- 19/06/2025
ASSINE A CRUSOÉ: https://goo.gl/HVJXsX
Mario Sabino, publisher de Crusoé e O Antagonista, recebe Caio Junqueira (jornalista de Crusoé), Caio Mesquita (CEO da Acta Holding e sócio fundador da Empiricus) e Murilo Hidalgo (diretor do Instituto Paraná Pesquisas) para analisarem mais uma rodada de resultados das pesquisas eleitorais presidenciais, desta vez com cenários nacionais para segundo turno entre Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT).
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00:00Aí é que vem a margem de erro das pesquisas, quando a gente vê os estratos regionais.
00:05A Paraná Pesquisas, quando a gente não soltou esse resultado publicamente, é por causa da margem de erro.
00:11A gente dá em torno de 500 entrevistas na cidade de São Paulo.
00:15O Ibope, especificamente, se não estou errado, em torno de 400, 450, não tem, que dá uma margem de 5%, a nossa dá 4%.
00:22E o do Datafolha, precisamente, eu não sei.
00:23Mas se a gente utilizar dentro da margem de erro, para quem nos está acompanhando, fica muito claro que as pesquisas estão próximas.
00:31Se você colocar 4,5%, 4% para mais ou para menos, a minha aproxima do Ibope, a minha aproxima do Datafolha.
00:37Se você tiver a do Ibope e a do Datafolha, a mesma margem de erro, os resultados se aproximam.
00:43É muito difícil as empresas coletarem 400, 500 entrevistas em uma cidade de tamanho de São Paulo e o resultado cravar igual.
00:50É muito difícil.
00:51Aí é que explica um pouco, Marcos, a variação dos resultados regionais, a variação por dentro das pesquisas, de uma para a outra, e é onde dão as diferenças.
01:00Vamos explicar outra vez, para quem não está entendendo, que é o seguinte.
01:04Para fazer uma pesquisa geral, você tem que distribuir o seu campo proporcionalmente ao número de eleitores de cada região.
01:14Então, por exemplo, São Paulo, a cidade de São Paulo tem um número relativamente pequeno, não é isso, Murilo?
01:19Se eu estou errando, você me corrija.
01:22Porque, no âmbito geral, ela não pode ter um peso maior do que tem.
01:27No entanto, quando você diminui o número de eleitores pesquisados, a margem de erro aumenta.
01:34É natural que isso aconteça.
01:36Aí você pode perguntar, mas por que, então, não se faz com mais gente em cada lugar?
01:42Porque aí os custos ficam praticamente inviabilizados, se eu não estou errado, não é isso?
01:47Não é só uma questão de custo, é uma questão de logística também, e o prazo que a pesquisa tem que ser feita.
01:52Se você for aumentar lá para 4 mil entrevistas, por exemplo, no estado de São Paulo, você vai precisar de mais dias para fazer.
01:58Ou muito mais gente, porque aí você perde um controle interno.
02:01Então, por isso que existe um número que os institutos de pesquisa consideram que é o correto,
02:06consideram que vai retratar a realidade, e se faz dentro daquele período que você consegue fazer.
02:11Então, a gente pode chegar à conclusão, eu pergunto a você, que a divulgação, uma pesquisa nacional, de dados regionais,
02:21como se esses dados regionais refletissem um aumento ou uma perda de votos, não deveria ser feita?
02:29Da forma com que é divulgada.
02:31Porque, assim, quando se divulga os resultados regionais, um exemplo, já, só citando o exemplo da nossa pesquisa que nós vamos divulgar daqui a pouco, tá?
02:39É um exemplo, quer ver?
02:42Na região sudeste foram realizadas 922 entrevistas, tem 4% de margem de erro.
02:48No nordeste, 570 entrevistas, 5,5% de margem de erro.
02:53Norte e centro-oeste, 319, 5,5%.
02:56Na região sul, 309, 5,5%.
02:58Então, precisa ser dito isso.
02:59Que existe, como a gente falou...
03:01Uma diferença na margem de erro.
03:02Uma diferença na margem de erro.
03:03Então, quer dizer, mas no nordeste cresceu 4%, pô, mas se a margem de erro é 5%, não pode categorizar.
03:09Cresceu, caiu, ah, ele variou 3% para baixo.
03:12Não posso dizer despencou.
03:14Quer dizer, tem a forma com que é divulgada.
03:16Claro.
03:17A forma com que é divulgada, deixar claro...
03:20O que está ocorrendo é um uso, na minha opinião, indevido das pesquisas para induzir votos.
03:26Eu acho que, até certo ponto, é normal que as pessoas olhem as pesquisas e definam seu voto a partir delas.
03:34Principalmente quando há uma eleição em que o voto útil prepondera.
03:38Mas, da maneira como vem sendo feita, está distorcendo a realidade.
03:44Então, senhores, essa história de que nas cidades de São Paulo, independentemente do resultado que a gente vai apurar,
03:51dar manchete para a cidade de São Paulo, sem avisar que a margem de erro,
03:58mas avisar de uma maneira muito clara, que a margem de erro é muito maior,
04:02porque o universo pesquisado é muito menor, é manipulação de informação.
04:08Certo?
04:08Então, vamos sair desse assunto e vamos ao que interessa agora,
04:11que é o resultado da nossa pesquisa para o segundo turno.
04:17É a última pesquisa Crujoé Empíricos.
04:19Vamos lá, então, para a lâmina...
04:21Bom, primeiro eu tenho que dar aqui, a lei obriga, inclusive, a amostragem.
04:27A amostra foi feita com 2.120 eleitores, nos 26 estados e distrito federal, 160 municípios.
04:36Realizada entre os dias 23 e 25 de outubro, grau de confiança 95%,
04:42margem de erro de 2% para resultados gerais.
04:46Atenção, a margem de erro para resultados gerais é a média de todas as margens de erro
04:51para cada região e micro região, vamos chamar assim.
04:54Vamos lá, os resultados.
04:57Jair Bolsonaro, votos totais, 53%.
05:01Fernando Haddad, 34,4%.
05:06Nenhum, 8,6%.
05:09Não sabe, 3,9%.
05:12Agora vamos olhar a lâmina 2 para ver a variação que houve em relação à última pesquisa.
05:20Na nossa última pesquisa, Bolsonaro tinha 52,9% e passou para 53, ou seja, mesma coisa.
05:28Haddad, 33,9% na última pesquisa e foi para 34,4%.
05:37Também uma variação de 0,5% dentro da margem de erro.
05:41Nenhum, 9,4% foi para 8,6%.
05:45E não sabe, 3,8% para 3,9%.
05:52Ou seja, na pesquisa feita pelo Instituto Paraná para Cruzoé Empíricos, os ponteiros não se mexeram.
06:01Nem muito no extremo da margem de erro, máximo, nem para fora da margem de erro.
06:08O que leva a crer, né Murilo, que toda campanha negativa contra o candidato que é líder nas pesquisas
06:21parece ter funcionado de acordo com os resultados que você obteve.
06:27A campanha negativa não teve impacto nenhum.
06:31Agora, se você olhar outras pesquisas também, por exemplo, a pesquisa do Ibope me chamou a atenção
06:37porque, aliás, chamou a atenção de todo mundo, porque os votos que o Bolsonaro teria perdido
06:44dentro da margem de erro não foram para o Fernando Haddad.
06:48Foram para nulos ou indecisos.
06:52E o que leva a crer também que esses votos poderão voltar, poderão voltar para o Bolsonaro.
06:59Pelo grau de certeza dos eleitores nesta eleição, vamos ver aqui qual é a próxima lâmina.
07:10Dos vários, é interessante.
