Categoria
📺
TVTranscrição
00:00Vem D! Vem D! Fogo no motor!
00:05Uma câmera em um carro captura os últimos momentos de um terrível acidente de avião.
00:12Um pequeno problema de voo...
00:14Pressão do alho do motor direito.
00:17...transforma-se em uma crise.
00:19Garret! Garret!
00:21Havia vários lugares onde o avião poderia ter pousado.
00:26Fogo!
00:26E uma nova aeronave revolucionária se desfaz durante um voo crítico.
00:35Três tragédias, causadas por decisões fatais, tomadas no calor do momento.
00:40A tendência é sempre essa. Vamos resolver o problema nesse minuto.
00:44E perdemos muitos aviões dessa maneira.
00:47Vem D! Vem D!
00:48Especial de Mayday Desastres Aéreos
01:04Decisões Fatais
01:12Taipei, a capital de Taiwan.
01:21Perto do centro, fica o aeroporto Chongchang.
01:24O próximo avião programado para partir esta manhã é o voo 235 da Transegia.
01:35O copiloto é Liu Zuchong.
01:38Ele tem quase 7 mil horas de voo.
01:41Pressão do alho?
01:42Confere.
01:44Liao Qianzong, o comandante, é um ex-piloto militar.
01:48Um terceiro piloto está observando o voo de hoje.
01:56O Transegia 235 é um voo de uma hora de Taipei para a ilha taiwanesa de Kimmen, na costa da China continental.
02:07Transegia 235, pista 1-0, vento 1-0, 0 graus, 9 nós, liberado para decolar.
02:14Entendido. Liberado para decolar.
02:18Imediatamente após a decolagem, o comandante aciona o piloto automático.
02:32Recolher trem.
02:33Trem recolhido.
02:37O voo 235 sobe sobre a região de Taipei, lá de mais de 7 milhões de pessoas.
02:48Segundos depois, o alerta geral soa.
02:54O alerta geral é indicativo de uma situação de emergência que requer uma resposta imediata.
03:01O Transegia 235 perdeu um motor.
03:05O comandante desliga o piloto automático.
03:08Tenho controle.
03:08Você tem o controle.
03:09Modo de direção.
03:12Ele precisa de uma direção para voltar ao aeroporto.
03:15Estamos abaixo de 760 metros.
03:18Vá para a direção...
03:20Rápido?
03:21Zero.
03:22Zero, nove, cinco.
03:23Confere.
03:24Quando você perde um motor em uma aeronave bimotor, você precisa manter o desempenho da subida.
03:31A velocidade e a taxa de subida estão caindo rapidamente.
03:42Atenção à velocidade.
03:44Stoll.
03:45Stoll.
03:46Stoll.
03:47O aviso de Stoll indica que o avião está voando muito lentamente para manter a sustentação.
03:52O alerta de Stoll em baixa altitude é uma situação crítica na qual nenhum piloto quer se encontrar.
03:58Terreno à frente.
04:00Torre.
04:00Transeja.
04:01Dois, três, cinco.
04:02Mentei.
04:03Mentei.
04:04Pane de motor.
04:10Pane de motor em ambos os lados.
04:13Como isso é possível?
04:14A tripulação estava cercada por moradias de alta densidade, prédios de apartamentos altos, uma área densamente polvoada.
04:26Impacto.
04:28Prepare-se para a colisão.
04:29Andrão, suba.
04:30Suba.
04:31Arrê, arrê.
04:32Toma.
04:33Meu Deus.
04:37Toma.
04:38Toma.
04:38O voo 235 da Transeja caiu no rio Keylang.
04:57Suspendam todas as operações de decolagem e pouso.
04:59Iniciem procedimentos de emergência.
05:03Os socorristas correm para o local.
05:08Das 58 pessoas a bordo, apenas 15 conseguem sair com vida.
05:16Os três pilotos estão mortos.
05:25Os investigadores do Conselho de Segurança da Aviação de Taiwan precisam começar a coletar evidências no local.
05:34Mas mesmo antes de deixarem sua sede...
05:37Dê uma olhada nisso.
05:38Surge uma evidência impressionante da câmera de um carro.
05:49O quê?
05:54O que estava acontecendo naquele avião?
05:57O que você acha?
05:59Motor esquerdo?
05:59Quando assistimos ao vídeo, soubemos que havia algo de errado no motor.
06:06A hélice parecia muito lenta.
06:11Esse é o motor esquerdo?
06:13Ah, sim.
06:14Os investigadores podem ver no vídeo da câmera do carro que o avião estava muito inclinado para a esquerda.
06:22Um defeito no motor esquerdo é a suspeita mais provável.
06:32Mas o motor recuperado não mostra sinais de pane.
06:36Motor esquerdo completamente operacional.
06:38Quando eles estudam o motor direito, o que eles descobrem é igualmente intrigante.
