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  • 09/06/2025
Em depoimento ao STF nesta segunda-feira (10), o tenente-coronel e ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, Mauro Cid, esclareceu mensagens apagadas e explicou o contexto de conversas com aliados. Segundo ele, havia um grande receio de que fossem mal interpretados. Cid é o primeiro a prestar depoimento na nova etapa do inquérito que apura uma suposta tentativa de golpe. O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros sete aliados também serão ouvidos.

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Transcrição
00:00Senhor ministro relator, eu gostaria que o Real Colaborador pudesse explicar o pedido que ele fez a Correia Neto nesse mesmo dia.
00:11O pedido era mandar as observações. E a resposta de Correio Neto foi, aspas, apaguei essa parada.
00:20Não combinamos de apagar e no dia seguinte ele sugeriu.
00:24Depois a gente se fala por ligação. Eu gostaria de saber do Real Colaborador o que eles combinaram de apagar.
00:33E esses tópicos apresentados agora ao Real Colaborador eram observações que o Real Colaborador solicitou nesse dia.
00:46Essas mensagens entre Fabrício Bastos e Correia Neto haviam sido apagadas realmente, mas foram recuperadas pelas investigações.
00:56São três questões. Se o senhor se recorda dessas mensagens, o que foi pedido, o que o senhor pediu, na verdade quatro questões.
01:11Por que foi combinado de apagar? Qual o medo que isso pudesse ser tornado público?
01:18E se depois conversaram como foi colocado pessoalmente ou por telefone?
01:23Esse primeiro tramo da mensagem, realmente eu não me lembro, não me lembro ter pedido para ele nenhuma anotação.
01:30De ideias que foram levantadas. Realmente eu não me recordo.
01:34As pessoas tinham muito medo de alguma coisa que tivesse sido escrita no WhatsApp pudesse virar uma narrativa e ser mal interpretada de alguma forma.
01:46Ou até mesmo ideias mais radicais, como às vezes as pessoas falavam.
01:49Então todo mundo queria estar sempre apagando as mensagens ou pedia para ligar pelo Signal, pelo Telegram.
01:55Cada um achava que um aplicativo de mídia social era mais seguro que o outro.
02:03Mas o grande medo era o cara falar alguma coisa, ou ser mal interpretado, ou porque estava dando uma ideia de alguma forma mais radical.
02:10Mas eu não me recordo o que foi apagado, nem me recordo de ter solicitado para ele nenhum tipo de dado, ou documento, ou lista de alguma coisa.
02:22E não chegaram a conversar depois sobre isso, como sugere as conversas?
02:29Ministro, assim, o Coronel Correia Neto é meu amigo de longas datas.
02:33Então, assim, a gente conversava quase, não sempre, mas a gente mantinha uma conversa constante.
02:40Então eu não posso dizer exatamente o que foi aquilo, se eu liguei para ele depois, se eu não liguei.
02:45Mas que eu falava rotineiramente com ele, eu falava.
02:48Isso aí não...
02:49Pois é, senhor ministro relator, eu gostaria de saber do réu qual era essa realidade que os kids pretos queriam mudar.
02:58E ainda, por que seria necessário, na visão deles, essa criação de um gabinete de crise no Coterra?
03:06Bom, primeiro que dentro das forças especiais ali, tinha um dos mais conservadores aos mais radicais.
03:18Tinha gente que falava, não, acaba com isso, isso aí só está dando trabalho para a gente.
03:22E o gabinete de crise, normalmente, eu nunca servi na área, na setor de operações do Coterra.
03:30Mas, normalmente, quando existe alguma crise, greve de caminhoneiro, greve de polícia,
03:36na verdade, eu acho que o Coterra, agora eu não posso dizer porque eu não conheço efetivamente a rotina,
03:43mas o setor de operações correntes do Coterra é que faz o acompanhamento dessas situações mais complexas.
03:52Mas eu não sei dizer como é que se gerenciaria um gabinete de crise
03:57e se o próprio setor de operações de acompanhamento da conjuntura atual já é um próprio gabinete de crise.
04:05Então, eu não sei como isso funcionaria, porque eu não conheço, eu nunca servi nessa área no Coterra.
04:10Senhor ministro, mas esses assuntos foram, então, objetos de debate.
04:13A questão é se...
04:16Não, não.
