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Ainda em 2019, em seu primeiro ano de mandato, o presidente Jair Bolsonaro já havia flertado com algumas bandeiras do Centrão, ao deixar de lado o combate à corrupção e temas como a prisão de condenados em segunda instância.

Mas foi neste ano que ele se misturou de vez com a ala fisiológica do parlamento e escancarou o 'toma lá, dá cá' para tentar construir uma base no Congresso.
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Transcrição
00:002020 começou com uma queda de braço entre o Palácio do Planalto e o Centrão pelo nosso dinheiro.
00:17Estavam em jogo 30 bilhões de reais do orçamento.
00:20O Congresso tentava puxar a grana para o seu lado de olho em obras e investimentos nos estados em ano de eleições municipais.
00:28Já o governo queria manter o controle desses recursos, alegando que poderia faltar dinheiro até para pagar água e luz dos ministérios.
00:38A discussão, que começou ainda durante o recesso parlamentar de janeiro, se arrastou até março,
00:44entre indiretas e recados ácidos do general Augusto Heleno, ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional e de Rodrigo Maia.
00:58Geralmente na vida, quando a gente vai ficando mais velho, a gente vai ganhando equilíbrio, experiência e paciência.
01:07O ministro, pelo jeito, está ficando mais velho e está falando como um jovem, um estudante, no auge da sua idade, da sua juventude.
01:22No fim das contas, governo e parlamentares repartiram o bolo, mas a aplicação desses recursos acabou sendo atropelada pela pandemia da Covid-19.
01:33Foi com o início da pandemia que Bolsonaro, depois de ter participado de manifestações com pedido de fechamento do Congresso,
01:41mudou de atitude em relação ao Parlamento e começou a se aproximar de lideranças do Centrão,
01:46antes demonizadas pelo governo, como o deputado Arthur Lira e o senador Ciro Nogueira, presidente nacional dos progressistas.
01:55Ainda em 2019, em seu primeiro ano de mandato, Bolsonaro já havia flertado com algumas bandeiras do Centrão,
02:03ao deixar de lado o combate à corrupção e temas como a prisão de condenados em segunda instância.
02:08Mas foi nesse ano que ele se misturou de vez com a ala fisiológica do Parlamento e escancarou o Tomalá Daká para tentar construir uma base no Congresso.
02:20A portas fechadas, o presidente começou a receber no Planalto lideranças de partidos como o PL de Valdemar Costa Neto,
02:28o PSD de Gilberto Kassab e o Republicanos, ligado à Igreja Universal, além do progressista de Ciro Nogueira.
02:35Em um dos encontros com Arthur Lira, o alagoano que é réu por corrupção no STF,
02:41o presidente chegou a gravar um vídeo para a família do deputado.
02:45Olá, Angela. Olá, Álvaro. Jair Bolsonaro. Estou com o lado aqui do maridão, do pai.
02:50Um grande abraço a vocês dois. Tamo junto aí. Valeu.
02:53São grandes fãs. Toda hora me pediam isso.
02:55Valeu, valeu.
02:58Acreditando que, em troca, teria apoio no Congresso,
03:01Bolsonaro rasgou uma promessa de campanha e entregou cargos estratégicos do governo para os partidos do Centrão.
03:08O Departamento Nacional de Obras Contra as Secas, por exemplo, foi para o PP,
03:13assim como o comando do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, o FNDE, que tem um orçamento bilionário.
03:21Ciro Nogueira, o ex-lulista, que começou a ser chamado de filho 05 de Bolsonaro,
03:26garantiu ainda a Codevasf, um dos órgãos de onde mais sai dinheiro para municípios.
03:33Kassab colocou a mão na Funasa.
03:35Isso só para citar alguns exemplos.
03:38O loteamento de órgãos federais entre apadrinhados de caciques partidários
03:42se intensificou em junho, após a prisão de Fabrício Queiroz.
03:47Enquanto isso, na gaveta de Rodrigo Maia, se acumulavam pedidos de impeachment do presidente,
03:53que se viu obrigado a se agarrar de vez ao Centrão.
03:56Nessa toada de garantir a sobrevivência política, Bolsonaro trocou o líder do governo na Câmara.
04:03Saiu o bolsonarista Vitor Hugo e entrou o velho conhecido expoente do Centrão, Ricardo Barros,
04:10que já liderou também governos petistas.
04:13Além de cargos, o Planalto valeu-se da pandemia para abrir o cofre e jorrar dinheiro
04:19em meio às negociações políticas.
04:22Quase 14 bilhões de reais foram liberados de uma só vez pelo Ministério da Saúde
04:28para municípios estrategicamente indicados por deputados e senadores recém-aliados do governo.
04:35A manobra orçamentária foi tamanha que, em novembro, Paulo Guedes teve de fazer um remanejamento
04:41em diversos ministérios para garantir mais dinheiro para obras, ainda em 2020.
04:47Foram seis bilhões de reais liberados para que os ministros Rogério Marinho, do Desenvolvimento Regional,
04:53e Tarcísio Freitas, da Infraestrutura, atendessem às ordens do Centrão.
04:59Foi nesse contexto que Bolsonaro passou a viajar pelo país, visitando currais eleitorais desses políticos,
05:06principalmente no Nordeste.
05:08O ano termina com Bolsonaro casado com o Centrão.
05:11Arthur Lira, aliás, será o candidato do presidente na sucessão de Rodrigo Maia
05:17e também há a possibilidade de o presidente voltar a se filiar ao PP.
05:22Em 2021, a tendência é que Bolsonaro, fissurado com sua reeleição,
05:28estreite ainda mais a relação com esse grupo político.
05:32Augusto Heleno terá que mudar de musiquinha.
05:34Se gritar, pega Centrão.
05:38Não fica um, meu irmão.
05:52E aí
05:57E aí
06:00E aí
06:02E aí
06:05E aí
06:07E aí
06:07A CIDADE NO BRASIL
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