Pular para o playerIr para o conteúdo principal
  • há 10 horas
One of the issues being discussed not only during the 2025 United Nations Climate Change Conference (COP 30), held in Belém, but also during previous COPs, is the end of deforestation worldwide. During COP 26, held in Glasgow, Scotland, in 2021, participating countries agreed to halt and reverse forest loss by 2030. During the Leaders’ Summit, held on November 6 and 7, on the eve of COP 30, President Luiz Inácio Lula da Silva launched the Tropical Forests Forever Fund (TFFF), an initiative aimed at rewarding countries that conserve or restore their tropical or humid subtropical forests. These biomes play a crucial role in capturing carbon from the atmosphere, while their deforestation contributes to the increase of greenhouse gases that cause global warming.


LIBERAL AMAZON

Pará investe em recuperação florestal
Um dos temas que vem sendo debatido não apenas atualmente durante a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025 (COP 30), em Belém, mas também ao longo de COPs anteriores, é a eliminação do desmatamento no mundo. Durante a COP 26, realizada em Glasgow, na Escócia, em 2021, os países participantes concordaram em deter e reverter a perda florestal até 2030. Durante a Cúpula dos Líderes, realizada nos últimos dias 6 e 7, antecedendo o período da COP 30, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva lançou a iniciativa Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF, na sigla em inglês), que pretende remunerar países que conservarem ou restaurarem suas florestas tropicais ou subtropicais úmidas. Esses biomas são fundamentais para o sequestro de carbono da atmosfera, enquanto seu desmatamento contribui para o aumento dos gases do efeito estufa que causam o aquecimento global.

