A deputada federal Caroline de Toni articula a saída do PL para disputar o Senado por Santa Catarina pelo Partido Novo. A mudança ocorre após o PL priorizar a pré-candidatura de Carlos Bolsonaro ao cargo. De Toni tinha acordo para ser o nome do partido na disputa em 2026. Com a mudança de cenário, ela ficou sem espaço na sigla.
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00:00Para disputar o Senado por Santa Catarina, a deputada Caroline de Tone está muito próxima de trocar de partido o PL pelo Novo.
00:10Desde a última semana, a parlamentar tem intensificado conversas com seus aliados para formalizar essa saída da sigla liberal.
00:18De Tone vinha trabalhando com a expectativa de ser a candidata oficial do PL ao Senado em 26,
00:23compromisso que havia sido feito junto ao governador do Estado, Jorginho Mello, mas que foi desfeito após Carlos Bolsonaro lançar sua pré-candidatura ao Senado por Santa Catarina.
00:35A partir daí, o Partido Liberal passou a priorizar Carlos e deixou de Tone sem espaço.
00:42Inclusive, havia uma sinalização de que Jorginho poderia disputar a reeleição com o Carol de Tone na vice.
00:49E aí, ao final do mandato, ele sairia para disputar um outro cargo e ela ficaria pouco mais de meio ano à frente do governo de Santa Catarina,
01:00já se projetando para uma eleição ao governo do Estado.
01:04Começar essa com o Henrique Krigner, muitos falam o seguinte, Krigner, Carol de Tone é uma jovem parlamentar, tem muito talento
01:12e uma carreira possivelmente longa no Congresso Nacional.
01:17Seria escondê-la, né? Colocá-la na vice de Jorginho Mello.
01:22Enfim, como avaliar essas articulações e a possibilidade de ela deixar o PL pelo Partido Novo para disputar o Senado?
01:29É, acho que agora cai por terra aquela justificativa anterior, que logo que se instaurou essa crise ali no cenário da direita em Santa Catarina,
01:37veio a justificativa de que não, não, isso tudo está bem alinhado, isso já estava combinado, já se sabiam muito bem,
01:45já estava alinhado, inclusive, com o próprio presidente Bolsonaro.
01:49Agora ficou claro que não, porque a própria Carol de Tone agora, então, começa a migrar procurando por uma nova casa,
01:57um novo partido para poder viabilizar sua candidatura.
01:59Ou seja, não estava tão bem alinhado assim a vinda e indicação de Carlos Bolsonaro como um nome ao Senado catarinense.
02:08Fica claro isso, né? E às vezes é bom dar tempo ao tempo para que as coisas vão se esclarecendo.
02:15E agora, vamos ver como é que vai ficar o cenário ali.
02:18De fato, eu concordo, Caniato, o trabalho que a deputada Carol de Tone tem tido
02:24e também a liderança que ela tem exercido, inclusive nas bases locais,
02:29seria muito fragilizado no cargo de vice-governadora,
02:31a não ser que ela assumisse uma pasta de muita, como é o caso em alguns estados,
02:38de que o vice-governador assume uma pasta de extremo destaque e contato com a população.
02:44Mas, ainda assim, no cenário que a gente tem falado aqui,
02:46na necessidade de lideranças firmes e conservadoras dentro do Senado Federal,
02:53o próprio cidadão catarinense vai fazer a conta e preferir Carol de Tone no Senado
02:59e não necessariamente aí como vice-governadora.
03:03Tem uma coisa que a gente precisa sempre considerar.
03:06Os acordos políticos, eles são feitos, as questões macro,
03:10elas também são levadas em consideração,
03:13mas dificilmente se consegue contrariar o desejo do eleitor local.
03:18E políticos que têm base local, que têm as suas lideranças estabelecidas,
03:23que cultivaram isso ao longo do tempo e colocam o seu CPF ali à disposição da população
03:30para representatividade local,
03:32dificilmente vão conseguir fugir daquilo que esses eleitores sinalizam.
03:36E é claro e evidente, cada vez mais claro e evidente,
03:40que esses eleitores catarinenses querem Carol de Tone como senadora,
03:44e não em nenhum outro cargo.
03:45Pois é, é curioso isso, né?
03:48Os acordos não podem desprezar a parte mais importante, né?
03:51Que é o eleitor.
03:53Você, Davila, Carol de Tone tentando viabilizar a sua candidatura ao Senado Federal,
03:58ao que tudo indica, pelo Partido Novo,
04:01e teríamos então três candidatos fortes, né?
