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O Brasil deixou o seleto grupo das 10 maiores economias do mundo. A perda de posição, segundo o economista-chefe da Austin Rating, Alex Agostine, é diretamente atribuída à taxa de câmbio e à desvalorização do real frente ao dólar.
Alex Agostine explica que, embora o Produto Interno Bruto (PIB) do país em reais continue em crescimento, a comparação em dólar (o critério usado no ranking global) foi prejudicada pela volatilidade cambial.

Assista à íntegra: https://youtube.com/live/vVqs9eAVcsU

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Transcrição
00:00Virando a nossa página para a economia, o PIB brasileiro volta a subir mais em um ritmo bem lento.
00:06Denise Campos de Toledo, eu esperei esse momento para te perguntar,
00:09qual leitura em relação a esses números no terceiro trimestre?
00:13Tivemos um pibinho, Denise?
00:15Exatamente, pibinho, que a gente já falou disso muito no passado.
00:18Aquela fase de marcha lenta mesmo da economia brasileira.
00:22Agora, em certa medida, até se esperava que isso acontecesse em função da manutenção dos juros altos.
00:26Mas o fato é que o PIB cresceu apenas 0,1% no terceiro trimestre.
00:32Nós temos uma arte para conferir os números.
00:34Olha lá, terceiro trimestre 0,1%.
00:36No trimestre anterior foi 0,3%.
00:40A expansão sobre o terceiro de 2024, mesmo período, a expansão de 1,8%.
00:46Lembrando que o PIB de 2024 teve uma expansão muito maior de 13,4%.
00:52O PIB até setembro, 2,7% de expansão.
00:56A economia vinha num ritmo mais acelerado de crescimento, mas deu essa freada.
01:01Nós tivemos até dados mais recentes da indústria, divulgados pelo IBGE nesta semana,
01:05que mostraram uma desaceleração mais forte.
01:07Nós temos uma outra arte para mostrar aí a composição.
01:11Dados que a gente deve prestar atenção.
01:12Serviços, que tem sido um dos carro-chefes da expansão da atividade,
01:18que teve crescimento de apenas 0,1% no trimestre.
01:20A indústria 0,8%.
01:22Tem um peso relevante da indústria extrativista,
01:25mas todos os segmentos tiveram expansão nesse trimestre.
01:29A agropecuária foi uma surpresa, esse avanço de 0,4%,
01:33por conta da sazonalidade que é atribuída, em parte, à segunda safra do milho.
01:37Então, ajudou a agropecuária, que tem tido um peso relevante
01:40no crescimento da economia brasileira desde o começo deste ano.
01:44Consumo das famílias é um dado que chama a atenção.
01:46Perdeu o ritmo, 0,1% apenas de expansão.
01:50Vem em desaceleração na comparação com o trimestre anterior,
01:53quando já tinha registrado uma certa freada.
01:56Consumo do governo, 0,1%.
01:58Investimento, 0,8%.
02:01Mas houve expansão.
02:02E aqui, em relação aos investimentos,
02:03eu chamo a atenção por 17,3% do PIB,
02:07que é o percentual de investimentos, a formação bruta de capital fixo.
02:11Quer dizer, o quanto que se está investindo na economia,
02:14que é um percentual muito baixo,
02:16para fazer diferença mesmo no ritmo de atividade,
02:19para garantir uma melhoria da infraestrutura,
02:21da oferta, através da indústria,
02:23nós deveríamos estar com um percentual de investimentos na economia
02:27acima dos 20%, 21%.
02:29Tivemos 17,3%.
02:32E ainda em relação a essa questão de consumo,
02:34do lado da demanda,
02:36nós tivemos importação com expansão de apenas 0,3%.
02:40Importação também é um termômetro da demanda doméstica,
02:43além de investimentos, claro,
02:45porque também tem importação de máquinas, de insumos,
02:48mas poderia estar num ritmo mais acelerado,
02:51até por conta da queda do dólar frente ao real.
02:54Então, é uma situação mais favorável para as importações.
02:58Exportações cresceram 3,3%.
03:01A gente vê aí que não houve um tanto peso assim do tarifácio de Trump.
03:04Brasil buscando outros mercados
03:07e já foi beneficiado com a negociação,
03:09não é, Tiago?
03:10O que houve recentemente com o Donald Trump,
03:13corte de tarifas para vários segmentos.
03:16Mas é isso, a tendência mesmo de desaceleração da atividade econômica.
03:20E a Denise continua com a gente,
03:21porque para falar sobre o PIB do país,
03:23o nosso entrevistado é o economista-chefe da Austin Rating,
03:27Alex Agostini, chegando aqui no nosso telão.
03:30Tudo bem, Alex?
03:31Uma honra te receber aqui, mais uma vez, na Jovem Pan.
03:34A gente está fazendo contato com ele para falar não só do PIB,
03:38mas também de outras questões.
03:40Bem-vindo, Alex.
03:43Olá, Tiago Merrach. Boa noite. Boa noite, beleza?
03:46Bom, antes da gente destacar o produto interno bruto,
03:49eu gostaria de perguntar o seguinte,
03:51um levantamento justamente da Austin,
03:53que mostra o Brasil fora das 10 economias do mundo.
03:58Quais fatores, Alex, contribuíram para isso?
04:00Olha, Tiago, a manchete parece que choca,
04:06no sentido de que, olha, o Brasil não fez a lição de casa,
04:09por isso que ele perdeu a posição.
04:11Na verdade, o que aconteceu com ele e a Rússia?
04:14Teve, da revisão de abril que a FMI faz para a revisão de outubro,
04:20ela teve uma valorização muito forte do rubro.
04:23A moeda da Rússia, que é o rubro,
04:28ela valorizou 39% dos dólares de ano em 2025.
