Decreto de Trump dobra tarifas sobre aço e alumínio; Nelson Kobayashi comenta

Jovem Pan News

anteontem

Um decreto assinado por Donald Trump nesta terça (03) vai dobrar, de 25% para 50%, as tarifas sobre aço e alumínio importados pelos Estados Unidos. A medida entrará em vigor a partir desta quarta (04) e trará impactos para o Brasil. Nelson Kobayashi comenta.

Assista ao programa completo: https://www.youtube.com/watch?v=YjHB_LOOfIg

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00:00Os Estados Unidos vão dobrar a partir de quarta-feira amanhã as tarifas sobre o aço e o alumínio importados, conforme anunciou a Casa Branca.

00:10A reportagem é de Greco Holtz.

00:13A medida eleva de 25% para 50% as taxas sobre os dois metais e representa mais um capítulo na guerra comercial liderada pelo republicano.

00:23O objetivo, segundo o governo, é contrabalancear de forma mais eficaz países que continuam a despejar aço e alumínio a preços baixos no mercado americano, o que compromete a competitividade das indústrias dos Estados Unidos.

00:38O texto da ordem destaca, aumentar as tarifas previamente impostas oferecerá maior apoio a essas indústrias e reduzirá ou eliminará a ameaça à segurança nacional representada pelas importações de aço e alumínio e seus derivados.

00:54Durante um discurso recente em uma fábrica da U.S. Steel na Pensilvânia, Trump defendeu a decisão com um tom provocativo.

01:02Ninguém mais vai conseguir roubar a sua indústria. Com 25%, eles ainda conseguiam pular a cerca. Com 50%, eles não conseguem mais passar.

01:12Apesar da retórica patriótica, a medida reacende tensões com parceiros comerciais dos Estados Unidos.

01:19A União Europeia já advertiu que está pronta para retalhar, acusando Washington de minar os esforços por uma solução negociada.

01:26As tarifas sobre as importações do Reino Unido, no entanto, continuarão em 25%, enquanto os dois países discutem a implementação de cotas e outras condições previstas em acordos anteriores.

01:39Deixa eu chamar o Kobayashi, ou Kobayashi, em relação a essas tarifas, novamente temos uma aposta dos Estados Unidos, mas não é possível saber se isso vai realmente se dar na prática,

01:50porque outras tarifas foram suspensas e outras retaliações já foram adotadas.

01:57Sim, Tiago, mas a gente tem um histórico, desde que o Trump iniciou essa guerra comercial, de suspensão para aquelas tarifas que geraram uma negociação.

02:08Então, ele anuncia, depois faz algum tipo de acordo, negociata com os países interessados e aí volta atrás.

02:16Para o caso do Brasil, estava bom lá atrás, quando foi taxado ali, no mínimo, diante daquele anúncio que ele fez para o mundo todo,

02:26mas mesmo assim o presidente brasileiro insistiu em fazer críticas ao presidente americano, inicialmente aqui no território brasileiro,

02:34mas depois reiterou essas críticas e encontros que são televisionados para o mundo todo, com líderes mundiais, na viagem à Ásia, por exemplo.

02:42E talvez, talvez isso tenha a ver com a medida americana de agora que impacta os interesses brasileiros.

02:50Talvez também não tenha nada a ver, não temos bola de cristal para prever isso,

02:54mas vale a pena refletir e, de repente, dar um passo atrás e ficar no campo da neutralidade,

03:00sem essas críticas públicas ao governo americano, já que para o Brasil, nas condições anteriores, dava para levar.

03:08Agora vai se iniciar uma nova onda de negociações, de repente, para que isso volte atrás novamente.

03:14A gente já viu que o presidente americano volta atrás se encontrar algum bom acordo.