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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), afirmou que o déficit primário das contas públicas do governo do Lula (PT) será 70% menor do que o registrado na gestão anterior. Segundo o ministro, para uma análise correta, é essencial considerar o pagamento dos precatórios (dívidas judiciais). Haddad argumentou que "um bom economista não pode deixar de levar em consideração" esses valores ao calcular o resultado fiscal.
Reportagem: Rany Veloso


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Transcrição
00:00Informações ao vivo pra você da nossa reportagem.
00:03Vamos até Brasília porque o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o déficit primário das contas públicas do governo Lula
00:10será 70% menor do que no governo anterior.
00:14A Rani Veloso participa com a gente direto de Brasília.
00:18Rani, bom dia pra você, bem-vinda.
00:23Muito obrigada, Roberto Nonato. Bom dia a você, a Soraya e a todos que nos acompanham ao vivo direto de Brasília.
00:28Pois é, a fala do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, foi feita ontem durante a reunião do Conselhão.
00:35O ministro da Fazenda disse que o governo vai sim terminar esse terceiro mandato de Lula
00:41com um déficit primário menor 70% em relação ao governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.
00:49E os dados do Tesouro Nacional comprovam isso.
00:52De acordo com o ministro, um bom economista não pode deixar de levar em consideração
00:59o pagamento das sentenças judiciais, que são os precatórios.
01:04O ministro chama essa manobra de calote.
01:08Vamos ver o que ele disse quando mencionou que o governo Lula tem total transparência nas contas públicas
01:17e também ressaltou que um país não pode viver de maquiagem.
01:22Ele se refere exatamente o que o governo passado fez quando adiou o pagamento dos precatórios.
01:30Vamos ver.
01:31Então, não é que nós não temos desafios pela frente de equilíbrio das contas.
01:36E isso considerando aquilo que não ia ser pago neste mandato,
01:40mas nós fizemos questão de pagar, que foi a questão do calote dos precatórios.
01:46Um país não pode viver de calote para maquiar a conta pública.
01:53Ele também falou que exatamente por ter as contas regularizadas
02:00e até com parâmetros internacionais, o governo deve continuar pedindo apoio ao Congresso
02:07para esse ajuste, inclusive na meta fiscal.
02:11E disse que tudo isso está sendo feito sem penalizar os mais pobres.
02:16Em relação ao salário mínimo, que foi reajustado nos últimos anos,
02:21de acordo com o ministro e também como a gente vem acompanhando,
02:24em relação também ao pagamento dos programas sociais
02:27e à correção da tabela do imposto de renda.
02:31Vamos ver o que ele disse.
02:33Nós estamos dando total transparência para as contas públicas
02:36e hoje a contabilidade pública respeita o padrão,
02:40voltou a respeitar os padrões internacionais.
02:43E é isso que dá força para a gente sentar com o Congresso
02:47e pedir o apoio do Congresso para continuar,
02:51para perseverar nesse ajuste necessário das contas públicas,
02:55que pela primeira vez na história não penaliza a base da pirâmide.
03:05Bom, de acordo com o ministro, isso vem ocorrendo
03:09porque o governo está conseguindo fazer uma contenção inteligente dos gastos
03:15além dos cortes dos gastos tributários,
03:19que são aqueles incentivos fiscais dados a empresas.
03:23Inclusive, o ministro mencionou a Faria Lima, o coração financeiro de São Paulo,
03:29dizendo que teve uma dificuldade de proporcionar esses benefícios sociais
03:33sem a resistência desse setor.
03:37E comprovando os dados que o ministro mencionou,
03:41que 70% a menos do rombo neste mandato do governo Lula,
03:46o Tesouro Nacional divulgou no último dia 26 de novembro
03:49exatamente esse levantamento.
03:51E de acordo com os dados, de janeiro de 2023 até outubro deste ano, 2025,
03:59o governo registrou aí um rombo, podemos dizer,
04:02de 356 bilhões de reais e 600 milhões.
04:08Já o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro,
04:10em um comparativo, de janeiro de 2019 até dezembro de 2022,
04:17registrou um déficit primário de 1 trilhão e 145 bilhões de reais.
04:25E, em relação aos governos Temer e Dilma,
04:28o déficit primário é menor 60%.
04:32Volto com vocês.
04:34Rani Veloso, direto de Brasília.
04:35Muito obrigado, viu, Rani, pelas informações.
04:37É assunto para a gente já trazer aqui uma rodada de análises
04:40com a Deise Siocari, que está com a gente nesta manhã.
04:43Daqui a pouco, Roberto Mota se junta a nós.
04:45Deise, final de ano chegou.
