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O motorista de carreta Dener Laurito dos Santos, de 52 anos, confessou à Polícia Civil ter inventado a história de que foi amarrado a supostos explosivos dentro da cabine do caminhão no Rodoanel Mário Covas, na Grande São Paulo. Comentaristas: Mano Ferreira, Diego Tavares, Anna Beatriz Hirsh, Cintia Castro

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Transcrição
00:00A gente repercutiu justamente sobre o suposto caso de sequestro com aquele caso do homem-bomba lá
00:05que interditou com um caminhão rodoanel por mais de cinco horas
00:09e, pelo jeito, a polícia foi mais a fundo, investigou
00:12e o motorista acabou de confessar que todo o caso não passou de uma armação dele.
00:17Pois é, ele mesmo quebrou o parabrisa com uma pedra que ele achou ali na rodovia,
00:22colocou supostas bombas ali como materiais dizendo que tinha sido sequestrado
00:28e criou toda essa situação interditando e até chamaram o GAT.
00:33Eu me lembro que a gente ficou repercutindo aqui, até tentando entender.
00:36Houve uma certa comoção até mesmo de um caso como esse, de uma pessoa sequestrada na rodovia
00:42e só depois de horas de tratativas junto ao esquadrão especializado da polícia que ele realmente se entregou.
00:50De que forma que foi isso? Por que as pessoas têm...
00:53Não sei se esse objetivo, se pode dizer assim, né?
00:56Se esse objetivo de chamar a atenção foi uma tentativa de chamar a atenção dele.
01:00Como é que a gente pode interpretar um caso como esse, Cíntia?
01:03Primeiro que a gente tem que pensar em vários pontos, né?
01:05A gente fala do estresse que o caminhoneiro acaba tendo.
01:08Ele trabalha horas e horas, apesar que a gente tem uma lei
01:10que ele é obrigado a andar tantos quilômetros, depois parar, dormir tantas horas e assim voltar.
01:16Mas existe o caso de estresse, existe também o estado emocional que a pessoa tem por estar longe
01:21e como ele quis alegar ali, né?
01:23Uma ação em relação à causa do caminhoneiro.
01:27Mas o que a gente tem que trazer também, eu sou de família de caminhoneiro.
01:30Cíntia, só um minutinho, a gente vai continuar complementando.
01:34Só pra recepcionar pra quem tá no rádio de volta com a gente.
01:36A gente tá contextualizando aqui aquele caso do caminhoneiro
01:39que fechou a rodovia, que ficou mais de cinco horas no Rodoanel, provocou interdição.
01:45Tiveram que chamar o Esquadrão Especial da Polícia Militar, Esquadrão de Elite, o GAT.
01:49E aí depois ele confessou que tudo se tratava de uma armação.
01:52E a gente tá fazendo aqui análise sobre esse caso, recebendo a Cíntia Castro,
01:57nossa psicanalista, trazendo o contexto aí sobre por que as pessoas buscam tanto,
02:01às vezes, esse protagonismo.
02:04E como a gente viu, realmente ele não foi vítima nenhuma.
02:06Ele é vítima dele mesmo, às vezes, das ideias malucas que ele teve.
02:10É o estresse, né? O estresse acaba trazendo isso, devido à carga.
02:14E também sou de família de caminhoneiro.
02:15E quando isso estava acontecendo, o que acontecia assim,
02:18fervendo dentro do grupo da família, os caminhoneiros todos falam,
02:21isso não acontece.
02:22O bandido, ele pega a carga, ele não faz isso com o caminhoneiro.
02:25E ainda mais colocar bomba falsa.
02:27E eles falam, pode olhar aí, pode pedir um examinho a mais,
02:30ou utilizou alguma coisa ilícita, porque isso daí é uma grande mentira, né?
02:35E realmente isso aconteceu.
02:36O que a gente vê é que ele está ligando uma causa.
02:39Ele vai tentar trazer de alguma maneira.
02:42Mas a gente traz o quê?
02:43Muitas vezes o estresse que a pessoa está passando dentro da sua própria casa,
02:47não tem condições de ficar tanto tempo dirigindo,
02:50tem o desgaste físico.