07:11Vamos voltar primeiro para os votos válidos.
07:14Aqui vocês estão vendo o gráfico dos votos válidos.
07:17Jair Bolsonaro, então, vai para 60,6% dos votos válidos e Fernando Haddad a 39,4%.
07:26Na comparação, em relação à nossa última pesquisa de votos válidos, o Bolsonaro tinha
07:3560,9%, foi para 60,6% e o Fernando Haddad de 39,1% para 39,4%.
07:44Ou seja, a última pesquisa foi feita, aliás, a penúltima, né?
07:48Em 17 de outubro, esta agora está sendo divulgada hoje, 26, não mexeu também.
07:54Quer dizer, reflete exatamente, obviamente, o total de votos entre todos os eleitores, inclusive indecisos e nulos.
08:03Mas eu queria chamar a atenção, voltando ao assunto, que dado o grau de certeza do eleitorado
08:13em relação ao Bolsonaro e ao Haddad, o voto está muito cristalizado, né?
08:21Fica difícil você achar que possa haver grandes variações a esta altura do campeonato, não é isso?
08:28Também não acredito, mas eu acho que dos eleitores do Jair Bolsonaro, 92% dos eleitores
08:35dizem que a decisão de votar em ele é definitiva e do Haddad, 88%.
08:41Pois é, não parece ter variação.
08:46Caio Junqueira, você estava chamando a atenção aqui na nossa conversa, antes de entrarmos no ar,
08:52para as variações relativamente significativas que ocorreram dentro,
08:57depois a gente vai ver isso mais claramente, mas eu acho que a gente não pode adiantar o assunto.
09:01Dentro da, por exemplo, do grupo, por grau de instrução, né?
09:06Você podia chamar aqui a atenção para essas coisas, por favor?
09:09Em comparação com a primeira pesquisa, né? Nossa, do segundo turno,
09:14quando você olha os recortes por idade ou os recortes por nível de escolaridade,
09:23você vê que a única, onde mexeu exatamente é no ensino fundamental,
09:27que tem o descolamento do Bolsonaro para o Haddad, né?
09:31Na primeira pesquisa nossa, do segundo turno, estava empatado.
09:34Ao redor de 43% dos eleitores do Jair Bolsonaro e do Fernando Haddad de ensino fundamental,
09:40eles empatavam.
09:43Nessa pesquisa, o Bolsonaro aparece com 45%, 45,4%, nessa faixa de ensino fundamental,
09:51e o Haddad com 41%, ou seja, já fora da margem de erro, então mostra que ele conseguiu...
09:57No caso do Haddad, né?
09:58É, o Haddad com 41% e o Bolsonaro com 45%.
10:02O Bolsonaro variou dentro da margem, era 2%, não é isso?
10:07Era 43%, isso, tem uma pequena variação.
10:09O Haddad variou um pouquinho fora da margem de erro, perdendo no ensino fundamental.
10:15Isso.
10:15É o único recorte em que tem uma distância maior dos dois em comparação com a primeira pesquisa nossa.
10:22Porque todas as outras, ensino médio, ensino superior, as faixas etárias,
10:27ficam mais ou menos estáveis, né?
10:29Como é que você analisa isso, Murilo?
10:30Olha, como eu te falei, dentro daquela margem de erro maior, certo?
10:35Quando a gente analisa os extratos também por escolaridade, por sexo, por faixa etária,
10:40ele passou na frente, mas com uma análise mais cuidadosa em cima da margem de erro,
10:46em cima desse extrato.
10:47Claro.
10:47Mas é um dado, interessante porque justamente é o eleitor, não é o eleitor típico do Bolsonaro,
10:56que tem maior nível de renda e mais grau de instrução.
11:00Outra coisa, Mário, que chama a atenção, a gente trouxe um comparativo por região.
11:04Ah, vamos lá.
11:05Tem o resultado por região.
11:08Vamos primeiro falar da evolução por sexo?
11:14Vamos lá.
11:14Sexo masculino.
11:17Isso tudo, evidentemente, essas próximas lâminas refletem a estabilidade que foi encontrada
11:24pelo Instituto Paraná, verificada pelo Instituto Paraná.
11:26Então, por exemplo, entre os homens, votos para Bolsonaro, que eram, em 17 de outubro, 59,2%,
11:34passaram as intenções para 59,5%, ou seja, dentro da margem de erro também.
11:41O Fernando Haddad, que eram de 31,6%, passaram a 32,1%.
11:49Não sabe, e nenhum também, não houve nenhuma variação.
11:54Vamos para o voto feminino, que é a grande surpresa, digamos assim,
12:01pelo menos para alguns analistas, para mim não foi surpresa nenhuma.
12:05Jair Bolsonaro tinha 47,4% dos votos femininos, passou a 47,3%, igual a Haddad, 36,1%, passou a 36,5%.
12:17O que eu noto, o que é mais interessante aqui no voto feminino é que o número de mulheres que declaram
12:24que não votaram em nenhum, é maior do que o dos homens, e o não sabe também.
12:31Murilo, esse dado é comum nas pesquisas?
12:35As mulheres são mais reticentes em relação aos candidatos ou mais indecisas ou não?
12:40Não, muito maior.
12:41É específico desta eleição?
12:43Exatamente, nessa eleição, pelo próprio desempenho do Jair Bolsonaro.
12:48Em todo o processo eleitoral, desde o primeiro turno, ele sempre teve um desempenho muito melhor
12:53no sexo masculino do que feminino.
12:55Então eu acho que isso aqui é a pequena variação que poderá ocorrer no dia da eleição.
13:00A favor de um, dois pontos para mais para um, dois pontos ou menos para outro.
13:04É nesse estrago.
13:05Quisito, para onde esse voto feminino irá?
13:08Essa, ao meu ver, é a dúvida da eleição, que também não vai mudar o resultado, ao meu ver,
13:14em muita coisa, certo?
13:16Mas é a grande modificação que pode ocorrer de um, dois pontos em cima desse voto feminino.
13:21Interessante.
13:22Bom, vamos para a rejeição, que é um dado importante também.
13:26A rejeição no segundo turno do Haddad é maior do que a rejeição ao Jair Bolsonaro,
13:34segundo o Instituto Paraná.
13:36Então, Fernando Haddad foi de 55,2% de rejeição em 17 de outubro para 54,5%.
13:47Jair Bolsonaro também subiu um pouco dentro da margem de erro.
13:52Ali abaixou um pouco no caso do Haddad, mas também é 0,2, não, 1,2.
13:57No caso do Bolsonaro, foi de 38% para 39,4%.
14:04São variações insignificantes, né?
14:10Certo?
14:12Agora vamos chegar no ponto das regiões aqui.
14:14Vamos para a região.
14:17Que o Murilo tem algo a dizer depois.
14:19O Nordeste, 50,9%, o Bolsonaro tinha das intenções de voto, foi para 51,9%.
14:27Crescimento dentro da margem de erro de 1%.
14:30O Jair Bolsonaro, 39,8% em 17 de outubro, agora tem 35,6% das intenções de voto.
14:40Caiu o número de eleitores que não votarão em nenhum e manteve-se estável o número daqueles
14:48que não sabe.
14:49Continua chamando atenção, de acordo com a pesquisa, o desempenho do Bolsonaro no Nordeste,
14:59que é relativamente alto.
15:02O Haddad continua tendo um número de votos menor do que qualquer outro candidato petista
15:08nessa região, não é isso?
15:09Exatamente.