04:17O doutor procurador pergunta, o que que os kids pretos queriam dizer com isso?
04:22Por que diziam isso?
04:23O senhor disse que havia um grupo, comentavam no grupo, houve a reunião.
04:28Então, o que, qual era o sentido disso?
04:31É, mas gabinete de crise, assim, acho que isso nunca foi discutido, esse termo.
04:33Tem que se criar um gabinete de crise no Coterra.
04:37Então, nesse ponto, acho que nunca, nunca, nós não conversamos sobre isso.
04:41Ou se foi, não deram muita.
04:42Porque o Coterra já tem uma estrutura muito rígida ali, muito fixa.
04:45Então, eu não sei como é que seria criado ou como seria acompanhamento.
04:48Porque eles já fazem o acompanhamento.
04:50Se tem greve de caminhoneiro, o Coterra já faz o acompanhamento.
04:52Se tem greve de PM, o Coterra já faz o acompanhamento.
04:55Então, se tivesse qualquer outra, digamos, caos social ou uma manifestação muito maior,
05:00o Coterra também já estaria acompanhando.
05:01Já seria função do Coterra acompanhar qualquer outra situação que ocorresse no Brasil.
05:07Mas, dentro do meu P.O., né, tenente-coronel ali, que eu nunca servi no QG do Exército, né,
05:12até o termo da presidência.
05:14Então, eu não sei muito bem como essa dinâmica funcionava.
05:16Eu sei que o Coterra, ele já acompanha, efetivamente, todas as possíveis crises
05:20e as crises que ocorrem no país.
05:22Já existe esse acompanhamento natural.
05:24Senhor ministro relator, eu gostaria de saber, do réu,
05:29por que que V. Exª, ministro Alexandre Moraes, foi considerado centro de gravidade?
05:34O que que significava isso?
05:37O senhor se recorda?
05:38Não, desconheço.
05:39Eu desconheço porque que ele escreveu.
05:41O centro de gravidade, normalmente, no planejamento militar,
05:45ele é uma peça que, se for tirada do contexto, se for tirada da operação,
05:52todo o resto cai, né?
05:54Então, esse é o termo nosso de centro de gravidade.
05:56Mas, por que que ele escreveu isso, eu não posso dizer,
05:58porque a mensagem não foi encaminhada para mim.
06:00Senhor ministro relator, eu gostaria de saber, do réu,
06:08se a carta ao comandante foi finalizada nesse dia,
06:12e qual era o objetivo dessa carta?
06:15Por favor.
06:17Eu não sei dizer se essa carta foi finalizada,
06:19eu acho que ela já tinha sido finalizada no dia anterior ou na noite anterior.
06:23Na nossa visão ali, isso realmente a gente discutiu,
06:26não discutiu os termos da carta,
06:28mas a gente discutiu, nos tópicos da conversa,
06:32foi que aquela carta não ia servir de nada,
06:34e os militares que assinaram só iam ser punidos.
06:37Porque é muito claro para a gente que militar não pode assinar,
06:40abaixo assinado, nenhum tipo de abaixo assinado,
06:43principalmente ostensivo.
06:45Então, ali, naquele grupo que estava ali de militares,
06:48eram militares que estavam com oficiais generais,
06:50eram militares que iam para o exterior,
06:52eram militares que tinham uma sequência na carreira.
06:56Então, daquele grupo ali,
06:59todo mundo era completamente contra a assinatura de qualquer tipo de carta,
07:02ou qualquer tipo de pronunciamento público,
07:07porque o militar é vedado em fazer isso,
07:09sabia que ia ser punido,
07:10e sabia que ia ter carreira prejudicada ou acabada com uma punição dessa aí.
07:14Então, a primeira ideia ali foi que é essa.
07:17Não, se vão fazer, a gente está fora,
07:20porque isso aqui vai dar problema para quem meter a mão nisso aqui.
07:23Então, essa foi a grande ideia ali com relação à carta,
07:26naquele momento daquele encontro.
07:29Sr. Ministro Relator, eu gostaria de saber do réu,
07:33se foi ele que disponibilizou a versão final da carta
07:37a Paulo Figueiredo, o influenciador.
07:40E se não foi ele, se ele sabe quem encaminhou esse documento?
07:44Não, senhor, não fui eu que encaminhei,
07:46e eu desconheço quem foi.
