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  • há 1 dia

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Transcrição
00:00Eu acho que antes de qualquer coisa a gente tem que pensar sobre a dimensão do que é a violência de gênero nesse país.
00:07Então eu acho que esse é um primeiro dado que a gente tem que pensar.
00:09A cada seis horas uma mulher vítima de feminicídio.
00:12Então a gente está tratando aí de uma grande epidemia.
00:15A gente tem uma primeira questão que é o quanto que essa violência de gênero é legitimada pelo Estado.
00:21Então essa legitimação do Estado, ela enfraquece as estruturas do Estado.
00:25Então considerando isso a gente tem um pouco de investimento.
00:29A gente tem poucas pessoas para estarem dentro desses fluxos.
00:33Hoje a gente tem uma legislação do Brasil que é bem forte nesse sentido.
00:37E algumas estruturas criadas tanto no âmbito do judiciário como também segurança pública
00:42que dariam conta numa parte estrutural do fenômeno.
00:46Mas a gente não tem como dar conta do fenômeno a partir da violência praticada.
00:51A gente precisa pensar sobre como combater a violência de gênero em outros espaços.
00:55Anteriormente a isso.
00:57E trazer os homens para esse debate.
00:59E somado a isso, quando a gente tem situações de violência tentadas ou consumandas,
01:05que essa estrutura consiga dar conta.
01:09Mas nunca vai conseguir dar conta.
01:11Eu acho que faltam duas coisas.
01:12Primeiro é o incremento orçamentário.
01:15É necessário que haja um orçamento maior voltado para o enfrentamento à violência de gênero.
01:20Segundo, uma intersetorialidade.
01:23É importante que as políticas dialoguem entre si.
01:26E somado a isso, eu repito, não adianta a gente estruturar o sistema, investir no sistema,
01:32se a gente não investe no combate ao discurso misógino, ao discurso de ódio,
01:37a essa narrativa que mata mulheres e meninas todos os dias.
01:41Obrigado.
01:42Obrigado.
01:43Obrigado.
01:44Obrigado.
01:45Obrigado.
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