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Uma investigação do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) revelou que chefes do Comando Vermelho de Mato Grosso (CV-MT) pagam cerca de R$ 80 mil por mês para se esconder em favelas do Rio de Janeiro. O valor é dividido entre dinheiro vivo e fuzis, e garante abrigo e segurança em comunidades dominadas pelo tráfico, como a Rocinha, o Vidigal, o Complexo da Penha e o Alemão.

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Transcrição
00:00Enquanto a relatoria do The Hit segue causando uma confusão danada na Câmara dos Deputados
00:06e o assunto caminha devagar por conta da COP e os holofotes ali em Belém,
00:11investigações do GAECO e do Ministério Público do Mato Grosso
00:15apontam que pelo menos 15 membros do Comando Vermelho de Mato Grosso
00:19vivem hoje escondidos em favelas do Rio de Janeiro
00:22e isso porque pagam caro por essa dita proteção, né, David?
00:27Por que proteção aqui em aspas?
00:30É porque eles pagam até 80 mil reais mensais pagos com dinheiro e até mesmo fuzis
00:36a essa troca, esse intercâmbio do crime, porque eles dominam o território,
00:41dessa forma formam barricadas, eles impedem que as forças de segurança possam agir
00:47e aí acabam cobrando essa mensalidade com uma espécie de
00:51olha, a gente te protege aqui porque a gente tem a dominância do território.
00:55Então é isso que acontece e por isso que esse enfrentamento também é importante, né?
01:00Várias pessoas aí acabam lacrando, dizendo que, ah, não precisa de sangue
01:04para você realizar operações, teve a operação bem sucedida
01:08que foi a Operação Carbono Oculto que atuou principalmente na Faria Lima
01:11sem o disparo de um único tiro, mas essa também questão de você
01:15reestabelecer o território, a retomada do Estado, é imprescindível para justamente isso,
01:21para que esses chefões sejam pegos e dessa maneira a gente possa reestabelecer
01:26a ordem naquela localidade desse povo que é escravizado, que mora na favela.
01:30Mano Ferreira, mais caro que um aluguel na Barra da Tijuca,
01:33talvez até na praia da Barra da Tijuca, mostrando que o crime organizado
01:37pelo menos está contribuindo com o turismo carioca, pelo visto, né?
01:39É uma espécie de franqueamento, Marinho.
01:43As organizações criminosas têm atuado como se fossem núcleos de franquia.
01:49Sabe quando uma empresa tem uma marca e para que aquela marca seja explorada
01:54o empresário paga ali uma franquia e adquire com isso uma série de padrões
02:02de comportamento, de como executar o serviço, de como executar aquela marca?
02:07É quase isso.
02:08É como se uma célula de criminosos do Mato Grosso se franqueia, né?
02:14Passa a ser um franqueado do Comando Vermelho do Rio de Janeiro,
02:18pagando por isso, inclusive para ter proteção e treinamento.
02:23Então vão para o Rio para fazer uma espécie de intercâmbio.
02:27É quase imersão de planejamento estratégico.
02:30Então a gente está falando da profissionalização extrema do crime organizado.
02:35E a gente precisa, como sociedade, entender esse funcionamento
02:39para adequar a nossa legislação para tratar esses criminosos dessa forma.
02:45Estamos falando de pessoas que passaram a ser profissionais do crime
02:49e que, portanto, a forma de punir essas pessoas precisa levar isso em consideração.
02:55Porque uma vez construindo esse capital social do crime,
02:59um network inteiro baseado em atividades criminosas,
03:05você tem um desafio imensamente maior de ressocialização.
03:09Então não adianta passar batom no porco.
03:13A gente precisa, de fato, mudar a forma de progressão de regime
03:17para que esses criminosos fiquem na cadeia.
03:21Acho que isso já está virando um ponto pacífico aqui.
03:23Mesmo com quem tem uma tendência mais humanista, mais garantista,
03:27de falar de o escárnio que virou o Instituto da Progressão de Regime nesse país,
03:31como a gente precisa atacar isso na canela
03:33para reformar isso o quanto antes, o quanto antes.
03:35Agora, Maria de Carli, a analogia que o nosso Mano Ferreira acabou de trazer
03:39é como se fosse uma grande incubadora,
03:41quase que uma universidade do crime, as favelas cariocas.
03:45Por outro lado, muita gente dizendo que, pô,
03:47você achou realmente, meu amigo e minha amiga,
03:48que esse spa, esse resort, essa colônia de férias
03:51para os faccionados seria de graça?
03:53Claro que não.
03:54Então, como é que você equilibra os dois aqui?
03:58Ou se os dois realmente fazem sentido?
04:00Fazem sentido.
04:01Eu acho extremamente preocupante
04:02a proporção que o crime organizado tomou no Brasil.
04:06E aqui falo um pouco da fala da Ana e do Mano,
04:08quando a Ana explicou a questão dos presídios.
04:11De fato, são verdadeiras escolas do crime no Brasil.
04:14Lembrando aqui que o PCC,
04:15que é a principal organização criminosa do nosso país,
04:18se estruturou dentro de um presídio.
04:21E eles são muito bem organizados.
04:23Se vocês pararem para estudar um pouco a estrutura do PCC,
04:27você vai ver, eles têm documentos, estruturas, hierarquia.
04:32Uma verdadeira empresa.
