Os advogados do ex-ministro Walter Braga Netto solicitaram ao ministro Alexandre de Moraes, do STF, a suspensão dos interrogatórios dos réus na ação penal sobre a suposta tentativa de golpe. A defesa quer que os depoimentos só ocorram após o acesso completo às provas e a oitiva de testemunhas de outros núcleos da investigação.
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00:00O Supremo Tribunal Federal avalia pedido da defesa de Braga Neto para adiar o início do interrogatório sobre os supostos atos golpistas.
00:10A reportagem é de Janaína Camelo.
00:12A defesa do general Walter Braga Neto pediu ao STF que adie os interrogatórios dos réus na suposta trama golpista, marcados para a próxima semana.
00:23Braga Neto será um dos interrogados.
00:25Ele é um dos oito réus na ação penal contra o chamado núcleo crucial do golpe, que teria coordenado o esquema e que inclui Jair Bolsonaro.
00:33Os advogados do general pedem que os interrogatórios aconteçam só após finalizados os depoimentos das testemunhas dos demais núcleos, audiências que ainda não foram marcadas.
00:45Segundo a defesa, não será possível interrogar devidamente Braga Neto e os demais réus do núcleo crucial sobre pontos que estão relacionados aos réus dos outros núcleos.
00:57A defesa cita, por exemplo, as acusações contra Braga Neto relacionadas a episódios envolvendo denunciados do núcleo 3, formado praticamente por militares que teriam planejado as ações táticas para executar um golpe.
01:11Inclui nesse grupo os chamados quides pretos, militares de forças especiais acusados de tentar executar um plano para matar autoridades como Lula, Alckmin e Alexandre de Moraes.
01:25Segundo a investigação, o plano teria sido discutido em uma reunião na casa de Braga Neto, em novembro de 2022.
01:32A defesa alega que haverá prejuízo ao contraditório e à ampla defesa se os interrogatórios dos réus do núcleo crucial acontecerem antes da produção da prova testemunhal nos processos dos demais núcleos.
01:50Os interrogatórios, incluindo o de Jair Bolsonaro, serão realizados a partir da próxima segunda-feira.
01:56Os réus serão ouvidos presencialmente no plenário da primeira turma do STF, exceto Braga Neto, que será interrogado por videoconferência em razão de estar preso preventivamente.
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