Categoria

🗞
Notícias
Transcrição
00:00Música
00:00Esse trabalho que foi financiado pela FAPESPA,
00:17então o trabalho com apoio, é um projeto da Embrapa,
00:20com o financiamento da FAPESPA do governo do estado do Pará,
00:23ele basicamente é um trabalho que a gente começou com a ideia
00:26de pensar nessa transição para a bioeconomia,
00:31mas respondendo algumas perguntas para apoiar justamente essas políticas públicas,
00:36ou seja, a gente está buscando primeiro entender onde são as áreas alteradas,
00:41como elas estão sendo utilizadas e qual a melhor aptidão para aquelas áreas.
00:47Então a gente parte desse princípio de responder quanto tem, onde estão e como estão sendo utilizadas.
00:52Para isso a gente trabalha com o dado do desmatamento, com o dado de aptidão agrícola desses solos,
00:59trabalha com a data do desmatamento, trabalha com outras variadas.
01:04Então a gente fez um entendimento, algumas premissas, por exemplo,
01:08a gente entende que não precisa haver mais desmatamento,
01:11então o nosso trabalho são apenas as áreas que já foram alteradas.
01:15Mas nós temos ainda o recorte do Código Florestal, que foi até 2008,
01:20então para essas áreas a gente tem uma série de indicações, de possibilidades.
01:25Para as que foram desmatadas entre 2009 e 2020,
01:28existem outras possibilidades por causa da legislação europeia
01:32e também outras orientações para que foi desmatada em 2021 para frente.
01:38Então a gente trabalhou com uma série de informações,
01:41para que a gente possa justamente entender isso daí tudo.
01:45E uma coisa importante que a gente sempre trabalha,
01:51existem muitos estados do Pará dentro do Pará,
01:54como na Amazônia existe muita Amazônia,
01:56e a gente entende que não existe uma solução única para cada território do Pará.
02:01Então para isso que nós trabalhamos com diversas informações,
02:06existem diversos caminhos que podem levar à restauração.
02:10Qual é o melhor caminho?
02:12Isso vai depender muito do interesse do tomador de decisão, do produtor.
02:17Então deve existir, ou precisa haver um entendimento do qual é o melhor caminho.
02:22E nesse caso nós traçamos três cenários possíveis.
02:26Podem ser quatro, podem ser cinco,
02:29mas o principal é onde aquele município, onde o Estado quer chegar.
02:33Então a partir de quando você estabelece,
02:36se eu quero chegar nesse local, existe várias alternativas,
02:39vários caminhos a serem percorridos,
02:42para que você chegue naquele local.
02:43Considera o Estado todo, tá?
02:45Então, por exemplo, a ocupação da transa amazônica,
02:48ela é diferente, o processo do que foi do nordeste paraense,
02:51do que é o sul do Pará.
02:53Então são populações diferentes, territórios diferentes,
02:56é apetidor diferente.
02:59Então, como essas coisas são diferentes,
03:03você não pode usar uma política única para cada território.
03:06Então, para cada local, para cada território,
03:09uma medida adequada para a realidade local.
03:12E aí somente, eu entendo que somente dessa forma,
03:15a gente pode ter resultados semelhantes no final.
03:18Medidas diferentes, mas o resultado pode ser semelhante no final.
03:21Então, as trajetórias podem ser diferentes,
03:25mas o resultado final que a gente espera são muito próximos.
03:28Então, caminhos diferentes podem levar ao mesmo local.
03:31Como eu falei, a gente pode trabalhar com vários caminhos,
03:34mas assim, nós trabalhamos com o primeiro de...
03:37Primeira opção nossa foi trabalhar apenas quais áreas
03:41que já foram desmatadas, tá?
03:43Então, existe um projeto da Embrapa também,
03:45junto com o INPE, que identifica o uso da terra,
03:48ou seja, como está sendo ocupado.
03:50Se é pastagem de boa qualidade, pastagem de má qualidade,
03:55se é capoeira, ou seja, regeneração.
03:57Então, nós entendemos, primeira coisa,
04:00vamos trabalhar apenas com o que foi desmatado já no passado
04:02e está sendo utilizado.
04:04Bom, então, um dos caminhos é pegar as pastagens
04:07de péssima qualidade hoje e converter para sistemas agroflorestais
04:11ou para sistemas de integração laboral percoada floresta.
04:16Isso vai depender do ano.
04:17E aí, a gente viu onde são essas áreas
04:19e vê as tecnologias que já foram desenvolvidas
04:22que são mais adequadas para o território
04:24e também o tipo de solo.
04:26O outro caminho que a gente pega,
04:28vamos trabalhar, então, nessas áreas também de capoeira.
04:31Ela tem aptidão para SAF?
04:33Então, vamos seguir outro caminho.
04:35Outro caminho é pegar essas áreas também,
04:37já todo quanto é tipo de pastagem
04:39e transformar também em sistemas agroflorestais.
04:43Então, esse caminho, na verdade, que nós criamos, nós construímos,
04:48ele pode ser ajustado de acordo com cada prefeitura
04:52que tem interesse nesse trabalho.
04:54Então, essa fórmula não está pronta.
04:57Ela foi construída para ser discutida com a sociedade
05:01para que leve aqueles caminhos que a gente falou.
05:03Então, nós fizemos esses exercícios, esses cenários,
05:08apenas para mostrar que existem diversas possibilidades.
05:11Nós fizemos três, mas podem ser quatro, cinco, seis, sete.
05:15E vai depender muito de como o gestor está vendo,
05:18como o produtor está vendo o seu território.
05:20Isso também se aplica a cada propriedade também.
05:22Então, ele tem uma escala que vai dentro da Amazônia,
05:26para os estados, para as regiões, para o município e até a propriedade.
05:29Então, essa tecnologia pode ser usada em diversas escadas.