15:10É a primeira vez das últimas eleições, desde que o PT ganhou, que eles estão tendo,
15:15assim, está ganhando a eleição, mais de 50% é uma boa votação, mas não é aquilo
15:20que a Dilma Rousseff fez nas últimas eleições em relação ao S&S.
15:24Esse eu acho que é o grande quesito, porque a candidatura do Haddad não deu...
15:28Não saltou.
15:29Não saltou.
15:30Você podia lembrar para a gente, mais ou menos, quais eram os percentuais no Nordeste
15:35das outras pesquisas, nos outros anos do PT, o desempenho dele no Nordeste?
15:39Dos votos normais, mais de 60% a 64%.
15:43É, 60% a 64%.
15:45Bom, vamos agora para o Norte mais Centro-Oeste.
15:51Bolsonaro, 62,1%, passa a 60,2%.
15:5760,2%, exato.
15:59Aí tem uma variação ali no limite da margem de erro, né?
16:04Mas da margem de erro, de novo, regional é maior.
16:07É, regional é maior, exatamente.
16:09Ah, sim, é verdade.
16:11Então, não está absolutamente dentro da margem de erro.
16:13Bem lembrado, Caio.
16:15Então, Haddad, 25,1% em 17 de outubro, foi para 27, né?
16:21E os outros números se mantiveram também estáveis.
16:25Vamos para a região Sudeste.
16:2757,6% tinha o Bolsonaro em 17 de outubro, foi a 58,4%.
16:36Fernando Haddad, de 29,6% foi para 28,7%.
16:42Também absolutamente estável.
16:45E no Sul, que é onde o Bolsonaro tem, o Sul é o Nordeste do Bolsonaro, né?
16:51É onde ele tem o maior desempenho.
16:54Ele tinha 63%, foi a 61,8%.
16:58E o Haddad tinha 24,8%, foi a 26...
17:03Desculpe, 24,8% é isso.
17:05E foi para 26,9%.
17:09Vamos para a decisão definitiva de votos, que o Murilo já havia abordado.
17:16Então, entre os eleitores do Jair Bolsonaro, em 17 de outubro, 90,9% dizia que o voto era definitivo.
17:24Esse número foi para 91,7% e houve uma mudança expressiva no caso do Fernando Haddad, que contava com 85,4% de eleitores firmes
17:37e foi a 87,8%, um pouco acima da margem de erro, 0,4% acima da margem de erro.
17:46Sim.
17:51Esses dados aí, Caio Mesquita, essas últimas pesquisas, Ibope, Datafolha, a nossa...
18:01Vamos lá, como é que o mercado está encarando esse negócio?
18:05Hoje a coisa está meio ruim no mercado acionário, né?
18:09Exatamente.
18:10Com o Ibope, não mexeu, Datafolha, eu imagino que mexeria alguma coisa na margem, mas deve cair hoje, o futuro está caindo, o dólar está subindo um pouco por causa da turbulência lá fora.
18:26Quer dizer, não tem nada a ver com a pesquisa aqui dentro, especificamente não, certo?
18:30O meu termômetro pessoal, Felipe Miranda, falei, e aí Felipe, mudou alguma coisa?
18:38Não, na verdade a Datafolha, o mercado questiona, já falei da última vez, questiona um pouco o Datafolha.
18:47O mercado também tem os próprios trackings, que são muito importantes.
18:52É, que a gente não pode divulgar, né?
18:53Mas eles têm, e são medições diárias, então estão acompanhando, então até pelo comportamento do mercado recentemente,
19:03os trackings do mercado não capturaram essa mudança, esse crescimento da DAD, então estão em linha com a pesquisa aqui do Paraná.
19:11E volta, na verdade a expectativa grande do mercado é o day after e como é que vão ser os primeiros passos aí do Bolsonaro,
19:21a equipe montada.
19:24Uma coisa que o mercado está de olho, e até volto para você essa pergunta, é justamente o tamanho da vitória
19:30e a força política que o Bolsonaro vai ter dependendo do tamanho da vitória.
19:34Acho que é isso o mercado também está especulando.
19:37O que nós sabemos, né, Caio, Caio Junqueira, que o Bolsonaro gostaria muito, quer dizer,
19:46o Haddad, neste momento, independentemente das pesquisas, o que ele, o PT, quando eu falo Haddad eu falo PT,
19:54o que ele quer é perder com a menor diferença possível.
20:00Tem três variantes aí.
20:01O PT, obviamente, quer perder com a menor variação, com a menor diferença possível,
20:07porque na cabeça deles isso tornará o partido menos fraco, enfraquecerá menos o partido.
20:16O Bolsonaro quer fazer mais de 60% dos votos, se possível até mais do que o Lula obteve em 2002,
20:23que foi alguma coisa em torno disso.
20:25Em 61, né?
20:25Em 61.
20:28E há o centrão, né, Caio, que quer que o Bolsonaro também ganhe com a menor quantidade possível de votos,
20:37porque acha que assim poderá pressionar mais o futuro presidente da República.
20:44Esse jogo existe, é claro, né?
20:46Sim, eu, em princípio, quando chega a reta final de eleição, tem esse debate, qual vai ser a margem.
20:53Eu acho um pouco, não vou dizer uma bobagem, evidentemente, mas assim, ganhou, ganhou.
21:01O sujeito ganhou com 51, ganhou por 10 mil votos numa eleição de 130 milhões de eleitores.
21:07Ganhou.
21:08Ganhou, tá ganhado.
21:09Então não tem, óbvio que daí tem essas eleituras, óbvio que se for 65 a 35 é um, arrasou e tal, é muita diferença.
21:17Mas assim, ganhou, o sujeito vai ser eleito, vai implementar, ele é o presidente, ele tem a caneta, ele vai fazer o que quiser.
21:26É, o sujeito ganha de 1 a 0, ganhou de 7 a 1.
21:28Ganhou nos penas.
21:29Ganhou, ganhou.
21:31Agora, eu entendo a crer que esse tipo de cálculo, ele ocorre no início de um mandato, bem no início.
21:40Depois, porque os bichos ficam se estudando, né, as alianças começam a ocorrer, as composições, né, e depois não importa o resultado, né.
21:52O caso da Dilma, por exemplo, em 2014, ela já começou fraca, não foi porque ela teve uma pequena diferença em relação ao Hércio Neves,
22:01é porque vieram à tona logo as pedaladas, quer dizer, o país estava caindo, a economia estava em frangalhos,
22:09as contas governamentais foram maquiadas e isso explodiu logo depois da eleição.
22:15As pedaladas vieram à tona e aí foi uma crise o tempo inteiro até que ela fosse, sofresse o impeachment.
22:23Então, não teve assim, não foi porque ela ganhou por pouco, né.
22:27De fato, é um cálculo que não faz muito sentido, né, de qualquer maneira, quer dizer, faz sentido talvez o PT querer ganhar
22:35por uma pequena diferença, uma diferença menor, faz sentido depois dos jogos que ele vai ter eleitoralmente e tudo mais.
22:47Mas, do ponto de vista da administração do executivo, de fato, eu concordo com você que isso não faz diferença.
22:56Vamos lá.
23:00A gente fez, a pedido da Cruzoé, o Instituto Paraná também elencou os motivos pelos quais as pessoas estão votando em cada candidato.
23:11É muito interessante.
23:13No caso aqui, como vocês já podem ver, 32,2% dos eleitores do Bolsonaro votam no candidato porque ele representa a mudança.
23:2419% vota por ser contra o Lula e o PT, ou seja, especificamente sobre o antipetismo, por causa do antipetismo.
23:35E 6,9% pelos projetos anticorrupção.
23:39O que me chama a atenção aqui, não sei o que vocês pensam, mas é que representar a mudança é muito difuso.
