00:00Corrida contra o tempo. A NASA está planejando, junto a empresas privadas, um resgate espacial para salvar uma tecnologia bilionária e muito valiosa cientificamente.
00:15Estamos falando de um satélite lançado em 2004, fundamental para a astronomia. Vamos conferir agora os detalhes na reportagem.
00:24Uma missão de resgate inédita está sendo preparada para salvar um dos telescópios espaciais mais importantes da NASA.
00:35A iniciativa visa evitar que o observatório NIL, Gerald Swift, se aproxime demais da atmosfera e acabe totalmente destruído.
00:43Em operação desde 2004, o Swift perdeu altura ao longo dos anos por causa do atrito atmosférico, um processo natural para satélites em órbita baixa que não possuem propulsores próprios.
00:56Sem intervenção, o observatório deverá cair até o final de 2026.
01:00Há exatos dois meses, a NASA anunciou que a empresa Catalyst Space Technologies, do Arizona, foi escolhida para aumentar a altitude do Swift.
01:08A novidade revelada agora é o veículo responsável por colocar a missão em órbita, o Pegasus, um foguete da Northrop Grumman, que é lançado debaixo da asa de um avião L-1011 Stargazer.
01:20O método permite maior flexibilidade de trajetórias e reduz custos, além de dispensar estruturas tradicionais de lançamentos em solo.
01:28O Pegasus pode transportar cerca de 450 quilos para a órbita baixa e já acumulou 45 lançamentos desde 1990.
01:38Avaliado em cerca de 500 milhões de dólares, quase 2 bilhões e 700 mil reais, o satélite Swift foi projetado para estudar explosões de raios gama, fenômenos extremamente energéticos que ajudam cientistas a investigar eventos do universo primordial.
01:52No entanto, ao longo de 20 anos, ele foi perdendo altura. Sua órbita caiu de cerca de 600 quilômetros para algo perto de 400 quilômetros.
02:02A previsão é que o lançamento ocorra em junho. A data é crítica porque o Swift continua perdendo altitude e não há margem para atrasos significativos.
02:10A equipe da Catalyst monitora diariamente a órbita do telescópio para avaliar possíveis adaptações, como pequenas mudanças de altitude ou correções na fase de inserção.
02:19A equipe da Catalyst monitora diariamente a órbita do telescópio para avaliar possíveis adaptações.
02:26Depois de chegar ao espaço, a nave viajará até se alinhar com a órbita do Swift.
02:31O processo de aproximação deve durar de duas a três semanas.
02:35Antes de qualquer contato, o veículo irá fotografar e mapear o telescópio à distância, garantindo que sua condição estrutural seja compreendida em detalhes.
02:44A captura em si é o ponto mais delicado da operação.
02:47O robô de resgate tem cerca de um metro e meio de altura, pesa 350 quilos e usa três braços articulados para se prender ao Swift.
02:56No entanto, o telescópio não foi construído para receber manutenção, o que torna difícil encontrar áreas seguras para agarrar sem causar danos.
03:04A Catalyst vem analisando fotos de arquivo e consultando engenheiros da NASA e da Northrop Grumman para identificar pontos adequados de captura.
03:13O trabalho já definiu o local principal e alguns pontos de apoio alternativos.
03:16Com o telescópio seguro, a nave de resgate usará seus próprios propulsores para elevá-lo novamente aos 600 quilômetros originais.
03:25A expectativa é que essa manobra garanta mais duas décadas de operação científica.
03:29Caso tudo funcione como previsto, será a primeira vez que uma empresa privada captura e reposiciona um satélite do governo dos Estados Unidos.
03:36Embora a NASA já tenha realizado missões de manutenção antes, como as cinco idas ao telescópio espacial Hubble entre 1993 e 2009,
03:44essas operações foram feitas por astronautas e o Hubble foi projetado para manutenção em voo.
03:49Se tudo der certo, a operação poderá abrir caminho para resgates e manutenções mais frequentes e ágeis no futuro.
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