05:33Sim, são resultados.
05:35Na verdade, o método é tão ou mais importante que isso.
05:40Mas são cinco campos, são resultados que mostram que, por exemplo,
05:44que no estado do Pará nós temos uma grande área,
05:47grandes áreas que podem ser reconvertidas, áreas que já foram alteradas.
05:52E aí, para cada região, nós temos a quantidade, a informação
05:57de quanto foi alterado e como está sendo utilizado.
06:00Por exemplo, quanto tem de pastagem que pode ser convertida
06:04para sistemas agroflorestais?
06:06Quanto tem de pastagem que pode ser convertida,
06:09deixado para a questão de restauração natural?
06:13Quanto nós temos de área de preservação permanente
06:16que pode ser para aquele estado, para aquele município?
06:19Então, isso já são resultados que nós temos para o estado do Pará.
06:23Então, isso nós já fizemos para o estado.
06:26E, particularmente, tem dez municípios diferentes aqui no estado.
06:29Então, nós temos esses municípios que mostram esse contraste
06:33do avanço da agricultura, da pecuária, desse abandono de terra.
06:37Ou seja, nós mostramos que existem diferentes demandas,
06:41diferentes aptidões nos municípios e que eles vão levar justamente
06:45se um município quer adotar um caminho, por exemplo,
06:49de uma economia mais verde, tá?
06:52Ele tem um cenário já que nós podemos, nós estamos propondo
06:55a conversão de algumas áreas justamente em restauração natural
06:59ou sistemas agroflorestais.
07:02Mas tem cenários que o gestor pode querer trabalhar também
07:06com o sistema de integração lavoura-pecuária,
07:08porque a pecuária também é uma realidade.
07:10Então, nós entendemos que existe uma pecuária regenerativa
07:14que pode ser trabalhada, ou seja, uma pecuária mais tecnificada
07:19que não agrida tanto o meio ambiente, que respeite uma série de normas.
07:22Então, existem também áreas que podem ser recomendadas
07:26por esse tipo de atividade.
07:29E tudo, tudo isso depende justamente do diálogo,
07:32do tomador de decisão, da sociedade, do produtor, dos governos.
07:36Então, a partir disso, nós construímos essas normas,
07:41essas regras que eu chamo, e a partir da definição dessa regra
07:46nós geramos os mapas que podem apoiar a tomada de decisão.
07:49Eles apoiam a tomada de decisão, porque quando você gera um mapa,
07:54você consegue visualizar o resultado que pode chegar.
07:57Então, eu, por exemplo, um prefeito quer levar o município
08:01para que seja o município mais verde.
08:04Então, existe todo um planejamento para isso.
08:07Ele quer um caminho que possa conciliar tanto o desenvolvimento
08:13da agricultura empresarial, da agricultura familiar, da pecuária,
08:17e também a restauração da paisagem.
08:19Então, existe um caminho intermediário disso tudo.
08:22Então, quando nós geramos os mapas, os cenários,
08:26é possível visualizar para onde ele pode chegar.
08:29Então, essa ferramenta é de apoio à tomada de decisão.
08:33Ela não vai fazer a política pública, mas ele pode olhar para esse resultado
08:37e dizer, olha, esse é o caminho que nós queremos seguir.
08:40E para chegar aqui, o que é que nós temos que fazer?
08:42Então, são várias etapas até ele chegar lá.
08:45Bom, quando você faz o planejamento, você, primeiro que esse projeto,
08:49ele propõe a utilização apenas das áreas que já foram restauradas.
08:53E a gente está falando na questão da transição para a bioeconomia.
08:56Então, quando nós falamos, particularmente nessas áreas de restaurar a paisagem florestal,
09:02nós estamos falando em transformar áreas que já foram abertas,
09:06que estão sendo subutilizadas e que têm potencial também para você produzir.
09:10Porque também a gente entende que uma das causas da degradação da paisagem é a fome.
09:16Então, as pessoas precisam comer, precisam produzir.
09:20Então, a partir do momento que você incentiva ou você começa a implantar sistemas,
09:25por exemplo, agroflorestais, você começa a ter uma restauração da paisagem florestal,
09:33você protege o solo, você tem proteção da água,
09:38você começa a atrair a biodiversidade, as abelhas, os insetos,
09:42você começa a restaurar alguns serviços ecossistêmicos.
09:44Não é igual a floresta original? Não, não é.
09:49Mas é muito difícil você voltar para a paisagem floresta de 100, 200, 300 anos atrás.
09:56Mas, por outro lado, você vai ter uma cobertura do solo,
09:59você vai mitigar, você vai sequestrar carbono,
10:02você vai influenciar nessa captação de carbono da atmosfera.
10:08Então, você tem os benefícios da restauração,
10:12mas você também vai gerar renda para o produtor, que é o mais importante.
10:15Então, ele vai poder ajudar, mitigar os efeitos da mudança do clima
10:20e com geração de emprego para ele, e principalmente renda.
10:23Então, e aí, também não adianta, esse trabalho que ele mostra,
10:27como nós trabalhamos com a qualidade, o tipo de solo, a vocação daquele solo,
10:31porque tem solos que não adianta você propor para fazer um sistema macroflorestal
10:37se o solo não tem capacidade, propriedade para ver isso.
10:40Então, aquelas áreas a gente indica para outra atividade, com mais geração natural.
10:44Senão, o produtor vai perder dinheiro e não vai gerar renda, não vai gerar nada.
10:48Então, esse trabalho, ele teve, nós utilizamos várias informações,
10:53combinamos várias informações para justamente gerar esse mapa do caminho que pode ser utilizado.
10:59Legenda Adriana Zanotto
Seja a primeira pessoa a comentar
Adicionar seu comentário

Recomendado