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Os Estados Unidos anunciaram nesta quinta-feira (13) uma série de acordos comerciais bilaterais com quatro países da América Latina: Argentina, Equador, El Salvador e Guatemala. Alan Ghani analisou.
Reportagem: Eliseu Caetano
Comentarista: Alan Ghani

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Transcrição
00:00Os Estados Unidos anunciaram uma série de acordos com países latino-americanos sobre o tarifácio.
00:06Os países beneficiados são Argentina, Guatemala, Equador e El Salvador.
00:12Eliseu Caetano está de volta, vai detalhar pra gente esses acordos.
00:17Oi Soraya, muito bom dia novamente pra você, pro Nonato e pra todos que acompanham o Jornal da Manhã
00:22aqui na programação da Jovem Pan.
00:24Voltamos a falar ao vivo direto dos Estados Unidos, 7 horas da manhã com 44 minutos aqui na Costa Leste do país.
00:30Temperatura de momento no sul da Flórida, 23 graus Celsius.
00:33A previsão é de um fim de semana ensolarado por aqui, mas não tão quente como de costume, viu?
00:40A administração Trump anunciou agora há pouco, nesta manhã, que está alterando o tarifácio
00:47pra pelo menos quatro países da América Latina.
00:50Redesenhando assim algo que a gente já vinha falando aqui na programação da Jovem Pan desde a semana passada.
00:56Porque essa decisão faz parte de uma estratégia de Trump de redesenhar as relações comerciais na região
01:03utilizando as tarifas e as negociações bilaterais para reforçar a posição americana aí no hemisfério.
01:11Os Estados Unidos, portanto, anunciaram, como você citou, Soraya, uma série de acordos comerciais com quatro países latino-americanos.
01:21São eles, Argentina, Guatemala, Equador e El Salvador.
01:26Segundo as informações divulgadas, os acordos estabelecem aí uma conexão, uma combinação de manutenção de tarifas gerais
01:35e reduções seletivas para produtos que os Estados Unidos não produzem em quantidade suficiente
01:42ou que consideram essenciais para o abastecimento interno.
01:46Esses acordos também incluem aí obrigações regulatórias e comerciais para os países participantes.
01:53Entre os pontos centrais anunciados estão tarifas gerais mantidas, ou seja, cai o tarifácio, volta o que era praticado ontem.
02:0310% sobre a maioria dos bens importados da Argentina, Guatemala e El Salvador.
02:1115% sobre produtos do Equador.
02:14Essas alíquotas continuam vigentes para a grande maioria das mercadorias, demonstrando que não se trata apenas e tão somente
02:24de acordos de livre comércio amplos, como acontecia antes da implementação do tarifácio,
02:31há cerca de dois meses atrás, aqui nos Estados Unidos.
02:34Ou seja, aquilo que a gente também vem gravando aqui ao longo da programação da Jovem Pan,
02:38se confirma com mais essas negociações.
02:41O mundo, a geopolítica, como a gente conheceu, definitivamente mudou nessa nova gestão do Donald Trump
02:48e dificilmente voltará a ser o que era.
02:51Um outro ponto que chama atenção é que são países da América Latina,
02:55mas que não incluem o Brasil nesse acordo,
02:58apesar do Brasil estar em ampla negociação com os Estados Unidos já há algum tempo.
03:04Há pelo menos um mês a gente vem acompanhando,
03:06dezenas de reuniões já aconteceram entre as autoridades brasileiras e as autoridades americanas,
03:12mas nenhum ponto comum foi encontrado até o momento.
03:16As autoridades não encontraram um senso comum para que o tarifácio deixasse de existir no Brasil,
03:23fosse retirado do nosso país ou pelo menos que as tarifas caíssem,
03:27porque são várias tarifas de vários produtos, não é verdade?
03:30Assim também como com relação à lei magnítica, que segue sendo aplicada,
03:35segue com autoridades brasileiras sendo sancionadas por elas desde então.
03:40Agora, voltando a falar desses países, que infelizmente na lista não inclui o Brasil,
03:46teve redução e eliminação de tarifas para produtos específicos,
03:50que a gente falou ontem, inclusive, aqui,
03:52e torcemos para que o Brasil estivesse nessa lista, mas infelizmente não.
03:55Como, por exemplo, bananas, café, cacau,
04:00outras commodities agrícolas importantes para países da região,
04:04por exemplo, têxteis e vestuários provenientes da Guatemala e também de El Salvador.
04:10Já para o Equador, por exemplo,
04:13tarifas foram reduzidas e até mesmo algumas zeradas
04:16para frutas frescas, nozes, trigo, vinhos,
04:21além de facilitação para importação de americanas,
04:27de máquinas, de equipamentos médicos, maquinários, automóveis, por exemplo,
04:32produzidos, obviamente, segundo o padrão daqui dos Estados Unidos.
04:37Já para a Argentina, por exemplo,
04:39teve abertura adicional para exportações de carne,
04:42de frango, de trigo, de milho e até de produtos agroindustriais,
04:48além de um maior acesso para produtos americanos,
04:51como, por exemplo, medicamentos, químicos, maquinários e veículos.