04:04Conhecidos de centro-direita e de direita para disputar duas vagas.
04:09Alguém provavelmente ficará de fora.
04:13Bom, no momento, temos já dois vencedores com essa mudança.
04:18Primeiro, o Partido Novo, que ganha uma talentosa parlamentar
04:22como Carol de Tone para disputar uma cadeira no Senado.
04:25Segundo, o eleitor catarinense, que coloca em primeiro lugar já
04:31Carol de Tone como a franco-favorita na eleição para o Senado.
04:36E se tudo se confirmar nas urnas em dois mil e vinte e seis,
04:41haverá um terceiro vencedor.
04:43O Brasil, que precisa de pessoas como Carol de Tone.
04:49Essa sim, caráter, perseverança e mais, acima de tudo, coragem
04:57para os embates que precisam ser enfrentados no Senado,
05:02principalmente para fazer o Supremo Tribunal Federal
05:05voltar a ser uma corte constitucional.
05:08Você, Mota, como avalia essas articulações,
05:11as discussões em torno dos candidatos ao Senado Federal
05:14pelo Estado de Santa Catarina e essa provável mudança?
05:18Carol de Tone saindo do PL para o Novo.
05:23Eu acho muito bom que o Brasil tenha dois partidos de direita
05:28que sirvam como opções para uma parlamentar da categoria de Carol de Tone.
05:34Isso é coisa da política partidária, acontece nas melhores famílias,
05:41como está acontecendo agora.
05:43Não vejo nada demais nessa situação e fico satisfeito
05:47que o Brasil tenha mais partidos de direita que sirvam como opções para os políticos
05:54e que o Brasil tenha mais parlamentares da qualidade de Carol de Tone.
05:59A gente fez, certa vez aqui, Kriegner, uma análise sobre a estratégia do PL e de Carlos Bolsonaro,
06:08pensando e a reflexão que nós fizemos.
06:11Bom, se Santa Catarina é um Estado mais conservador,
06:14elegeria, certamente, Carol de Tone e Esperidião Amin,
06:18porque o Carlos Bolsonaro não apostou em um Estado sem tradição de eleger candidatos mais à direita,
06:28mais conservadores e liberais.
06:30E aí, enfim, depois a gente entrevistou o Eduardo Bolsonaro,
06:32que mencionou uma relação especial de Carlos com o Estado.
06:36Enfim, você acha que um talento ficaria de fora?
06:41Isso é ruim para os liberais conservadores?
06:45Enfim, ainda que muitos não acreditem que Amin seria o grande representante da direita,
06:49muitos o consideram social-democrata, enfim.
06:52Mas você acha que Carlos, por ser alguém da família Bolsonaro,
06:55poderia apostar em um outro Estado, em uma outra localidade?
06:58Eu acho, Caniato, que agora nós estamos vendo um fenômeno raro,
07:03que não existia antes, e a gente precisa se acostumar com ele,
07:06que é termos mais bons candidatos do que vagas disponíveis.
07:11Antigamente, nós tínhamos que caçar, né?
07:13Quem são os conservadores de verdade, ou quem são aqueles que são de direita?
07:18E, nossa, temos que votar em duas cadeiras no Senado,
07:21mas a gente só tem um, e olhe lá, candidato conservador de direita.
07:26Eu acho que, nesse cenário agora de Santa Catarina,
07:29tem mais opções do que cadeiras.
07:30E isso é novidade, e precisa, vai haver esse desconforto.
07:35O equívoco que aconteceu aí, na minha opinião,
07:38foi justamente da negociação.
07:40Eu não imagino que o eleitor catarinense tenha uma rejeição ao Carlos Bolsonaro.
07:45A rejeição foi ao Carlos Bolsonaro em detrimento de Carol Detoni.
07:50Acho que esse que é o fator grande que se colocou ali,
07:54porque se fez a conta, Espiridão Amin vem pelo PP,
07:57a outra cadeira seria a do PL,
07:59então quem seria o indicado do PL?
08:02Se fosse possível, então, uma negociação
08:05em que considerasse as duas chapas,
08:07ou mesmo duas cadeiras ali vindo do PL,
08:10ou mesmo até via PP,
08:12teria sido menos conflituosa essa decisão.
08:15Agora, com a nomeação de Flávio,
08:18também se abre mais uma oportunidade no Estado do Rio de Janeiro,
08:21que é o Estado, que Carlos Bolsonaro também tem tradição parlamentar
08:25e tradição eleitoral.
