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  • há 5 horas

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Transcrição
00:00E o senhor chegou em casa de manhã, não encontrou ela?
00:02Não encontrei, só a porta aberta, esperei ela até quase oito horas, ela não apareceu.
00:06Eu vim, fiz a feirinha dela, tá em casa guardada.
00:10E quando acabar, quando eu voltei, já tava mortidando gente lá, que ela não tinha chegado.
00:13Você sempre faz a feirinha dela?
00:14Eu que faço, eu quem tomo conta dela.
00:16Só que ela não deixava ninguém morar mais, ela.
00:19Trava as galinhas dela, ainda tá lá, a polícia foi lá, viu, as galinhas tudo lá.
00:22Mas não mexeram em nada, a casa tá sã.
00:25A chavinha no canto que ela deixa, o cadeado no canto que ela deixa.
00:28Até eu fiz um quartinho lá em casa, pra minhas filhas que moram de São Paulo.
00:32Como mais, pra que você não vem dormir de noite, mas a gente aqui, né?
00:36Porque nós batemos um papo, você vai dormir, mas ela disse só o dedinho.
00:39Vou não.
00:40Eu pensei que ela ia fazer a caminhadinha dela, que nem ela faz de manhã, né?
00:43Faz cedinho, cedinho, né?
00:45Faz cedinho, porque ela tem medo do sol, porque ela tem até um problema na orelha.
00:47Quem trata é eu.
00:48Ela tem dois salários.
00:50Quem tira o benefício sou eu, porque há muito tempo ela tava tirando,
00:53tava querendo emprestar um dinheirinho pro povo lá, e o povo não pagava.
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