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  • há 19 horas
Transcrição
00:00Hora de falar da supertempestade solar que impressionou a ciência.
00:04Embora o fenômeno já tenha ocorrido há mais de um ano,
00:06estudos recentes conseguiram entender melhor a dimensão do que aconteceu.
00:10Olha só.
00:15A supertempestade geomagnética que iluminou os céus do mundo em maio de 2024
00:20não ficou marcada apenas pelas auroras registradas em lugares pouco comuns.
00:24Pela primeira vez, cientistas conseguiram observar em detalhes
00:27como um evento desse porte afetou a plasmasfera,
00:31camada de partículas carregadas que envolve o planeta
00:34e atua como uma proteção contra a radiação espacial.
00:37Um estudo, publicado pela revista Earth, Planets and Space
00:41e liderado pela Universidade de Nagoya, no Japão,
00:44mostra que o impacto foi muito maior do que se imaginava.
00:47Durante o período de 10 e 11 de maio do ano passado,
00:49a tempestade atraiu milhões de pessoas para ver auroras no México
00:52até regiões mais ao norte do planeta.
00:55Mas, além do espetáculo visual,
00:56o fenômeno comprimiu a plasmasfera a apenas um quinto de seu tamanho normal,
01:01resultado que chamou a atenção de especialistas em clima espacial.
01:05Esses eventos acontecem quando ejeções de massa coronal
01:08lançadas pelo Sol atingem o campo magnético terrestre.
01:11A interação entre as partículas solares e a plasmasfera
01:14provoca um encolhimento temporário dessa camada
01:17que normalmente ajuda a proteger humanos e satélites de radiação mais intensa.
01:21Porém, a variação dessa contração
01:23nunca havia sido observada com tanta precisão.
01:28A Agência de Exploração Aeroespacial do Japão
01:30registrou a supertempestade por meio do satélite Arase.
01:34A análise indicou que o limite externo da plasmasfera
01:37caiu de 44 mil para um pouco menos de 10 mil quilômetros
01:41acima da superfície terrestre.
01:43Esse recuo colocou diversos equipamentos
01:45em órbitas mais expostas aos efeitos da radiação.
01:48Com a camada mais comprimida,
01:50o campo magnético terrestre conseguiu carregar partículas energéticas
01:53para regiões mais próximas do Equador.
01:55Esse deslocamento provocou auroras em áreas que normalmente
01:58não presenciam esse tipo de fenômeno.
02:01Segundo o estudo, o processo de recuperação da plasmasfera
02:04levou mais de quatro dias.
02:06Esse tempo, duas vezes maior do que em tempestades anteriores,
02:09surpreendeu os pesquisadores.
02:11Os dados obtidos podem ser essenciais
02:13caso uma nova explosão atinja o planeta
02:15antes que a plasmasfera se recupere completamente.
02:19Durante essa tempestade de 2024,
02:21houve relatos de falhas elétricas em satélites,
02:24perda temporária de sinal de GPS
02:26e problemas em equipamentos agrícolas
02:28que dependem de navegação por satélite.
02:30Para cientistas que estudam o tema,
02:32compreender melhor esses processos
02:34ajuda no desenvolvimento de estratégias e prevenção.
02:43Tchau, tchau.
02:45Tchau.
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