08:27Quem sabe isso não possa ser reconsiderado também.
08:30Mas, nessa disputa entre Carol e Carlos,
08:34me parece que quem vai pagar o preço mesmo
08:37é o senador Espiridão Amin.
08:40Isso aqui é muito bem relacionado, né?
08:42Uma vez que não consiga a vitória, né, Dávila,
08:46poderia ser agraciado com uma secretaria por Jorginho Melo,
08:49já que os dois são próximos, né?
08:51Agora, Dávila, e esse ponto destacado pelo Krigner,
08:55você acha que a manutenção da pré-candidatura de Flávio Bolsonaro
08:59poderia impactar nos nomes que disputariam o Senado
09:04por Santa Catarina?
09:05Carlos poderia, enfim, retornar ao Rio de Janeiro
09:08para disputar o Senado,
09:10já que Flávio disputaria nesse cenário a presidência?
09:13Certamente.
09:16Aliás, seria uma ótima medida.
09:19Porque Carlos Bolsonaro tem um índice de rejeição muito grande
09:22em Santa Catarina, apesar de ter...
09:25Ele está liderando algumas pesquisas,
09:28mas a rejeição é enorme.
09:29Então, quem tem rejeição grande pode abrir.
09:32Aí ele pode ser o perdedor e não a mim.
09:34Então, não sei o que vai acontecer em Santa Catarina.
09:36É um risco grande.
09:37Agora, se Flávio Bolsonaro mantiver a sua candidatura presidencial,
09:41aí abre a vaga para Carlos Bolsonaro disputar a eleição no Rio de Janeiro,
09:45onde ele foi 17 anos vereador da cidade.
09:48Então, ali ele tem uma base muito mais sólida.
09:51Faz todo sentido isso.
09:53Agora, esta dança das legendas, vamos dizer assim,
09:58ela é fruto de duas negociações paralelas.
10:02Primeiro é o desejo do ex-presidente Jair Bolsonaro
10:06querer que seu filho dispute a cadeira em Santa Catarina
10:10para o Senado Federal,
10:11porque Santa Catarina foi o estado no qual Jair Bolsonaro
10:15teve o maior número de votos, percentual.
10:18Então, ali parecia o que os ingleses chamavam de safe seats,
10:23uma eleição garantida.
10:26Foi por isso que Carlos Bolsonaro foi escolhido
10:30por Jair Bolsonaro para disputar a vaga lá.
10:32Mas aí aconteceu o arranjo da eleição de Jorginho Mello,
10:38que vai disputar a reeleição e quer o PP na sua chapa.
10:42E aí ele deu a vaga, ou se deu a vaga,
10:45a espiridão a mim e criou esse impasse.
10:48Então, é a sobreposição de uma negociação,
10:52de uma aliança local para a disputa do governo do estado,
10:57junto com esta configuração do PL
11:00para escolher um estado no qual o bolsonarismo
11:05tem uma força política incrível
11:06que poderia ajudar a eleger o filho de Jair Bolsonaro.
11:09Então, este confronto fez com que Carol Detone pagasse a conta.
11:15A saída é deixar o PL ir para o Partido Novo
11:19e manter a sua candidatura ao Senado Federal por Santa Catarina.
11:25Inclusive, o programa Os Pingos nos Is
11:26tem uma grande audiência no estado de Santa Catarina.
11:29Quero agradecer aos catarinenses pelo prestígio.
11:32Meu irmão mora em Florianópolis e me diz,
11:35olha, para onde eu vou,
11:36eu olho e tenho uma televisão ligada na Jovem Pan.
11:38Eles adoram acompanhar os debates
11:40que vocês fazem no programa.
11:42Muito obrigado pela preferência.
11:43Mota, queria só fechar com você,
11:47analisando um outro lado da moeda,
11:49um outro aspecto dessa notícia
11:52que diz respeito a uma preocupação diferente
11:56nessas eleições para a escolha
11:58daqueles que disputarão o Senado.
12:00Eu acho que até dá para conectar
12:02essa informação com a anterior.
12:05Vai ser uma eleição diferente para o Senado,
12:10possivelmente mudando um pouco a cara,
12:12já que dois terços serão renovados
12:14e há uma preocupação especial
12:16dos partidos em escolher a dedo
12:19aqueles que vão participar
12:21e com o reforço de governadores
12:24muito bem avaliados,
12:25que devem disputar o Senado pelos seus estados.
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