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O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, afirmou na última quinta-feira (13) que a Cracolândia, no centro da capital, chegou ao fim. Para falar sobre o assunto, a Jovem Pan entrevista Felicio Ramuth (PSD), vice-governador de São Paulo.
Entrevistado: Felicio Ramuth

Assista ao Jornal da Manhã na íntegra: https://youtube.com/live/-1uMHfM1L8w

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Transcrição
00:00Oito horas e trinta e três minutos em um vídeo divulgado nas redes sociais, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, declarou que a Cracolândia, localizada no centro da capital paulista, chegou ao fim.
00:11Para falar sobre esse anúncio e todas as ações que estão sendo feitas para diminuição de usuários na região, nós recebemos aqui no Jornal da Manhã o vice-governador de São Paulo, Felício Ramut, que gentilmente nos atende.
00:25Senhor Felício, bom dia, bem-vindo aqui ao Jornal da Manhã.
00:28Bom dia, Nonato, Paula, Roberto e o Túlio, que estão aí nos acompanhando e a você que assiste a nossa Jovem Pan News.
00:36O governador Tarcísio, Nonato, logo no início da gestão, deu a missão de coordenar os trabalhos em relação à Cracolândia e esse trabalho integrado do governo do estado com a prefeitura municipal.
00:49Agora, Ramut, antes de que você possa planar aqui a respeito do assunto, ela terminou mesmo ou só se espalhou?
00:58Porque há muita informação de pessoas, de integrantes da sociedade de um modo geral que, por exemplo, na região do Minhocão, na região do Memorial da América Latina, da Marechal Deodoro, que são próximas da antiga Cracolândia, você tem uma circulação maior de dependentes químicos.
01:17Mas efetivamente acabou? A gente pode dizer isso?
01:20Tem dúvida, Nonato. Sim, a Cracolândia acabou e não voltará mais.
01:25Mas pra isso a gente tem que entender o que era o fenômeno daquela cena aberta de uso conhecida como Cracolândia.
01:31Ela, na verdade, era um local onde o poder público estava ausente, onde a gente não tinha a capacidade de ação da área social, da área também da saúde e da segurança pública na região central, em especial naquele quadrilátero que concentrava mais de três mil usuários de drogas sem a participação do estado.
01:53Isso não existe mais na cidade de São Paulo.
01:58Nós não vamos admitir, é claro que o trabalho continua, mas vamos dividir, e aí respondendo a sua pergunta também, primeiro entender a diferença do morador em situação de rua pro usuário de Crac que se junta especificamente pra fazer o uso da droga.
02:15O morador em situação de rua, e nós temos ainda muitos casos na cidade de São Paulo, de concentrações de moradores em situação de rua, se concentram por um outro motivo, eles se concentram pra segurança deles mesmo, também pra utilizar o material reciclável, ajudar na reciclagem, um ajuda o outro, e via de regra a grande maioria também, infelizmente, tem uma dependência ao álcool.
02:40Já em relação ao comércio de drogas a céu aberto e consumo de drogas, o estado, em conjunto com a prefeitura, não vai admitir qualquer região da cidade de São Paulo que tenha uma cena parecida sequer com aquilo que a gente viu ao longo dos mais de trinta anos na região central da cidade de São Paulo.
02:59E a gente pode afirmar isso também, porque o trabalho de qualificação e abordagem na região central continua.
03:07Você citou, por exemplo, nos últimos dias a gente viu uma cena ali na Barra Funda de moradores em situação de rua, e que foi qualificada, sim, pelas nossas forças de segurança, ou seja, nós temos a identificação daquelas pessoas,
03:22e apenas 8% daquelas pessoas eram oriundas, inclusive, da antiga cena da Rua dos Protestantes.
03:29Então, nós temos um trabalho baseado em ciência e evidências.
03:33É claro que esse trabalho de acolhimento ao morador em situação de rua permanece pela prefeitura, em parceria com o governo do estado,
03:42mas o nosso foco é que nós nunca mais vejamos uma cena de um estado ausente, sem capacidade de ação, dentro de uma cena, na própria cidade, na capital, no centro da capital mais importante da América Latina.
03:56Isso deixou de acontecer e não voltará, Donato.
04:00Agora, governador, bom dia pra você.
04:02Eu vou na linha do Donato, porque essa cena de que acabou a Cracolândia aqui em São Paulo, ela é sempre vista como uma dispersão, né?
04:09Ou seja, as pessoas, os usuários, eles vão ficando em outros pontos de São Paulo.
04:15Essa é a imagem que nós, paulistanos, temos, né?
04:17Acabou a Cracolândia, ou seja, parece que eles saíram de um ponto e estão se deslocando pra outro.
04:23E como que trata, né?
04:24Enfim, essa fala, acabou a Cracolândia, na verdade, nos parece uma dispersão, uma realocação desses usuários.
04:31É, eu entendo que é o que parece, mas é o que não é, porque a gente tem evidência e dados.
04:36Aliás, é comum, viu, Paula, que as pessoas que querem desvalorizar esse trabalho, que foi de dois anos e meio, que teve pouca atenção de parte da mídia.
04:46Normalmente, ao longo dos dois anos e meio de trabalho, eu tive a oportunidade da entrevista, quando nós colocamos, por exemplo, uma grade ali pra criar um corredor de saúde,
04:54na construção de um muro que, na verdade, não segregava, dava segurança, inclusive, pros próprios usuários e pra população ali.
05:02Esse muro que aparece agora nessa imagem, que, na verdade, não cercava a região.
05:08Então, era muito mais difundido e divulgado por conta dessas ações do que pelo trabalho ao longo de dois anos e meio.
05:16Ela não deixou de existir primeiro do dia pra noite.