04:34O crime organizado é uma empresa bilionária no Brasil,
04:37que se fosse, de fato, uma empresa, estaria aí no top 10.
04:40Já está presente em mais de 20 países no mundo,
04:43ainda é uma multinacional.
04:44Então, faz mais do que sentido fazer esse treinamento em incubadoras,
04:48porque é para gerar lucro.
04:50E é isso que eles estão fazendo, gerando lucro e causando terror no território,
04:54fazendo assim com que o cidadão fique refém dessas facções.
04:58Lembrando aqui, o Brasil atualmente,
05:0030% das pessoas, dos territórios que vivem no Brasil,
05:04do território brasileiro,
05:05já estão sendo dirigidas pelo crime organizado.
05:10Então, estão se alastrando cada vez mais,
05:12e aí mostrando o treinamento de ponta
05:14que nem o Estado brasileiro consegue dar às suas forças de segurança.
05:18Total.
05:18É impossível discordar, né?
05:20Agora, antes da gente dar sequência aqui,
05:22a discussão que está boa,
05:23a gente vai partir para um rápido break,
05:24minha diretora, só para quem está nos ouvindo.
05:26Confere, é isso aí.
05:27Só para quem está nos ouvindo,
05:28pela rede Jovem Pan de Rádio Morning Show.
05:30Volta já, já.
05:3110 horas e 25 minutos.
05:32Agora, David,
05:34não podemos esquecer que também,
05:35ou pelo menos vale a pena a gente debater,
05:36porque muita gente atribui o fato dessa migração do crime rumo ao Rio de Janeiro
05:41pela famigerada ADPF 635,
05:45que basicamente deixou de mãos atadas ali o governo durante 5 anos,
05:48desde a pandemia, com a chancela do ministro Fachin, desde 2020.
05:51E isso, de alguma forma, foi um incentivo grande
05:54para realmente haver essa mudança de vários criminosos de altíssima periculosidade
05:58tentarem se esconder aí no Rio de Janeiro.
06:01Confere.
06:02É, ainda há pouco a Maria estava falando sobre, né,
06:04o poder de infiltração do crime organizado dos mais diferentes segmentos.
06:08E essa é uma realidade que a gente vive.
06:10Porque como que você mantém mega operações como essas realmente sigilosas?
06:16Então, a ADPF, ela previa que,
06:19pelo menos algumas autoridades fossem comunicadas,
06:21e dessa forma, para que a estratégia de retomada do território fosse feita.
06:26Essa mega operação do Rio de Janeiro que a gente viu recentemente,
06:29foi um baita sucesso.
06:31Por quê?
06:31Ah, mas são 120 pessoas que morreram.
06:34Teve um inocente que foi realmente morto nesse enfrentamento?
06:39Se alguém conseguir apontar alguma pessoa que efetivamente foi morta,
06:43que não tinha ligação alguma com o crime,
06:45ou que foi vítima de bala perdida,
06:48aí, de fato, a gente pode rever alguma situação.
06:51Mas a questão é,
06:53a ADPF, ela criou uma espécie de bloqueio
06:56para que as forças de segurança consigam atuar.
06:58E, claro que atrapalha bastante a força de segurança,
07:02porque uma vez que você comunica,
07:04que é obrigado a fazer esse comunicado,
07:06você acaba com a efetividade da surpresa para você adentrar o território.
07:10Só vou acrescentar duas informações em relação ao que o David falou
07:13sobre a operação que a gente viu no Rio de Janeiro há duas semanas atrás.
07:16Brevemente, por favor.
07:16É o número que foram,
07:18chega cerca de 120 foram à prisão dessa operação,
07:22então ainda tem investigação em cima disso,
07:24e saiu em várias pesquisas aí,
07:26publicitado,
07:28que a população da lida do local
07:31foi a favorável a essa operação.
07:33Então, é importante a gente frisar
07:34o que essas pessoas que vivem o dia a dia do crime,
07:37que são inocentes e moram nessas favelas e comunidades,
07:40querem que seja resolvida na vida delas.
07:42Então, é importante a gente frisar isso,
07:44porque aí ficam os intelectuais de sofá falando
07:46Oh my God, oh my God.
07:47Mas, gente, as pessoas estão lá vivendo o crime na pele no dia a dia,
07:50e elas apoiaram essas infiltrações.
07:52Inclusive, o The Hitch falou sobre isso hoje, né?
07:54Dizendo que, realmente, a popularidade da ação,
07:59ela se destaca porque é quem mora principalmente na favela.
08:01Então, de fato, isso acontece porque as pessoas lá são escravizadas.
08:06O crime organizado tem feito barricadas, por quê?
08:09Porque eles tomam o território e tomam também as pessoas,
08:12onde você tem que...
08:13Gás, a gente já enfatizou várias vezes isso, né?
08:16Serviços de internet,
08:18tudo pra que você possa ter acesso do crime organizado.
08:22Somente eles que podem fornecer.
08:23E, dessa maneira, também, eles se estruturam nesses territórios
08:27e acabam escravizando a população.
08:29Eu só acho, só acho, né,
08:32que os moradores da Penha, do Alemão,
08:33da Chatuba, da Vila Cruzeiro, enfim,
08:36da Zona Norte do Rio de Janeiro,
08:37entendem mais a realidade deles
08:38do que os moradores do Leblon e de Laranjeiras.
08:41Ponto final.
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