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  • há 6 horas

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Esportes
Transcrição
00:00Olá, amigo do futebol e do seu arbitragem. Eu sou o Manuel Serapão Filho, ex-arpe da FIFA
00:06e também ex-integrante do Comitê Consultivo da Internacional Board,
00:13que participei até por ser autor do projeto VAR, que foi encaminhado pela CBF
00:19na administração do Dr. Marco Polidonero e com o Sérgio Corrêa como presidente da Comissão de Arbitragem.
00:25O único projeto que foi encaminhado à FIFA e à Internacional Board,
00:31que inclusive disparou o processo de agilização do VAR, que estava hibernando
00:37e que a Internacional Board e a FIFA não sabiam como agir, e nosso projeto deu a base de tudo
00:42e tudo que está aí hoje, afora os lances de interpretação sobre se foi ou não foi,
00:48que estavam fora porque a filosofia e como está, aliás, escrito o protocolo,
00:53é corrigir o erro claro, o erro indiscutível, para o jogo não perder sua dinâmica,
00:58não ser paralisado por ações em que o hábito vai passar lá no monitor,
01:02como a gente teve vivenciado um tempão prejudicando o desenvolvimento do jogo,
01:07sua dinâmica, ensejando paralisação e arbitragem.
01:10Não pode fazer isso, a arbitragem tem que dar dinâmica ao jogo.
01:13Pode muito bem.
01:15Com base desse pressuposto, que é o da mínima interferência do máximo benefício,
01:19ou seja, da utilidade da revisão realizada por um árbitro, por recomendação do VAR,
01:25é que nós vamos analisar o lance acontecido entre o Fortaleza e o Atlético Mineiro
01:30nessa tarde de domingo, dia 30 de novembro do ano 2025.
01:36Houve um impedimento, que não foi marcado pelo campo,
01:40um impedimento claro, em que o jogador interferiu no jogo,
01:44o jogador estava em posição de impedimento, interferiu no jogo, jogando a bola.
01:47O Rony lá na frente sofreu um possível penal, mas o hábito entendeu que não foi penal
01:53e lhe aplicou cartão amarelo por simulação e determinou o reinício do jogo com tiro livre e direto.
02:02Só que para o VAR, aquele lance foi penal.
02:07Então, o natural seria que o VAR recomendasse a revisão.
02:10Acontece que, se houve uma situação fática anterior, ou seja, um impedimento,
02:18o árbitro não poderia e não deveria ir ao monitor para analisar o lance
02:24que ele já sabia que não poderia ser modificado.
02:28Nem sua decisão de não penal, nem a decisão de penal,
02:33acaso eles convencessem com o entendimento do VAR,
02:37porque houve o impedimento anterior e o jogo deveria ser reiniciado com o tiro livre e indireto
02:44por impedimento.
02:46E essa deveria ter sido a ação da arbitragem.
02:50Olha, minha opinião é que não houve, que houve penal,
02:55mas houve o impedimento, então eu não posso recomendar a revisão para nada,
02:58porque o penal não pode ser marcado, e você reinicia o jogo com o impedimento
03:06quando você está dizendo ao mundo do futebol, como tem acontecido,
03:12que houve um penal lá, mas que não poderia ser marcado.
03:15Indiretamente você está dizendo isso.
03:17Só que, como houve a aplicação do cartão amarelo ao Rony,
03:21e o cartão amarelo não está no protocolo, o VAR recomendou a revisão.
03:25Se não tivesse havido a punição do Rony com o cartão amarelo,
03:28com certeza, e como já tem acontecido diversas vezes em nosso campeonato,
03:35tendo sido penal ou não penal, não há revisão,
03:39porque a revisão tem que ter uma utilidade dos limites do protocolo,
03:43marcar ou desmarcar um penal.
03:45Se houve o impedimento, não é possível fazer isso,
03:48o jogo tem que ser reiniciado com o tiro livre e indireto decorrente do impedimento.
03:53E não fazer uma revisão apenas para tirar o cartão amarelo,
03:58como eu disse, que só ensejou a revisão por conta do cartão amarelo.
04:02E não é esta a situação.
04:05Se não tivesse havido impedimento e houvesse o penal que o ato não marcou,
04:11aí sim, porque a revisão seria completa e justificada,
04:17porque o penal seria marcado.
04:18A edição tiraria o cartão amarelo do Rony e marcaria o penal.
04:23Mas como não há possibilidade de fazer revisão,
04:26não tem por que voltar para tirar o cartão amarelo,
04:28porque isso está fora do protocolo.
04:30O cartão amarelo aplicado ao Rony foi equivocado,
04:33poderia ter sido equivocado pelo ato,
04:36que poderia manter a sua decisão,
04:38inclusive, se não houvesse impedimento,
04:40ele poderia manter a decisão dele
04:41e de manter o tiro livre e direto por infração de simulação.
04:49Então, a única exceção que há para você retirar um cartão amarelo
04:54ou mesmo um cartão vermelho é quando há um impedimento,
04:57depois há uma falta tática lá na frente,
04:59e você revisa,
05:01mas aí o árbitro não vai,
05:03ele revisa o lance para reiniciar com o impedimento,
05:05mas o árbitro não vai no monitor.
05:07Isso é automático.
05:08O cartão foi por efeito tático,
05:11está retirado o cartão amarelo
05:12ou está retirado o cartão vermelho,
05:14conforme tenha sido por ataque promissor
05:19ou por clara oportunidade de gol.
05:21Então, o fato é que a revisão feriu o protocolo,
05:26foi, digamos assim,
05:27um jeitinho para poder tirar o cartão amarelo do Rony,
05:31porque, repito,
05:32se não tivesse sido aplicado o cartão amarelo,
05:34o jogo seria reiniciado com o tiro livre,
05:37indireto decorrente do impedimento.
05:39Você pode até dizer, torcedor,
05:41ah, mas isso não é justo.
05:43Concordo, não é justo.
05:46Mas acontece que o VAR
05:47veio para tirar o erro,
05:50claro, o erro óbvio,
05:51nos lances de penal e não penal.
05:54E se não é possível marcar ou desmarcar um penal
05:56por decisão errada do campo,
05:59não é possível fazer revisão
06:01por conta do cartão amarelo.
06:03E aí houve erro,
06:04tanto do Davi Lacerda,
06:06quanto do Weber Roberto Lopes.
06:08Foi, digamos assim,
06:10uma violaçãozinha do protocolo,
06:13que isso ensejaria a nosso sentir,
06:15até erro de direito,
06:17mas não creio que a tanto se chegue a essa análise.
06:22O fato é que houve um erro da arbitragem
06:25e feriu o protocolo VAR.
06:28Torcedor, foi bom conversar com você.
06:30Meus cumprimentos e até uma próxima oportunidade.
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