05:19Se ela tivesse deixado de existir do dia pra noite, a gente podia até pensar na possibilidade de um espalhamento.
05:24Imagina você, Paula, eram três mil usuários, vinte e quatro horas por dia, consumindo drogas.
05:31Um grande negócio pro crime organizado, além do negócio imobiliário, que em cada região que eles se deslocavam, os imóveis eram desvalorizados.
05:40Então, isso aconteceu ao longo dos anos, infelizmente, e aqui eu sei que vocês discutem bastante a questão da nossa legislação em relação à criminalidade.
05:53Também vocês discutem bastante a dificuldade que o Brasil tem de cuidar das suas fronteiras na entrada de drogas.
06:00Então, o que nós estamos afirmando não é que o consumo de drogas na cidade de São Paulo deixou de existir.
06:06Aliás, sempre existiu, a nossa Secretaria de Segurança Pública tem atuado, inclusive em conjunto com o Ministério Público, a Operação Saúde e Dignidade, que nós realizamos na Operação Central.
06:20Prendemos mais de mil e quinhentos traficantes aí na região central.
06:24O aumento do nosso efetivo de policiais militares, da Guarda Civil também metropolitana.
06:30Então, nós nunca afirmamos que não existe mais consumo de drogas na cidade de São Paulo, e sim que a Cracolândia deixou de existir.
06:39E alguns pontos que já eram conhecidos da população de São Paulo, eu posso citar aqui, ali na Roberto Marinho, posso citar ali também, perto do CEA GESP, pontos que a população de São Paulo sempre conviveu.
06:52Mas que quando nós, seis meses depois, importante dizer, nós não anunciamos o fim da Cracolândia em maio, quando ela deixou de existir.
07:00Aliás, tomamos muito cuidado para não transformar, assim como em outras ocasiões, esse trabalho num trabalho midiático, voltado na verdade para slogans.
07:10A gente teve muito cuidado para poder, depois de seis meses, afirmar com convicção.
07:15Agora, existem pequenas concentrações de usuários de drogas, onde a polícia atua diariamente e também a área de saúde social que permanece atuando.
07:27Essa é a diferença.
07:29Então, as ações foram diferentes e também agora o acompanhamento é diferente.
07:34Aliás, vice-governador, queria que o senhor rapidamente nos explicasse também como é que se dá esse acompanhamento.
07:40Como o senhor disse, você não faz assim e desaparece o usuário.
07:43Ele tem um problema, ele é um viciado, é um adicto e ele precisa de um tratamento, certamente por causa da abstinência.
07:53Que tipo de acompanhamento é dado para esses usuários para tentar reinserí-los na sociedade?
07:59E que tipo de revitalização pode ser feita no local da Cracolândia?
08:03Rapidamente, por favor.
08:04Claro, incrível, Nonato.
08:05Foram 28 mil internações, né?
08:09Eu falei de 3 mil usuários, mas esse é uma coisa também que a população tem dificuldade de entender.
08:14A grande maioria deles, eles tinham, na verdade, o que a gente chama de influxo.
08:18Eram novas pessoas que acabavam frequentando a região da Cracolândia.
08:23O público da noite era diferente, por exemplo, do público de dia, né?
08:27Então, tudo isso foi analisado porque nós qualificamos, nós identificamos aqueles usuários.
08:33E por isso que eu posso dizer que os usuários que a gente encontra hoje correspondem a aproximadamente 8% apenas desses abordados nos dias de hoje.
08:42São aqueles que já frequentaram aquela cena de uso da Rua dos Protestantes.
08:47O que nós tivemos é que ali nós tínhamos o melhor lugar do Brasil para se esconder.
08:52Para se esconder da polícia, para se esconder da família.
08:55E quando o Estado começa a atuar, câmeras implementadas, assim como a imagem mostra ali, aquele totem, as câmeras do Smart Santo com Muralha Paulista.
09:04Aquela região deixou de ser interessante para aquelas pessoas que migravam para um único ponto para comprar droga barata e num lugar de uso pleno.
09:12Essa situação mudou completamente, o hub de cuidado com crack e outras drogas atendeu 35 mil atendimentos e 28 mil internações.
09:23Sejam em hospitais especializados ou em comunidades terapêuticas.
09:27E a gente continua acompanhando a jornada de cuidados.
09:30A porta de saída tem o POT, que é o Programa Operação Trabalho da Prefeitura, que oferece mil e duzentos reais para esses recuperandos.
09:38As nossas casas terapêuticas foram criadas 40 casas terapêuticas, não existiam nenhuma ao longo dos dois anos e meio para acolher esses usuários em tratamento.
09:49O Nossas Casas Prevenir, que aliás nós já levamos também para o interior, que atende as famílias, sejam aquelas famílias que identificam o início de um uso de drogas ou aqueles que já passaram pelo ciclo de tratamento e agora continuam com um acompanhamento.
10:05Então, o trabalho, como eu disse, saúde, social, habitação, e nós ainda não falamos da favela do Moinho, que foi uma ação importantíssima para que a gente também garantisse a extinção da Cracolândia,
10:18oferecendo para mais de oitocentas famílias dignidade e também eliminando ali o crime organizado, Léo do Moinho, vários criminosos que foram presos ali nas nossas operações na região central.
10:29Sobre o fim da Cracolândia, nós conversamos com o vice-governador de São Paulo, Felício Ramute.
10:35Vice-governador, muito obrigada pela sua participação aqui no Jornal da Manhã de hoje. A gente te aguarda mais vezes.
10:41Eu que agradeço, Paula, Nonato, um prazer falar com vocês.
10:44Prazer é nosso.
10:44Obrigado.
10:45Obrigado.
10:46Obrigado.
10:47Obrigado.
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