02:52E aí vem o chamar a atenção.
02:53Mas eu acredito que ele não esperava que ia ter repercussão do jeito que foi.
02:57E aí ele teve que sustentar a mentira,
02:59até quando ele foi tirado do caminhão e se jogando da maneira que foi.
03:02Você via que existia uma encenação para gente que trabalha com saúde mental, né?
03:07Era visível que a bomba ali não era verdadeira.
03:09É lógico que não somos peritos.
03:11Mas ele trouxe ali, ele mexeu com muita gente,
03:15comoveu, como você falou, muitas emissoras,
03:17trazendo aí uma classe que luta tanto para ser respeitada
03:20e que foi ali colocada como alvo de piada, entre outras coisas, né?
03:26Então ele mexeu com muita coisa.
03:27E agora ele tem que sustentar ele em cima disso o quê?
03:30Ele vai pegar e alegar que ele está ali defendendo os caminhoneiros,
03:33o que na verdade não é isso.
03:34E alegar até surto psicótico.
03:36É isso que a gente vê muito na nossa área.
03:37Tudo que dá errado é surto psicótico.
03:39Como se isso daí, né,
03:41fizesse com que a pessoa se isentasse da sua responsabilidade.
03:43Ele garante que não fez uso de nenhuma droga.
03:47O exame toxicológico ainda não saiu,
03:49mas ele garante.
03:50E segundo os policiais, no momento em que ele confessa,
03:54ele não chorou.
03:56Ou seja, o que você acha?
03:57Mostrando arrependimento, sim.
03:59É, ele confessou que, ah, não, não sei por que eu fiz isso,
04:03mas eu fiz.
04:04E posso só dar um parênteses, um a mais,
04:07para a mesma pergunta?
04:09Nesse caso, parece que houve algum tipo de planejamento.
04:14Porque ele atirou a pedra na janela,
04:17ele tinha aí os artefatos para fabricar supostos.
04:22Então, não é...
04:23Essa alegação de surto, e essa é a minha pergunta,
04:27assim, quanto tempo dura um surto?
04:29Porque ele teve que planejar tudo isso.
04:31Não é que ele simplesmente se tacou da janela do caminhão
04:34num momento de fúria.
04:36É algo que exige um planejamento.
04:39E aí, acho que a gente não consegue tanto encaixar essa situação
04:43nesse momento único que você não está pensando como você mesmo.
04:49Ali é para chamar atenção, isso de fato.
04:50Tanto que a bomba foi criada com cano de papelão,
04:55entre outras coisas.
04:56Foi tudo muito pensado.
04:57É, não tinha nada explosivo na bomba.
04:58É, e não foi nada ali que tem, normalmente.
05:00Ele foi lá, enrolou, pegou, saiu a pedra,
05:03prejudicou o próprio caminhão, fez tudo isso.
05:06E quando ele vai lá e ele não tem essa reação que é o normal
05:09de você pegar e ter uma comoção, chorar, se desesperar, pedir perdão,
05:14falar que não sabe o porquê isso aconteceu,
05:17isso aí sim, foi premeditado para chamar uma atenção,
05:20mas não em prol dos caminhoneiros.
05:22Isso é fato.
05:22Isso daí é para ele.
05:24A carência de ser visto, muitas vezes, faz com que a pessoa comece a isso.
05:27Mas aquilo que eu falei do surto, as pessoas alegam isso como uma desculpa.
05:32Em vez de ser uma irresponsabilidade.
05:33Saí de casa, não acordei bem, vou aprontar uma,
05:36vou ser visto por todo mundo e pronto.
05:39Eu quero que o mundo se exploda.
05:40É isso que a gente vê acontecendo direto.
05:42Olha só.
05:42Aliás, o filho atrapalhou de caminhoneiro, né?
05:44Porque no rodoanel, se um carro fura o pneu,
05:46ele já para por cinco horas tudo ali, né?
05:50Nem imagino quanto tempo alguns caminhoneiros,
05:52muitos caminhoneiros ficaram ali presos no trânsito
05:55por causa desse episódio aí a respeito desse...
05:58É, eu me lembro que até tem uns detalhes na coluna,
06:00tiveram que desviar o trânsito, enfim,
06:02uma série de transtornos que foram gerados.
