosse ao plenário,
11:07porque eu entendia
11:08de que ali tinha argumento
11:10bastante suficiente
11:11para convencer os vereadores
11:14da possibilidade
11:16de uma análise mais detalhada
11:18da investigação.
11:22E, no ano passado, em 2019,
11:26o impeachment, inclusive,
11:28foi instaurado
11:29e ele teve prosseguimento
11:30com comissão processante,
11:32se passaram dois meses
11:34de investigação,
11:35três meses de investigação,
11:37e a comissão processante
11:39entendeu de que o prefeito
11:41não tinha responsabilidade
11:43pelos atos que foram praticados,
11:45embora ilegais,
11:48mas não tinha responsabilidade
11:50do prefeito,
11:51porque ele não tinha dado
11:52a autorização
11:54para que houvesse a contratação
11:56daquelas empresas de publicidade.
11:59Então, nesse sentido,
12:00se concluiu
12:01para que os servidores
12:05que autorizaram
12:06aquela contratação
12:07respondesse,
12:09naturalmente,
12:10mas isentou o Crivella
12:12da responsabilidade.
12:16Os outros quatro pedidos
12:18de vítima,
12:19dois foram direto
12:21para o arquivo
12:21e os outros dois
12:22já eram aqui
12:23faltando dois meses
12:25para a eleição.
12:28E essa foi a grande argumentação
12:30entre os vereadores,
12:31porque, faltando dois meses
12:32para o término de mandato,
12:34qualquer investigação
12:35respeitada o princípio
12:38do processo legal,
12:40e o amplo direito
12:41de defesa,
12:42nós não teríamos
12:43tempo suficiente
12:45para a conclusão
12:46do vítima,
12:46inclusive neste exercício,
12:49neste mandato.
12:50Então, essa foi a grande razão
12:52para que os dois últimos
12:54pedidos de vítima
12:54que eu deliberei,
12:56que fossem submetidos
12:58ao plenário,
12:59tivessem sido rejeitados
13:01pelo colegiado.
13:04Agora, vereador,
13:05como eu citei,
13:06o Carlos Caiado
13:07foi eleito
13:07presidente da Câmara
13:08dos Vereadores do Rio,
13:09o seu sucessor,
13:11evidentemente,
13:11nesse cargo,
13:12e nessa eleição
13:13que foi realizada
13:14logo após a posse
13:15dos novos vereadores
13:16na última sexta-feira,
13:18foi uma chapa única,
13:19se eu me corrija,
13:20se estiver errado,
13:20que concorreu
13:21e foi eleito
13:22por 44 votos
13:23a sete.
13:24Esses sete
13:25são todos do PSOL,
13:27parlamentares,
13:28vereadores,
13:29que se abstiveram
13:31nessa eleição.
13:32como eu falei,
13:33o Carlos Caiado
13:34é do DEM,
13:35o senhor é do DEM,
13:36o Eduardo Paes,
13:37prefeito,
13:37que tomou posse,
13:38é do DEM também.
13:39Essa votação
13:40e esses correligionários
13:43em cargos de poder,
13:44isso indica
13:45que o Eduardo Paes
13:46vai ter uma Câmara
13:47dos Vereadores
13:48mais favorável,
13:50com maior apoio
13:52do que teve o Crivella
13:53na sua gestão?
13:53Na gestão passada
13:57do Eduardo,
13:59ele era do MDB
14:01e o MDB
14:02tinha dez vereadores.
14:04Agora o DEM
14:05elegeu sete vereadores
14:06no colegiado de 51,
14:08que vai ter mandado
14:09o prefeito
14:10a uma articulação
14:12muito forte
14:13junto aos vereadores
14:15para que ele tenha
14:17efetivamente
14:18uma maioria
14:20que permita
14:21fazer
14:22aprovar
14:24as medidas
14:25emergenciais
14:26que ele está
14:27já expondo
14:28ao conhecimento
14:29da população.
14:31O vereador
14:31Carlos Caiado
14:32foi apoiado
14:34por todos nós.
