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Casa Vilanova Artigas
Canal Arte1
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10/05/2025
O projeto dos anos 40 reflete a forma visionária como o arquiteto pensou a ocupação do espaço e ligou sua atividade à possibilidade de transformação social.
Categoria
🦄
Criatividade
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00:00
A minha mãe conta que eles estavam aqui brincando, daí entrava um cavalo no quintal, uma vaca,
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então tinha todas essas coisas meio de uma área rural, mas com uma arquitetura completamente transgressora para a época.
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Eu acho que aqui tem uma relação que é muito boa de enxergar, que a gente vê o volume do escritório daqui de fora,
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a pessoa circulando por dentro da casa, mas parece que ela está circulando meio por fora também,
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porque lá já não é fechado com janelas e portas do outro lado, então essa coisa é meio curiosa,
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quase que um túnel dentro da casa, um túnel de vidro, onde ele sobe e vai enxergar a casa e a rua de um outro ponto de vista.
01:12
Vila Nova Artigas foi, além do arquiteto, um importante professor da Universidade de São Paulo,
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um dos fundadores da semana FAUUSP, e hoje ele é reconhecido como um dos arquitetos mais importantes
01:36
da história da arquitetura brasileira e da arquitetura mundial.
01:40
Ele foi, de fato, um visionário na maneira como ele pensou o espaço da cidade,
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o espaço da residência, as técnicas construtivas, a maneira de se ensinar a arquitetura,
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a maneira de se entender a arquitetura como um fato social,
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e gerou duas, três, quatro gerações de arquitetos, de uma certa maneira,
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que são devedores das suas ideias, dos seus conceitos.
02:06
Essa é a casinha, que foi a primeira casa que ele construiu nesse terreno.
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O terreno é um só, né? Então as casas compartilham o mesmo terreno.
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Mas essa é a casinha de 1942, telha francesa, os tijolinhos aparentes.
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Ele concentra tudo o que é o núcleo hidráulico da casa,
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então os banheiros e cozinha ficam concentrados,
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que é uma forma de fazer uma construção racional, mais barata.
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Tem a questão dos meios-níveis, então você desce meio nível para ir para o ateliê,
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sobe meio nível para ir para o quarto.
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Ela é uma pesquisa, um começo de pesquisa dele do que seria a arquitetura no futuro, né?
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Dos trabalhos dele, né?
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Era um pouco um descanso, né?
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Imagina que em 1942 a pessoa saía do centro da cidade para vir para o Campo Belo,
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era muito distante, né?
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Então o transporte era por meio de bondes, etc.
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Então, de fato, era um lugar para viagem, para vir para cá, né?
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Então era um descanso, um lugar onde saía um pouco do agito do centro, né?
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A segunda casa, que é essa aqui, que está ao fundo,
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o Artigas já projetou ela num momento onde já existia o Júlio,
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que era o filho deles, né?
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Então o Júlio já nasce na casinha,
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mas essa casa já foi pensada para uma família maior, né?
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Então com essas demandas mais pessoais, vamos dizer assim.
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Em termos de arquitetura, aí tem que a gente faz essa analogia
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que a casinha de 1942 já era um pensamento mais voltado para a arquitetura do Frank Lloyd Wright,
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um arquiteto norte-americano que foi uma influência muito forte na vida do Artigas,
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no começo da carreira, né?
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E até o final, depois também.
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E essa casa aqui já é uma transição um pouco maior da linguagem do Le Corbusier, né?
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Que é um arquiteto franco-suíço, que inspirou gerações e gerações de arquiteto
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e meio que estabeleceu uma cultura da arquitetura moderna aqui no Brasil.
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Esse aqui é um espaço muito representativo da arquitetura do Artigas,
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principalmente na arquitetura doméstica, né?
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A arquitetura residencial que ele fazia,
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que já traz vários elementos do que seria a arquitetura pública dele no futuro, né?
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Então essa questão da integração dos espaços, né?
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Do que é interior com exterior, a questão da transparência,
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a gente tem uma relação com a cidade, que era uma pauta que ele batalhava sempre.
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A arquitetura não vive sem a cidade, a cidade não vive sem a arquitetura,
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é uma coisa intrínseca.
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E aqui tem um, que é um espaço legal,
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porque o Artigas, ele estudava muito, lia muito,
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então ele tinha momentos grandes de introspecção, né?
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De leitura e ficar concentrado e tal.
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Mas ao mesmo tempo ele não queria perder o contato com a família,
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com a convivência da casa.
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Então ele desenha o escritório,
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que era a biblioteca dele no andar,
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nesse andar de cima, né?
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Que é, tem sobre pilotis aqui, né?
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Que é um térreo mais livre,
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mas que ele consegue ficar lendo e participando,
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de certa forma, dessa vida cotidiana, né?
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Das refeições, das brincadeiras das crianças,
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ele via as crianças brincando no jardim,
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aqui no pátio coberto.
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É um desenho que mostra muitas intenções, né?
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Onde, no fundo, a convivência era o ponto principal
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do desenho da arquitetura dele, né?
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A casa, ela busca uma introspecção, né?
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Ou seja, por mais que ela esteja num terreno amplo,
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com vegetação e com uma área verde extensa
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e muito agradável na área externa,
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de uma certa maneira, a sala,
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o ambiente doméstico se isola com essas paredes mais altas,
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colocando a iluminação de uma forma também mais
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na parte superior da sala
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e busca uma relação volumétrica, espacial,
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da casa com ela mesma, né?
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Você tem um diálogo dessa sala com a varanda
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e uma segunda parte da sala ali,
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que é o escritório na parte superior, né?
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Isso não é trivial e não é casual.
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Foi uma busca do arquiteto em procurar uma reflexão
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do que seria um espaço doméstico
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nesse momento de desenvolvimento da cidade de São Paulo.
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Então, essa forma, essa experiência,
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essas paredes, as cores, os vidros,
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eles estão pensados, eles estão tentando refletir
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o que seria essa transformação social
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por meio também de uma transformação espacial.
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Essa geração estava muito engajada nesse diálogo
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entre uma transformação espacial
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e uma transformação social,
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lembrando também que nós estamos aí
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no final dos anos 40 e início dos anos 50.
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Legenda Adriana Zanotto
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