23:49Ele pode incluir o antipetismo e pode incluir também os projetos de anticorrupção, não é isso?
23:56A sobreposição aí, né?
23:57O que você acha, Bolívia?
23:59Olha, eu acho que ele, durante a campanha, ele vendeu muito bem isso.
24:04A mudança em todos os sentidos.
24:06Por exemplo, a mudança, muitas pessoas criticam, outras apoiam, o armamento, a segurança, que ele bateu muito, certo?
24:13Eu acho que isso é uma mudança de paradigma.
24:16Isso ele vendeu muito bem durante a campanha, certo?
24:18Então, eu acho que é isso que as pessoas estão esperando dele.
24:20É uma mudança de tudo, de tudo que está acontecendo no Brasil, alguém que entre e põe a casa em ordem.
24:27Essa eu acho que é a principal, é o motivo do voto do Bolsonaro.
24:30No caso da segurança pública, você tem aí a...
24:364,3%.
24:37Então, 4,3%.
24:38Sim, exatamente.
24:40No caso do Bolsonaro, olha que coisa curiosa.
24:42Depois de projetos, a gente não elencou aqui no gráfico todos, mas depois dos projetos anticorrupção tem,
24:47Pela defesa dos valores da família, 6% dos eleitores do Bolsonaro escolheram este item.
24:54Por ser honesto e confiável, 4,4%.
24:58E pelos projetos para a área de segurança pública, esse número é de 4,3%.
25:04No caso do Haddad, vamos agora para a lâmina do Haddad, por favor.
25:10Olha só, 20,3% dos eleitores do Haddad votam no candidato do PT por não gostar do Jair Bolsonaro.
25:2112,5% pela defesa da democracia.
25:27E 12,3% por ser o candidato do ex-presidente Lula.
25:33Eu acho curioso, porque é o terceiro motivo elencado, é aquele que o PT, no primeiro turno, na campanha de primeiro turno,
25:43acreditava que seria a principal razão.
25:46Mas foi, mas...
25:47Mas foi?
25:48Foi, porque...
25:49Bom, foi o que levou Haddad até o segundo turno, está certo, está certo.
25:53Agora, a gente fala muito no caso do Bolsonaro, do antipetismo, né, Caio Junqueira?
26:01Não te parece curioso também que a maior parte dos eleitores do Haddad sejam anti-bolsonaristas?
26:09Exatamente.
26:09Independentemente da ideologia que possam ter?
26:11E quando você vai nos motivos pelos quais o Jair Bolsonaro é escolhido, a resposta por não gostar do Haddad é 2%.
26:20Então, parece que muito mais os eleitores do Haddad não gostam do Bolsonaro do que os eleitores do Bolsonaro não gostam do Haddad.
26:29Eles não gostam do PT, mas o Haddad ali não é o principal motivo, né?
26:34Mas nós vivemos um momento curioso porque o Haddad é um candidato que não tem, de fato, personalidade, carisma.
26:44Pelo menos o eleitor não o encara assim.
26:46Ele não conseguiu se livrar da imagem que ele mesmo, ele mesmo, na campanha de primeiro turno, assimilou de poste do Lula, né?
27:00Fale, Murilo.
27:01Ó, chama bem a atenção, a gente consegue entender aqui um pouco por que o Lula sumiu da campanha do Haddad no segundo turno.
27:08Qual é o terceiro, o segundo motivo dos eleitores por ser contra o Lula e o PT?
27:15Aqui o sumiço dele foi para tentar ganhar esse eleitorado, né?
27:18Então a gente começa a ver o motivo que o Lula desapareceu da campanha do Brasil.
27:22É, mas me parece que o PT é muito pesado para o Haddad.
27:26Muito mais pesado que o próprio candidato, que o próprio Haddad.
27:28O PT do segundo turno, que tirou o vermelho, toda aquela...
27:31É, não, pois a bolota no lugar da estrela, né?
27:35Faz sentido.
27:36E os eleitores percebem isso, que a campanha do Bolsonaro é linear, desde janeiro, vamos dizer assim, desde o ano passado.
27:44A campanha do Haddad, ela era uma campanha no primeiro turno e depois, de repente, muda.
27:48Muda a cor, muda o programa de governo, muda as declarações, ameniza várias coisas.
27:54E eu suspeito, mas isso é fino e sem qualquer base empírica, que o eleitor percebe, fala,
27:59poxa, qual é o Haddad que eu vou votar?
28:01É o Haddad do primeiro turno ou é o Haddad do segundo turno?
28:04E o outro candidato, o adversário, é linear.
28:07É linear, fala a mesma coisa desde o começo do ano, não é?
28:10É, ele só está saindo com uma cicatriz grande na barriga.
28:15No caso, olha só, é impressionante, porque entre os eleitores do Haddad, aqueles que votarão por ser do PT,
28:233,3% só.
28:27O PT também tem uma fraqueza, mostra uma fraqueza como partido que é, não estou dizendo que o PT é um partido fraco,
28:35fez uma bancada ainda expressiva na Câmara e tudo mais.
28:38Mas entre os eleitores, o que parece estar acontecendo é o enfraquecimento da marca PT.
28:46Ao mesmo tempo que existe o antipetismo, e eu acho que está muito ligado, justamente, claro, ao antipetismo.
28:51Tem uma correlação aí muito clara.
28:55No caso, por exemplo, do Haddad, segurança pública, só 1% dos eleitores...
29:02Esse problema não existe.
29:03Esse problema não existe no Brasil.
29:05É curioso, é curioso.
29:07Estamos na Suíça.
29:08Eu conversava com o Caio também, vamos deixar uma coisa clara.
29:11Essa campanha, nós ouvimos muito poucas propostas na área de saúde.
29:15Tem acerto.
29:16Ela foi pautada por outras pautas.
29:19E foi afunilando agora o Haddad, a única tecla que bate é a democracia.
29:24E o Bolsonaro ligando com a ditadura.
29:27Não, quando você...
29:28Você tem razão, porque quando o segundo motivo pelo qual as pessoas estão votando no Haddad
29:34é a defesa da democracia, é porque pegou, esse discurso colou,
29:40não só pela campanha negativa que o PT vem fazendo contra o Bolsonaro,
29:47mas também pelos desastres que a campanha do Bolsonaro fez nos últimos dias.
29:54Para não falar, evidentemente, daquelas falas todas que o candidato teve absolutamente refletidas.
30:02Aliás, Caio, não sei se você concorda.
30:04Eu tenho notado que o Jair Bolsonaro, apesar lá daquela história de varreiros dos bandidos vermelhos,
30:11mas aquilo eu encaro como retórica eleitoral, dentro...
30:15Fizeram ali um escarcel com aquilo, mas para mim está dentro ainda da moldura normal do discurso de campanha.
30:23Mas de qualquer forma, por exemplo, ontem estava o Bolsonaro falando em conciliação.
30:27Você não acha que o Bolsonaro já abaixou um pouco, já está saindo do tom de campanha,
30:35entrando no modo de cruzeiro presidencial, digamos assim?
30:38Eu acho que tem dois, são dois movimentos.
30:41Você tem um movimento, quando ele vai na Paulista e fala de exterminar, de ir na ponta da praia,
30:47ele está falando para o eleitor dele, para esses 90% que gostam dele e estão com ele há meses.
30:53Agora, quando ele já vira o presidente, já veste essa camisa de presidente e já negociando o governo,
31:01ele faz os acenos, ele já faz uma acomodação.
31:05E eu vejo dois movimentos nessa semana.