07:48A carta estava sendo construída por, digamos,
07:51um outro grupo de militar, que inclusive nem era força especial,
07:53estão sendo até outra investigação,
07:55que nem era força especial.
07:56Era um outro grupo, de outra turma, que estava construindo essa carta.
08:01Sr. Ministro Relator, ainda dentro desse contexto,
08:05eu gostaria de saber se o presidente da República
08:07determinava o envio de materiais para divulgação
08:10pelo influenciador Paulo Figueiredo
08:13e se o réu mantinha contato direto com esse influenciador,
08:18se solicitou alguma vez a divulgação de conteúdos
08:21a pedido do então presidente da República.
08:23O senhor conhece o réu Paulo Figueiredo foragido nos Estados Unidos?
08:30Sim, senhor.
08:31Então, pode responder a questão.
08:32Sim, senhor.
08:33Da mesma forma que eu tinha contato com ele,
08:35eu tinha contato com vários outros elementos da mídia,
08:39de todos os...
08:41Eu não falava com a imprensa,
08:42mas toda a imprensa queria informação,
08:43queria falar comigo.
08:44Mas nunca houve ordem nem determinação do presidente
08:48que fosse passado alguma coisa para ele.
08:51Eu também não sei qual o grau de relação que o presidente tinha com ele.
08:54Mas por mim, não existia nenhum...
08:58O presidente nunca me determinou que passasse nada para ele.
09:00E o senhor não se comunicava com ele também?
09:03Eu falava com ele como, às vezes, falava com um outro repórter.
09:07Mas não que ele foi, nunca foi meu amigo,
09:10nunca foi próximo de mim,
09:12eu nunca conheci ele pessoalmente.
09:13Eu conheci ele pessoalmente uma vez, realmente,
09:16quando o presidente esteve em Miami,
09:17naquelas visitas lá em Orlando,
09:19e aí ele estava lá com o presidente.
09:20Mas ele estava com o presidente, eu comentei ele,
09:22mas nunca tive uma relação próxima com ele,
09:25nem ser amigo dele.
09:27O senhor ministro Latorre não ficou muito claro para mim.
09:30Ele nunca passou nenhuma informação para o influenciador...
09:33Então, o senhor passou ou não alguma informação
09:35para o influenciador Paulo Figueira?
09:37Não, eu não me recordo de nunca ter passado informação nenhuma para ele.
09:40Não me recordo de ter passado nenhuma informação para ele.
09:42Até porque não era ele...
09:45Porque, às vezes, a gente tinha mais contato,
09:48era com outros...
09:50O pessoal da Jovem Pan, aquele Pingo Nuzista,
09:52a gente tinha mais contato com o Paulo Figueira,
09:54o nosso contato não era tão próximo assim, não era tão...
09:57Nem quando ele era do Pingo Nuzista?
09:59Não, não, nem quando ele era.
10:02Se o ministro relatou,
10:04eu gostaria que o Real explicasse
10:08por que ele passou o contato de Anderson Moura
10:11a Sérgio Cavalieri e Ronald Ferreira.
10:15O objetivo dessa troca de contatos foi a confecção daquela carta?
10:21Quando Cavalieri perguntou ao réu,
10:26o 01 sabe disso?
10:29Ele se referia à carta e ao ex-presidente Jair Bolsonaro?
10:33Não, o senhor se recorda de ter passado esses contatos?
10:38Eu não me lembro, inclusive, eu estou na dúvida,
10:40eu lembro que a Polícia Federal perguntou, inclusive, desse contato,
10:43eu não consegui confirmar se esse Anderson Moura,
10:46porque eu tenho um amigo da minha turma que é Anderson Moura,
10:49eu não consegui na hora lembrar quem era esse tal Anderson Moura.
10:54se era alguém que estava trabalhando na carta
10:57ou era um amigo meu da minha turma que não tem nada a ver com isso.
11:00E a outra questão, cara?
11:01É, se o objetivo dessa troca de contatos
11:04se tinha a ver com a confecção da carta.
11:06A confecção da carta e a referência ao 01 significou o quê?
11:09Isso, eu informei o presidente,
11:11o presidente sabia que a carta estava sendo confeccionada.
11:12Informou o presidente?
11:13Sim, só informei o presidente.
11:14Tá bom.