04:57Em contrapartida, porque tudo tem uma contrapartida
05:00numa relação comercial, não é verdade?
05:01Os quatro países comprometeram-se a adotar medidas como
05:05eliminar taxas sobre serviços digitais de empresas americanas,
05:09adequar normas técnicas a padrões dos Estados Unidos,
05:12como, por exemplo, fabricação de carros,
05:14proteger direitos de propriedade intelectual
05:16e reduzir burocracias e barreiras sanitárias
05:19para produtos agrícolas americanos.
05:21Reforço, Brasil, mais uma vez,
05:23ficou de fora, infelizmente,
05:25dessa lista de retirada ou diminuição do tarifácio.
05:28Eu volto com vocês no estúdio.
05:30Obrigada, Eliseu, pelas suas informações.
05:32A gente vai seguir aqui no tema com o Alan Gani,
05:35porque, Gani, a escolha desses países não foi nada aleatória, né?
05:39Foi bem estratégico.
05:40Parece que você lê o meu pensamento, Soraya,
05:42porque a gente está falando de quatro países,
05:44com exceção da Guatemala,
05:46que tem uma orientação mais progressista.
05:49Os outros três países,
05:50quando a gente fala de El Salvador, Equador
05:52e, principalmente, a Argentina,
05:54claro, tem uma posição mais à direita
05:57e vai ao encontro do pensamento de Donald Trump
06:01e, justamente por isso,
06:02conseguiram acordos comerciais com mais vantagens.
06:06Infelizmente, o Brasil ficou de fora.
06:09O Brasil, que é um player bastante importante para os Estados Unidos
06:13e hoje tem a maior tarifa protecionista.
06:17Começou com 10%,
06:18teve 40% adicional
06:20e agora 50%.
06:22É claro que isso tem prejudicado
06:25as nossas exportações
06:27para o maior mercado consumidor do planeta.
06:30Como o Brasil poderia reverter essa situação?
06:34Oferecendo algo em troca para os Estados Unidos
06:36nessa negociação.
06:38Por exemplo, a tal das terras raras.
06:40Ou seja, a possibilidade de exploração e refino
06:44daqueles minerais essenciais para o processo industrial,
06:49inclusive o processo industrial bélico,
06:51que é justamente o calcanhar de Aquiles
06:54dos Estados Unidos na negociação com a China.
06:58Ô, Gani, agora isso é uma verdadeira novela, né?
07:01Essa história do tarifácio,
07:03seja para o Brasil, seja para outros países.
07:05A gente está falando disso desde o começo do ano.
07:08Prossegue.
07:09Daqui a pouco o Donald Trump completa um ano de governo.
07:11A gente continua falando de tarifácio,
07:13desse novo modelo que o mundo está enfrentando.
07:16Como é que os mercados se preparam para isso?
07:19À medida que, imagino,
07:20cause muito mais instabilidade
07:22do que, propriamente,
07:23uma perspectiva de previsibilidade?
07:26Olha só, Nonato,
07:26Inicialmente, os mercados receberam muito mal, né?
07:30Quando a gente teve aquele Liberation Day,
07:32no dia 2 de abril,
07:34com as tarifas protecionistas lá em cima,
07:36quando o Trump apresentou com aquela cartolina, né?
07:40Quais os países que seriam taxados
07:43e com aquela fórmula meio draconiana
07:46que ninguém entendeu,
07:47aquilo pegou muito mal.
07:48Os mercados reagiram fortemente, negativamente, né?
07:52As bolsas caíram no mundo inteiro.
07:54À medida que o tempo passou
07:56e muitas idas e vindas por parte do Donald Trump
08:00e a realidade, né?
08:02O mundo empresarial começou a se acomodar.
08:05Hoje, parece que o mercado está mais anestesiado
08:09em relação a essa situação.
08:11Então, a gente observa que,
08:12quando o Trump coloca,
08:13mesmo volta com tarifas para a China,
08:15as reações não são tão negativas
08:18como anteriormente, Nonato.
08:20E, provavelmente, essa será atuada
08:23até o final do governo.
08:24O Trump entende que a tarifa protecionista
08:27é uma espécie de arma, né?
08:29Uma arma econômica para enfraquecer a China,
08:32para reindustrializar os Estados Unidos,
08:34para melhorar o déficit em transações correntes
08:37e, assim, também melhorar o déficit fiscal.
08:39Eu não concordo com esse remédio.
08:42Eu acho que o tiro acaba saindo pela culatra.
08:45Acho que acaba fazendo mal para os próprios Estados Unidos.
08:48Mas o entendimento da administração Trump é diferente.
08:52E, provavelmente, vão continuar utilizando
08:54a tarifa protecionista até como uma arma geopolítica.
08:59E aí, provavelmente, o mercado já meio que se acostumou
09:02com esta situação até o final do governo, Nonato.
09:05É, acaba paralisando e o mercado se adapta.
09:08É, se adapta.
09:08É isso aí.
09:09Valeu, Gany.
09:10Obrigada, Gany.
09:11Até.
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