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O sonho inusitado dos filhos de Gusttavo Lima, que só andaram de jatinho, é andar de ônibus. O Morning Show debate a criação na "bolha" e a dificuldade dos pais famosos em expor os filhos à realidade. Qual o limite entre dar conforto e preparar a criança para a vida? A bancada ainda analisa o encontro de uma fã com Elize Matsunaga e a glamourização de criminosos na cultura pop.


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Transcrição
00:00A presença do Yuri Buzinha aqui no nosso estúdio é pra falar justamente sobre isso, sobre sonhos.
00:04Porque você viu que os filhos do Gustavo Lima, de 8 e 7 anos,
00:09disseram que o sonho deles é ao contrário do meu e de muitos outros,
00:12dizendo, olha, eu queria andar de transporte público.
00:15É o feliz no simples, doutor.
00:18As coisas mudaram muito, com certeza.
00:20Porque eu também, quando eu fiz 18 anos, a primeira coisa que eu fiz foi
00:23quero tirar minha carteira de motorista.
00:25Independência, né?
00:26O psicotécnico e tudo mais.
00:27Porque era também uma outra geração, onde não existia Uber,
00:30onde o transporte público era totalmente diferente.
00:33Hoje as pessoas têm uma visão muito distinta do transporte.
00:37O que é muito valioso também, porque hoje a gente tem a mobilidade pelas bicicletas,
00:41hoje a gente tem outras formas de transporte que não estão vinculadas apenas ao carro.
00:46Então, esse sonho é muito interessante também.
00:48Mas sonhar em andar de transporte público, é porque realmente todos os sonhos foram realizados, eu acho, né?
00:54E aí fica aquela questão também, como explicar para o meu filho que a vida é difícil,
00:59sendo que a dele é fácil.
01:00E eu acho que no caso deles ali também tem uma outra especificidade,
01:04porque a família é muito famosa.
01:07Então, existe uma dificuldade de interação ali com um pedaço do mundo,
01:12porque ir até uma farmácia já se torna algo muito difícil.
01:15Ir até o mercado é algo que se torna muito difícil.
01:18Então, naturalmente, os sonhos se tornam muito diferentes
01:20daqueles que vivem uma outra realidade.
01:23É, e ainda mais pegar um busão lotado, que é a realidade de muitos brasileiros,
01:27horário de pico, enfim.
01:29É uma série de questões que a gente precisa avaliar, né, mano?
01:32Pois é, mas essa coisa de criar o filho na bolha é algo que me preocupa, viu?
01:36Porque muitas vezes, realmente, as pessoas crescem sem noção de contato com a realidade, né?
01:42E aí, o transporte público vira uma coisa exótica.
01:46Olha só, parece uma viagem ao zoológico, né?
01:49Olha as pessoas no metrô.
01:51E eu acho que é algo bem interessante que você citou,
01:53porque a criação de uma bolha para os filhos não ocorre somente,
01:57num caso de alguém famoso, por exemplo.
01:59Isso ocorre no geral da criação das crianças,
02:02onde existe, muitas vezes, um ato de preservar tanto
02:05que a criança tem dificuldade de entender o que é o mundo,
02:08o que é o outro, o respeito, uma empatia, assim por diante.
02:12É, inclusive, muitas pessoas nos acompanham aí no transporte público,
02:18mas também outras dirigindo pelo rádio, né?
02:21Afinal, o morning show sempre presente na vida dessas pessoas.
02:24Então, eu agradeço a elas, porque para quem está no rádio,
02:27a gente fica por aqui e amanhã a gente está de volta às 10.
02:31Para as outras plataformas, nós seguimos, mano.
02:33Pois é, mas como equilibrar o desejo de dar segurança e conforto para o filho
02:39e a necessidade de não prendê-lo numa bolha, Yuri?
02:43Olha que forma interessante que você colocou.
02:46O que é conforto e segurança?
02:47Isso é uma coisa que as pessoas precisam avaliar.
02:50Cada família, cada pessoa vai ter ali a sua moral, a sua ética,
02:54a sua criação familiar e assim por diante.