06:50Olhem as hélices.
06:57Estão embandeiradas.
07:01Embandeirada é a posição de segurança de uma hélice.
07:04Quando um motor a hélice perde potência em voo, as pás giram automaticamente paralelamente ao fluxo de ar para reduzir o arrasto e permitir que o avião opere com um só motor.
07:17Por que o motor direito ficaria embandeirado?
07:20Quando o vídeo do carro mostra claramente o avião inclinando para a esquerda.
07:23Isso não faz sentido algum.
07:25Vamos olhar.
07:26Quando nós descobrimos o embandeiramento da hélice, sabíamos que devia haver algo errado com o motor.
07:36Mas a inspeção deles mostra que o motor direito também está em condições de funcionamento.
07:41Se os dois motores estavam operacionais, por que esse avião caiu?
07:50Os investigadores esperam que o gravador de dados do avião, que registra dezenas de parâmetros de voo,
07:55possa lhes contar mais.
07:58Mas todos os dados indicam que o avião estava operando normalmente, exceto por um.
08:04Dê uma olhada nisso.
08:07O torque está totalmente irregular.
08:13Torque é a força da rotação criada pelo motor.
08:18Ele aumenta e diminui durante fases específicas do voo.
08:22Mas não deve flutuar em intervalos tão rápidos.
08:26Por que está fazendo isso?
08:29Eles estudam mais fundo, avaliando como o motor Pratt & Whitney mede o torque.
08:33Tentamos descobrir a lógica de design do sistema.
08:38Qual é a conexão entre o torque e as hélices embandeiradas?
08:41Eles descobrem que o sistema de embandeiramento automático dos motores inclui um sensor de torque eletrônico.
08:50Ele mede quanta força rotacional o motor está produzindo.
08:54Uma leitura de torque extremamente baixa indica que o motor falhou e aciona o embandeiramento automático.
09:00Mas os investigadores já concluíram que o motor estava operacional.
09:07Eles precisam descobrir o motivo pelo qual leituras de torque incorretas causariam o embandeiramento do motor direito.
09:14Talvez o sensor esteja enviando uma leitura defeituosa acionando a unidade de alto embandeiramento.
09:19Os investigadores encontram a placa de circuito do motor direito e procuram por defeitos que possam ter causado o embandeiramento da hélice em voo.
09:32É uma solda partida.
09:35Eles descobrem falhas microscópicas na placa de circuito.
09:44Com uma placa de circuito quebrada, o sensor não conseguiu detectar o torque.
09:49Mesmo que o motor estivesse funcionando perfeitamente.
09:52Então o sistema automaticamente embandeirou a hélice.
09:57Certo. Verificação de pane no motor.
10:00Confere.
10:01Agora eles entendem por que a hélice do lado direito embandeirou.
10:05Os investigadores agora enfrentam um mistério ainda maior.
10:09Perder o empuxo no motor direito deve causar uma inclinação para a direita.
10:14Mas o vídeo da câmera do carro mostra claramente o avião inclinando-se para a esquerda.
10:19O ângulo da alavanca de aceleração.
10:22Quando os investigadores verificam as configurações do acelerador da esquerda ou do motor número 1, eles fazem uma descoberta chocante.
10:30Inacreditável.
10:31A potência do motor número 1 foi sendo gradualmente, cada vez mais, reduzida até finalmente se desligar.
10:40Neste avião ATR-72, os aceleradores só podem ser movidos à mão.
10:53Ele teve que ser desligado por um dos pilotos.
10:55Então começamos a nos perguntar por que o piloto desligaria o motor bom.
11:01Isso é loucura.
11:02Loucura.
11:08Como isso é possível?
11:10Os investigadores recorrem ao gravador de voz da cabine de comando para ajudar a explicar por que o voo 235 da TransAger caiu no rio Kilang, em Taipei.
11:21TransAger 235. Contato de aproximação em 119.7. Bom dia.
11:27Nós ainda temos o motor número 1 produzindo energia normalmente, mas por algum motivo, o piloto decidiu desligar o motor bom.
11:36Tivemos que descobrir o porquê.
11:40Que som é esse?
11:42Deve ser o aviso de pane do motor 2.
11:45Os investigadores já sabem que um sensor de torque com defeito causou o embandeiramento do motor direito, levando-o a perder o empuxo.
11:53Este é um momento crucial. Vamos ouvir o que eles farão.
11:56Eu tenho controle.
11:58Os investigadores ouvem o som do piloto automático desligando.
12:02Desligou o piloto automático. Não deveria fazer isso.
12:09Ele acabou de piorar uma situação difícil.
12:14Certo. Verificação de pane no motor. Confere.
12:18Há um procedimento de lista de verificação na tela.
12:22Se eles seguirem o procedimento e fizerem tudo corretamente, deverão poder voltar para a pista sem nenhum problema.
