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O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, afirmou em evento da XP na manhã desta segunda-feira (1º), em São Paulo, que a taxa básica de juros permanecerá congelada por tempo indeterminado para garantir o controle da inflação. Segundo ele, o atual cenário exige “prudência e serenidade”, sem espaço para antecipar uma redução antes da próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom).

Galípolo explicou que o BC se reúne a cada 45 dias para decidir se mantém, reduz ou eleva a Selic, e reforçou que qualquer movimento depende das projeções atualizadas do comportamento dos preços. “A função do Banco Central é agir com responsabilidade. Não podemos criar a ilusão de que uma queda automática dos juros resolveria a inflação. Precisamos observar os dados com calma”, disse.

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Transcrição
00:00E o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, afirmou durante um encontro com investidores aqui em São Paulo
00:06que o PIX resolveu o problema que as stablecoins tentam resolver no exterior, mas de maneira mais elegante.
00:13Vamos acompanhar o trecho da fala de Galípolo no Fórum Político e Macro 2025.
00:19Só para dar um exemplo aí, a gente teve Black Friday com o 13º, o PIX bateu mais um recorde,
00:25297 milhões, se eu não estou enganado, de operações num único dia, no PIX,
00:32com várias notícias de plataformas que muitas vezes importam coisas da China,
00:37batendo recorde também durante a madrugada, de número de compras e tudo mais.
00:41Então, o ponto é, esse déficit de transações correntes, se você não tivesse,
00:46aquilo fica bem claro naquele box, o quântum que a gente importou da China cresceu muito,
00:52mas o preço também caiu muito, então no final do dia,
00:55ele está ali amortecendo, vamos dizer assim, um impacto que seria ainda maior,
01:00tanto para a déficit de transações correntes, quanto para a inflação.
01:03Ela está exportando desinflação ou deflação para a gente,
01:07efetivamente a depender do produto ali, nesse caminho ali.
01:12Mas eu acho que para a gente funciona como, a separação foi justamente para a gente poder evidenciar
01:18e deixar mais explícito que esse é mais um ponto que é menos questionável, vamos dizer assim,
01:24de uma resiliência por parte da demanda e do consumo na economia brasileira.
01:28Porque quando você vê as soluções que estão sendo pensadas lá fora,
01:32eu acho que nesse caso também o Brasil tem uma vantagem competitiva importante com o PIX.
01:36porque toda discussão de Stable ou de Central Bank Digital Currency,
01:41quando você vai ver o problema que você está se propondo a resolver,
01:45me parece que o PIX resolveu de maneira mais elegante.
01:47Porque enquanto o Stable não pagar juros,
01:51ele fica meio distante de cumprir as funções para aquilo que a gente chama de dinheiro.
01:55Tem algumas coisas mínimas que você precisa fazer para ser dinheiro.
02:00Não são simples de ser feitas.
02:02E o Stable não cumpre, eu acho, ela.
02:04Não cumpre ela plenamente.
02:07Especialmente quando você veda, como o Genius Act veda, o pagamento de juros.
02:12E aí me parece que ele compete menos com o Money Market,
02:15porque você fala assim, poxa, se eu posso receber juros sem risco,
02:19por que eu vou correr o risco do emissor privado e não receber juros?
02:23Porque parece uma escolha menos óbvia.
02:26E me parece que ele concorre mais com o Money.
02:28Ele é algo que é muito mais um meio de pagamento, efetivamente,
02:31do que uma reserva de valor ou uma aposta num ativo,
02:34como é o caso de um outro cripto.
02:35Ele me parece ser algo que se presta a ser um meio de pagamento.
02:40E aí, será que você precisa de um Stable para ter um meio de pagamento?
02:43Acho que o Brasil, quando você olha para a economia doméstica,
02:46você percebe que tem menos pegada,
02:48porque o PIX faz isso, cumpre essa função muito bem.
02:51Para cross-border payment, não.
02:53Para você fazer pagamento transfronteiriço,
02:56aí me parece que é ali que está o apelo do Stable para o mundo.
03:03E aí tem um tema de discussão bastante interessante.
03:06No Brasil, assim, você vai ver lá 92, 93,
03:08às vezes chegando a bater 95%, tudo Stable e 2, 3 ali que a gente conhece.
