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Anotações encontradas pelo MP-RJ fortalecem tese de que Flávio Bolsonaro usou dinheiro público desviado para bancar imóveis. No Papo Antaongista desta quinta-feira, Felipe Moura Brasil trouxe os últimos detalhes do caso de peculato no gabinete do filho 01 do presidente na Alerj.
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Transcrição
00:00Voltamos a falar do caso Bolsonaro, do caso do Flávio Bolsonaro, que muita gente chama de caso Queiroz, mas isso é até uma amenização, é o caso do Jair, do Flávio, que o Jair recebeu lá na conta da Michelle também os R$ 89 mil que foram revelados pela Cruzoé e nunca quis explicar.
00:19Quando foi questionado por repórter a respeito disso, reagiu de uma maneira agressiva, como ele fica sempre que tem alguma pauta que o incomoda, como a gente viu nessa semana.
00:29Olha, o Ministério Público do Rio de Janeiro apresentou à Justiça uma nova prova de que Flávio Bolsonaro usou dinheiro desviado da ALERJ, Assembleia Legislativa do Estado do Rio, para quitar a compra de apartamentos em 2012.
00:42Os investigadores encontraram uma anotação na agenda do celular do corretor de imóveis americano Glenn Dillard.
00:49Eu não sei se o nome dele se pronuncia assim, com essa pronúncia mais inglesa ou se é francesa, Dillard, mas segundo os promotores, Dillard anotou em sua agenda Closing at HSBC, se referindo evidentemente ali ao banco.
01:06Para eles é uma prova de que o corretor e Flávio se encontraram para fechar o negócio em uma agência bancária no centro do Rio.
01:15Closing, palavra inglesa, palavra usada pelos americanos para se tratar de um fechamento.
01:23E o segundo Globo, o MP já tinha identificado que no mesmo dia em que a compra dos imóveis foi registrada em cartório por 310 mil reais, Dillard fez um depósito de 638 mil em dinheiro vivo em uma agência do HSBC ao lado do cartório em que foi lavrada a escritura.
01:44Se você achou complicado, eu traduzo aqui em outras palavras.
01:48O Flávio Bolsonaro tanto pagou em dinheiro vivo pelo apartamento que o vendedor depositou 638 mil reais em espécie no HSBC perto do cartório onde eles registraram no mesmo dia a compra por menos da metade desse valor, 310 mil reais.
02:07Ou seja, fica aí uma impressão também de que houve dinheiro por fora, porque houve várias alegações dentro dessa investigação, em vários casos, de pagamento de parcelas de imóveis cuja venda era registrada abaixo do valor do mercado para que houvesse ali um dinheiro de uma origem desconhecida vindo por fora, servindo para pagar, enquanto o registro da compra era menor.
02:32O que aconteceu também no caso da loja de chocolate do Flávio Bolsonaro, que emitia notas fiscais com valor completo dos produtos, tinha lá os panetones, por exemplo, rendeu muita zoeira nas redes sociais.
02:46No entanto, o preço que era cobrado era menor e aí usava-se aquela margem da diferença para lavar um dinheiro de origem ilícita.
02:59Pelo menos isso foi aventado pelos investigadores. O MP concluiu que valores ilícitos, continuo aqui com o caso do imóvel, foram entregues a esse dealer de lar pelo casal Bolsonaro, aqui se referindo ao Flávio e a esposa, ou a seu mando, ou a mando deles dois, no interior da agência bancária no dia da assinatura das escrituras de compra e venda dos imóveis.
03:21E o dinheiro em espécie foi depositado juntamente com os cheques. Essas últimas frases, então, entre aspas aqui, elas vêm do próprio Ministério Público.
03:31O Dillard estava entre os 15 nomes que foram denunciados pelo esquema, além de Flávio Queiroz, Fabrício Queiroz.
03:38Em seu depoimento, há três meses, o senador Flávio Bolsonaro foi questionado se teve algum encontro na agência bancária para fazer o pagamento relativo aos imóveis,
03:48mas disse que não se lembrava. Ele também afirmou que não se recordava se a aquisição envolveu dinheiro em espécie.
03:56Está esquecido ele, né? Quando chegam ali os investigadores cheios de perguntas, não lembro, não lembro mais e tal, muito detalhe.
04:05A defesa do Flávio Bolsonaro divulgou a seguinte nota, abro aspas, programa muito generoso.