12:31Mas em vez de seguir a lista de verificação de emergência...
12:34Atenção à velocidade.
12:35O comandante faz algo inexplicável.
12:39Diminuir número um.
12:43Ambos os motores estão aptos a produzir energia.
12:46Mas como o motor direito embandeirou, ele perdeu o empuxo, comportando-se como um carro em ponto morto.
12:54Quando o comandante então puxou o acelerador do motor esquerdo para trás, ele ficou sem empuxo algum.
12:59Como ele pôde fazer isso?
13:04O comandante do voo 235 desligou o único motor em funcionamento no avião.
13:10Não, espere um segundo. Checagem cruzada.
13:12O piloto que estava monitorando para crédito dele tentou impedir o piloto de manipular a alavanca de empuxo número um do motor.
13:21E ele disse que queria outra checagem.
13:25Modo de direção.
13:25Mas o comandante interrompeu o copiloto ao pedir uma nova direção.
13:31Rápido.
13:32Zero.
13:33Zero, nove, cinco.
13:35Confere.
13:35De repente eles tiveram uma dupla pane do motor e o piloto que fazia o monitoramento, eu acho que foi pego de surpresa.
13:43E ele não tem certeza do que está acontecendo.
13:46Reinicie o motor.
13:47Não consigo reiniciar o motor.
13:49Quando o comandante percebe seu erro...
13:51Ah, não.
13:52Eu... eu desliguei o motor errado.
13:54Não há tempo para reiniciar o motor.
14:01Impacto.
14:02Prepare-se para a colisão.
14:03Suba.
14:04Não.
14:09Os investigadores agora têm uma pergunta ainda mais intrigante para responder.
14:13Por que o comandante não entendeu o que estava fazendo?
14:17Assumir o controle manual do avião teria distraído o piloto ao verificar qual motor estava falhando?
14:25Atenção à velocidade.
14:34Ele poderia estar sofrendo de cegueira inatencional.
14:38Na cegueira inatencional, as pessoas estão focadas ou concentradas em outro item ou área de interesse.
14:44E assim não veem o que seria considerada uma mudança muito distinta no meio, mas não a percebem.
14:53Puxando o acelerador do motor número um.
14:58Mesmo quando todos os sistemas diziam que era o motor dois, sua percepção dizia que ele estava fazendo a coisa certa.
15:05Cegueira inatencional.
15:12Os investigadores finalmente entendem o que deu errado no voo 235 da Transagia.
15:19Uma rachadura microscópica em uma placa de circuito desativou um sensor no motor direito, fazendo com que o sistema determinasse incorretamente que o motor falhou.
15:28Isso foi uma série de erros por parte do comandante.
15:34Quando o motor número dois embandeirou, o comandante reagiu antes de avaliar adequadamente a situação.
15:45O comandante deveria ter seguido uma lista de verificação.
15:49Eu tenho controle.
15:50Mas no calor do momento, ele desligou o piloto automático e reduziu a potência do motor errado.
15:56Puxando o acelerador do motor número um.
15:58Ele desligou o único motor em funcionamento.
16:03Quando ele percebe...
16:06É tarde demais.
16:10Reinicio o motor.
16:11Não consigo reiniciar o motor.
16:13Ah não.
16:14Eu desliguei o motor errado.
16:19A queda do voo 235 seria o último acidente da Transagia Airways.
16:24Em novembro de 2016, a empresa faliu.
16:32Quando você fala sobre a situação da Transagia em Taipei, temos uma situação lá que se eles tivessem esperado até que tivesse altitude e velocidade no ar suficiente para fazer qualquer coisa,
16:41eles provavelmente teriam vivido.
16:49Pista à vista.
16:50Mas às vezes, quando uma decisão é tomada em uma fração de segundo...
16:54Vire! Vire!
16:56...mesmo um problema menor pode se tornar mortífero.
16:58É segunda-feira, após a Páscoa de 1994, no aeroporto de Schiphol, Amsterdã.
17:14Inserir torque.
17:17Eu tenho controle.
17:18O voo 433 City Hopper, da KLM, está se preparando para voar de Amsterdã para Cardiff, no país de Gales.
17:25Torque inserido.
17:28O tempo de voo é de uma hora e vinte minutos.
17:35V1.
17:37Rodar.
17:39O avião é um Saab 340B, um bimotor turbo-hélice projetado para voos regionais curtos.
17:45O comandante do voo 433 é Garrett Leivart, 37 anos.
17:54O copiloto, Paul Stassen, tem 34 anos.
18:00Há 21 passageiros a bordo.
18:09Amsterdã KLM 433.
18:12Prossiga 433.
18:14O nível de voo 200 está disponível?
18:19Suba para 200, você está livre para nível de voo 200.
18:24Obrigado, senhor.