14:36É preciso
14:36que esclareça
14:37que os sete votos
14:39que se obtiveram,
14:40eles não eram
14:41contra o Caiado,
14:42eles apenas
14:43preferiram
14:44não endossar
14:45aquela chapa
14:46que
14:47que
14:47que foi apresentada.
14:50Eles poderiam ter
14:51apresentado chapa,
14:52mas eles
14:52preferiram
14:53não fazê-lo.
14:54Então foi
14:55uma decisão
14:56da maioria
14:57absolutíssima
14:59do colegiado.
15:00Eu tenho
15:01certeza de que
15:02Caiado está
15:03preparado
15:04e qualificado
15:05para o exercício
15:06da presidência
15:07da Câmara.
15:08Ele ocupou
15:09todas as mesas
15:10diretoras
15:11em que eu presidi.
15:12Eu presidi
15:12seis mesas
15:13diretoras,
15:14ele integrou
15:14o colegiado
15:15em todas,
15:16fosse como
15:16segundo vice-presidente,
15:18como segundo vice-presidente,
15:19primeiro vice-presidente,
15:21primeiro secretário,
15:22segundo secretário.
15:24Então,
15:25ele tem
15:25conhecimento
15:26pleno de como
15:27é o funcionamento
15:28da máquina
15:29da instituição
15:30e tem
15:31sabedoria suficiente
15:32para conduzir
15:33com responsabilidade
15:35essa missão
15:36que lhe foi delegada.
15:38Claro,
15:39preservando,
15:39acima de tudo,
15:40a autonomia
15:41do parlamento,
15:42os poderes
15:43devem ser
15:44harmônicos,
15:45mais absolutamente
15:46independente
15:47e ele assumiu
15:48esse compromisso
15:49publicamente,
15:50inclusive,
15:50no seu discurso
15:51de posse.
15:52Então,
15:52eu vejo
15:53com muita
15:54esperança
15:56que ele tenha
15:57um desempenho
15:58à altura do cargo.
16:00Certo,
16:01vereador.
16:01Para concluir
16:02aqui a nossa entrevista,
16:03eu não posso deixar
16:04de tocar nesse assunto
16:05que muito
16:05atrai a minha atenção
16:07e gera muita
16:08preocupação.
16:10Principalmente
16:10depois que a família
16:11Bolsonaro
16:11ganhou uma
16:12proeminência
16:13política,
16:14surgiram várias
16:15investigações,
16:16tanto jornalísticas
16:17quanto do
16:18Ministério Público,
16:19sobre o uso
16:20de funcionários
16:21fantasmas.
16:21Inclusive,
16:22nós mostramos,
16:23a BBC fez
16:24uma reportagem
16:26sobre o começo
16:27da carreira
16:28do Flávio Bolsonaro
16:29e do Eduardo Bolsonaro,
16:30que tiveram cargos
16:30em Brasília
16:31enquanto faziam
16:32faculdade
16:33no Rio de Janeiro.
16:34O Flávio Bolsonaro
16:35é denunciado
16:35pelo MP do Rio
16:36por peculato
16:38no esquema
16:38de rachadinha
16:39na Assembleia Legislativa
16:41do Estado
16:42do Rio de Janeiro.
16:43No âmbito
16:44municipal
16:44que o senhor
16:46tem maior
16:47presença,
16:48tem uma
16:49investigação
16:50sobre o
16:50Carlos Bolsonaro
16:51que no final
16:52do ano passado
16:53estava para ser
16:54concluída.
16:55Nós estamos
16:55monitorando,
16:57esperando a conclusão
16:58dessa investigação.
17:00Então,
17:00em todas as
17:00casas
17:01legislativas,
17:02na esfera
17:02municipal,
17:03estadual,
17:04federal,
17:05existem
17:06essas
17:07acusações
17:07de uso
17:08de funcionários
17:09fantasmas,
17:10quer dizer,
17:10assessores que estão
17:11lá emprestando nome,
17:12mas não estão
17:13efetivamente
17:14trabalhando.