02:56Então, é importante com que os pais vão traçando pequenos desafios para as crianças,
03:00onde muitas vezes quem vai ter que suportar a dor vai ser muito mais o pai do que o próprio filho.
03:07Tem uma cena de um filme muito famoso, na realidade,
03:11que conta a história de um grande músico que era cego.
03:16E esse músico, em certa situação, ali a mãe acabava ajudando várias vezes ali ele
03:21por várias e várias situações.
03:23Mas o mundo não vai ajudar aquele indivíduo eternamente.
03:26Então, existe uma cena muito dramática ali, onde a mãe chora vendo o filho se tropeçar ali,
03:33mas deixando com que ele mesmo crie a autonomia.
03:37Então, muitas vezes, para a criação dos pais, para a criação ali dos nossos filhos,
03:41a gente também vai ter que, em certo momento, suportar um pouco isso,
03:45porque é para a criação dele, para a fortificação do outro,
03:49para que crie-se individualização.
03:51Mas sabia que eu acho que, nesse caso aqui, é um exemplo de humildade?
03:56Por que é um exemplo de humildade?
03:57Nós vemos, muitas vezes, em grupos privilegiados,
04:00um certo preconceito em relação ao ônibus, ao transporte público, à vivência.
04:07O Gustavo Lima veio, ele foi pobre muito tempo na vida dele,
04:11trabalhou muito para chegar onde ele está.
04:13Então, a gente não vê a demonização do ônibus.
04:16Provavelmente, isso nasce de alguma história,
04:18que o pai contou de como era difícil para ele,
04:20como que ele pegava muito ônibus.
04:22E, por parte das crianças, uma romantização daquela realidade,
04:26que a gente sabe que não é uma realidade simples.
04:28Então, eu até acho que, mano, não é uma bolha.
04:31É interessante ver que não existe uma demonização do tipo,
04:34ai, ônibus? Não, jamais.
04:36Eu acho que isso é importante a gente ter também,
04:38porque não é uma visão de preconceito, de raiva, de ataque.
04:42E um outro detalhe que me chamou muito a atenção nessa entrevista,
04:45mais do que o ônibus,
04:47é que, quando perguntado sobre voo comercial,
04:50o Gustavo Lima disse que os filhos nunca andaram de voo comercial,
04:53só de jato.
04:54Mas isso não é uma bolha, o que é?
04:57Não, mas, assim, eu não acho bolha, não.
05:00Eu acho, pô, que bom que eles têm...
05:01O bolha não é sinônimo de preconceito,
05:03mas é uma bolha, não é o mundo real.
05:05Não, não é uma realidade.
05:07Mas, assim, eu acho que quando a gente fala de bolha,
05:09a gente tem que ver que as realidades são diferentes
05:11e que não dá para a gente fingir
05:13que o filho de um bilionário vai ter a vivência
05:15ou que ele deveria ter a vivência
05:17de uma pessoa que nasceu com uma dificuldade financeira.
05:21Mas a questão é que, quando está ali na bolha,
05:24muitas vezes a pessoa perde a referência
05:26do que é o normal para a maioria das pessoas.
05:30Então, se a pessoa está acostumada a ter jatinho para tudo,
05:33muitas vezes ela normaliza isso.
05:35Ela acha que todo mundo tem o jatinho para tudo
05:37e que ninguém usa...
05:38Mas crianças de 7, 9 anos, assim,
05:41eu acho que isso é normal mesmo.
05:42E mais, eles estão falando sobre o ônibus,
05:45sobre o transporte público.
05:46Então, eu imagino que existe dentro de casa,
05:49dentro deste casal,
05:50uma criação que inclui estas outras realidades,
05:53mas que também não força a barra do tipo,
05:55ah, vamos...
05:56Não acho que o pai, o menino milionário tem...
05:58Vamos andar de ônibus hoje.
05:59Não, isso é uma escolha do pai.
06:00Eu acho que...
06:01Eu não vou criticar o Gustavo Lima
06:03pelos filhos dele, só tem andar de jato.
06:05Tudo bem para mim.