31:08O fato de não querer fundir o Ministério do Meio Ambiente com o Ministério da Agricultura
31:14e o fato de o Ministério do Desenvolvimento, que era uma exigência do Paulo Guedes,
31:19que fosse inserido no Super Ministério da Economia, ele também já quer tirar para atender os empresários.
31:26Você sabe que, é curioso, porque faz o quê?
31:30Umas duas semanas ou três semanas, em relação à redução da maioridade penal,
31:35que sempre foi uma bandeira dele os 16 anos, ele já disse,
31:40não, a gente vai fazer, pretende fazer, de uma maneira gradual.
31:45Primeiro, baixar para 17 e 16 anos mais para frente.
31:52O que mostra uma...
31:52O dado curioso é o seguinte, o Bolsonaro chegou até onde chegou com um discurso radical,
32:00para um lado.
32:01Ele agora baixa o tom, tenta conciliar.
32:04Eu acho que esses números preocuparam a campanha,
32:07está muito evidente que preocuparam a campanha e ontem ele estava pedindo o maior engajamento
32:12e mandando o pessoal dele, que costuma falar besteira, calar a boca.
32:17Mas, do outro lado, o discurso se tornou mais radicalizado.
32:22O Haddad chamando ele de frouxo, chamando ele de antisser humano,
32:26que merece ser varrido da face da terra.
32:30Houve uma inversão de discursos, porque eles querem que o Bolsonaro...
32:35E aí a pesquisa explica que é justamente, são esses dois primeiros motivos
32:43pelos quais as pessoas estão voltando a Haddad.
32:45Eles precisam enfatizar isso, ou seja, um voto anti-bolsonarista
32:48e em favor da democracia.
32:53Vocês podem ver aí que esse gráfico explica, então,
32:57a estratégia, digamos assim, de campanha dos candidatos.
33:03Agora, Mário, eu queria fazer uma atualização que o pessoal passou para mim aqui.
33:07O mercado está reagindo muito bem.
33:08O mercado futuro da Bolsa subindo e o dólar caindo, apesar da turbulência lá fora.
33:14Apesar da turbulência lá fora.
33:15Então...
33:16Estão ignorando esse...
33:17Estão ignorando...
33:18Como você tinha chamado a atenção, nas outras vezes,
33:21os grandes institutos de pesquisa não estão pautando o mercado.
33:24E, mais uma vez, pessoal, principalmente porque essas instituições,
33:32bancos e corretoras, contam com os trackings próprios.
33:37Há um maior número de institutos fazendo pesquisas para diversos clientes.
33:45A nossa pesquisa, eu acho também que está com uma credibilidade bastante alta.
33:49É um dado dessa campanha, né, Mário?
33:53Sim.
33:53Que teve quase que uma quebra de monopólio dos institutos, né?
33:58Porque sempre foi...
33:59E bota o Datafolio.
33:59Ali, eu digo, muitas pessoas fazendo pesquisa,
34:04muitas pessoas contratando pesquisas neste ano.
34:07Não sei os motivos disso,
34:09mas não tem mais um monopólio exclusivo de dois ou três institutos.
34:12É, surgiram também outras possibilidades, né, Murilo?
34:15Por exemplo, agora o voto, a pesquisa por telefone passou a ser permitida.
34:20Eu acho que os erros que os institutos de pesquisa cometeram nas últimas eleições,
34:26e até agora também no primeiro turno, né, gente?
34:28Teve gente dando parte em técnico quatro dias antes da vitória do Bolsonaro.
34:32É um negócio meio estranho.
34:38Eu acho que isso tudo contribui.
34:40Agora, voltando para o nosso primeiro ponto,
34:43as pesquisas, elas têm que ser bem divulgadas.
34:46Ou seja, bem divulgadas dizendo, por exemplo,
34:49que na cidade de São Paulo,
34:51obviamente, porque tem um menor número de pesquisados,
34:54o campo é menor, aumenta exponencialmente a margem de erro.
34:58Então, não é razoável que se divulgue só trechos de pesquisa
35:05sem que haja essa ponderação.
35:07Eu vou aqui fazer já as perguntas que chegaram para o WhatsApp.
35:12Pois não, fale.
35:13Eu gostaria de...
35:14Tem uma lâmina muito importante, que é independente de que você votar,
35:17quem você acha que vai ser o próximo presidente do Brasil?
35:19Ah, sim. Vamos lá.
35:20Isso é boa.
35:21Nós não destacamos isso, mas você pode...
35:23Jair Bolsonaro, 74%, Fernando Haddad, 18%.
35:27Ou seja, 74% dos eleitores...
35:31Mesmo os eleitores do Fernando Haddad...
35:33Acham que o Bolsonaro vai ganhar.
35:3445% acham que o Bolsonaro vai ganhar.
35:36Então, ele sente a percepção da rua.
35:38Claro.
35:38Quer dizer, se ele tivesse a convicção,
35:40se todos os amigos dele fossem Haddad,
35:44se ele sentisse isso no entorno dele,
35:46ele responderia o contrário.
35:47Mesmo o eleitor do Haddad considera que o Bolsonaro,
35:5045%, vai ganhar as eleições.
35:52Não, aliás, é uma percepção que é absolutamente condizente com a realidade.
36:00A realidade das pesquisas, a realidade impressionista,
36:03mesmo que as pessoas possam ter no seu cotidiano.
36:06Porque ontem eu chamei a atenção do antagonista,
36:09porque os petistas começaram já a comemorar a virada,
36:14diante dos resultados do data folha.
36:17Só que quando você vai para os números absolutos,
36:20ou seja, caiu para 12 pontos a diferença,
36:22isso pode ser 10,
36:25para você levar a margem dele para baixo.
36:27Pode ser 14, pode ser 10.
36:29Se for isso mesmo, 12 pontos,
36:31a diferença em votos absolutos é, de grosso modo,
36:3513 milhões de votos.
36:37Seria, quer dizer, o Haddad, para ganhar no segundo turno,
36:40pelos números do data folha,
36:42teria que virar 13 milhões de votos até domingo.
36:46O que, sinceramente, já está no terreno da improbabilidade mais absoluta.
36:53No caso do Instituto Paraná,
36:56esse número já chega à diferença próxima,
37:00à diferença que ele obteve no primeiro turno.
37:0318 milhões de votos.
37:08Gente, 13 milhões de votos é um Portugal.
37:1218 milhões de votos é um Portugal e quase meio.
37:16Isso aqui não é, estou aqui fazendo wishful thinking ou qualquer coisa.
37:22É, de fato, a realidade é acachapante.
37:26Não é isso, Caio?
37:27Sim, sim.
37:28Tem um dado ligado a isso que você está dizendo.
37:33Essa semana eu tive até para a reportagem da Cruzoé
37:36que abordar pessoas na rua procurando eleitores.
37:41E a proporção que você encontra,
37:44ela reflete exatamente a pesquisa.
37:46Você encontra 60, 70% das pessoas que você aborda
37:49são eleitores do Bolsonaro.
37:51É mais difícil, um pouquinho mais difícil,
37:52achar eleitores do Haddad.
37:54Achar eleitores que votaram na Marina, no Alckmin,
37:56é quase impossível, pelo menos em Brasília, era.
37:59E o modo como esses eleitores,
38:02os eleitores do Bolsonaro querendo falar
38:05e querendo dizer os motivos do voto,
38:08sorridentes e mais leves,
38:12e os eleitores do Haddad mais um pouquinho,
38:15vou dizer, um pouquinho mais envergonhados,
38:18uma coisa...
38:18Mudou, né?
38:19Um pouco mais...
38:20Inverteu, né?
38:22Constrangidos.