17:14Com toda a sua
17:15experiência de vereador
17:16no oitavo mandato
17:18e de quem presidiu
17:19a Câmara dos Vereadores
17:20do Rio,
17:21quer dizer,
17:22não há maneiras
17:23de casas
17:24legislativas
17:25terem obstáculos
17:27para esse
17:28tipo
17:28de prática
17:30que muita gente
17:30diz que é comum,
17:31mais comum até
17:32do que aparece
17:33nas acusações,
17:35quer dizer,
17:36é só uma folha
17:36de ponto,
17:37não tem câmera
17:38para conferir,
17:39não há uma prestação
17:40de contas
17:40mais rigorosa
17:41que impeça
17:42mesmo
17:43a prática.
17:45Eu vejo
17:45com muita
17:46preocupação
17:46isso,
17:47porque parece
17:48uma prática
17:49mais comum
17:50do que a gente
17:50gostaria
17:51e,
17:51no fundo,
17:52é desvio
17:53de dinheiro público,
17:54muitas vezes sendo lavado,
17:55quer dizer,
17:56ainda acarretando
17:57em outros crimes,
17:58é o dinheiro
17:58dos pagadores
17:59de imposto.
18:00Então,
18:00como é que o senhor
18:00vê isso
18:01e vê maneiras,
18:02se vê,
18:03de coibir
18:04essa prática
18:05por meio
18:05da própria
18:06Casa Legislativa,
18:08da própria Câmara
18:09Municipal,
18:09no caso?
18:11Felipe,
18:12deixa eu te esclarecer
18:14de que o exercício
18:16do mandato
18:17do vereador
18:18demanda que ele
18:19tenha assessores
18:20para representá-los
18:22junto à população.
18:24e o exercício
18:26de mandato
18:26de qualquer
18:27parlamentar,
18:28seja a nível
18:30federal,
18:31na Câmara Federal,
18:32no Senado,
18:33nas Assembleias Legislativas
18:34ou nas Câmaras
18:35Municipais,
18:37as assessorias,
18:38via de regra,
18:40elas são
18:40assessorias políticas,
18:42pessoas qualificadas
18:44para o exercício
18:45do mandato
18:46do vereador,
18:47comprometida
18:48com segmentos populares,
18:49comprometida
18:50com a ação
18:51do próprio vereador,
18:52e isso permite
18:54de que essas pessoas
18:56exerçam
18:56essa atividade
18:57regionalizada
18:59fora dos limites
19:01da instituição.
19:03Então,
19:03muitas vezes,
19:04isso pode dar
19:04ensejo
19:05a que tenha funcionado
19:06fantasma,
19:07é possível
19:08e é provável
19:09que isso ocorra,
19:11mas,
19:11se a gente
19:12cerceia
19:13essa capacidade
19:14do parlamentar
19:15ter esse tipo
19:16de assessoramento
19:17junto à população,
19:19você cerceia
19:21o mandato
19:22dos vereadores.
19:23Então,
19:24quando eu assumi
19:24a presença
19:25da Câmara
19:25há 12 anos
19:27atrás,
19:28nós tínhamos
19:29um efetivo
19:31de servidores
19:32da ordem
19:33de 2.400
19:34servidores,
19:36que herdei
19:37de gestões
19:38anteriores,
19:38desde a década
19:39de 80,
19:41onde,
19:42antes da Constituição,
19:44sem que houvesse
19:45concurso público,
19:46os vereadores,
19:47já com uma prática,
19:49muito ruína,
19:51de clientelismo,
19:52eles conseguiam
19:54contratação
19:54de servidores
19:55em outros municípios
19:57vizinhos
19:59e requisitavam
20:01para a Câmara Municipal
20:01do Rio de Janeiro.
20:03E,
20:03posteriormente,
20:04ainda na década
20:05de 80,
20:06eles aprovaram
20:07uma lei
20:08que permitia
20:09que se efetivassem
20:11esses servidores
20:12na Câmara.