03:14É muito mais Stable do que cripto mesmo e muito relacionado com compras.
03:19E aí eu acho que tem um recorte que é esse recorte de você entender.
03:23O sujeito está usando o Stable para fazer a compra,
03:25porque ele é mais barato, mais fácil,
03:28ele é mais simples para fazer qualquer tipo de aquisição?
03:31É injusto.
03:32É uma solução privada que apresenta ajuste.
03:34Ou você está querendo ter uma opacidade na sua compra ali por alguma outra razão.
03:41Quando você começa a ver ali Stable comprando helicóptero,
03:44Stable comprando uma lancha, você fala,
03:46poxa, que coisa estranha, né?
03:48Às vezes você pode ter uma desconfiança ali.
03:49Então, se é isto, e acho que quem é sério no meio não quer isto,
03:52isso tem que ser afastado e regulado.
03:55E o Banco Central tomou medidas recentemente justamente para,
03:59olhando as melhores experiências internacionais,
04:01para trazer para a luz do sol o Stable e isso foi apoiado por todos aqueles
04:04que querem fazer o uso, o bom uso, vamos dizer assim, desse tipo de expediente.
04:09Mas tem uma segunda discussão, Caio, que é o seguinte.
04:12Os primeiros debates levavam a uma discussão de se o Stable muda o nível de depósitos ou não
04:17no sistema bancário.
04:19Isso afeta o nível de depósitos no sistema bancário ou não.
04:22A conclusão inicial é que não, porque no final do dia você vai comprar um Stable,
04:24vai comprar um título que vai virar um depósito.
04:26Ele não muda o nível total, mas ele pode mudar para onde foi o depósito.
04:30Ele pode mudar o share desse depósito.
04:32Então, ele pode sair de um banco para outro.
04:36Então, tem um pouco de um fear of missing out e você oferecer esse serviço,
04:40porque vai que um outro concorrente te oferece e você leva o cara embora.
04:44Mas também é a questão geográfica.
04:45Um cara que pode ter um Stable em um país, ele acaba levando para outro país.
04:49Então, há essa preocupação.
04:51E aí, acho que alguns países estão querendo responder com o CBDC,
04:54com o Central Bank Digital Currency.
04:55que eu também acho que não é simples,
04:58porque existe um tema de desintermediação a partir do Central Bank Digital Currency
05:02que provoca algum tipo de perturbação que não é simples no sistema.
05:07Eu acho que o caminho mais fácil era os países que têm sistema de pagamento instantâneo
05:12irem produzindo conexões entre eles.
05:15Isso.
05:16Muita gente diz assim, poxa, mas não tem estímulo para isso.
05:19Os próprios bancos reconhecem.
05:20A gente não avançou nessa agenda porque tem pouco estímulo na agenda de cross-border payment
05:25para você fazer esse tipo de conexão.
05:27Também era um pouco da discussão do PIX aqui internamente.
05:30Acho que o Banco Central desempenhou um papel essencial em produzir os estímulos para isso.
05:35Mas talvez o Stable agora seja justamente esse estímulo.
05:38Bom, a gente precisa pensar em como é que a gente produz uma alternativa,
05:41uma solução alternativa para esses tipos de pagamento.
05:45Então, do nosso lado, tem o análise do Stable sempre para o lado do Copom,
05:50que é de falar qual é o impacto macroeconômico, transações correntes e tudo mais.
05:55E tem esse outro impacto do ponto de vista de estabilidade e meio de pagamento,
05:59que eu acho que é uma discussão que está muito na ordem do dia dos temas centrais hoje,
06:03junto com a discussão de NBFIs.
06:05E o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo,
06:07ainda vê um ambiente de incerteza contra o tarifácio dos Estados Unidos.
06:12Para ele, a posição desconfiada e medrosa dos presidentes dos bancos centrais
06:17dificulta o entendimento do impacto das cobranças impostas por Trump sobre a inflação.
06:23Vamos ver.
06:25No etário, acho que tem dois vetores.
06:27O primeiro vetor é, logo quando começa a tarifa,
06:30todos nós nos debruçamos para tentar entender qual vai ser o impacto na economia global,
06:34como é que vai impactar a PIB, como é que vai impactar a inflação.
