A Opinião de José Sócrates 11 de Maio 2014
  • há 10 anos
Com classe, o meu amigo Sócrates apresentou-se com uma dose de segurança e conhecimento dos assuntos comentados, contra a falta de conhecimentos e insegurança de José Rodrigues dos Santos que se tornaram muito notórias ao longo de todo o Comentário (da entrevista que Sócrates fez ao Jornalista).José Rodrigues dos Santos começou por avisar José Sócrates de que era o último comentário antes do período destinado à campanha eleitoral para as Eleições Europeias.
Questionado que foi sobre o resultado das referidas eleições Sócrates refere que é difícil falar de algo, não se sabe quem ganha ou quem perde, além de que se trata de umas eleições com um formato singular entre Portugal e a Europa. Na Europa está em causa o princípio da participação dos estados conforme está determinado nos tratados da EU. Nestes 3 anos prevaleceu o domínio da Alemanha a liderar o que está contra o espirito do tratado de Roma e seguintes, a participação dos estados claro que é, de lógica, terá de ser proporcional ao tamanho do estado(Sócrates explicou a Rodrigues dos Santos),a França é o segundo maior País da EU, logo os maiores participantes no Orçamento da EU são exatamente os países mencionados. Ao que se assistiu foi a uma manobra da Alemanha em que se verificou o esvaziamento da comissão. Nestes 3 anos a comissão desapareceu com as atribuições para que foi criada. A igualdade económica desapareceu dando lugar a a uma denominação ideológica neoliberal, todas as reformas vão no mesmo sentido “ mercado de trabalho” e “desproteção Social”do discurso europeu desapareceu a igualdade entre os estados, enquanto começam a aceitar que estão á beira da deflação.
À demagogia do PPC Sócrates diz ser fundamental : saber o que foi proposto pelo governo aquando das eleições (promessas eleitorias)o chumbo do PEC IV e o programa de ajustamento que foi elevado para o dobro do proposto e assinado por ele Sócrates. Alguns comentários sobre o proposto por PPC , aquando das eleições de 2011 disse que o estado nunca se iria apropriar das pensões,impossível. Quanto aos salários impossível, isso não! O documento de estratégia orçamental não teria aumento de impostos nem redução de salários. Pois, tem as duas coisas. Mencionados os valores da abstenção das europeias que no passado foi de 63%, se a abstenção for de 70% o que conclui Sócrates (esta uma questão do Rodrigues dos Santos). A acontecer a responsabilidade é não só dos políticos mas também dos jornalistas por não terem feito o trabalho necessário. A abstenção de 70% é lida por Sócrates como se tratando de desconfiança com quem está no governo e com quem está na oposição. Com um sorriso nos lábios Sócrates disse nunca ter visto um governo tão empenhado numas eleições. Pois! Digo eu, nunca um governo gerou tanta desigualdade, nem nunca as contas públicas tiveram saldos tão apetitosos 130% do PIB.
Susana Lourenço -11/05/2014