18:25Subindo para nível de voo 200, KLM 433.
18:32Mas a caminho dos 6.100 metros...
18:35Pressão do óleo no motor direito.
18:41Confere, tome uma atitude.
18:42Entendido?
18:43Agindo.
18:44O copiloto Stassen consulta a lista de verificação de aviso de pressão de óleo do motor.
18:49Há várias razões pelas quais a pressão do óleo pode cair em um motor, principalmente devido a vazamentos...
18:54ou algum tipo de evento prejudicial no sistema do motor.
18:57Lista de verificação de emergência para a baixa pressão do óleo do motor e da hélice.
19:02A lista de verificação diz para monitorar a luz de aviso e os medidores de pressão do óleo.
19:07Se a luz de aviso estiver acesa ou o medidor estiver abaixo de 30, então você poderá continuar.
19:15Mas se você tiver os dois, então desligue o motor.
19:18Esse não é o caso.
19:21A tripulação decide que é seguro continuar voando.
19:26Mas então...
19:27Certo, nós não estamos mais subindo.
19:30Aproximando-se dos 5.200 metros, o comandante Livart percebe que o avião não está subindo tão rápido quanto deveria.
19:40Não.
19:43Temos que voltar para Amsterdã.
19:45Faça uma chamada de pane.
19:47Peça para manter o nível de voo 1-6-0.
19:50Diga a eles que temos um problema técnico.
19:52Uma chamada de pane significa que há uma situação em comum.
19:55Por favor, preste atenção em nós. Precisamos de ajuda.
19:57Amsterdã, KLM 433, pam, pam, pam, pam, pam, pam.
20:03Nós temos um problema de motor e gostaríamos de manter um 6-0 para retornar a Skippo.
20:08Entendi, senhor. Pode virar a direita em direção a Skippo.
20:17KLM 433, você pode me dar algum detalhe?
20:21KLM 433, situação sob controle. Temos um problema de pressão do óleo no motor número 2.
20:26Sim, entendi. Podemos trazê-lo para 06. O senhor é o número 1.
20:32Cinco minutos depois, o avião se alinha com a pista.
20:35Pista à vista.
20:37Flaps A-20.
20:39Flaps A-20?
20:42Marcador externo.
20:43Confere.
20:44O KLM 433 está a apenas 150 metros do solo.
20:50Atenção à velocidade.
20:51O avião diminuiu a velocidade a ponto de entrar em stall.
20:56Atento.
20:58De repente, o avião se inclina para a direita.
21:02Arremetendo. Ajuste o torque. Flap 7, recolher trem.
21:07O comandante Livart tenta arremeter.
21:11Mas o avião continua se inclinando para a direita.
21:14Vire. Vire. Vire. Vire.
21:20Garret. Garret. Garret. Garret.
21:22Não!
21:33Queda. Queda. Queda. Pista 06. Emergência. Pista 06.
21:37O voo 433 da KLM caiu em um campo ao lado da pista.
21:52Dentre as 24 pessoas a bordo, dois passageiros e o comandante estão mortos.
21:58Oito passageiros e o copiloto estão gravemente feridos.
22:01Investigadores do Conselho de Segurança da Aviação da Holanda
22:07recuperam as caixas pretas do avião e as enviam para processamento.
22:17Enquanto isso, Ben Groenendijk, o investigador principal,
22:20está ansioso para falar com o controle de tráfego aéreo.
22:23Nós fomos à torre e os abordamos e obtivemos as primeiras informações.
22:31Eles fizeram um chamado de pane e estamos voltando ao aeroporto.
22:34Amsterdã, KLM 433, pam, pam, pam, pam, pam, pam.
22:39Nós temos um problema de motor e gostaríamos de manter um 6-0 para retornar a esquipo.
22:47E eles disseram qual era o problema?
22:49Sim, eles disseram que tinha a ver com a pressão do óleo.
22:53KLM 433, a situação está sob controle.
22:56Temos um problema de pressão do óleo no motor número 2.
23:01E, de repente, eles estavam arremetendo.
23:07Arremetendo, ajuste o torque, flap set e recolher trem.
23:12Os pilotos podem fazer uma arremetida se a aterrissagem se tornar instável.
23:17Eles aumentam a potência, ganham altitude, circulam e tentam fazer o pouso uma segunda vez.
23:22Logo antes da aeronave estar prestes a pousar...
23:27Vire! Vire!
23:28O potencial de perigo é muito, muito maior do que se o mesmo problema acontecesse em uma altitude de cruzeiro.
23:33Em um hangar no aeroporto de esquipo, os investigadores tentam determinar a natureza do problema da pressão do óleo e se isso contribuiu para o acidente.
23:51Você pode ter um motor travado ou superaquecido porque o óleo não está lá.
24:02Bem, as turbinas estão se movendo.