38:22É o voto envergonhado?
38:23É o voto envergonhado,
38:24que era um voto que estava represado,
38:26digamos assim,
38:28né?
38:28Antes do início da campanha.
38:30Saiu do armário.
38:31Exato.
38:32Agora saíram do armário mesmo.
38:34Ninguém mais tem vergonha de dizer que votou no Bolsonaro.
38:35Quer dizer, ninguém, não sei,
38:36mas é uma malpa das pessoas,
38:38não tem mais vergonha de dizer que votou no Bolsonaro.
38:41Caio Mesquita, me conta uma coisa.
38:43O Caio Junqueira aqui havia falado
38:45que já começa a ver...
38:47Não é um estranhamento, é normal, né?
38:49O Paulo Guedes querendo absorver Ministério de Desenvolvimento,
38:54porque acho que isso não tem...
38:57O tal da política industrial deve ficar na alçada desse Ministério Econômico.
39:04Tem ali já um...
39:06O Bolsonaro já havia falado que não haverá privatização da Petrobras,
39:11da Petrobras...
39:13É impressão minha, ou nesse período aí de...
39:19Aqui a gente está dando já dado que o Bolsonaro vai ser eleito.
39:22Então, a gente está com uns 74% dos brasileiros
39:26que acham que a eleição está definida.
39:29Você acha que nas próximas semanas haverá uma...
39:32O mercado vai ficar muito suscetível a essas discussões
39:37sobre formação de ministério?
39:39Vai.
39:39Vai, muito, muito.
39:40Vai ser uma grande...
39:42Vai ser uma grande especulação.
39:44E essas duas forças, né?
39:47O liberalismo do Paulo Guedes
39:49e esse nacionalismo dos militares
39:53que tem uma presença grande no governo, né?
39:56Será que vai votar o Ministério do Interior?
39:58Umas coisas assim que a gente lembra dos anos 70?
40:00É uma possibilidade que o mercado vai ficar
40:03avaliando e diagnosticando diariamente, né?
40:08Vai ser a grande incerteza, né?
40:12E para onde vai esse governo, né?
40:15Existe aí uma aproximação, né, Caio?
40:18Caio Junqueira entre a...
40:19Tem um monte de Caio aqui, né?
40:21Estão aparecendo escola, né?
40:22Que a gente tem que chamar para o sobrenome, né?
40:24Escola infantil, né?
40:25Quando os crianças chegam e falam, ah, a Sara da Silvia, não a Sara...
40:29Na minha época tinha muito Marcelo, Alexandre, essa é a minha geração.
40:33Mas, Caio Junqueira, o que existe também é uma aproximação que parece já bastante adiantada
40:48entre o Rodrigo Maia, né, e o Centrão e tal, e o Bolsonaro.
40:54Até que ponto você acha que a reforma...
40:57Porque é um fato que mexe muito com o mercado, evidentemente,
41:01que é possível haver uma reforma da Previdência,
41:04essa reforma aí que o Temer está querendo emplacar,
41:07ainda no mandato Temer.
41:09Você acha que...
41:10Como é que você vê isso?
41:10Não, primeiro que eu acho que a aproximação dos dois é boa para os dois.
41:15Esse negócio de inventar candidato a presidente da Câmara, do PSL,
41:21que tem dos 52, 47 novatos, é melhor deixar para o Rodrigo Maia.
41:26Tem afinidade de agenda, tem afinidade ideológica.
41:29Rodrigo Maia conhece a casa, tem um trânsito com a oposição
41:33que, de certa maneira, indiretamente acaba ajudando o Bolsonaro a ser eleito.
41:39Então é bom para os dois.
41:40Acho que a melhor coisa a ser feita...
41:44Eu também sou dessa opinião.
41:45De lado a lado.
41:47Poxa, está lá há 20 anos, 15 anos.
41:49Mas a possibilidade da reforma da Previdência ser aprovada,
41:54você acha que isso é factível ainda no governo Temer?
41:57Não, neste ano eu acho difícil.
41:58Eu também acho difícil.
41:59Neste ano é difícil.
42:00Eu também acho difícil.
42:00Agora, o mercado espera, né, Caio Mesquita,
42:03que essas reformas, pelo menos essas...
42:06A expectativa é grande.
42:07Sejam feitas logo.
42:09Isso.
42:10Porque a história mostra que se não faz no início,
42:14quando, inclusive, a força eleitoral ainda,
42:17a propulsora ainda é grande,
42:19dificilmente consegue fazer depois, né?
42:21Sim.
42:21A principal questão de fazer nessa,
42:24a temperatura de Congresso,
42:27por que não fazer agora?
42:28Porque metade da Câmara vai cair fora.
42:32E não querem cair fora porque perderam.
42:36Porque não foram reeleitos a maioria.
42:38E não querem cair fora, além de terem sido derrotados,
42:42provavelmente continuaram na política,
42:44e não querem continuar com o peso ali de ter aprovado uma reforma impopular.
42:50Então, deixa para o novo governo.
42:52Do que a gente ouve, é a principal questão.
42:54Por que não aprovar agora?
42:55Porque é difícil de passar,
42:57porque as pessoas não querem sair do seu mandato,
43:00se despedirem do seu mandato,
43:01foram derrotados nas urnas,
43:03tendo aprovado uma medida impopular.
43:04Aliás, no plano de governo,
43:07no esboço ali,
43:09no documento que existe,
43:10que foi revelado pela Cruzoé,
43:11No PowerPoint.
43:14No caso da Previdência,
43:16há uma...
43:18De fato, tem um pacote ali para os militares,
43:21que compõe uma parte importante da Previdência,
43:24bastante generoso.
43:25Então, isso levantou ali,
43:29acendeu o sinal amarelo,
43:31de que talvez essa reforma da Previdência,
43:34mesmo feita durante o início do governo Bolsonaro,
43:38não tenha o alcance que deveria ter.
43:41A gente continua achando,
43:42Caio Mesquita,
43:44que dá para viver no cheque especial,
43:46para o resto da vida.
43:48Não, eu digo no governo,
43:50eu não entendo como...
43:52A maioria dos governos vivem no cheque especial.
43:54Não, vive, mas de uma maneira que perigona.
43:56Os Estados Unidos, os grandes países estão no cheque especial.
43:58A Itália agora,
44:00o orçamento da Itália,
44:01que a União Europeia se recusa a aceitar,
44:05é porque eles estão tentando gastar um pouco mais
44:07do que já gastavam,
44:08tendo um déficit ali de 132%
44:11do produto interno bruto.
44:15Ok, viver no cheque especial.
44:17Agora, aqui é que esse cheque especial
44:19tem que ter um controle também, né?
44:20Deveria, deveria.
44:21Eu acho que o grande desafio para esse governo
44:25é o equilíbrio fiscal.
44:28Está totalmente desequilibrado.
44:30O déficit brasileiro é um negócio absurdo.
44:33E a tendência é aumentar.
44:34E a previdência é o principal fator de desequilíbrio.
44:38Então, tem que endereçar.
44:39Não tem reforma de previdência que resolva.
44:41As reformas dos outros países,
44:42as experiências são reformas graduais.
44:44É um processo,
44:46mas precisa fazer alguma
44:48que pelo menos enderece,
44:50mostre e sinalize para a sociedade
44:52que esse problema está sendo,
44:54de alguma forma...
44:56Abordado seriamente.
44:57Acarado.
44:58Não pode ignorar aquelas coisas malucas
45:00de alguns economistas aí
45:01dizendo que não tem déficit da previdência,
45:05fazem umas contas lá que não fazem sentido.