06:36E é verdade que as projeções que a gente tinha sobre esse ano
06:41não aconteceram como a gente imaginava, os impactos não aconteceram.
06:46Ainda existe muita essa discussão, é um lag, ou seja, é uma defasagem ainda,
06:49isso vai chegar ou não,
06:51mas a verdade é que em relação ao que se imaginava originalmente,
06:55não aconteceu.
06:57Você tem algumas versões para um lado e para o outro.
07:00De um lado tem, se ela é defasada e ela vai acontecer de maneira fatiada,
07:06ou seja, como o tarifa não vai ser aquilo que se imaginava,
07:09como um muro que sobe para todo mundo de uma vez,
07:10mas vai acontecendo em alguns setores, com alguns países,
07:14isso pode gerar algum tipo de inércia.
07:16Tem gente levantando isso como uma possibilidade.
07:19Tem um estudo que é quase um estudo, acabou virando um estudo quase sociológico
07:22para o Canadá, que é muito interessante.
07:24O Canadá, quando começou essa coisa da reciprocidade das tarifas,
07:28nos produtos, eles começaram a colocar nos produtos dos Estados Unidos
07:31um T vermelho no supermercado para você saber que aquele produto
07:34era americano e estava tarifado.
07:36E aí o produto subia de preço, então o consumidor sabia
07:39que o produto estava mais caro porque tinha a ver com a guerra comercial.
07:43E o que o Tiff disse para mim, o presidente do Banco Central do Canadá,
07:45ele falou assim, a gente tirou a tarifa, tirou o T,
07:48mas o preço não voltou, o preço continua lá.
07:50Para surpresa, no Brasil você não precisava fazer esse estudo,
07:54a gente já tem uma experiência maior sobre esses temas,
07:56então tem um pouco dessa preocupação.
07:58Mas quando a gente olha os debates que a gente vê,
08:02pelo menos que eu tenho participado mais lá fora,
08:05eu acho que há uma visão por parte do mercado predominante
08:08de que o tarifácio vai ser mais uma mudança no nível de preço
08:13do que um processo inflacionário em si.
08:15Por isso você não vê uma desencoragem na inflação nos outros períodos ali.
08:19E que no final o AI vai produzir ganhos de produtividade que vão sancionar integralmente
08:29ou parte do que está colocado aí no preço de ativos, especialmente em Bolsa,
08:33e que isso vai também permitir um mercado de trabalho mais solto.
08:37Ele vai ter menos pressão no mercado de trabalho,
08:39especialmente naquela fatia da mão de obra que parece ser um pouco mais cara.
08:45e que essa combinação de ganho de produtividade com o mercado de trabalho mais solto
08:49teria um cenário menos inflacionário.
08:53Essa é a visão da maior parte dos investidores que eu tenho ouvido nas conversas lá fora.
08:58Mas como vocês sabem, banqueiro central é sempre um bicho desconfiado,
09:01medroso, com receio do que pode dar errado.
09:03Então, quando você conversa com os banqueiros centrais,
09:06há mais uma cautela dizendo assim,
09:08será que esses preços não estão um pouco esticados?
09:11Será que por nível de tensão e incerteza que nós temos,
09:15pode ser que esteja um pouco nâmbio, preço, alguma coisa assim.
09:17Então, sempre existe uma ressalva maior por parte dos banqueiros centrais
09:22e por parte do mercado, acho um otimismo maior em relação ao do AI.
09:29Então, o curioso é que a gente vinha sempre desde o início, como você falou,
09:31oscilando entre o tema de um ambiente adverso e incerto.
09:36Era sempre ou ele estava mais adverso, estava mais incerto
09:38e quase sempre porque a incerteza reduzia,
09:42porque você tinha a materialização num risco,
09:44então você saía do ambiente menos incerto para um ambiente mais adverso.
09:48Eu acho que o tarifácio, enquanto um risco, ele se materializou.
09:51Os efeitos do tarifácio é que a gente ainda segue nessa dúvida
09:56para entender o quanto que ele está defasado e ainda vai chegar
10:00e se realmente vai se confirmar essa visão que me parece estar presente
10:03nas expectativas de que é uma mudança mais no nível de preço
10:07do que efetivamente uma mudança de uma inflação que vai desancorar.
10:12E aí
10:16E aí
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