24:06Mas, curiosamente, eles não encontram evidências de problemas de pressão de óleo.
24:11Quaisquer danos foram causados pelo impacto.
24:13Não pela pressão do óleo.
24:17Parece que os pilotos relataram um problema que não existia.
24:25Por que eles relatariam o problema se não o tivessem?
24:28O que eles estavam olhando?
24:30Os investigadores agora se perguntam.
24:32Os instrumentos da cabine de comando do voo 433 da KLM de alguma forma deram pane e enganaram os pilotos?
24:40Pressão do óleo no motor direito.
24:42Verifique, tome uma atitude.
24:45Entendido, agindo.
24:49Quando os investigadores testam o sistema de pressão de óleo, uma coisa se destaca.
24:58Ah, certo. Eu detectei um curto circuito no interruptor.
25:04Agora eles entendem que os pilotos estavam vendo um aviso falso.
25:12Pressão do óleo no motor direito.
25:15Mas apenas um aviso falso não é suficiente para causar um acidente.
25:23Os investigadores recorrem ao gravador de voz da cabine.
25:28Certo, vamos ouvir.
25:29Eles esperam que isso revele a eles como um aviso falso, que não exigiu nenhuma ação.
25:36Ainda levou os pilotos a voltar ao aeroporto de Skipple.
25:40Aí está o aviso.
25:42Pressão do óleo no motor direito.
25:43Vamos ver como eles lidam com isso.
25:48Tome uma atitude.
25:49Entendido, agindo.
25:53Os pilotos consultam uma lista de verificação de emergência que deve ajudá-los a resolver o problema.
25:58Se a luz de aviso estiver acesa, ou o medidor estiver abaixo de 30, você poderá continuar.
26:07No Saab 340, o sistema de aviso e o sistema de medição de óleo são dois sistemas separados.
26:13E se houver uma confusão entre os dois, a orientação na lista de verificação de emergência é continuar as operações normais.
26:19Então a luz está acesa, mas estamos acima de 30 PSI.
26:22Assim...
26:23Continuar a operação normal.
26:24A gravação revela que os pilotos sabiam que era seguro continuar o voo.
26:36Por que eles decidiram voltar?
26:43Certo. Nós não estamos mais subindo.
26:46Ah, deve ser por isso que voltaram.
26:50Os motores estão bem.
26:51Por que não estão subindo?
26:58Os investigadores agora recorrem ao gravador de dados de voo.
27:04O que está acontecendo aqui?
27:10Impulso do motor do lado direito.
27:12Está caindo.
27:13É uma grande descoberta.
27:17Ela sugere que o erro do piloto pode ter causado um desastre mortífero.
27:24Bem aqui.
27:26Logo após o alarme disparar, ele na verdade diminuiu a potência.
27:32Até a marcha lenta.
27:33O comandante podia estar tentando preservar o que ele pensava ser um motor danificado,
27:42quando diminuiu a potência.
27:46E veja, ele o mantém em marcha lenta pelo restante do voo.
27:51Não me admiro não estarem subindo.
27:56Ter um motor em marcha lenta causou esse acidente?
27:59Vamos ver os dados da aproximação final.
28:05Os dados mostram como o motor direito em marcha lenta afetou o pouso.
28:10Nesse momento, estão devagar demais.
28:16Atenção à velocidade.
28:19Atendo.
28:20O comandante aumenta a potência para o motor esquerdo,
28:29empurrando a aeronave para a direita,
28:32porque o motor direito não está produzindo empuxo.
28:42Agora, neste momento, não há como eles pousarem.
28:45Então, eles não têm outra escolha a não ser arremeter.
28:47Para subir, o comandante leva o motor esquerdo à potência máxima.
28:57Mas isso só faz o avião inclinar-se ainda mais para a direita.
29:03Tire! Tire!
29:05Gerwig! Gerwig!
29:06Gerwig! Gerwig!
29:06Gerwig!
29:07Mas que erro.
29:22Os investigadores finalmente entendem a sequência de eventos
29:25que derrubou o voo City Hopper 433 da KLM.
29:33Pressão do óleo do motor direito.
29:35Verifique. Tome uma atitude.
29:36Entendido. Agindo.
29:39No calor do momento,
29:40o comandante reduz a potência do motor direito
29:42antes que seu copiloto tenha a chance de ler a lista de verificação.
29:47Isso leva os dois a pensar que tem um problema no motor,
29:50quando na verdade não tem.
29:51A alavanca de empuxo direita permaneceu na posição de marcha lenta,
29:55e eles não discutiram as consequências disso.
29:58Tentar arremeter usando apenas um motor é o erro final.
30:13Vire!
30:14Vire!
30:15Deus vire!
30:16Gerwig!
30:17Gerwig!
30:17O Conselho de Segurança de Aviação da Holanda
30:33determina que a causa desses erros vai além da cabine de comando.