45:08Isso não existe.
45:09Isso é você negar uma realidade.
45:13Certo.
45:15Bom, vamos aqui às perguntas feitas pelos espectadores.
45:20Como sempre, o nosso Caio Castelhano,
45:24que cuida das redes sociais,
45:26ele escolheu algumas que são representativas
45:29das dúvidas mais comuns.
45:33O Adriano Martins pergunta, sempre Murilo,
45:36por que nenhuma pesquisa acerta os resultados,
45:40nem mesmo dentro da margem de erro?
45:42Bom, não sei se é, dá para generalizar sim,
45:45mas você pode explicar outra vez?
45:46Por exemplo, por que um instituto de pesquisa,
45:48e aqui não vamos fulanizar,
45:50quatro dias antes de uma eleição
45:54dar um empate técnico,
45:55e na véspera da eleição,
45:58esse número dá, sei lá,
46:0014, 6 pontos de diferença para um dos candidatos?
46:03Olha, Adriano,
46:04se você comparar as pesquisas que foram divulgadas
46:07na sexta e no sábado, na eleição passada,
46:10elas vieram muito diferente.
46:11Na eleição passada você diz?
46:12É o primeiro turno.
46:13Primeiro turno.
46:13Elas vieram bem diferentes do resultado do domingo.
46:16Mas se a gente analisar os resultados
46:18da boca de urna coletados pelo Ibope,
46:20eles foram quase que perfeitos.
46:22Verdade.
46:22Então você pega a fotografia de um momento.
46:25Quando você coleta,
46:26nós coletamos terça, quarta e um pedaço da quinta.
46:29Certo?
46:29Mas por que que, por exemplo, tem...
46:31Um exemplo, citar São Paulo como um exemplo.
46:34Certo.
46:35São Paulo.
46:36A gente fez a pesquisa, um exemplo,
46:38e houve o advento de uma fake news forte.
46:40Foi uma fake news.
46:41Pelo menos que a gente...
46:43Foi escutar.
46:44Agora?
46:45Agora.
46:45Do Dória.
46:46Do Dória.
46:46Você está falando do vídeo pornográfico
46:47e a montagem que fizeram.
46:49Qual foi o impacto daquilo?
46:50Aquilo muda.
46:52Tem um impacto.
46:53Ou não tem um impacto.
46:54Quer dizer,
46:54mas são fatos que vão ocorrendo durante o processo.
46:57E a velocidade do voto na reta final
46:59é muito maior do que a velocidade do voto agora.
47:02Que há uma quantidade de gente que muda de voto.
47:05Sim.
47:06Acabei de estar o exemplo.
47:07Mas é que parece um pouco...
47:10Mesmo para um país como o Brasil,
47:11e eu sempre chamo atenção,
47:13que pelo fato de ser pouco politizado,
47:15os cidadãos são, infelizmente, pouco informados,
47:18eles acabam também prestando atenção na eleição
47:21só lá no último instante.
47:24Muitos deles.
47:24Não todos.
47:25Acho que tem um grau de politização...
47:27Nesta eleição está mostrando
47:29que o grau de politização dos brasileiros aumentou muito.
47:33Mas, mesmo assim,
47:34parece ser uma diferença que
47:35essa sua razão não explica.
47:37Olha, Marcos,
47:38a eleição passada,
47:40o primeiro turno,
47:40e essa vai ocorrer o mesmo.
47:42Certo?
47:42A divulgação dessas pesquisas,
47:44principalmente no sábado,
47:46certo?
47:47Vai fazer com que a rejeição
47:49faça o eleitor votar ainda mais.
47:51muita gente que pretenderia não votar,
47:54por exemplo,
47:55um exemplo,
47:56tanto o eleitor do Bolsonaro quanto do Haddad,
48:00certo?
48:01Eles vão ter um impacto maior de ir votar
48:03ou de fazer outros votarem,
48:05a mudar votos,
48:07com o resultado dessas pesquisas de sábado.
48:09A probabilidade de que ocorreu no sábado,
48:11na divulgação daquelas pesquisas,
48:13onde mostrava o Haddad,
48:14nas pesquisas deles,
48:15deixar claro isso,
48:16vencendo o Bolsonaro no segundo turno,
48:19fez com que houvesse uma mobilização
48:21do eleitor do Bolsonaro
48:22para que tentasse resolver a eleição
48:23no primeiro turno.
48:24Agora,
48:25vamos voltar um pouquinho,
48:26porque,
48:26explica aqui para a gente,
48:28porque quando as pessoas olham
48:29a divulgação de uma pesquisa,
48:31inclusive das suas,
48:33e vem margem de erro de 2%,
48:35ok,
48:35aí é a média da margem de erro
48:37de todos os universos pesquisados,
48:39ok,
48:40isso eu acho que as pessoas entendem.
48:42Agora,
48:4395% de confiabilidade,
48:46me explica o que é esse 95%.
48:48As pessoas acham o seguinte,
48:50é que a cada 100 vezes que você repetisse
48:55e fizesse a mesma pesquisa,
48:56naquele instante,
48:5995 vezes daria o mesmo resultado
49:01dentro daquela margem de erro.
49:02Está certo,
49:02é isso então,
49:03está explicado pessoal,
49:04é isso aí que ele está falando,
49:05se fossem feitas 100 pesquisas,
49:0795 dariam este resultado.
49:10E 5% de chance de estar fora da margem de erro.
49:13E 5% de chance de estar fora da margem de erro.
49:14O que me chama a atenção muito sempre
49:16é por que as pesquisas de boca diurna,
49:19me parece que tem um esforço maior
49:22de acertar a pesquisa de boca diurna
49:24do que de acertar as pesquisas
49:27da sexta-feira ou do sábado.
49:29Por quê?
49:30Caso da boca diurna,
49:32dá duas horas,
49:33você já tem o resultado da urna.
49:34Então, se der uma distância grande...
49:36Fazer a defesa aqui as pesquisas.
49:37A pesquisa de boca diurna,
49:39como que ela é coletada?
49:40O cidadão acabou de votar,
49:42em seguida ele é pesquisado.
49:44E o universo é mais ou menos o mesmo?
49:46Não tem mais como mudar o voto.
49:47Não, aumenta-se o número de entrevistas.
49:49O Ibope aumenta-se o número de entrevistas.
49:51Ah, não é antes de votar,
49:52tem que ser depois.
49:53Até na boca...
49:54Sim, sim.
49:55Já é diferente.
49:56Então, quer dizer,
49:56a confluta é muito maior.
49:58Porque naquele caminho da casa,
49:59por algum motivo,
50:00ele ainda pode mudar o voto.
50:02Apesar que só 10%,
50:03mas tem 10% que ainda pode mudar o voto
50:05no trajeto.
50:07Você sabe que é muito curioso?
50:10Porque na Itália da década de 50, 40,
50:13a polarização era entre o Partido Comunista
50:17e a democracia cristã.
50:19E um dos eslogans mais fantásticos,
50:23eu acho que da história política do Ocidente,
50:25foi o eslogan da democracia cristã,
50:28que para, junto à classe operária,
50:32pessoas de mais baixa renda,
50:33que eram muito patrulhadas,
50:35estava muito ali sobre o julgo até,
50:39dos sindicatos comunistas,
50:40dos líderes comunistas e tudo mais.
50:43Então, o eslogan da democracia cristã era
50:46Deus, na cabine de votação,
50:49Deus te olha,
50:51Stalin, não.
50:53Ou seja,
50:54a democracia cristã
50:56levou todas praticamente,
50:59o Partido Comunista sempre é muito forte,
51:01mas não conseguiu levar,
51:02porque os eleitores...