06:04E a falsa bomba, ela era feita de fio de fone de ouvido,
06:08fita crepe, papel alumínio, água e um tubo de gás.
06:12Mas sem gás.
06:13Ou seja, não tinha capacidade explosiva nenhuma.
06:17Era uma coisa...
06:19Mas aí o pessoal teve que mandar o robôzinho do gato,
06:21teve que fazer a verificação.
06:23Isso não é uma postura quase infantil, assim,
06:28de querer chamar atenção a qualquer custo.
06:30Dá para dizer que tem uma regressão à infância
06:36meio bizarra aí nesse caso?
06:38Eu poderia até elevar um pouco mais profundo nisso da infância.
06:41Quando a gente fala da não validação, de não ser visto,
06:44e aí eu preciso apenas de um gatilho para aquilo que aconteça.
06:47E foi o que ele fez.
06:49Ele precisava ser visto.
06:50Só que talvez na cabeça dele ele não imaginava a dimensão que isso foi ter.
06:54E aquilo que ele falou, né?
06:56Os caminhoneiros se revoltaram muito.
06:58Porque aquela coisa, além de colocar a classe como algo não séria,
07:02porque eles passam violência,
07:04eles passam ali um estresse muito grande,
07:07carga de trabalho, longe da família,
07:09e ainda vem um colega, um suposto colega,
07:12e coloca a classe como se fosse de bagunça.
07:14E não é, né?
07:14O que é impressionante é que aparentemente é um pai de família, né?
07:17Alguém que trabalhou todos esses anos,
07:20que era casado e que faz um papelão como esse.
07:23Mas quando a gente fala de qualquer surto que a gente tem,
07:26vou usar esse termo, né?
07:27De surto, essa ideia de tentar ter uma ação
07:30para ter algum ganho secundário,
07:32a gente fala de tudo.
07:33A gente fala de assassino,
07:34a gente fala de quem rouba, de bandido.
07:36Todo mundo tem família.
07:36A gente não pode só se apegar a ele ter uma vida normal de trabalhador, né?
07:41E, por exemplo, né?
07:42Eu estava vendo, ontem,
07:43quando saiu no Instagram da Jovem Pan essa notícia,
07:46eu falei, não, não é possível.
07:48Sabe aquela coisa assim,
07:49não acredito no que eu estou lendo?
07:50E aí eu fui ler os comentários das pessoas,
07:53e uma delas tinha dito assim,
07:54nasce um político.
07:56E a gente está vivendo numa...
07:58Do neida, sim.
07:59Não, do nada.
08:00E assim, daí eu olhei,
08:02eu falei, cara, não é possível.
08:04Mas daí você começa a pensar no nosso passado recente,
08:08por quê?
08:09E aí a minha pergunta é essa, né?
08:11Por que que a gente torna pessoas como essa famosas?
08:16E acaba, de alguma forma,
08:18criando uma simpatia por uma pessoa que,
08:21sei lá,
08:22olha o que esse homem fez, entendeu?
08:24Ou tipo um bombinho.
08:24Não, tipo...
08:25Não, e depois vai pra fazenda, muitas vezes, né?
08:27Depois vai pro reality show.
08:30Ou assim,
08:30por que que a gente dá tanto espaço?
08:33É que nesse caso, não foi a gente que deu,
08:35ele que tomou esse espaço,
08:36porque ele bloqueou a rodovia.
08:38Deixa só a nossa especialista falar,
08:40porque faltam 30 segundos pra encerrar pra rádio.
08:42Aí o pessoal fica com a resposta.
08:44Na verdade é assim,
08:44as pessoas acabam falando,
08:45é gente como a gente.
08:47Então não é o político que tem aquela imagem,
08:50que vai roubar, fazer,
08:52que não vai lutar pela gente.
08:53Não.
08:53É alguém, é um trabalhador,
08:55que sente o que a gente sente.
08:57Então vamos colocar ele pra nos defender,
08:58que é aquilo que a gente acredita.
08:59Então por isso acaba tendo essa empatia.
09:01Então vamos lá.
09:03Então vamos lá.
09:03Então vamos lá.
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