30:37O relatório final recomenda que a KLM revise as suas técnicas de testes de pilotos,
30:46estabeleça um treino de gerenciamento da cabine
30:48e melhore as orientações sobre voar com um motor em marcha lenta.
30:52Tem um velho ditado na aviação,
30:55o quanto um avião perdoa,
30:56mas uma das coisas que ele não perdoará
30:58é deixar de fazer as coisas que estão na lista de verificação adequadamente.
31:02As listas de verificação existem por um motivo.
31:06É um ditado que vale até para os melhores pilotos nos aviões mais avançados.
31:17Na base espacial e aérea de Mojave, no sul da Califórnia,
31:21uma nova aeronave revolucionária está prestes a realizar um voo de teste.
31:28Chama-se Spaceship Two.
31:32Inicialização do sistema.
31:38A nave espacial foi projetada pela empresa americana Scaled Composites
31:43para a Virgin Galactic.
31:45Luzes verdes no painel todo.
31:48Entendido.
31:56Sir Richard Branson, proprietário da Virgin Galactic,
31:59espera que esta nave única em breve leve clientes pagantes
32:03até o limite do espaço e vice-versa.
32:06Juntos, nós podemos tornar o espaço acessível
32:09de uma maneira que antes só se podia sonhar.
32:13O sucesso desta etapa do programa
32:15está nos ombros destes dois pilotos de testes.
32:21Peter Seabolt, de 43 anos,
32:23é um engenheiro premiado.
32:24Ele pilotou 11 tipos diferentes de aeronaves experimentais.
32:32Mike Osbury, o seu copiloto de 39 anos,
32:36também é piloto de testes experiente
32:37e engenheiro aeronáutico.
32:42Eles passaram quase nove meses treinando para esta missão.
32:47Eles são pilotos de testes,
32:48são pilotos muito, muito experientes,
32:50são os melhores dos melhores.
32:51A nave espacial, impulsionada por foguetes,
32:57é suspensa em um avião a jato
32:59com uma envergadura de 43 metros.
33:02A aeronave de lançamento chama-se White Knight 2.
33:07A White Knight 2 transportará a nave espacial
33:09até 14 mil metros.
33:13Nessa altitude,
33:14a SpaceShip 2 vai se desprender do avião,
33:17disparar seu motor de foguete
33:19e subir outros 30 mil metros
33:21na atmosfera da Terra,
33:23voando quatro vezes mais alto
33:24do que um avião comercial típico.
33:28Depois, ela planará de volta à Terra.
33:34Monitorando o teste de hoje,
33:36está um diretor de voo.
33:37Ele está em comunicação constante
33:39com uma equipe de engenheiros de voo,
33:40assim como com todos os quatro pilotos.
33:43Às nove horas e vinte minutos,
33:45White Knight 2 pode decolar.
33:49A velocidade de decolagem
33:56é de 150 nós.
34:05Depois que a SpaceShip 2 for lançada,
34:08o comandante Seabolt assumirá o manche,
34:10enquanto o copiloto Osbury
34:11fará o monitoramento do desempenho
34:13e configurará a aeronave para o pouso.
34:15Você está liberado para armar
34:22depois da liberação do pilone.
34:23Eu darei o comando.
34:25Minutos antes do lançamento,
34:26os pilotos revisam as listas
34:28de verificação de voo
34:29que treinam há meses para memorizar.
34:33Erguer o nariz.
34:34Baixar o nariz.
34:36Embandeirar.
34:37Desbloquear em 1.4.
34:38As coisas acontecem muito rápido.
34:42Eles não têm fisicamente o tempo
34:44para pegar a checklist
34:45e ler a checklist.
34:47Porque essas coisas estão acontecendo
34:49segundo após segundo.
34:52A arfagem está boa.
34:54Lançamento autorizado.
34:56Certo.
34:57Aqui vamos nós.
34:59Manche.
35:01O manche está para frente.
35:03Em 5, 4, 3, 2, 1.
35:09Lançar.
35:12À medida que a SpaceShipTwo
35:13cai de seu avião de transporte...
35:15Lançamos.
35:16Mike Osbury aciona o motor
35:18de foguete experimental.
35:19Armado.
35:21Fogo.
35:22Fogo.
35:2227 mil quilos de força e empuxo
35:30os impulsionam
35:31a caminho da velocidade do som.
35:33Tudo verde.
35:35A velocidade máxima
35:36da SpaceShipTwo
35:37é próxima de Mach 3.
35:39Então, três vezes
35:40a velocidade do som
35:41mais de 3.150 km por hora.
35:43Erra!
35:46É uma viagem muito acidentada.
35:49Pense na pior turbulência
35:50que você já enfrentou
35:51a bordo de um avião
35:52e em seguida
35:53envie 10 vezes.
35:55Deveria ser uma queima
35:56de 38 segundos.
