TJ-SP foi pego com a "boca na botija" | Visão Libertária - 29/06/20 | ANCAPSU - Vídeo Dailymotion

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Transcript

00:00TJSP foi pego com a boca na botija.

00:06Este é o Visão Libertária, sua fonte de informações descentralizadas e distribuídas com viés libertário.

00:13O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo foi pego com a boca na botija,

00:20usando o verbo emergencial para comprar petiscos e regalias a desembargadores.

00:24A expressão boca na botija significa ser apanhado bebendo na botija alheia ou visto fazendo algo que não é permitido.

00:31Vamos explicar. Escondidinhos do público, o TJSP, trupe de juízes sem princípios,

00:38tem usado uma verba que deveria ser só para problemas urgentes e imprevistos

00:42para pagar petiscos e outras regalias aos seus 360 desembargadores.

00:47Segundo os documentos que o jornal esquerdista Foi-se de São Paulo verificou,

00:51a Suprema Corte de Bolacholândia, ou Estado de São Paulo,

00:55usa a chamada verba de adiantamento para fazer compras que incluam produtos como

00:59queijo masdam holandês e salame hamburgues de calane.

01:04Ah, mas olha o salame aí.

01:05Diga-se de passagem, o custo dessas coisas são, respectivamente,

01:09a bagatela de R$ 68,00 e R$ 60,00 o quilo.

01:13Lá na letra da lei, essa verba deveria ser usada somente quando

01:16não se possa aguardar os trâmites normais ou que a intercorrência ocorra

01:21em casos excepcionais em razão de emergência ou urgência.

01:25É lógico que nós super entendemos que a compra de petiscos gourmet,

01:30mais caros que aquela picanha sofrida do churrascão de domingo,

01:33eu que sou gaúcha gosto, configura sim uma situação de emergência.

01:38Claro! Afinal, como ignorar especiarias à venda como essa?

01:42Tem que comprar e comer urgentemente. Petiscos caros são essenciais, claro,

01:48para o bom andamento dos trabalhos da super eficiente justiça estatal.

01:53Não há dúvidas em relação a isso, né? Arrume essa cara aí e pare de implicar.

01:58Como está na lei, a trupe do Judiciário Paulista pode sim usar essa verba excepcional.

02:03A lei permite que esses gastos não sejam divulgados de forma pública

02:06para as pessoas nos portais online de transparência estatais.

02:09São urgentes para gastar, sacou?

02:13Afinal, sempre tem a possibilidade da população sofrida e mal informada,

02:18que nem sabe pronunciar os nomes desses ACPIPs, entender errado,

02:22e achar um absurdo que o dinheiro do contribuinte, entre aspas,

02:26seja usado para pagar mordomias aos operadores do direito no monopólio judiciário.

02:31Vai que essas pessoas ficam brabas por isso, né?

02:33Mas são elas que ainda não aprenderam o que o Estado é e o que o Estado não é.

02:37Eles trabalham no tal de Tribunal de Justiça.

02:41Quem fez essa lei pensou sim no povo, como sempre o Estado pensa no povo.

02:45Errou!

02:47É, pensou, mas em esconder do povo.

02:50O TCE, Tribunal de Contas do Estado, ou Trapaceiros Canalhas Elitistas,

02:55responsável por investigar o caso, apresentou um relatório em março de 2020,

02:59questionando gastos de R$ 83 mil com frutaria e R$ 221 mil com supermercado.

03:09Tudo gasto com petiscos para consumo interno dos desembargadores.

03:13E esses custos não incluem os gastos operacionais,

03:16como a alimentação dos magistrados durante viagens de trabalho.

03:20Só por curiosidade, os desembargadores têm direito a um auxílio alimentação

03:24no valor médio de R$ 800, além dos R$ 35.462, que são os seus salários.

03:32Tá, na lei.

03:33Que bela botija é essa onde eles puseram a boca, né?

03:37É rir pra não chorar.

03:38Como explicamos, a expressão ser pego com a boca na botija

03:42significa ser apanhado bebendo no vaso de cerâmica,

03:45aquele de gargalo pequeno e boca estreita dos outros.

03:48Nesse caso, essa botija tá mais pra um botijão.

03:51E os outros somos nós.

03:53Usando um dinheiro que foi literalmente roubado

03:56por meio da cobrança compulsória de impostos,

03:58essa empresa estatal monopolista do setor jurídico

04:01usa as artimanhas que a lei permite

04:03pra esconder as futilidades caríssimas.

04:06E é isso o que o Estado faz.

04:08Ao determinar a si mesmo o monopólio da força,

04:11exército, polícia e judiciário,

04:13ele garante também o monopólio de outros segmentos.

04:16Esse preço, os impostos, que cobra pelos serviços ruins que presta,

04:20é sempre injustificável.

04:22Por quê?

04:23Número um, ninguém concordou previamente em pagar.

04:25E, número dois, a qualidade do serviço sempre é a pior.

04:29É injustificável utilitária e eticamente.

04:33Como não tem concorrentes, não precisa fazer melhor.

04:36E quem nunca teve problemas com uma decisão jurídica injusta,

04:39levante a mão.

04:40Como é monopólio, não temos alternativas.

04:43Por essa garantia, eles gastam quantias gigantes em coisas sem sentido,

04:47que dificilmente seriam aceitas em uma empresa privada.

04:50Com isso, eles geram efeitos colaterais que terminam em mais gastos,

04:54como, por exemplo, a necessidade de existir um tribunal de contas,

04:57cuja função é fiscalizar o próprio Estado.