20:12Então,
20:13rigorosamente,
20:14eu não sei
20:15se você se lembra
20:16do período
20:17da Regina Gordilho,
20:18rigorosamente,
20:19a Câmara de Vereadores
20:20tinha um número
20:21absurdo
20:22de servidor público
20:23estatutário,
20:25porquanto eles
20:25foram efetivados
20:28em cargo
20:28dentro da Câmara
20:29e não tinha
20:30espaço suficiente
20:32na Câmara de Vereadores
20:33para comportar
20:34todos esses servidores.
20:36Ao assumir,
20:37nós criamos
20:38uma,
20:40apresentamos
20:41uma proposta
20:42de estímulo
20:43à aposentadoria,
20:44aposentadoria incentivada,
20:45de forma
20:47a purificar
20:48esse quadro
20:49e permitir
20:50que estivéssemos
20:51dentro dos limites
20:52que efetivamente
20:53a instituição
20:54necessita.
20:56Posteriormente,
20:57com a aposentadoria
20:58de muitos deles,
20:58porque eu estou falando
20:59que contratados
21:00na década
21:00de 30,
21:01de 80,
21:03já se passaram
21:04aí 40 anos,
21:06muitos deles
21:07se aposentaram,
21:07que me obrigou
21:08a fazer concurso
21:09reduzido
21:10para em torno
21:11de 180,
21:13200 funcionários
21:14de completar o quadro.
21:15Então,
21:15essa é a realidade
21:16da Câmara de Vereadores.
21:17Você tem um quadro
21:19efetivo,
21:20esses têm
21:21obrigação
21:22de cumprir
21:23a presença
21:26lá e
21:26registrar
21:28a presença
21:28na Câmara de Vereadores
21:30e você tem
21:31um quadro
21:31político,
21:32administrativo,
21:33que permite
21:33aos vereadores
21:34utilizar
21:35esse recurso
21:36humano
21:37para atender
21:38as necessidades
21:39do seu mandato.
21:41Certo,
21:41há uma tensão
21:42aí entre
21:43as possibilidades
21:45que podem ser
21:46usadas
21:46para o bem
21:47e, evidentemente,
21:48as brechas
21:48que elas permitem
21:49para o mal,
21:50o que depende
21:51também de uma atuação
21:52independente
21:53do Ministério Público.
21:54Eu já estourei
21:55o tempo,
21:56então agradeço
21:56imensamente,
21:57fique à vontade
21:58para qualquer
21:58consideração final,
21:59a presença
22:00aqui e a participação
22:01do vereador
22:02Jorge Felipe,
22:03que está no seu
22:03oitavo mandato,
22:04que presidiu
22:04a Câmara dos Vereadores
22:05e assumiu
22:06temporariamente
22:07a Prefeitura do Rio
22:08entre a prisão
22:09e o afastamento
22:10do Marcelo Crivella
22:11e a posse
22:12do Eduardo Paes
22:12atual prefeito
22:13da cidade.
22:14Muito obrigado,
22:15vereador,
22:15seja bem-vindo
22:16numa próxima oportunidade.
22:18Estarei sempre
22:19à disposição
22:19de vocês
22:20e muito grato
22:21pela oportunidade
22:22de externarmos
22:23esses problemas
22:24que nós vivemos
22:25nesse período
22:26em que
22:27exercemos
22:29interinamente
22:30a Prefeitura
22:31do Rio de Janeiro
22:31e depois
22:32as pertinentes
22:32da Câmara Municipal.
22:33Estamos sempre
22:34à disposição
22:34de vocês
22:35porque olhamos
22:35a atuação
22:36de vocês
22:37com muito respeito
22:38porque sabemos
22:39da independência
22:40e compromisso
22:41com a verdade.
22:42É isso aí.
22:42Independência
22:43e compromisso
22:43com a verdade
22:44e o zelo
22:44pela moralidade pública
22:46que o Rio de Janeiro
22:46está precisando muito
22:47porque foram muitos casos
22:49que geraram
22:49preocupação na gente.
22:50Boa noite,
22:51bom trabalho.
23:10e o zelo
23:12e o zelo
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