11:15No dia 28 de novembro de 2022,
11:25o senhor me relatou às 11 horas e 8 minutos,
11:29Correia Neto enviou uma mensagem ao réu
11:33dizendo para que ele assistisse o programa Pingo nos Is,
11:36na Jovem Pan, afirmando que algumas pessoas militares seriam expostas.
11:42disse, assista o Pingo nos Is hoje,
11:47o preque, tá assim, vírgula,
11:50o espora dourada e o bigode serão expostos.
11:55E o réu teria respondido, respondeu prontamente,
11:59eu sei, rá, rá, rá, rá, rá.
12:03Gostaria de saber como que o réu sabia de antemão
12:07o conteúdo que seria divulgado por Paulo Figueiredo.
12:10Como foi a data mesmo?
12:1028 de novembro de 2022.
12:16O senhor se recorda que, no contexto narrado na ação penal,
12:23de coação os comandantes militares
12:25para que eles aderissem ao golpe,
12:28a assinatura do decreto de golpe.
12:31A pergunta é como o senhor sabia disso,
12:35que já havia chegado no programa,
12:38em virtude das mensagens trocadas?
12:40É, porque isso também estava público nos grupos militares.
12:44Todas as críticas que estavam sendo feitas aos generais,
12:47os comandantes todos,
12:49estavam públicas,
12:51eu digo pelos grupos militares,
12:53porque era meu círculo de amizade.
12:56Mas já estavam públicos.
12:58E essa informação que seria feita esse programa,
13:01que já saía, já estava público também.
13:04Inclusive, eu acho que alguém também do presidente
13:05já tinha falado que o Paulo Figueiredo
13:07ia lançar essas críticas,
13:10essas denúncias ou críticas
13:14contra os generais militares.
13:18Mas isso já estava público.
13:20Tudo que ele falou...
13:21Estava público aonde?
13:22Nos grupos militares.
13:25Grupo de WhatsApp militar.
13:26Todo mundo já estava comentando, falando.
13:28Então, era algo que a gente...
13:29O senhor sabe, aproveitando essa questão da procuradoria,
13:32o senhor sabe quem estava organizando esse ataque
13:36aos comandantes militares do Exército e da Força Aérea?
13:42Ministro, eu desconheço.
13:43Desconheço porque, assim,
13:44eu, particularmente, nunca tive Instagram, né?
13:47Nunca tive Facebook, ficava ali.
13:49Nunca trabalhei com mídia social.
13:50Mas como que, então, o senhor sabia
13:51que estava público nos meios militares?
13:53Pelos grupos de WhatsApp.
13:54E quem mandava isso?
13:56Sempre tem alguém que manda.
13:57Não, tem ministro, mas eram vários, assim.
13:59Porque eu nunca...
14:00Eu nunca...
14:01A minha participação nesses grupos
14:03era só olhar.
14:05Eu passava o dedo, olhava.
14:06Então, eu nunca me ative nessas discussões.
14:08Eu nunca discuti em grupo.
14:10Tanto que...
14:10Todo o meu sigilo foi aberto ali.
14:12Eu nunca discuti em grupo.
14:13Eu nunca dei minha opinião em grupo militar.
14:16Nunca falei.
14:17Né?
14:17Só que eu acompanhava.
14:18Mas eu nunca me ative a essas discussões.
14:21Eu nunca entrei no detalhe.
14:22Eu sabia.
14:22Você via.
14:24Mandava um áudio.
14:25Mandava um vídeo.
14:26Você, às vezes, assistiu o vídeo.
14:27Mas nunca me ative quem estava mandando.
14:29Será que aquela pessoa estava mandando em outros grupos?
14:31Até porque os núcleos eram diferentes.
14:33Tinha um grupo que era de Forças Especiais.
14:35Tinha um grupo que era do pessoal de artilharia.
14:37Então, tinham nichos diferentes, mas que as informações, às vezes, eram as mesmas em vários grupos.
14:43Então, a gente...
14:43O senhor se recorda dessa mensagem?
14:45Tem mandado essa mensagem?
14:47É...
14:47Não lembro.
14:47Lembro.
14:48Depois que eu olho, a gente relembra do que foi falado.
14:53Estou concordo.
14:54O senhor ministro relator, no dia 29 de novembro de 22, o tenente-colonel Sérgio Cavalieri repassou ao réu uma advertência feita pelo comandante do Comando Militar do Sul aos seus subordinados sobre a carta ao comandante.