05:00Estamos pagando, sem termos concordado,

05:02e para fiscalizar o que não pedimos.

05:04O Estado é ótimo em justificar gastos

05:06para tentar solucionar problemas que ele mesmo cria.

05:10O anarcocapitalismo é a ausência de autoridade

05:12e monopólio comercial pré-determinado.

05:15Anular o poder coercitivo privatizando ferramentas jurídicas,

05:18como tribunais privados,

05:20é um passo importante para haver um melhor serviço

05:22desse segmento aos indivíduos.

05:24Para muita gente, pode parecer impossível,

05:26mas basta lembrar que, na década de 60,

05:29a ideia de haver hospitais privados também parecia.

05:32E é só olhar para as relações internacionais.

05:34Acima dos países, não há nada centralizando regras jurídicas.

05:38Os conflitos tratados pelo direito internacional

05:40são resolvidos por meio da escolha unânime do mediador

05:43que vai usar as regras dele e julgar o caso

05:46segundo o seu sistema de leis.

05:49Conforme os anos passam,

05:50novas tecnologias são desenvolvidas

05:52e problemas são solucionados mais eficientemente.

05:55E com mais liberdade,

05:57há mais chance de preservar a ética.

05:59A cada evolução,

06:00as pessoas percebem que não precisam do Estado.

06:03Nunca precisaram.

06:04Só usamos o que usamos do Estado

06:06porque ele que impõe.

06:07Com o tempo,

06:08a mesma coisa vai se provar para o segmento jurídico.

06:11Será igual a todos os setores

06:12que ainda são dominados

06:14pelas gangues de criminosos petisqueiros.

06:16Em um sistema de serviços jurídicos descentralizados,

06:19tribunais são empresas que julgam contratos

06:21realizados entre duas ou mais partes.

06:24Justiça não é um direito,

06:26é um serviço de resolução de conflitos.

06:28Quanto mais fundamental é um serviço,

06:30mais longe deve estar algo centralizador de poder.

06:33As partes em conflito

06:34escolhem um tribunal que seja aceito por ambas

06:37para se encarregado a julgamento.

06:39Funcionando em um mercado,

06:40há muito mais chance de haver práticas

06:42e decisões melhores.

06:44Quando empresas concorrem,

06:45elas buscam excelência

06:46para não perder clientes.

06:48A tal justiça estatal

06:49não tem clientes,

06:51tem súditos.

06:52Mesmo que no final de todos os termos do contrato

06:54haja uma cláusula especificando

06:56o foro responsável pela resolução contratual.

06:59É uma escolha feita pela logística,

07:01não por uma situação de concorrência

07:03entre os fóruns.

07:04Eles não concorrem,

07:05são todos da mesma empresa.

07:08Aspas aqui também,

07:09a justiça estatal.

07:10Não se escolhe os fóruns pelo histórico de qualidade e preço.

07:14São todos filiais.

07:15Quando há concorrência,

07:17as partes podem escolher segundo o que é mais adequado a cada situação.

07:21Poderia ser um tribunal caro,

07:22que paga petiscos para os funcionários,

07:25mas que se diferencia por credibilidade,

07:27agilidade ou outra característica que agregue valor ao serviço.

07:31Poderia ser preferido porque não importa como ele gasta dinheiro.

07:34O que interessa é se faz as melhores práticas para os que querem resolver o conflito.

07:39Ou poderia ser um tribunal pior,

07:41instalações velhas,

07:43com menos credibilidade e mais demora nos processos.

07:45Qualquer semelhança é mera coincidência, hein?

07:48E que não gastasse com futilidades,

07:50poderia custar muito menos para os que tenham mais tempo a esperar.

07:54Da mesma forma,

07:55pode acontecer com qualquer setor

07:56que seja completamente privatizado e desregulado.

08:00Mesmo o pior e mais barato dos serviços,

08:02provavelmente seria melhor que o serviço caro

08:04que é cobrado em um sistema estatal.

08:06Isso tudo, é claro, usando argumentos utilitaristas,

08:09já que essa discussão toda nem deveria ser necessária

08:12se compreendêssemos a ética libertária.

08:15O anarcocapitalismo se baseia na ética.

08:17Isso implica liberdade individual e apenas individual.

08:21Transgredir a propriedade,

08:22um indivíduo a propriedade de si mesmo,

08:25fere a ética.

08:26É antiético tirar o poder de escolha

08:28e confiscar sob ameaça qualquer propriedade privada alheia.

08:31Ninguém pode ser obrigado por quem quer que seja

08:34a pagar por um serviço que não queira consumir.

08:36Visões utilitaristas acabam sempre aparecendo

08:39porque todos queremos soluções,

08:41mas elas sempre estão em segundo plano em relação à ética.

08:44Rothbard explicou bem em A Ética da Liberdade.

08:47Uma das conclusões dele sobre o conflito

08:49entre utilitarismo e ética é que

08:51não há nenhuma maneira de medir a qualidade

08:54e o sucesso de um produto

08:55pelo qual os consumidores são forçados a pagar.

08:58Enquanto essa compreensão da maioria das pessoas

09:00não supera a propaganda estatal,

09:02temos que aproveitar as brechas

09:04que esses criminosos nos dão

09:05para expor a falha sistêmica deles.

09:07Sempre que possível,

09:09use ferramentas privadas

09:10e proteja a sua botija

09:12das bocas sedentas do Estado.

09:14Obrigado por sua audiência.

09:16Esse artigo é sugerido por Miss Clotilde,

09:18escrito por Vini Barbosa,

09:20revisado por Stanley Calderelli

09:22e narrado por Salander.

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