36:00Mas apenas 14 segundos
36:02após a ignição.
36:05Algo dá
36:06terrivelmente errado.
36:16A SpaceShipTwo
36:17fica em pedaços
36:18depois de cair
36:19no deserto de Mojave,
36:21na Califórnia.
36:22O copiloto
36:26Mike Alsberry
36:27foi morto
36:27no acidente.
36:33Surpreendentemente,
36:34o comandante
36:34Pete Seabold
36:35conseguiu abrir
36:36o seu paraquedas.
36:39Ele está
36:40gravemente ferido,
36:41mas vivo.
36:46Socorristas
36:46o levam ao hospital
36:47enquanto uma equipe
36:48da NTSB,
36:49a Agência Nacional
36:50de Segurança
36:50de Segurança
36:50dos Transportes
36:51vazcure os destroços
36:53espalhados pelo
36:54deserto de Mojave.
36:58Uma das coisas
36:59que pudemos dizer
37:00estando no local
37:01foi que o motor
37:01não era o motivo
37:03pelo qual a aeronave
37:04se partiu.
37:05Os investigadores
37:10esperam que as câmeras
37:11externas da nave
37:12forneçam informações
37:13vitais.
37:14Olha o cone
37:14da cauda.
37:16Dobrou-se para dentro
37:16da aeronave
37:17ao longo da dobradiça
37:18do sistema
37:18de embandeiramento.
37:20Entrou no modo
37:21embandeirado?
37:23O modo
37:24embandeirado
37:25refere-se a uma
37:26característica que define
37:27o projeto da
37:28SpaceShipTwo.
37:28A aeronave muda
37:31de forma
37:32durante o voo.
37:34Depois de alcançar
37:35a altitude máxima,
37:36os pilotos
37:37posicionam
37:37dois lemes
37:38na posição
37:39embandeirada
37:40para aumentar
37:41o arrasto
37:41e desacelerar
37:43sua descida.
37:45A nave
37:46pode então
37:46entrar de volta
37:47com segurança
37:48na atmosfera
37:48da Terra
37:49antes de planar
37:50até uma pista.
37:51Lorenda Ward
37:57analisa o vídeo
37:58de uma câmera
37:59na cabine de comando.
38:01Ele destravou
38:02o sistema
38:02de embandeiramento.
38:04Correto.
38:06Mas ele realmente
38:07o acionou?
38:09Não.
38:10E isso é estranho.
38:11Ninguém tocou
38:12na alavanca.
38:13Há duas etapas
38:14para embandeirar
38:15a nave espacial.
38:17Primeiro,
38:18os pilotos
38:18desbloqueiam
38:19o sistema
38:20de embandeiramento
38:20para que o cone
38:21da cauda
38:22possa girar
38:22sobre o eixo
38:23quando o comando
38:24for inserido.
38:25Em segundo lugar,
38:26os pilotos
38:26devem puxar
38:27a alavanca
38:27de embandeiramento
38:28para realmente
38:29acionar o cone
38:30da cauda.
38:31Então nós temos
38:32o vídeo
38:33do copiloto
38:34fazendo o desbloqueio,
38:35mas nunca o vemos
38:36realmente
38:37operar
38:38o embandeirador.
38:40Mas sabemos
38:40do vídeo externo
38:42que as bandeiras
38:43se moveram.
38:45Então sabíamos
38:45que tínhamos
38:46um problema
38:46de performance
38:47ou um problema
38:47de dinâmica.
38:48de alguma forma,
38:51o sistema
38:51projetado
38:52para desacelerar
38:53a nave
38:53na descida
38:54foi acionado
38:55enquanto a tripulação
38:56estava acelerando
38:57em direção
38:58à velocidade
38:58do som.
39:00Para saber mais
39:01sobre o sistema
39:02de embandeiramento,
39:03os investigadores
39:03consultam engenheiros
39:05da Scaled Composites,
39:06a empresa que projetou
39:08a SpaceShipTwo.
39:09quando eles deveriam
39:10destravar
39:10o sistema
39:11de embandeiramento?
39:14Entre 1.4
39:14e 1.8.
39:18Pode passar de novo?
39:221.8
39:23destravando.
39:28O copiloto
39:29havia
39:30destravado
39:31o sistema
39:32cedo demais.
39:35Não é mais seguro
39:36destravá-lo
39:37em velocidades
39:37mais baixas?
39:39Não, senhora.
39:40Isso pode ser
39:40catástrofe.
39:42Na fase
39:43transônica,
39:44você tem uma
39:44quantidade enorme
39:45de força ascendente
39:46no cone da cauda,
39:48na cauda da nave
39:48espacial.
39:50E o sistema
39:51de embandeiramento
39:52não foi projetado
39:53para lidar
39:53com esse tipo
39:54de carga.