15:15Dizia, senhores, bom dia.
15:17Alertem aos seus subordinados que a adesão a esse tipo de iniciativa é inconcebível.
15:22Eventuais adesões militares da ativa serão tratadas no âmbito do CMS, na forma da lei, sem contemporizações.
15:30Mensagem do comandante militar do Sul.
15:34E o réu respondeu que o alerta, vem a aspas, já era esperado.
15:41Na sequência, o Sérgio Cavalieri ponderou, espero que o PR, presidente da república, não se esqueça dos que estão indo para o sacrifício.
15:52Em resposta, o réu disse, cara, ele mesmo sabe o que é isso, né?
15:58Ele tomou 20 dias de cadeia quando era capitão, porque escreveu carta à veja.
16:05Foi para o conselho de justificação porque botaram na conta dele aquela operação para explodir Guandu, né?
16:14Tem uma palavra de cunho impublicável, ou pelo menos impronunciável, mas que queria dizer, ele teve problemas a vida toda.
16:26E ele continua, então ele sabe o que é.
16:30E eu gostaria de ouvir do réu se ele confirma que o ex-presidente endossava a iniciativa da carta ao comandante.
16:38Por favor.
16:42Bom, eu comentei, primeiro a comentária do coronel Cavalieri.
16:47Era porque tinha muitos militares que estavam participando das manifestações nos acampamentos.
16:52E o militar não pode se manifestar politicamente em alguma coisa.
16:55Então, os militares que fossem encontrados dentro das manifestações seriam punidos, né?
17:02E isso foi essa mensagem que ele mandou, né?
17:08E eram militares, às vezes, que estavam lá no meio da manifestação, com cartaz, com tudo.
17:12E aí, foi o que eu falei, esse era o óbvio que vai acontecer.
17:15Se algum militar for encontrado na manifestação, vai ser punido.
17:17A gente sabe a regra do jogo.
17:19E aí, foi que ele fala, ele retruca, tomara que o presidente saiba o que está fazendo.
17:24Porque eu falei, ele sabe, porque ele já foi preso.
17:26Ele escreveu uma carta na veja e ele foi preso.
17:29Então, causa e consequência.
17:30Mas não houve, depois que eu informei para o presidente da carta que estava sendo feita,
17:36não houve nenhuma determinação ou nada incentivando que essa carta fosse assinada.
17:43Inclusive, eu até comentei com o presidente.
17:44Presidente, esses militares que estão assinando a carta vão ser punidos.
17:47Em vez de pressionar os militares, os generais vão, de certa forma, vão acabar tendo um efeito contrário.
17:53Os militares vão se fechar, porque isso é inadmissível para a hierarquia e disciplina nossa,
17:58esse tipo de situação.
17:59E qual foi a resposta do presidente?
18:04Sinceramente, as presidentes só ficam olhando para mim, acho que não comentou nada.
18:12O senhor ministro relator, no dia 14 de dezembro, o Real Colaborador recebeu uma mensagem
18:18do tenente-coronel Bernardo Romão Correia Neto, perguntando.
18:24GFG vem uma expressão que provavelmente significa fraquejou, e o Real respondeu sim.
18:40Eu gostaria de ouvir do Real, se ele pode esclarecer o contexto dessa conversa, a que evento ele se referia?
18:47Acho que GFC é o General Alfredo Gomes, né?
18:51Exato.
18:52Era aquela ideia de as pessoas me procurarem para saber o que estava acontecendo no meio das discussões.
19:00E foi o que eu falei, não ia acontecer nada.
19:02O General Alfredo Gomes não ia tomar nenhuma iniciativa, nenhuma ação.
19:07A maioria, a maior parte dessas conversas tem a ver com isso.
19:11As pessoas querendo saber o que estava acontecendo dentro do Alvorada e nas discussões.
19:15Até porque nos grupos militares, volta dos grupos militares, se falava muita coisa.
19:19O ex-presidente Bolsonaro, ele conversava com o senhor sobre o General Alfredo Gomes?
19:26Sobre a conduta do General Alfredo Gomes?
19:29Principalmente após a reunião do dia 7 de dezembro?
19:31Não sobre o General Alfredo Gomes, não. O presidente nunca criticou ou fez qualquer posicionamento sobre o General Alfredo Gomes.
19:42Isso nunca aconteceu.

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