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  • há 1 dia

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Transcrição
00:00A reclamação de hoje vem da rua Mogi das Cruzes, no bairro de Águas Compridas, município de Olinda.
00:08Só de vocês perceberem aqui a imagem da rua, vocês já ficam imaginando como é que as pessoas vivem aqui.
00:15É difícil, gente, muito difícil. Além desses buracos todos que já existem aqui, tem muita vegetação, tem muita pedra espalhada e ninguém consegue passar.
00:25De fato, não passam veículos e principalmente os pedestres têm dificuldade de transitar por aqui.
00:32O amigo aqui estava passando de moto para fazer um serviço em uma residência. Agora, desistiu de continuar o percurso, né amigo?
00:40É, com certeza, porque para quem se vê aí não tem condições de subir nem moto, nem muito menos bicicleta ou carro.
00:47Aqui, eu já caí quatro vezes chovendo aqui. Aqui na prefeitura está dizendo que é calçado, não é calçado não.
00:54Oxe, olha aqui, olha aqui, olha como eu estou. Olha aqui, olha aqui, olha aqui, olha aqui, olha aqui, olha aqui, olha aqui, olha aqui, olha aqui, olha aqui.
01:03Tudo de queda? Foi tudo de queda.
01:05Está vendo a reclamação aí da amiga Zina que há 47 anos mora aqui e sempre foi essa situação.
01:11Ela fica ali em cima porque não dá para ela descer, senão ela vai enganchar o pé aqui e vai terminar caindo.
01:17Amigo, você tem criança, fica mais complicado ainda, né? Porque ela não pode nem brincar na rua, não pode sair de casa.
01:23Com certeza, aí fica jogando um para o outro, entre paulista e olento. Eu acho que a gente tem que tomar providência, que a gente paga imposto, imposto caro e a gente quer ter um acesso.
01:31Muitas pessoas aí doentes, não conseguem descer essa ladeira, já caí de moto várias vezes, tá? Não tem ninguém para me socorrer à noite, porque eu trabalho à noite.
01:39Subo essa ladeira e desço, principalmente para subir eu boto a bicicleta nas costas, naquela parte do meio ali que é a pior.
01:44Mulher, já vem um rapaz ali também de bicicleta, eu acho que se descer pedalando cai com tudo, né Vitória?
01:49Não, não tem como não, não tem como não.
01:52Diga amiga.
01:53A gente ajuda, a gente caiu, ele caiu ali no buraco, colocou o pé ali para tentar passar melhor, acaba caindo.
02:00A ladeira aqui está muito ruim, a gente não tinha condição de descer mais, mas assim mesmo, caí, Deus me protegeu, Deus me enganou, pronto, né?
02:09O rapaz veio eu conhecer minha irmã, aí ele subiu por aqui, o GPS deu no lugar errado, aí ele ficou atolado aqui, quando ele veio eu conhecer minha irmã.
02:16Aí ficou ali, ó, duas horas da manhã a gente cavando buraco para tentar passar o carro, nunca mais voltou. Não quis, a minha irmã, por conta da ladeira.
02:23Ela perdeu até o namorado.
02:24Deu até o namorado por conta da ladeira, moça.
02:26Eu só desci mesmo porque você estava aqui, porque senão não tinha descido não.
02:30Não vinha não, aí quando precisa sair tem que ser com a ajuda ou então ir por outro caminho, tentar outra rota, né dona Vera?
02:36Com certeza, é pelo terminal, porque é distante, mas em compensação a gente vai, eu vou por lá, tá entendendo?
02:44Está todo mundo abandonado?
02:45Está todo abandonado.
02:47Só promessa?
02:47Só promessa.
02:48Ninguém vive de promessa?
02:49Só santo.
02:50Está simplesmente tudo abandonado e a população com medo de cair, sem poder sair de casa, tudo preso, fica todo mundo aqui nas mãos da prefeitura que diz que a rua está calçada.
03:04Eu quero saber o que é então um calçamento, porque aqui eu só vejo terra e buraco.
03:11É com você no estúdio.
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