39:56É uma descoberta
39:57devastadora
39:58que aponta
39:59para um erro
39:59do piloto.
40:00Destravando.
40:02Quando o copiloto
40:03Mike Alsberry
40:04desbloqueou
40:05o sistema
40:05de embandeiramento
40:0616 segundos antes,
40:08as forças
40:09aerodinâmicas
40:09eram tão fortes
40:10que puxaram
40:11a cauda
40:12para a posição
40:12embandeirada
40:13e destroçaram
40:14a aeronave.
40:19Mas por que
40:20um piloto
40:20de testes
40:21altamente experiente
40:22como Mike Alsberry,
40:24que já havia
40:24realizado
40:25oito voos
40:26anteriores
40:26na Space Ship 2,
40:28destravaria
40:28o cone da cauda
40:29no momento
40:30mais mortal possível?
40:32A equipe
40:33se debruça
40:34sobre os materiais
40:35de treinamento.
40:35Temos que descobrir
40:38o que disseram
40:39sobre destravar
40:39o sistema
40:40prematuramente.
40:45Os registros
40:46mostram que
40:47o copiloto
40:47Alsberry
40:48realizou 112
40:49simulações
40:50para esta missão.
40:53Na verdade,
40:54o copiloto
40:54nunca destravou
40:55esse sistema
40:56antes.
40:59Espere aí.
41:00Mas os registros
41:04também revelam
41:05que em uma ocasião
41:06ele destravou
41:07o sistema
41:07tarde demais.
41:09Doze graus.
41:11Destravar bandeira.
41:12Quatorze graus.
41:14Abortar missão.
41:15Abortar missão.
41:18Se não conseguissem
41:19destravar em 1.8,
41:21teriam que
41:21abortar o voo.
41:24Abortar uma missão
41:25não é fatal,
41:26mas pode ser
41:27um grande revés
41:28para o programa.
41:280.8.
41:30Os investigadores
41:31se perguntam
41:32se este erro
41:32no treinamento
41:33meses atrás
41:34levou Alsberry
41:35a agir
41:38prematuramente.
41:40Os investigadores
41:41acreditam
41:42que o tempo
41:42pode ser uma das razões
41:43pelas quais
41:44Mike Alsberry
41:45decidiu destravar
41:46o sistema
41:46cedo demais.
41:48Destravar.
41:52Se não destravassem
41:54o embandeiramento
41:55em Mach 1.8,
41:56o voo seria abortado.
41:57Então isso vai pesar
41:58na mente do copiloto.
41:59Você quer tirar
42:00isso do caminho.
42:03E então eles fazem
42:04outra descoberta.
42:07Posso ver o vídeo
42:08do simulador de novo?
42:14O simulador de treinamento
42:16não vibrava
42:17nem imitava
42:18as forças G.
42:19Os pilotos
42:20não tiveram
42:21a sensação real
42:22de um voo motorizado.
42:23mesmo sendo um piloto
42:29de testes
42:30muito bom
42:30isso deve ser
42:31um pouco irritante
42:32para obter
42:32toda essa vibração
42:33em carga G
42:34e a velocidade
42:35e tudo mais.
42:38Os investigadores
42:39finalmente sabem
42:40o que aconteceu.
42:41Ele tinha muito
42:43a fazer.
42:45Decidiu destravar cedo
42:46talvez não percebendo
42:47as implicações
42:48mortíferas disso.
42:52A NTSB
42:53culpou a Scaled Composites
42:54por não garantir
42:55que os pilotos
42:56entendessem
42:57as consequências
42:57de destravar
42:58o sistema
42:59de embandeiramento
42:59prematuramente
43:00e por não tomar medidas
43:02para impedir
43:02que isso acontecesse.
43:03Lançamento!
43:04Se tivessem
43:07apenas um sensor
43:08que os impedisse
43:09de destravar
43:10até que ultrapassassem
43:11o limite apropriado
43:12isso teria evitado
43:14esse acidente.
43:16Em seu relatório final
43:18a NTSB
43:19afirma que a causa
43:20provável do desastre
43:21foi uma falha
43:22na proteção
43:23contra a possibilidade
43:24de que um único
43:25erro humano
43:26pudesse desencadear
43:27uma catástrofe.
43:31O ponto comum
43:32em todas essas tragédias
43:34é que as pessoas
43:35agiram sem realmente
43:36examinar qual ação
43:37era necessária
43:38e se foram rápido demais.
43:39Ponto 8
43:40Destravando
43:41Nós sabemos
43:44como evitá-los
43:45e isso é não fazer
43:46nada na maioria
43:47dos casos
43:47se até que você
43:49tenha certeza
43:50de que precisa agir.
43:51Você não age
43:52porque se você
43:53agir errado
43:53isso poderá levar
43:54você a um grande
43:55problema
43:56ou a um desastre.