04:49A gente tem aí essa possibilidade de fazer contas,
04:52de dar esclarecimentos para a população.
04:54E o ministro Haddad fazendo um pouco desse papel também,
04:57falando desse déficit que será 70% menor que o governo anterior.
05:02Está correto? Qual é a tua impressão, hein, Deise?
05:04Bom dia.
05:05Nonato, não está correto.
05:07Bom dia para você, Soraya.
05:09Bom dia para a audiência da Jovem Pan.
05:12Tem alguns pontos para a gente pensar no meio disso tudo aqui, tá?
05:15O que o governo está fazendo é tentar transformar
05:19uma narrativa fiscal em trunfo político.
05:23Acho que não tem outra comparação para a gente fazer.
05:25Porque essa melhora no déficit,
05:28ela não nasce de uma mudança estrutural do governo, né?
05:32Muito menos a médio e longo prazo.
05:34Ela não nasce de fatores conjunturais e estruturantes
05:38que deram a possibilidade dessa melhora no déficit.
05:42E aí, quando ele compara, por exemplo,
05:44o governo atual com o governo Bolsonaro,
05:46seria a mesma coisa que eu comparasse, sei lá,
05:48o Brasil com a Suíça.
05:49Não faz o menor sentido,
05:51porque o governo Bolsonaro atravessou uma pandemia,
05:53atravessou praticamente um colapso econômico,
05:57teve que lidar com situações emergenciais.
05:59Esse governo que assumiu agora,
06:02ele está lidando com uma retomada de crescimento,
06:05uma retomada econômica,
06:06e mesmo assim ainda apresenta sobressaltos.
06:09Então, é uma comparação que não é honesta para se fazer
06:13e para se dizer o mínimo, né?
06:15E, além disso, esse governo atual,
06:17ele continua expandindo os gastos,
06:19e ele não apresenta nenhuma reforma estruturante
06:22que possa conter isso.
06:23Então, no médio e no longo prazo,
06:26essa questão do déficit, ela deve mudar.
06:29O que a gente está vendo agora
06:31é uma fala muito contundente
06:33em relação à responsabilidade fiscal,
06:36mas o que a gente tem são renúncias mal explicadas.
06:42O governo continua expandindo os gastos,
06:44e a gente tem algumas seleções
06:47em relação aos déficits que elas não se justificam.
06:50Então, em primeiro lugar, tem uma comparação aí
06:53que não faz o menor sentido,
06:55e o governo não apresenta,
06:56continua gastando e não apresenta
06:57uma resolução a médio e longo prazo.
06:59Então, não é uma comparação muito honesta
07:01para se fazer nesse momento.
07:03Um governo que sai de uma pandemia,
07:04que tem que lidar com o colapso econômico,
07:07e um outro que pega uma economia já em expansão.
07:10Então, é uma comparação que não deve ser feita.
07:12Ou seja, pelo que você está dizendo, Deise,
07:14na sua avaliação, esses números,
07:16pelo menos o que a Dade traz,
07:18não mostram uma solidez fiscal real,
07:21mas como se fosse um alívio momentâneo.
07:23Ontem, a gente trouxe resultado do PIB também,
07:26e o governo até acabou vendo
07:27como um resultado positivo,
07:29uma alta de 0,1% nesse terceiro trimestre,
07:34atribuindo esse consumo desaquecido
07:36da economia de uma maneira geral
07:37para os juros altos.
07:39E aí, a gente já está no final do ano.
07:40Isso vai refletir em 2026 também.
07:42Vai refletir em 2026,
07:45e eu arrisco dizer, Soraya,
07:46que até em 2027.
07:48Porque o que a gente tem visto aqui,
07:50por exemplo, na própria questão da LDO,
07:52ontem, se eu não me engano,
07:53ontem, antes de ontem,
07:55foi uma desoneração seletiva.
07:57A gente tem essas desonerações de 10%,
07:59que são renúncias mal explicadas,
08:03e programas que acabam pressionando
08:05a máquina pública.
08:06Então, é isso que a gente está falando.
08:08Não tem um plano claro de compensação,
08:10e isso no médio e longo prazo,
08:12e aí é isso que nós estamos falando aqui,
08:14no médio e longo prazo 2026, 2027,
08:17essa conta vai chegar.
08:18E provavelmente ela vai chegar
08:19para o próximo governo.
08:20Então, o grande problema
08:22são essas desonerações seletivas
08:24e essa falta de compensação,
08:27que é o que o Brasil não tem.
08:28Então, reitera que o governo segue gastando,
08:30não tem compensação,
08:31a bomba vai explodir ali na frente.
08:33Obrigada, Deise.
08:34Daqui a pouco a gente volta a conversar.
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