04:10O Ministério Público, mais uma vez, abusa da imaginação e da criatividade na denúncia contra o senador Flávio Bolsonaro.
04:16O fato de um corretor imobiliário ter recebido depósitos em sua conta bancária não significa que esses valores tenham sido depositados pelo senador ou pela sua esposa.
04:25A defesa reafirma que a investigação do Ministério Público está embasada em vícios processuais, enganos e erros de cálculo.
04:31Flávio Bolsonaro é inocente das acusações patrocinadas por seus inimigos e por grupos que têm claros interesses políticos.
04:38Feche o asco.
04:39Quer dizer, se você pegar uma notinha qualquer da defesa do Lula, dos advogados do Lula, é quase a mesma coisa, né?
04:46É quase um copy-paste, é um copiar-colar.
04:50É perseguição política, isso aqui não significa aquilo ali.
04:54E ele até vai colocando a coisa em outros termos, né?
04:58Se você reparar bem essa nota, ela fala assim, o corretor imobiliário ter recebido depósitos.
05:04O que o Ministério Público está apontando é que o próprio corretor depositou, né?
05:10E, inclusive, a defesa também cita que não quer dizer que o Flávio e a esposa depositaram esses valores, né?
05:21Estou tentando puxar o trecho aqui de volta, que tenham sido depositados pelo senador ou pela esposa.
05:27Não é isso que o Ministério Público está dizendo.
05:30O Ministério Público está dizendo que eles deram o dinheiro vivo em espécie e aí o corretor depositou.
05:38E olha só que coincidência que a nota da defesa do Flávio Bolsonaro obite.
05:42Foi no mesmo dia.
05:44Foi no mesmo dia, ainda tinha uma...
05:46No mesmo dia do registro lá no cartório do valor da compra, né?
05:51E o cara ainda tinha uma anotação mostrando que o fechamento do negócio ia ser feito lá no HSBC.
05:58Então, quer dizer, a nota, ela está aí para confundir, ela está aí para fazer o diversionismo.
06:05E é bom deixar claro que funcionária fantasma, a Luísa Paz, já confessou o esquema.
06:11A gente vai trazer mais detalhes a respeito, inclusive, dos funcionários fantasma.
06:15Você tem todas as transferências bancárias operadas pelo Fabrício Queiroz.
06:19Então, ainda ficam com essa conversa.
06:22Quer dizer, que tipo de pessoa que tem acesso a todas as informações ainda cai nesse tipo de discurso, né?
06:32Só trouxa cai.
06:34Segundo a denúncia contra o Flávio obtida pelo Globo, o valor que os funcionários fantasmas do esquema retinham antes de devolver o salário ao senador,
06:41por meio de Fabrício Queiroz, variava de R$ 300 a R$ 1.900.
06:47Perdão, de R$ 300 a R$ 1.900.
06:49Eu expliquei muitas vezes nesse programa.
06:51Você empresta o nome e aí você fica com um dinheirinho por emprestar o nome
06:56para que os líderes e operadores da organização criminosa desvinham o dinheiro público,
07:01que seria o dinheiro público de remuneração por um trabalho prestado,
07:04que não era prestado no caso desses funcionários fantasmas.
07:08Então, eles ficavam ali com R$ 300 a R$ 1.900.
07:12A gente citou aqui o caso de uma dessas funcionárias fantasmas que ficava com R$ 700,
07:16um número aí mais para o meio desses limites apontados pelos investigadores.
07:22Os procuradores chamaram o valor, repito, de mesada.
07:27Então, até perguntei no Twitter, né?
07:28Por esse valor de R$ 300 a R$ 1.900, você emprestaria o seu nome
07:33para que uma organização criminosa desviasse dinheiro público?
07:37Ou você é honesto mesmo e não faria isso?
07:40É bom deixar claro que as pessoas que foram funcionárias fantasmas
07:43são pessoas desonestas, assim como operadores e líderes de organização criminosa
07:47estão participando de uma roubalheira.
07:49É bom deixar claro essas coisas porque se perdeu no debate público certas noções.
07:55Então, isso aí, desviar dinheiro público é coisa de bandido.
07:57E lugar de bandido é na cadeia, como o próprio atual presidente Jair Bolsonaro
08:01falava na época de campanha e abandonou esse discurso mais firme contra corrupto,
08:07contra bandido, porque a sua família está aí encalacrada com a justiça.
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