Os Estados Unidos anunciaram a redução de tarifas sobre produtos agrícolas e alimentícios importados, incluindo café, carne e diversas frutas.
A medida, que se aplica a todos os países, é vista como uma vitória diplomática e comercial para o Brasil, que é um dos maiores exportadores desses itens para o mercado americano. Reportagem: Misael Mainetti.
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00:00O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assina uma ordem executiva que reduz tarifas da importação de café, carne vermelha e frutas.
00:10Repórter Misael Mainet chegando com as informações, essa nova medida é válida para todos os países, incluindo o Brasil, Misael.
00:18Bem-vindo, bom trabalho, boa noite.
00:23Inclui o Brasil, sim, Tiago. Muito boa noite a você e para todo mundo que acompanha o jornal Jovem Pan.
00:28Portanto, uma trégua, entre aspas, do presidente norte-americano, Donald Trump.
00:33Ele assinou essa ordem executiva, que foi divulgada hoje pela Casa Branca e reduz retroativamente tarifas sobre carne bovina, tomates, café e bananas, entre outros produtos de importações agrícolas.
00:48Com efeito retroativo a partir desta quinta-feira, a partir de ontem, dia 13.
00:53No texto, Donald Trump escreveu que tomou a decisão depois de considerar as informações e recomendações que foram fornecidas a ele por autoridades.
01:04Também o andamento de negociações com vários parceiros comerciais e a demanda interna atual de certos produtos, além da capacidade interna atual de produção de alguns produtos.
01:16Na medida em que a implementação desta ordem exigir os reembolsos de tarifas alfandegárias cobradas, ele disse,
01:25os reembolsos serão processados de acordo com a legislação aplicável e os procedimentos padrão da alfândega e proteção de fronteira dos Estados Unidos da América.
01:36Esse foi o comunicado do presidente Donald Trump.
01:39Por outro lado, ele ressaltou que o secretário de Comércio e representante comercial dos Estados Unidos
01:47seguem acompanhando o que ele chama de emergência ligada ao déficit comercial norte-americano.
01:54Então a gente vê aqui que Donald Trump continua batendo na tecla que os Estados Unidos estão saindo no prejuízo.
02:02A ordem assinada por ele, pelo presidente, exclui mercadorias das taxas tarifárias recíprocas que foram anunciadas em abril,
02:11que começam em 10% e chegam a 50%.
02:15A gente tem comunicados de instituições para citar aqui o Ccafé, que é o Conselho de Exportadores de Café do Brasil.
02:24O Brasil recorda que o nosso país, o Brasil, possui duas tarifas, a tarifa base de 10% e a adicional de 40%.
02:33Portanto, é necessário uma análise para entender esse novo ato, se ele se aplica somente a essa tarefa de 10% ou a de 40% também.
02:43Já a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes considerou muito positiva a decisão dos Estados Unidos
02:51de reduzir as tarefas aplicadas à carne bovina brasileira.
02:54Tiago, como eu mencionei, pode parecer uma trégua, mas a gente também vê no discurso do presidente norte-americano Donald Trump
03:02que ele ainda mantém essa narrativa de que os Estados Unidos têm esse déficit comercial.
03:09Tiago?
03:10De qualquer forma, foi uma decisão anunciada agora há pouco e o setor ou os setores estão tentando entender ainda
03:16quais são as consequências a partir desse momento e, claro, nas próximas horas a gente vai ter outros detalhes.
03:22O Misael Manetti volta daqui a pouquinho para eu estar aqui para a Deise Siocari, nossa comentarista,
03:26o Cristiano Vilela aqui com a gente também.
03:27O Deise, é aquela história, né?
03:30Pode ser o começo de uma reversão desse tarifácio, claro, que isso beneficia não só o Brasil,
03:35mas outros países, é porque os americanos estão pagando mais caro, né?
03:40Exatamente, Tiago.
03:41Nessa história toda, a gente não pode esquecer que os Estados Unidos, obviamente, eles vão tentar fazer um acordo
03:48que beneficie a eles, né?
03:50Eles não estão preocupados com o Brasil, o que o Brasil pensa ou como que o nosso mercado vai reagir.
03:55E diante dessa decisão americana, a gente tem dois cenários.
03:59O cenário otimista.
04:00O Brasil aproveita esse acordo, aproveita essa redução de tarifas e tenta vender mais,
04:06expandir o seu mercado da carne e do café para os Estados Unidos, né?
04:10Então, vai vendendo mais barato.
04:12Ou tem o cenário, que eu acredito que seja um cenário mais realista,
04:17que é o Brasil é obrigado a competir com outros países latino-americanos
04:22para ver quem entrega mais barato.
04:24E aí ele vai ser obrigado também a expandir o seu mercado e não ficar só dependente dos Estados Unidos.
04:29Porque, como eu disse no início aqui, esse acordo não é para privilegiar o Brasil,
04:33é para privilegiar os Estados Unidos.
04:34Então, se a gente for olhar com uma lupa um cenário mais realista,
04:38está na hora, sim, do Brasil diversificar os seus mercados,
04:42porque diante do que a gente tem visto, diante do que foi anunciado hoje,
04:45o Brasil vai ter que entrar em competição com outros mercados
04:48que vão competir para entregar mais barato para os Estados Unidos.
04:51É, Vilela, desde o começo do tarifácio, a gente sempre discutiu aqui com autoridades,
04:57com parlamentares, com pessoas de setores,
05:00que o Brasil precisava buscar novos mercados,
05:03ou teria que buscar novos mercados por causa do tarifácio.
05:05Mas um alívio nunca é demais, não é, Vilela?
05:10Exatamente.
05:11Essa busca de novos mercados, ela é algo que não é feito do dia para a noite.
05:15Não se abre uma avenida, como é a avenida das relações comerciais
05:21entre Brasil e Estados Unidos,
05:22de uma hora para a outra.
05:24Isso requer realmente uma negociação,
05:27requer o aproveitamento de oportunidades.
05:30O que eu vejo que deveria nortear,
05:32esse episódio deve nortear as relações comerciais internacionais brasileiras,
05:37é no sentido de promover o planejamento.
05:41Planejamento no sentido de que o Brasil não fique dependente de uma nação.
05:46Agora, infelizmente, planejamento é uma palavra
05:48que não existe no vocabulário da gestão pública brasileira,
05:52e eu vejo que ela vai continuar sendo guiada por onde estiver pagando melhor
05:57e guiada pelos interesses, muitas vezes, políticos da gestão brasileira,
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