51:06Tudo bem, vou votar,
51:07sim, voto comunista.
51:08Chegava lá, votava na democracia cristã
51:09porque Deus estava olhando o Stalin, não.
51:11Bom, eu acho que isso ainda vale,
51:13guardadas as devidas diferenças,
51:14para o caso brasileiro.
51:15Vamos a outra pergunta aqui,
51:17de uma espectadora.
51:19A Daniela e Souza.
51:21É possível perder em dois dias
51:23os pontos necessários para a virada
51:26que a campanha de Haddad
51:27tanto prega que está acontecendo?
51:29É pouco provável,
51:33mas tudo é possível.
51:34Mas a nossa pesquisa deixa claro
51:37que o Bolsonaro é extremamente favorito
51:39para ganhar as eleições,
51:41extremamente favorito para ganhar as eleições
51:43e só,
51:46repetindo ontem o concorrente,
51:48só um tsunami...
51:49Olha, é aquele número, gente.
51:51É aquele número.
51:53Se você levar em conta a pesquisa da Datafolha,
51:55são 13 milhões de votos
51:58que o Haddad precisaria ganhar
52:00para ganhar a eleição.
52:04Como você disse,
52:05provável é.
52:06Quer dizer, possível é.
52:07Provável?
52:08Não é provável.
52:09Muito pouco provável.
52:10No nosso caso aqui,
52:11da pesquisa do Murilo,
52:13do Instituto Paraná,
52:14isso já sopra 18,
52:15alguma coisa assim.
52:16Eu não fiz a conta,
52:17mas é isso aí.
52:18Nunca,
52:19nunca aconteceu.
52:21Aliás, vamos lembrar,
52:22né, Caio Junqueira,
52:23que na história,
52:26desde a redemocratização,
52:28nenhum candidato que ganhou,
52:30ele ficou em primeiro lugar
52:31no primeiro turno,
52:33perdeu no segundo.
52:35Seria um fato,
52:37um fato extraordinário.
52:39Outro dado, Mário,
52:40também dentro dessas,
52:42desde a redemocratização,
52:44e eu olhei muito isso
52:45nessa campanha,
52:47é o Sudeste.
52:48Não teve um que ganhou a eleição
52:51você ter ganhado em dois
52:52dos três maiores colégios,
52:54São Paulo, Rio e Minas.
52:55E nessa eleição,
52:57o Bolsonaro ganhou os três.
52:59Ganhou os três.
53:00De ponta a ponta.
53:00Aliás, o número de advogado
53:02ontem em Minas,
53:03acho que foi muito estranho, né,
53:05Murilo,
53:06porque mostra uma diferença
53:07muito reduzida,
53:08e não bate com o Zema,
53:10com a postação que o Zema
53:11está tendo lá, né?
53:13É estranho.
53:14Chama atenção.
53:14A gente sempre,
53:15e você tem toda a razão,
53:16assim,
53:16São Paulo, Minas,
53:19Rio de Janeiro,
53:19e você pode pôr também
53:21Rio Grande do Sul,
53:22conduzem a eleição.
53:24Em Minas,
53:24sempre aquela coisa,
53:25que eu sempre repito aqui,
53:27ela é meio Nordeste
53:28e meio Sudeste.
53:29A votação que o Zema
53:30vai ter,
53:31entre os votos vales,
53:32chega a 70% perto disso.
53:35E é um voto casado
53:36com o Bolsonaro.
53:37Eu não acho que haja eleição.
53:40Existe tudo no Brasil.
53:41Mula sem cabeça,
53:42Boitatá, né?
53:43Mas, assim,
53:44a maior parte dos eleitores
53:45que votam no Zema,
53:47a esmagadora maioria,
53:48não é um pessoal
53:51que tem uma agenda petista.
53:52Muito pelo contrário.
53:53É um empresário,
53:54liberal,
53:56também representa a mudança.
53:57Partido Novo.
53:58Partido Novo.
53:59Partido Novo.
53:59Partido Novo.
53:59Partido Novo.
54:00Vamos lá.
54:01Só mais uma pergunta.
54:04Luiz Fernando de Castro,
54:05dentro de um processo normal
54:06de fim de propaganda
54:07e proximidade do dia D,
54:09tem realmente possibilidade
54:10de virar o jogo?
54:11Bom,
54:11é a mesma pergunta,
54:12Luiz Fernando.
54:12A gente disse que é possível,
54:15tudo é,
54:16mas é absolutamente improvável.
54:17As pessoas estão,
54:18só antes da gente passar
54:20para o Caio Mesquita,
54:21volta, por favor,
54:22ao resultado inicial
54:25aqui da nossa pesquisa,
54:27por favor.
54:28Tem muita gente que perdeu.
54:30Olha,
54:30na pesquisa feita
54:31pelo Instituto Paraná,
54:33para Cruzoé Empíricos,
54:35Jair Bolsonaro
54:35tem 53% dos votos,
54:39Fernando Haddad
54:39tem 34,4%.
54:42Entre os votos válidos agora,
54:43por favor.
54:46Entre os votos válidos,
54:48Jair Bolsonaro
54:49vai a 60,6%
54:52e Fernando Haddad
54:53fica, obviamente,
54:54com o restante
54:55que é 39,4%.
54:58O Caio tem um recado
54:59para dar,
55:00por favor.
55:01O convite que eu queria fazer
55:02a todos que estão
55:03nos assistindo
55:04é para clicar
55:05nesse botão aqui embaixo
55:06e assinarem
55:08a revista Cruzoé.
55:09Inclusive,
55:10hoje tem uma promoção
55:11especial de preço,
55:12acho que R$ 12,90
55:14por mês,
55:14assinatura anual.
55:16É imperdível a Cruzoé.
55:17Eu sou leitor assíduo,
55:19é um negócio,
55:19assim,
55:20é uma publicação
55:20indispensável hoje.
55:23E quem assinar agora,
55:27quem assinar hoje,
55:28vai ter acesso
55:30já à edição extra,
55:31vai ter uma edição extra.
55:33Sim,
55:33nós teremos uma edição extra
55:34no domingo
55:34com o novo presidente.
55:36Isso,
55:36então não perca isso.
55:38E também os assinantes
55:39da Cruzoé,
55:40assim como os assinantes
55:41da Empiricus,
55:42têm acesso
55:42a toda a pesquisa,
55:44a íntegra da pesquisa
55:46como bônus
55:46que a gente está oferecendo
55:48aos nossos assinantes.
55:49Então não perca a oportunidade,
55:50clica aqui para assinar.
55:52Muito obrigado.
55:52Bom,
55:52eu queria agradecer
55:53ao Murilo Hidalgo
55:54pela presença
55:55e pela pesquisa.
55:57Vamos ver
55:57quem é que acerta
55:58no domingo.
56:00Muito obrigado,
56:01Caio Junqueira,
56:02repórter da Cruzoé,
56:03que veio especialmente
56:03de Brasília.
56:04Muito obrigado,
56:05Caio Mesquita,
56:06da ACTA,
56:07que engloba Empiricus.
56:08e eu quero agradecer
56:09outra vez,
56:10principalmente a você
56:12que nos assiste,
56:13que nos prestigia
56:13com a leitura
56:14da Cruzoé
56:15e do Antagonista.
56:18Muito obrigado,
56:19nós só existimos,
56:21outra vez,
56:22não canso de repetir,
56:23porque você
56:23nos prestigia.
56:26Muito obrigado.
56:27Obrigado.
56:28Obrigado.
56:29Obrigado.
56:30Obrigado.
56:31Obrigado.
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