06:06Eu não estou criticando, mas é uma bolha.
06:07E antes de tudo o que vocês estão falando,
06:09eu tenho duas opiniões.
06:10Uma que é melhor ele andar com o jato do pai
06:12do que um emprestado,
06:13que às vezes pode gerar conflito de interesse.
06:15E outra...
06:16É boa.
06:17É sobre quem realmente você coloca como ídolo ali
06:21ou como você tem de sonho.
06:23Porque vocês viram um rapaz que postou uma foto
06:26que encontrou a Elize Matsunaga na rua,
06:28andando com o cachorro.
06:29Inacreditável.
06:29E aí ele simplesmente postou e disse,
06:31ela é muito fofa comigo.
06:33Depois que essa série Tremembé veio à tona,
06:36parece que as pessoas estão idolatrando também
06:38esses personagens, né doutor?
06:40Sem sombra de dúvida, né?
06:41Porque dentro das séries,
06:43a gente consegue entender o funcionamento
06:46que para o mundo caótico,
06:47muitas vezes a gente não consegue ver
06:49e entender com todos os detalhes.
06:52Então tem um começo, um meio e um fim.
06:54A gente vai entendendo toda a narrativa.
06:56A gente vai sendo atraído por isso.
06:58E quando a gente vai lá e esbarra com as pessoas
07:00ao redor ali,
07:01a gente tem uma projeção, muitas vezes,
07:03achando que aquilo que foi passado na série,
07:05aquilo que tem toda a narrativa construída,
07:07é a realidade.
07:08E não é bem assim, necessariamente.
07:10E óbvio que, assim, independente de quem seja,
07:13a gente tem sim que entender
07:15que todo mundo merece o respeito.
07:17Mas isso não quer dizer que a gente tenha que ter
07:19a admiração,
07:20que a gente tenha que ter uma inveja,
07:23ou que a gente tenha que seguir aqueles passos, né?
07:25É, porque foi uma mulher que...
07:27Bandidolatria, né, que é o nome.
07:28É essa questão de romantizar.
07:30Num debate que nós tivemos aqui,
07:32eu disse, inclusive,
07:32que não assistiria a série
07:34por uma questão de respeito às vítimas
07:36e uma romantização
07:37de pessoas que são algozes
07:39de famílias, realidades e vidas.
07:41A família que perdeu o filho,
07:43a filha que perdeu o pai,
07:45ela não vai achar fofa?
07:47Vamos tirar uma foto.
07:48Ai, que linda, que tudo.
07:49E tá cheio de vídeo no TikTok
07:51da Elisa Matsunaga
07:52como uma resistência,
07:55como uma romantização mesmo.
07:57E isso é muito problemático.
07:58A gente não deve ser conivente.
07:59Acho que respeito é...
08:01Não tô falando pra ninguém atacá-la,
08:03mas assim,
08:04a partir do momento que você se declara fã
08:06de uma pessoa que fez o que ela fez
08:08com o marido...
08:09Colocou na legenda.
08:10Sou fã dela, né?
08:11Isso é uma loucura,
08:12mas a imensa maioria das pessoas
08:14que assistem a série
08:15não são fãs dos criminosos, né?
08:17Estão assistindo a Elisa...
08:18É, eu assisti e não sou fã.
08:19Exato.
08:19Eu também.
08:20E eu achei a série interessante,
08:22porque lhe ajuda a entender
08:25um pouco da cabeça maluca
08:26dessas pessoas que estão muito longe
08:29de serem heróis.
08:30E é esse o efeito que a série causa,
08:32porque ela consegue fazer com que a gente
08:34que tenha uma outra visão,
08:36que vê o mundo de outras formas,
08:37consiga compreender um pouco
08:40essa narrativa que é construída internamente
08:42dentro de pessoas que são atípicas,
08:44vamos dizer assim.
08:44Inclusive, a série vai continuar sendo exibida,
08:46porque o Sandrão perdeu a ação na justiça
08:49que ela entrou ali
08:50pra que fosse proibida essa série.
08:51E aí vai continuar disponível na plataforma.
08:54Agora,
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