04:33Com isso, a Rússia ultrapassou não só o Brasil,
04:36mas também o Canadá e impulsou ali na Itália,
04:39que é a oitava maior economia no PIB em dólares,
04:42que é utilizado para fazer esse cálculo.
04:44E, naturalmente, porque a moeda, o dólar,
04:46é a moeda que circula transnacionalmente no mundo inteiro
04:50para todos os tipos de negócios.
04:52Então, o Brasil teve a queda muito mais por essa mudança
04:57de valorização do que por uma queda de ritmo de atividade no Brasil.
05:04Ainda que os números do PIB, como a Denise colocou muito bem,
05:09já demonstram uma perda de tração de folho da economia brasileira,
05:14mas que está em linha com todo o processo de desacrestimento
05:18por conta dos juros altos para tentar trazer a inflação
05:23para um nível mais civilizado.
05:25Agora, Alex, qual é a sua expectativa para o fechamento do ano?
05:29Agora nós temos o finalzinho, é um período de maior movimentação,
05:32por exemplo, de comércio, nós temos o 13º salário,
05:36ainda tem os benefícios pagos pelo governo,
05:38mas os juros continuam em um patamar elevado.
05:41Qual a sua perspectiva daqui para 2026?
05:43Denise, nesse final de ano, a gente ainda tem uma atividade
05:49econômica muito forte, resiliente, no que diz respeito ao consumo das famílias.
05:55Ainda que o dado que você mostrou apresentou uma desaceleração,
05:59crescimento pequeno de 0,9%,
06:01vale lembrar que a taxa de desemprego está no menor nível histórico,
06:06a renda continua crescendo, mesmo diante de um nível de endividamento das famílias
06:12bastante elevado, de uma taxa de juros no maior nível desde 2006.
06:18Então, a expectativa é que essa desaceleração vai ser um pouco maior
06:22no início de 2026 e ao longo dele.
06:27Mas não estamos falando em crise, em recessão, nada disso.
06:30É o chamado de pouso suave dentro daquilo que o Banco Central espera.
06:35O consumo das famílias tenta desacelerar por conta dessas questões
06:39e está, de novo, mais uma vez, está em linha com esse cenário de juros altos.
06:45Agora, a desaceleração da atividade, Alex, em princípio, seria uma notícia negativa,
06:50assim como aconteceu com relação à indústria, os dados divulgados nessa semana,
06:54mas do ponto de vista do Banco Central, seria uma sinalização favorável
06:58e aí também do ponto de vista de perspectiva de corte de juros.
07:02O mercado se empolgou com essa ideia hoje de que a desaceleração maior da economia
07:07possa facilitar o início do corte da Selic.
07:13Exatamente, Denise.
07:15Aliás, só para ficar claro, se engana quem acha que o mercado financeiro gosta de juros altos.
07:21Pelo contrário, juros altos ele entrava a economia, então os negócios também ficam difíceis.
07:26Então, quando há uma aceleração que é esperada, naturalmente isso abre a possibilidade
07:32de uma queda de juros mais rapidamente.
07:35Na Oscar Rede, por enquanto, a gente ainda acredita que os juros podem começar a cair em parço
07:41quando o Banco Central terá muito mais informações consistentes
07:45de que a inflação está convergindo para aquilo que ele busca,
07:48que é muito mais alto no termo de 3% lá em 2007.
07:52Então, ele poderia ter uma queda maior ali de 0,5% em março.
07:57Mas o mercado financeiro, investidores, apostam que pode iniciar uma queda em janeiro
08:02de uma queda um pouco menor, 0,25% em março.
08:07Mas isso mexe com as expectativas, a gente fala muito positiva.
08:11A dissação da economia, ela é lamentada pelo governo, mas ela é comemorada pelo Banco Central
08:18porque ele precisa trazer essa inflação para um nível menor.
08:23E você colocou muito bem, o governo cresceu 1,3% nos gastos do governo.
08:28Enquanto isso não se aquecer, esse juros ainda fica um pouco elevado.
08:33Alex Agostini, economista da Austin Rating.
08:37Mais uma vez, obrigado pela participação aqui na Jovem Pan.
08:40Volto sempre.
08:42Obrigado a todos vocês e boa noite.
08:44O Denis, você perguntou para ele sobre o mercado financeiro.
08:46Como é que foi o desempenho do mercado nessa quinta-feira?
08:50Bolsa, dólar?
08:51Olha, o dólar teve até uma variação pequena.
08:53A queda de 0,04%, a cotação de venda do comercial em R$ 5,31.
08:58Agora, a Bolsa de Valores passou dos 164 mil pontos, quase 164 mil e 500 pontos do Ibovespa,
09:07alta de 1,68%.
09:10São recordes sucessivos da Bolsa de Valores da empolgação por essa possibilidade de antecipação
09:17do início do corte dos juros em relação à aposta dominante do mercado.
09:21E como o Alex disse, seria no mês de março.
09:24Mas o mercado parte, pelo menos, acreditando que possa ser em janeiro.
09:27E fora a reação a essa possibilidade de corte antecipado dos juros aqui no Brasil,
09:34tem a previsão de corte dos juros na semana que vem pelo Federal Reserve nos Estados Unidos.
09:38E aí pode aumentar o fluxo de investimentos aqui para o Brasil,
09:41reforçando ainda mais esse movimento de alta da Bolsa de Valores,
09:45que tem sido surpreendente, superou muito as expectativas para este ano,
09:49um avanço de mais de 35%, com várias ações despontando com uma lucratividade
09:55ainda maior do que do índice.
09:56Então é isso, a perspectiva talvez de uma antecipação do corte dos juros aqui no Brasil para janeiro
10:02e a previsão de corte dos juros nos Estados Unidos na semana que vem.
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